Hipogonadismo feminino

O hipogonadismo feminino pode ser caracterizado quando as mulheres produzem menos ou deixam de produzir o estrogênio e a progesterona. A doença não tem cura, apesar de ter tratamento. Geralmente, o hipogonadismo é diagnosticado durante a puberdade.

GInecologista Dra Claudiani Branco fala sobre o Hipogonadismo feminino. Imagem: Brooke Cagle on Unsplash

A doença pode ser classificada em dois tipos, o primário e o secundário. O primeiro é chamado de hipergonadotrófico, que é caracterizado pelos ovários não estarem funcionando como deveriam. Já no hipogonadotrófico, ou secundário, é caracterizado pelas partes específicas do cérebro que controlam os ovários não estarem funcionando corretamente.

Entre as causas congênitas, a síndrome de Turner é a mais comum entre as pessoas do sexo feminino. Além disso, há outras causas que podem levar ao hipogonadismo feminino, como:

  • Emagrecimento constante (principalmente em atletas);
  • Doenças autoimunes;
  • Hemocromatose, doença em que o organismo deposita ferro nos tecidos causando defeitos nas gônadas ou na hipófise;
  • Cirurgia e radiações que possam causar alterações na função gonadal.

Sintomas

Os sintomas do hipogonadismo feminino são diferentes conforme a idade da paciente. Confira aqui os principais:

Antes da puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Ausência da menstruação;
  • Baixa estatura;
  • Pouco desenvolvimento das mamas;

Após a puberdade, os sintomas costumam ser:

  • Ondas de calor;
  • Perda de pêlos no corpo (axilas e pelos pubianos);
  • Diminuição da libido;
  • Perda de massa muscular;
  • Fogachos em mulheres com menos de 40 anos;
  • Vagina seca;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Falhas entre os períodos menstruais ou falta da menstruação.

Além desses sintomas, o hipogonadismo feminino normalmente causa infertilidade ou problemas durante a gestação.

Gravidez e o hipogonadismo

Quando a doença inicial não é na gônada e a paciente tem a intenção de ter um filho, alguns tratamentos podem ser feitos através da utilização de medicamentos que estimulem a função dos testículos ou dos ovários.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito realizando exames:

  • Ultrassom da pelve;
  • Ressonância da hipófise;
  • Determinação do painel de hormônios (FSH, LH, estradiol e progesterona).

Tratamento

O tratamento do hipogonadismo feminino pode ser feito de três formas:

  • Reposição hormonal com progesterona e estrogênio;
  • Cirurgia;
  • Estimulação da ovulação.

Quando a mulher tem diminuição da libido, o médico pode receitar testosterona em baixos níveis.

Para conviver com a doença, é fundamental fazer o tratamento adequado com acompanhamento especializado. E para mais informações e dúvidas, agende uma consulta através dos canais abaixo: