Malformações Uterinas

ÚTERO SEPTADO

Útero septado é definido quando a cavidade uterina na paciente apresenta uma parede, chamada de septo, que pode ir apenas até uma determinada extensão ou chegar até o colo do útero. Esta é a malformação mais comum e a que produz maior incidência de complicações obstétricas. Ocorre em aproximadamente 1% da população fértil e está associada aos desfechos reprodutivos mais pobres. Uma compilação de estudos de septo uterino parcial e completo identificou uma taxa de perda de gravidez de 44,3%, uma taxa de parto prematuro de 22,4%, uma taxa de parto de termo de 33,1% e uma taxa de nascido vivo de 50,1%. As manifestações mais comuns incluem abortamentos de repetição, entre a 8ª e a 16ª semanas de gestação. Também são frequentes o parto pré-termo, apresentação fetal anômala, RCIU e infertilidade. As taxas de abortamentos espontâneos correspondem a 60%, ou mais, dos casos diagnosticados de útero septados, sendo as taxas de sobrevivência fetais correspondentes a cerca de 30%, de acordo com vários estudos. Além disso, causa perturbações na implantação do embrião e no endométrio que recobre o septo. Entretanto, é facilmente tratável com um simples procedimento cirúrgico.

O procedimento cirúrgico é chamado de metroplastia e é realizado por videohisteroscopia. É simples, seguro e muitos estudos têm comprovado a melhora do resultado obstétrico após a intervenção, diminuindo a taxa de aborto e aumentando a taxa de nascidos vivos. Estudo com mulheres com história de abortos (Saygili-Yilmaz et al, 2003) demonstrou que a ressecção do septo reduziu a taxa de aborto de 91,8% para 10,4%. Paralelamente, a taxa de nascido vivo subiu de 4,3% para 81,3%.

Metroplastia histeroscópica para remoção de septo uterino é recomendada quando o septo uterino está associado à infertilidade, abortos, perda fetal no segundo trimestre ou parto prematuro. A abordagem histeroscópica é preferida devido à sua segurança, simplicidade e excelentes resultados pós-tratamento. A laparoscopia concomitante permite a avaliação da pelve e do contorno uterino externo e orienta a extensão da ressecção do septo, podendo ser útil.

A cirurgia: a incisão do septo pode ser feita em um ponto equidistante de parede anterior e posterior iniciando-se pela região próxima ao colo em direção ao fundo (sem atingir o miométrio fúndico). A ressecção estará completa quando o histeroscópico puder se movimentar livremente de um corpo ao outro e ainda serem observados, simultaneamente, os dois óstios tubários. Se permanecer um septo residual inferior a um centímetro, o que muitas vezes acontece pelo receio do cirurgião experiente de causar uma eventual perfuração uterina na intervenção, não representa obstáculo às novas gestações.

A videolaparoscopia pode ser indicada em casos que se pretende:

  • Distinguir úteros septados de bicornos;
  • Monitorizar a cirurgia histeroscópica;
  • Completar o estudo diagnóstico de infertilidade;
  • Tratamento concomitante de patologias pélvicas;

A monitorização do procedimento pela videolaparoscopia é de grande importância, porque permite desviar as estruturas adjacentes, determinar quando interromper o procedimento (verifica-se por fora do útero que ele todo brilha uniformemente perante a luz do histeroscópico), e reduzir o risco de perfuração uterina (com a melhor percepção da proximidade a que o ressectoscópio se encontra da parede uterina). Ainda, caso a perfuração ocorra, facilita a rápida identificação e correção. Contudo, como também pode estar associado aos próprios riscos, há quem sugira que a monitorização da histeroscopia deva ser reservada para casos mais complexos.

Preparação pré-operatória: pode se considerar a preparação do endométrio com anticoncepcional ou progestágenos para que se torne mais fino. Pode ser útil nos casos em que se tenha um septo largo, para se reduzir a hemorragia e melhorar a visualização, e nos casos de septos completos, com envolvimento do terço inferior da cavidade e/ou do canal cervical.

Cuidados pós-cirúrgicos: em termos de cuidados pós-cirúrgicos, alguns aspectos ainda não são consenso. Alguns autores sugerem introdução de dispositivo intrauterino (DIU), stents, balões, agentes antiadesivos ou uma dose alta de estradiol. Pensa-se que poderiam contribuir para reduzir a formação de aderências e promover uma rápida epitelização, no entanto, isso é controverso e não parece trazer benefício, apesar de alguns autores os indicarem.

Apesar da facilidade aparente de tratamento, este geralmente só está indicado, principalmente, nos casos em que exista uma condição reprodutiva desfavorável, como abortamentos de repetição ou parto pré-termo.

Nos casos de infertilidade, na presença de septo uterino, quando se planeja iniciar tratamentos de reprodução assistida, é recomentado o tratamento. É também aconselhável que seja realizado pelo menos de 2 a 3 meses antes, tendo em conta o tempo de
cicatrização que geralmente é necessário.

Também existem dúvidas se, quando da resseção completa do septo uterino, incluindo a porção cervical, poderá haver implicações na incompetência cervical em caso de gravidez. Assim, nesses casos, seria aconselhada a realização da cerclagem, como prevenção de abortos e partos prematuros.

Complicações: durante o procedimento histeroscópico podem ocorrer diversas complicações traumáticas, como lacerações cervicais causadas pelos instrumentos cirúrgicos, perfuração uterina e, eventualmente, hemorragia. Esta, no entanto, raramente é significativa quando da incisão do septo, ocorrendo mais frequentemente quando o miométrio normal é lesado, ou nos casos em que o septo é muito largo. Felizmente, contudo, pela pressão exercida pelos meios de distensão uterina consegue-se superar a hemorragia. Podem, também, considerar-se complicações inerentes ao meio de distensão utilizado (como sobrecarga de fluidos injetados no útero durante o procedimento, que podem ser absorvidos em excesso pelos vasos, causando expansão de volume intravascular e distúrbios hidroletrolíticos). No entanto, são bastante raras, graças ao tempo limitado em que é realizado o procedimento e ao controle cuidadoso do balanço hídrico.

A formação pós-operatória de sinéquias intrauterinas é rara, e o uso rotineiro de cateter de balão intrauterino, de suplementação de estradiol ou de antibióticos, não tem se demonstrado necessário. Um exame de acompanhamento deve ser realizado 1-2 meses após o procedimento; ultrassonografia, HSG e histeroscopia são abordagens razoáveis. A retirada do septo em mulheres inférteis ou sem história de desfechos reprodutivos adversos é um procedimento controverso, uma vez que muitas com útero septado podem ter resultados razoáveis de gravidez e não há relação causal estabelecida entre útero septado e infertilidade. Após a metroplastia histeroscópica em mulheres com infertilidade inexplicada, observa-se uma modesta melhora na gravidez e nas taxas de nascidos vivos demonstrada em estudos não randomizados. Essas taxas são significativamente maiores após a metroplastía em mulheres com aborto de repetição.

Entretanto, apesar de controvérsias, a retirada profilática do septo pode prevenir um aborto espontâneo ou outras complicações obstétricas, e é recomendada para otimizar os resultados da gravidez em mulheres com infertilidade prolongada, com mais de 35 anos e as que procuram tecnologias de reprodução assistida.

ÚTERO ARQUEADO

O termo útero arqueado refere-se aos casos em que existe mínima alteração da cavidade uterina, conferindo ao fundo uterino uma característica achatada ou curvatura levemente côncava. Apresenta manifestações clínicas mínimas e, normalmente, não necessita de intervenção cirúrgica. Por não haver benefícios evidentes da intervenção cirúrgica, considera-se que é desnecessária, sendo elevada a probabilidade de haver gestações sem qualquer intercorrência. Não deixa de ser possível considerar que, em casos de abortamentos de repetição e infertilidade não explicadas por outros fatores, com presença de proeminência mais importante no fundo uterino, seja realizada a retirada histeroscópica.

