A ultrassonografia obstétrica usa ondas sonoras para produzir imagens de um bebê (embrião ou feto) que está dentro de uma mulher grávida. Também é possível visualizar o útero e os ovários da mãe.
O ultrassom não usa radiação ionizante, não tem efeitos prejudiciais conhecidos e é o método preferido para monitorar mulheres grávidas e seus bebês em gestação.
Preparação da gestante para o exame
Este procedimento não requer preparação especial.
Uma vez que apenas a área abdominal inferior precisa ser exposta para este exame, você pode usar uma roupa folgada de duas peças.
Fatores como batimentos cardíacos fetais e malformações podem ser avaliados e as medições podem ser feitas com precisão nas imagens exibidas na tela.
Tais medidas formam a pedra angular na avaliação da:
- idade gestacional;
- tamanho;
- crescimento do feto.
A forma como é feito o ultrassom obstétrico pode exigir uma bexiga cheia quando a varredura abdominal é feita no início da gravidez. Com isso, pode haver algum desconforto devido à pressão na região.
O gel condutor não mancha, mas pode dar a sensação de frio e umidade. Não há nenhuma sensação vinda das ondas de ultrassom.
Por que o Ultrassom é usado na gravidez?
Não se trata, apenas, de um momento emocionante no qual você tem o primeiro contato visual do seu filho. O Ultrassom Obstétrico é feito dentro do Pré-Natal, várias vezes ao longo das semanas de gestação, com o objetivo de:
- garantir que a saúde do bebê e da gestante esteja em ordem;
- diagnosticar alterações de uma série de características do seu bebê e mais.
Atualmente, a forma como é feita a Ultrassonografia Obstétrica é considerada uma investigação segura, não invasiva e precisa.
Tornou-se progressivamente uma ferramenta obstétrica indispensável e desempenha um papel importante no cuidado de toda mulher grávida.
Os principais usos da Ultrassonografia Obstétrica são:
1. Diagnóstico e confirmação da gravidez
O saco gestacional pode ser visualizado a partir de 4 semanas e meia de gestação e o saco vitelino em cerca de 5 semanas.
O ultrassom também é muito importante para confirmar que a gravidez está dentro da cavidade do útero.
2. Sangramento vaginal no início da gravidez
Um outro uso comum do ultrassom é para casos de sangramento.
Uma vez que o batimento cardíaco é detectado pela ultrassonografia entre a 6ª e 7ª semana, mesmo que ocorra um sangramento, é possível verificar se está tudo em ordem com o feto.
A frequência cardíaca fetal tende a variar com a idade gestacional nas primeiras fases da gravidez. A frequência cardíaca normal na 6ª semana é de cerca de 90-110 batimentos por minuto (bpm) e na 9ª semana é de 140-170 bpm.
3. Determinação da idade gestacional e avaliação do tamanho do feto
As medidas corporais fetais refletem a idade gestacional do feto. Isto é particularmente verdadeiro no início da gestação.
Em pacientes com último período menstrual incerto, tais medidas devem ser feitas o mais cedo possível na gravidez para se chegar a uma data correta para o paciente.
Na última parte da gravidez, a medição dos parâmetros corporais permitirá a avaliação do tamanho e do crescimento do feto e ajudará muito no diagnóstico e no manejo do retardo do crescimento intrauterino (RCIU).
As seguintes medições são geralmente feitas:
- O comprimento da coroa-nádega (CRL): feita entre 7 e 13 semanas e fornece uma estimativa muito precisa da idade gestacional.
- O diâmetro biparietal (DBP): é o diâmetro entre os dois lados da cabeça. Isso é medido após 13 semanas.
- O comprimento do fêmur (FL): mede o osso mais longo do corpo e reflete o crescimento longitudinal do feto.
- A circunferência abdominal (CA): a medida mais importante a ser feita no final da gravidez. Ele reflete mais o tamanho e o peso fetal do que a idade. Medições em série são úteis no monitoramento do crescimento do feto.
4. Diagnóstico de malformação fetal
A maneira como é feita a Ultrassonografia Obstétrica permite ao médico encontrar alterações estruturais que o feto possa vir a ter.
Elas podem ser diagnosticadas de forma confiável por meio de um ultrassom, e geralmente podem ser feitas antes de 20 semanas.
Exemplos comuns de malformação incluem:
- hidrocefalia;
- anencefalia;
- mielomeningocele;
- acondroplasia e nanismo;
- espinha bífida e mais.
Com equipamentos mais recentes, condições como fissura labiopalatina e alterações cardíacas congênitas são mais prontamente diagnosticadas e em uma idade gestacional mais precoce.
Os marcadores ultrassônicos “soft” indicam diferenças cromossômicas, como síndrome de Down.
A ultrassonografia ainda pode auxiliar em outros diagnósticos pré-natal.
5. Localização placentária
A ultrassonografia tornou-se indispensável na localização da placenta e na determinação de suas bordas inferiores.
Outras alterações placentárias em condições como diabetes, hidropisia fetal, isoimunização de Rh e retardo grave do crescimento intrauterino, também podem ser avaliadas.
6. Gravidez múltipla
Nessa situação, a ultrassonografia é inestimável na determinação de:
- número de fetos;
- corionicidade;
- apresentações fetais,
- presença de placenta prévia e outras análises.
7. Volume do líquido amniótico
Por meio do ultrassom obstétrico é possível medir a quantidade excessiva ou diminuída de líquido amniótico.
Ambas as condições podem ter efeitos adversos no feto. Nos dois casos, uma Ultrassonografia Obstétrica cuidadosa deve ser feita para excluir o retardo do crescimento intraútero e a malformação congênita no feto.
A ultrassonografia também é de grande valor em outras condições obstétricas que devem ser discutidas com o médico que está acompanhando o pré-natal.
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