LARCs: Contraceptivos reversíveis de longa ação

Os métodos contraceptivos mais eficazes existentes são os métodos de longa ação, também conhecidos como LARCs. A alta eficácia é garantida por não dependerem da memória da usuária e, como o próprio nome diz, sua ação é prolongada: entre 3 a 10 anos, dependendo do método escolhido. São eles os DIUs hormonais, DIU de cobre e implante.

Implante, DIU hormonal e de cobre são os métodos contraceptivos mais eficientes. Foto por Health Supplies Coalition no Unspash.
Escolha seu método contraceptivo de longo prazo

Os DIUs hormonais possuem eficácia superior à laqueadura, de apenas duas a três gestações a cada 1000 usuárias, e ação por até 5 anos. Os dois DIUs hormonais reduzem o fluxo menstrual com o passar do tempo.

O DIU de cobre é um contraceptivo sem hormônios e com ação de até 10 anos, mas sua alta eficácia é garantida pelo cobre, que causa um processo inflamatório no local e é tóxico para os espermatozóides. A eficácia do DIU de cobre é de cinco gestações a cada 1000 usuárias.

Já o implante é um contraceptivo inserido no braço da usuária por um médico e com ação garantida por até 3 anos. Ele também possui uma eficácia de duas gestações a cada 1000 mulheres, sendo um dos métodos contraceptivos mais eficazes do mercado.

Quer saber qual método é mais adequado para você? Agende uma consulta.

Posso ter tromboembolismo usando contraceptivos hormonais?

Alguns tipos de anticoncepcionais hormonais estão associados com o aumento do risco de problemas cardiovasculares. Um deles é o tromboembolismo venoso, que acontece quando coágulos se formam nas veias e bloqueiam a passagem do sangue. Em alguns casos, os coágulos podem até causar acidente vascular cerebral (AVC).

Embora os anticoncepcionais orais combinados à base de estrogênio sejam os mais associados com a ocorrência do tromboembolismo, há outros fatores que também podem aumentar o risco, como obesidade e tabagismo.

Cerca de 61,5% das mulheres que tiveram o problema, por exemplo, eram fumantes. Então, converse com o seu ginecologista para saber quais anticoncepcionais são mais adequados para o seu caso antes de escolher algum.

Ovários Policísticos

A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho.

É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino e presença de micro cistos nos ovários.
Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal.

SINTOMAS

A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome. Em conjunto, outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença, como:

  • Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo);
  • Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen;
  • Obesidade;
  • Acne.

Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio.

DIAGNÓSTICO

Para realizar o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são necessários o exame clínico, o ultrassom ginecológico e exames laboratoriais.

Ovário Policístico

Através do ultrassom, a doença é percebida pelo aparecimento de muitos folículos ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. Esse ultrassom deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual. Não sendo a mulher virgem, deve-se dar preferência à técnica de ultrassom transvaginal.

É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando pílula anticoncepcional. Se houver um folículo dominante ou um corpo lúteo, é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico corretamente.

Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao ultrassom sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo não devem ser consideradas como portadoras da síndrome dos ovários policísticos.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento, mas para isso é fundamental questionar se a paciente pretende engravidar ou não. Os principais tratamentos são:

Anticoncepcionais orais – Não havendo desejo de engravidar, grande parte das mulheres se beneficia com tratamento à base de anticoncepcionais orais. A pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas. Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas. Existem pílulas que têm um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona.

Cirurgia – Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais.

Antidiabetogênicos orais – Estando a síndrome dos ovários policísticos associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes.

Dieta e atividade física – Essas pacientes devem ser orientadas em relação à dieta e atividade física, simultaneamente com as medidas terapêuticas.

Indução da ovulação – Se a paciente pretende engravidar, o médico lhe recomendará tratamento de indução da ovulação, não sem antes afastar as outras possibilidades de causas de infertilidade. Não se deve fazer esse tratamento em mulheres que não estejam realmente tentando engravidar.

Endometriose

Patologia em que o tecido endométrio, que normalmente reveste o útero cresce fora do útero. Na endometriose o tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas, bexiga ou no intestino.

Comparação entre um útero saudável e um útero com áreas afetadas pela Endometriose.
Comparação entre um útero saudável e um útero com áreas afetadas pela Endometriose.

A endometriose pode comprometer a fertilidade da mulher, é umas das principais causas de infertilidade e pode comprometer muito a qualidade de vida pois pode causar dor antes ou durante a menstruação e na relação sexual, mas muitas vezes ela é assintomática.

Diante da suspeita, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende de uma biópsia.

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos.

Mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos colaterais adversos.

Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.