Em comparação com as mulheres com útero normal, as com útero arqueado têm uma proporção mais elevada de perdas no segundo trimestre e de trabalho de parto prematuro. Procedimentos reconstrutivos em um útero arqueado, no entanto, não parecem melhorar os resultados da gravidez.

ÚTERO BICORNO

O útero bicorno é um tipo comum de anomalia uterina. Nela, há a presença de uma fenda na área superior do útero que separa os dois lados do órgão, mas não chega a dividi-lo. Essa fissura pode variar, podendo resultar em um útero levemente bicorno ou totalmente bicorno. Ocorre devido à fusão incompleta dos dois dutos de Müller ao nível do fundo uterino, resultando em um único colo e duas cavidades endometriais. O grau de separação entre as duas cavidades endometriais pode ser variável, estendendo-se até o orifício cervical interno dependendo do comprimento da fusão incompleta do ducto de Müller. O contorno uterino externo tem um fundo fundido, definido arbitrariamente como mais de 1cm, e a vagina é geralmente normal. Essa anomalia está associada a complicações obstétricas, incluindo perda de gravidez, parto prematuro e má apresentação fetal. No contexto de aborto de repetição ou parto prematuro em pacientes com útero bicorno, todas as outras etiologias de perda de gravidez devem ser excluídas antes de considerar um procedimento cirúrgico (a metroplastia de Strassman).

ÚTERO DIDELFO

Também é uma forma bastante rara de anatomia uterina e acomete aproximadamente 10 mulheres em cada 20 mil. Trata-se de uma malformação uterina, marcada pela ausência de fusão dos ductos de Müller, resultando na presença de dois hemiúteros, colo duplo, bem como uma vagina dupla, em grande parte dos casos.

O útero didelfo está associado a abortamentos em cerca de 33% dos casos, partos-pré-termo em 29%, infertilidade em 13% com 56,6% de nascidos vivos totais. Também pode apresentar as manifestações de um corno uterino obstruído.

Geralmente, mulheres com útero didelfo podem engravidar, porém apresentam maiores possibilidades de ter aborto espontâneo ou parto prematuro. Nessas situações a gestação é considerada de risco. Portanto, é necessário a realização de um diagnóstico precoce para que seja feito o acompanhamento adequado durante a gestação, sendo necessária a realização de cesariana na maioria das vezes.

ÚTERO UNICORNO

É uma forma rara de malformação uterina. No caso de útero unicorno, o tecido que dá origem ao órgão não se desenvolve completamente na mulher, resultando em apenas metade de um útero de tamanho normal, com somente uma tuba uterina, apesar de apresentar dois ovários. A diminuição do volume e as alterações na morfologia do útero unicorno são fatores que podem causar redução da capacidade uterina e ser a causa de inúmeros desequilíbrios funcionais do útero que na gestação vão desde abortamentos de repetição, incompetência cervical, restrição de crescimento fetal intraútero até partos prematuros, aumento do número de partos por cesarianas e a possibilidade de rotura uterina intraparto.

O útero unicorno pode ser causa de infertilidade inexplicada e precisar da indicação de tratamento de reprodução assistida. Uma compilação de estudos revela uma taxa de aborto espontâneo de 36,5%, uma taxa de parto prematuro de 16,2%, uma taxa de parto a termo de 44,6% e uma taxa de natalidade viva de 54,2%.

Não existe intervenção efetiva para o útero unicorno que permita melhorar os resultados reprodutivos dessa anomalia uterina, entretanto deve haver um cuidado especial e o acompanhamento por uma equipe obstétrica experiente. Deve, ainda, ser feita uma monitorização cuidadosa e precoce da gestação, para que possam ser adequadamente detectados sinais sugestivos de parto prematuro. A indicação de se realizar a cerclagem ou a colocação de um pessário deve ser considerada.

