É considerável o número de mulheres que nem sabem que possuem miomas uterinos. Esses tumores benignos têm origem durante a idade reprodutiva e podem aumentar em tamanho ou quantidade com o passar do tempo.
Ainda não existem maneiras cientificamente comprovadas de evitar o desenvolvimento dos miomas. Todavia, pesquisas apontam que mulheres obesas possuem mais chances de serem acometidas por esse tipo de lesão uterina.
Existem outros fatores que favorecem o desenvolvimento dos miomas. A saber:
- histórico familiar (mais risco para parentes de primeiro grau);
- nuliparidade (quem ainda não teve nenhum filho);
- menarca precoce;
- cor da pele negra.
Outra peculiaridade dos miomas é que muitas vezes eles são assintomáticos, o que dificulta um diagnóstico precoce.
Porém, quando os sintomas se manifestam, o mais comum deles é o sangramento excessivo durante a menstruação, seguido pela dor pélvica, cólicas menstruais, dor nas relações íntimas ou ao evacuar. Em alguns casos o mioma também pode causar infertilidade.
Diagnóstico e Tratamento.
O diagnóstico dos miomas geralmente é realizado por meio de exames ginecológicos e confirmados com auxílio de ultrassom.
O tratamento, por sua vez, costuma ser cirúrgico. O procedimento pode ser feito para retirar apenas o mioma (miomectomia) ou, em casos extremos, o útero (histerectomia).
Anos atrás esse tipo de cirurgia era realizada por laparotomia, técnica em que o abdômen é aberto com um corte semelhante ao utilizado em cesáreas.
Nos dias de hoje existem outras possibilidades de cirurgias minimamente invasivas. Quando as características do caso permitem e há disponibilidade de recursos, a cirurgia laparoscópica pode ser indicada.
Nesse tipo de procedimento, uma micro-câmera é introduzida junto aos equipamentos cirúrgicos, através de pequenas incisões. A histeroscopia segue o mesmo preceito minimamente invasivo, porém é indicada quando a lesão cresce para dentro da cavidade uterina.
Essas técnicas mais recentes apresentam as vantagens de um pós-operatório menos incômodo e uma recuperação mais rápida.
Outra possibilidade que a medicina moderna oferece é a embolização dos miomas. Entretanto, esse tipo de procedimento é indicado apenas quando existem dificuldades consideráveis ou mesmo a impossibilidade de acessar as lesões com as outras técnicas minimamente invasivas supracitadas.
Quanto aos sangramentos excessivos, existem alguns medicamentos capazes de diminuir o fluxo da menstruação, mas são difíceis de serem encontrados no Brasil e não representam um tratamento para a cura. O objetivo único é controlar o sangramento, mas seu uso pode fazer com que a cirurgia seja descartada.
Procure seu médico de confiança caso perceba um fluxo intenso na menstruação ou qualquer outra manifestação anormal em seu organismo.
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