Procure o ginecologista para avaliar e escolher o tratamento mais adequado. Se precisar, marque uma consulta comigo através dos canais abaixo:

DSTs, ISTs e a Fertilidade

Pink and white flower by Yash Garg on Unspash

DST ou IST são causadas por diversos agentes e transmitidas por relação desprotegida. As principais DST´s são a clamídia, gonorréia, hpv, sífilis, hiv, hepatites virais, tricomoníase e herpes genital.

Os sintomas são variáveis, podendo surgir corrimentos, verrugas e dor pélvica. Muitas vezes podem ser assintomáticas, como no caso da clamídia, que na mulher pode desenvolver a doença infamatória pélvica, podendo lesionar as trompas, levando a complicações como a Infertilidade.

Para a maioria das condições há solução se uma DST for tratada a tempo com acompanhamento ginecológico. Na maioria dos casos o tratamento é feito com cremes vaginas, vacinas ou remédios específicos recomendados pelo seu ginecologista.

Por isto é muito importante realizar exames anuais de rotina para diagnosticar e tratar a tempo para que não ocorram complicações.

Você já realizou seus exames ginecológicos de rotina? Agende uma consulta.

Higiene Íntima na Medida Certa

A falta ou o excesso de higiene íntima podem ser prejudiciais à saúde da vagina, desequilibrando o grau de acidez (PH) que controla a ação de bactérias, e consequentemente, resultando em inúmeras doenças.

A parte externa da vagina, que compreende a vulva, é uma região que acumula suor, gordura, umidade, células mortas e urina, muito propensas ao mal cheiro e complicações como fungos e bactérias, que causam coceiras e corrimentos. Veja algumas dicas:

1) Evitar duchas vaginais: As duchas vaginais devem ser evitadas, porque podem alterar o pH e a flora vaginal, podendo tornar a vagina mais suscetível a infecções.

2) Não usar lenços umedecidos ou papel higiênico perfumado: Os lenços umedecidos e o papel higiênico perfumado devem apenas ser usados em casos de extrema necessidade, quando se está fora de casa, por exemplo, e poucas vezes por dia, pois quando usados em excesso podem provocar secura na vagina e irritações, eliminando a lubrificação natural da região genital, além de também poder interferir no pH.

3) Não exagerar na depilação: A depilação total favorece o crescimento de micro-organismos e causa maior corrimento vaginal, facilitando o aparecimento de doenças. Além disso, a depilação com gilete e produtos para depilação destroem a camada protetora da pele e contribuem para reduzir a sua lubrificação natural. Não é aconselhável o uso destes produtos mais de 3 vezes na semana.

O que fazer?

A limpeza ideal dever ser feita com um sabonete hipoalergênico nas áreas que compreendem o monte púbico, a pele da vulva, raiz das coxas, região perianal (entre a vulva e o ânus) e ao interior dos grandes e dos pequenos lábios. Com uma pequena quantidade de sabonete nas pontas dos dedos, suaves movimentos circulares devem contemplar todas as dobras, seguida de enxague abundante com água corrente para a retirada dos resíduos. Uma toalha seca e limpa, finaliza a higienização.

Logo após contato íntimo deve-se tentar urinar para evitar o surgimento de infecções urinárias, pois a uretra fica muito próxima a vagina. Em seguida lavar com sabonete e água abundante.

O câncer de mama e a mamografia

Sempre destaco a importância da prevenção ao Câncer de Mama, que é a multiplicação desordenada das células, gerando um tumor maligno. Sem uma causa definida, está associado a fatores diversos, como idade, hormônios, comportamento (estilo de vida) e genética.

Câncer de Mama

Nossas grandes armas na prevenção do câncer são o acompanhamento médico regular e a mamografia.

A mamografia é um exame feito em um aparelho que “aperta” a mama por alguns instantes e tira um raio-x, detectando qualquer tumor menor que 1 cm (aqueles não palpáveis). A mamografia já ajudou muitas mulheres a descobrirem o problema no início, dando maior chance de recuperação e cura.

A mamografia

Quem deve fazer a mamografia? Mulheres a partir dos 40 anos de idade, ou mulheres que possuem histórico da doença entre familiares (mães, irmãs, filhas). Hoje a mamografia é necessária até os 69 anos de idade, após a qual outros exames devem ser feitos.

Se mantenham saudáveis, visitem seu médico regularmente!

 

 

 

 

Já fez seu exame de Papanicolau?

Papanicolau é importante para a saúde da mulher

O papanicolau é um exame ginecológico que detecta precocemente o câncer de colo do útero, um dos tumores mais comuns na população feminina e a quarta causa de mortes de mulheres por câncer no país. O exame também detecta e previne inflamações.

Todas as mulheres, com vida sexual ativa, ou a partir dos 25 anos de idade devem realizar esse exame.