Quando o houver corno uterino rudimentar não-comunicante, deve-se considerar a possibilidade de intervenção cirúrgica quando for detectado endométrio funcionante nos cornos rudimentares, mesmo se assintomático até ao momento. Nos casos em que não se verifica a presença de endométrio funcionante, geralmente não é necessário excisão cirúrgica. O principal objetivo dessas correções cirúrgicas é preservar a arquitetura do lado não afetado e evitar complicações como rotura do corno rudimentar não-comunicante.

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Para que serve e quando ir à consulta pós-parto

Ginecologista e obstetra Dra Claudiani Branco fala sobre a consulta pós-parto.

A primeira consulta da mulher após o parto deve ser cerca de 7 a 10 dias após de nascimento do bebê, quando o ginecologista ou obstetra que a acompanharam durante a gravidez irá avaliar a recuperação depois do parto e o seu estado de saúde em geral.

Para que servem as consultas?

As consultas de acompanhamento da mulher após o nascimento do bebê são importantes para detectar problemas como anemia, infecção urinária, pressão alta, diabetes, problemas na tireoide e trombose, além de avaliar a amamentação e a recuperação da vagina, em caso de parto normal, e dos pontos da cirurgia, em caso de cesariana.

Essas consultas também ajudam a identificar infecções na mãe que podem acabar passando para o bebê, além de o médico conseguir avaliar o estado emocional da mãe e diagnosticar casos de depressão pós-parto, quando é necessário acompanhamento de psicoterapia.

Além disso, a consulta pós-parto também tem como objetivo avaliar o estado de saúde do recém-nascido, apoiar e orientar a mãe em relação à amamentação e orientar os cuidados básicos a ter com o recém-nascido, assim como avaliar a sua interação com a mãe.

Quando fazer as consultas

Em geral, a primeira consulta deve ser feita cerca de 7 a 10 dias depois do parto, quando o médico irá avaliar a recuperação da mulher e pedir novos exames. A segunda consulta ocorre no fim do primeiro mês, e depois a frequência diminui para cerca de 2 a 3 vezes por ano. No entanto, caso algum problema seja detectado, as consultas deverão ser mais frequentes, podendo também ser necessário o acompanhamento com outros profissionais, como um endocrinologista ou um psicólogo.

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Escala de APGAR: o que é, para que serve e o que significa

A escala de APGAR, também conhecida como índice ou escore APGAR, é um teste feito no recém-nascido logo após o nascimento que avalia seu estado geral e vitalidade, ajudando a identificar se é necessário qualquer tipo de tratamento ou cuidado médico extra após o nascimento.

Ginecologista e obstetra Dra Claudiani Branco comenta a escala de APGAR

Esta avaliação é feita no primeiro minuto de nascimento e é repetida 5 minutos após o parto, tendo em consideração características do bebê como atividade, batimento cardíaco, cor, respiração e reflexos naturais.

Como é feita a escala de APGAR?

Na avaliação do índice de APGAR são considerados 5 grandes grupos de características do recém-nascido, que incluem:

1. Atividade (tônus muscular)

  • 0 = Músculos flácidos;
  • 1 = Dobra os dedos e movimenta os braços ou pernas;
  • 2 = Movimenta-se ativamente.

2. Batimento cardíaco

  • 0 = Sem batimento cardíaco;
  • 1 = Inferior a 100 batimentos por minuto;
  • 2 = Superior a 100 batimentos por minuto.

3. Reflexos

  • 0 = Não responde a estímulos;
  • 1 = Faz caretas quando estimulado;
  • 2 = Chora vigorosamente, tosse ou espirra.

4. Cor

  • 0 = O corpo tem coloração pálida ou azul-acinzentada;
  • 1 = Coloração rosada no corpo, mas azulada nos pés ou mãos;
  • 2= Coloração rosada em todo o corpo.

5. Respiração

  • 0 = Não respira;
  • 1 = Choro fraco com respiração irregular;
  • 2 = Choro forte com respiração regular.

Para cada grupo é dado o valor correspondente à resposta que melhor representa o estado do bebê no momento. No final, essa pontuação é somada para obter um valor único, que irá variar entre 0 e 10.

O que significa o resultado?

A interpretação do valor que surge após somar a pontuação de todas as dimensões deve ser sempre feita por um médico, no entanto, o normal é que um bebê saudável nasça, no mínimo, com uma pontuação de 7 ao primeiro minuto.

Este tipo de pontuação inferior a 10 no primeiro minuto de vida é bastante comum e acontece porque a maioria dos bebês precisa ser aspirado para retirar todo o líquido amniótico dos pulmões antes de conseguir respirar normalmente. No entanto, por volta dos 5 minutos é comum que o valor aumente para os 10.

O surgimento de uma pontuação inferior que 7, ao 1º minuto, é mais comum em bebês que nasceram:

  • Após uma gravidez de risco;
  • Por cesárea;
  • Após uma complicação no parto;
  • Antes das 37 semanas.

Nestes casos, a pontuação inferior não é motivo de preocupação, no entanto, deve aumentar após 5 minutos.

O que acontece quando o resultado é inferior?

A maior parte dos bebês com valor inferior a 7 na escala de APGAR é saudável e, por isso, esse valor aumenta ao longo dos primeiros 5 a 10 minutos de vida. No entanto, quando o resultado se mantém baixo pode ser necessário ficar internado numa unidade de neonatologia, para receber cuidados mais específicos e garantir que está se desenvolvendo da melhor forma possível.

O valor baixo de APGAR não prediz qualquer tipo de resultado sobre inteligência, personalidade, saúde ou comportamento da criança no futuro.

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Você sabe qual a idade máxima para engravidar?

Já ficou para trás o tempo em que o destino da mulher era cuidar apenas da família. Hoje ela domina o mercado de trabalho e deseja crescer na carreira e alcançar a estabilidade financeira. Mas se engana quem acha que com toda essa correria a mulher renunciou à maternidade, pelo contrário, esse desejo algumas vezes é adiado em nome da realização profissional. Agora resta saber o quão vantajoso ou perigoso pode ser o fato de a mulher adiar a hora de desacelerar e ser mãe.

Ginecologista e obstetra Dra Claudiani Branco explica a idade máxima para a mulher engravidar.

Com o passar dos anos as chances de engravidar por vias naturais reduzem, pois os óvulos nascem com as mulheres e envelhecem, ficando escassos e comprometendo as chances de sucesso na hora da fecundação. Após os 40 anos torna-se mais difícil engravidar naturalmente, pois há uma menor quantidade de óvulos disponíveis. também há um aumento discreto do risco de aborto espontâneo e má formação, já que alguns óvulos mais maduros podem possuir defeitos de cromossomos.

Mesmo realizando tratamento para a fertilização artificial, como a fertilização in vitro, os riscos ainda existem. Segundo a revista Fertility and Sterility, apenas 25% das mulheres com 40 anos conseguem gerar filhos com seus próprios óvulos e esse número cai para 1,6% para mulheres com mais de 44 anos. A solução para esse problema é utilizar óvulos doados ou o congelamento de óvulos para uso mais tarde. ambos ainda são tabus para muitas famílias, mas podem representar a esperança de ser mãe.

Há também o lado bom de adiar a maternidade. a mulher mais madura consegue apreciar mais esse momento por não ter que se preocupar tanto com problemas financeiros e por muitas vezes já terem um relacionamento mais estável, o que proporciona um ambiente mais seguro para o bebê. Se você pensa em adiar o momento de ser mãe, converse com seu ginecologista e conheça melhor as possibilidades que a medicina oferece para quem deseja ser mãe depois dos 40.

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Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano – HPV)

O que é

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Formas de transmissão

A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto.

Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.

Sinais e sintomas

A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).

A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

  • Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
  • Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
  • Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea.

Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).

Prevenção

Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:

  • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
  • Homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 26 anos;
  • Mulheres que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.   

Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já existentes. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é dirigida para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18.

Exame preventivo do câncer de colo de útero: o câncer do colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente por alguns tipos de HPV. O exame preventivo, também chamado de colpocitologia oncótica cervical ou Papanicolau, é o exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do HPV; no entanto, é considerado o melhor método para detectar o câncer do colo do útero e suas lesões precursoras.

Quando as alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. Por isso, é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente, mesmo que estejam vacinadas contra HPV.

Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se utilizada desde o início da relação sexual.

Parceria sexual: é fundamental que as parcerias sexuais sejam aconselhadas e examinadas. Pode acontecer de a infecção inicial ter ocorrido na parceria sexual que não apresente qualquer sinal ou sintoma. Dessa forma, faz-se necessária a realização de consulta para o casal.

Diagnóstico

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo das lesões (clínicas ou subclínicas).

  • Lesões clínicas – podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino), anal (ânus e região perianal) e dermatológico (pele).
  • Lesões subclínicas – podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como o exame preventivo Papanicolau (Citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e por meio de biopsias e Histopatologia, a fim de distinguir as lesões benignas das malignas.

Tratamento

O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.

Sobre o tratamento:

  • Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
  • Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
  • Podem ser domiciliares (auto aplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicados no serviço de saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletro cauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso.
  • Podofilina e imiquimode não devem ser usadas na gestação.
  • O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso se identifiquem novas lesões.
  • Além do tratamento de lesões visíveis, é necessário que os profissionais de saúde realizem exame clínico anogenital completo, pois pode haver lesões dentro de vagina e ânus não identificadas pela própria pessoa afetada.

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Gestrinona, chip da beleza

Dra Claudiani fala sobre os perigos do Chip da Beleza.

Quando se fala em chip da beleza, na verdade há uma confusão entre os termos implante e chip, são de tecnologias bem diferentes.

O implante é um tubo de silicone e o chip é implantado, através de uma tecnologia em desenvolvimento que, teoricamente, está disponível nos Estados Unidos.

Os implantes de gestrinona – hormônio sintético feminino – vêm ganhando adeptas “fit” e preocupando associações médicas pelo uso hormonal para questões estéticas.

O implante em questão tem, como função inicial, a contracepção e até mesmo a interrupção da menstruação, é uma opção de tratamento ginecológico para endometriose, adenomiose, miomas, TPM, reposição hormonal da menopausa. O “chip” de gestrinona, entretanto, acabou ganhando uma função a mais, que o levou inclusive a ficar popularmente conhecido como “chip da beleza”. O potencial do dispositivo no ganho de massa muscular e na eliminação de celulite foram responsáveis pela fama do “chip”.

Faltam estudos sobre riscos do ‘chip’ Apesar dos benefícios que promete, há muita polêmica envolvendo o “chip da beleza”. O CFM (Conselho Federal e Medicina) não recomenda o uso de implantes hormonais para finalidades estéticas por considerar que faltam evidências científicas sobre benefícios, riscos e malefícios que trazem à saúde. Além disso, a gestrinona, não tem registro válido para fabricação no Brasil, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso significa que nenhum fabricante comprovou, perante o órgão, a segurança e a eficácia dessa substância.

A gestrinona tem ação androgênica, isto é, faz com que os níveis de testosterona (hormônio masculino) aumentem no corpo da mulher, podendo causar alguns efeitos colaterais, como crescimento de pêlos, oleosidade da pele, acne, e, dependendo da dose e do tempo de administração, aumento do clitóris e engrossamento da voz.

No longo prazo e dependendo da dose, os implantes podem aumentar o risco cardíaco, agravar o risco de trombose e embolia, resistência à insulina, diabetes, além de predisporem ao surgimento de tipos de câncer hormônio-dependentes.

Cabe ao médico levar essa informação de uma maneira clara para sua paciente. Sabemos dos direitos e decisões de cada um, mas o médico precisa esclarecer, dizendo o que é possível e o que é correto, para não expor a riscos desnecessários, inclusive, os riscos de vida.

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Hipogonadismo feminino

O hipogonadismo feminino pode ser caracterizado quando as mulheres produzem menos ou deixam de produzir o estrogênio e a progesterona. A doença não tem cura, apesar de ter tratamento. Geralmente, o hipogonadismo é diagnosticado durante a puberdade.

GInecologista Dra Claudiani Branco fala sobre o Hipogonadismo feminino. Imagem: Brooke Cagle on Unsplash

A doença pode ser classificada em dois tipos, o primário e o secundário. O primeiro é chamado de hipergonadotrófico, que é caracterizado pelos ovários não estarem funcionando como deveriam. Já no hipogonadotrófico, ou secundário, é caracterizado pelas partes específicas do cérebro que controlam os ovários não estarem funcionando corretamente.

Entre as causas congênitas, a síndrome de Turner é a mais comum entre as pessoas do sexo feminino. Além disso, há outras causas que podem levar ao hipogonadismo feminino, como:

  • Emagrecimento constante (principalmente em atletas);
  • Doenças autoimunes;
  • Hemocromatose, doença em que o organismo deposita ferro nos tecidos causando defeitos nas gônadas ou na hipófise;
  • Cirurgia e radiações que possam causar alterações na função gonadal.

Sintomas

Os sintomas do hipogonadismo feminino são diferentes conforme a idade da paciente. Confira aqui os principais:

Antes da puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Ausência da menstruação;
  • Baixa estatura;
  • Pouco desenvolvimento das mamas;

Após a puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Ondas de calor;
  • Perda de pêlos no corpo (axilas e pelos pubianos);
  • Diminuição da libido;
  • Perda de massa muscular;
  • Fogachos em mulheres com menos de 40 anos;
  • Vagina seca;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Falhas entre os períodos menstruais ou falta da menstruação.

Além desses sintomas, o hipogonadismo feminino normalmente causa infertilidade ou problemas durante a gestação.

Gravidez e o hipogonadismo

Quando a doença inicial não é na gônada e a paciente tem a intenção de ter um filho, alguns tratamentos podem ser feitos através da utilização de medicamentos que estimulem a função dos testículos ou dos ovários.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito realizando exames:

  • Ultrassom da pelve;
  • Ressonância da hipófise;
  • Determinação do painel de hormônios (FSH, LH, estradiol e progesterona).

Tratamento

O tratamento do hipogonadismo feminino pode ser feito de três formas:

  • Reposição hormonal com progesterona e estrogênio;
  • Cirurgia;
  • Estimulação da ovulação.

Quando a mulher tem diminuição da libido, o médico pode receitar testosterona em baixos níveis.

Para conviver com a doença, é fundamental fazer o tratamento adequado com acompanhamento especializado. E para mais informações e dúvidas, agende uma consulta através dos canais abaixo:

Vitiligo Vulvar

O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões formam-se devido à diminuição ou à ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados. As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.

Dra Claudiani Branco Ginecologista fala sobre o Vitiligo Vulvar. Imagem: Armin Rimoldi no Pexels.

A doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica.  O tamanho das manchas é variável, pode ser assintomático ou apresenta leve prurido premonitório. Os pelos podem ser brancos, não altera a morfologia vulvar.

O diagnóstico é realizado clinicamente com confirmação histopatológica se necessário.

Tratamento

Na lesão recente, o tratamento pode ser feito com corticoide tópico de média potência. Interessante contar com a opinião de um dermatologista.

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Informações sobre o Implanon

Dra Claudiani Branco Ginecologista fala sobre o contraceptivo Implanon. Imagem: Bruce Mars on Unsplash.

Implanon® é um pequeno bastão de plástico semirrígido contendo 68 mg da substância ativa etonogestrel, que é colocado diretamente sob a pele. Uma pequena quantidade de um tipo de hormônio feminino, o progestagênio etonogestrel, é liberada continuamente, passando do implante para a corrente sanguínea, resultando em efeito anticoncepcional por um período de até três anos.

Funciona de duas maneiras:

  • Impedindo a liberação do óvulo do ovário; e
  • Alterando a secreção do colo do útero e dificultando a entrada dos espermatozoides no útero.

Como deve ser inserido?

  • Para facilitar a inserção, a mulher deve deitar-se de costas, com o braço levemente dobrado no cotovelo e virado para fora.
  • Será inserido com a ajuda de um aplicador desenvolvido especialmente para essa função, na parte interna do braço.
  • O local da inserção será indicado na pele; o local será desinfetado e anestesiado.
  • A pele é distendida e a agulha inserida diretamente sob a pele. Quando a ponta da agulha estiver dentro da pele, a agulha é inserida completamente com um movimento paralelo à superfície da pele.
  • O implante permanecerá no braço quando a agulha for retirada, após a quebra do lacre.
  • O médico verificará, juntamente com você, se o implante realmente está dentro do seu braço. Em caso de dúvida, você deverá utilizar camisinha até que você e seu médico estejam completamente seguros de que o implante foi inserido. Em raros casos, o médico pode ter que utilizar exame por ultrassonografia ou ressonância magnética, ou exame de sangue, para ter certeza de que o implante foi inserido no local.
  • Será feito um curativo compressivo com uma gaze estéril para minimizar as lesões.

Como deve ser retirado?

  • A localização precisa do implante é indicada no cartão da usuária.
  • O médico localizará o final do implante. Quando o implante não puder ser localizado, o médico pode recorrer às técnicas de ultrassonografia ou ressonância magnética.
  • O braço da mulher será desinfetado e anestesiado.
  • Será feito um pequeno corte na direção longitudinal do braço, logo abaixo da ponta do implante.
  • O implante será puxado delicadamente e retirado com uma pinça.
  • Ocasionalmente, o implante pode estar encapsulado. Nesse caso, será necessário um corte pequeno na pele antes que o implante possa ser retirado.
  • O corte será fechado com curativo aproximativo e será colocada uma gaze estéril compressiva para minimizar as lesões.

Tem mais dúvidas sobre o implanon ou sobre outros métodos anticoncepcionais? Veja este artigo, ou fale comigo através de um dos canais abaixo:

A primeira consulta ao ginecologista

Dra Claudiani Branco fala sobre a primeira consulta ao ginecologista. Imagem: freestocks on Unsplash.

Engana-se quem pensa que apenas jovens e adultas que já tiveram relações sexuais devem ir ao ginecologista. A primeira consulta está recomendada já no início da adolescência, para que a menina entenda o próprio corpo e aprenda cuidados desde cedo.

Mas o que esperar de uma primeira consulta com um ginecologista?

Primeiro, precisa deixar o medo e a vergonha de lado. Depois, saber que esta consulta começa com uma conversa de cuidados básicos e orientação sobre higiene íntima.

Haverá exame?

Normalmente em menores de idade, o primeiro passo é uma entrevista com a mãe que está acompanhando a menina naquela consulta, uma espécie de entrevista para saber a história familiar. Muitas vezes, a mãe também está cheia de dúvidas. Depois, vem a conversa com a paciente, para deixá-la mais à vontade.

O primeiro encontro pode servir apenas para o início do vínculo entre o médico e a paciente. Se ela estiver com medo e muito envergonhada – o que é natural – a primeira consulta será apenas uma conversa e o momento para tirar dúvidas.

Se for possível um exame físico nesta primeira consulta, será avaliado se o desenvolvimento da menina está de acordo com a faixa etária. Se a menina já teve relação sexual, o médico vai avaliar se é recente, se já tem vida sexual regular e o número de parceiros que teve para verificar a necessidade de exames preventivos ginecológicos.

Mesmo após a primeira consulta com o ginecologista, a conversa entre mãe e filha sobre sexualidade é muito importante para que a adolescente esteja sempre bem-informada sobre o que acontece no seu corpo, e nada melhor do que a própria mãe, aliada ao ginecologista, para passar o conhecimento e segurança que ela precisa nesse momento.

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