VAGINOSE BACTERIANA

Vaginose Bacteriana é uma infecção genital causada por bactérias, principalmente pela Gardnerella Vaginalis.

Não é considerada uma doença sexualmente transmissível para alguns especialistas, uma vez que algumas dessas bactérias podem ser encontradas habitualmente no ser humano. No entanto, a transmissão ocorre também pelo contato íntimo ou relação sexual.

Dra Claudiani Branco explica a Vaginose bacteriana. Foto: Adam Niescioruk no Unsplash.

A Vaginose é a causa mais comum de corrimento genital e a segunda causa de candidíase. Essa infecção desencadeia um desequilíbrio da flora vaginal fazendo com que a concentração de determinadas bactérias aumente. Atualmente, a Vaginose Bacteriana é considerada uma proliferação maciça de uma flora mista, que inclui Gardnella VaginallisPeptoestreptococcus e Micoplasma hominis.

Durante a menstruação, a Vaginose causa um odor desagradável e forte, pois nesse período a ação das bactérias aumenta. Essa doença ocorre principalmente em mulheres na idade reprodutiva.

SINTOMAS

A Vaginose Bacteriana não apresenta uma reação inflamatória, por isso o reconhecimento da doença só pode ser percebido através dos seguintes sintomas:

  • Corrimento branco–acinzentado;
  • Odor fétido;

O não tratamento da Vaginose pode ocasionar problemas mais sérios, como: endometrites e salpingites (inflamação das trompas). No homem, não há sintomas da doença.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da Vaginose ocorre primeiramente em um exame ginecológico, no qual o médico nota se há a alteração do conteúdo vaginal.

Após esse primeiro exame clínico, o médico solicitará um exame de laboratório, como o Papanicolau. Ocasionalmente, poderá ser solicitado uma cultura e testes imunológicos.

EXAMES

A vaginose bacteriana ocorre quando há o desequilíbrio da flora vaginal e a consequente diminuição do número de lactobacilos e aumento de bactérias patogênicas (que causam doença).

O diagnóstico da vaginose bacteriana pode ser feito através da descrição dos sintomas somada ao exame clínico realizado em consultório pelo ginecologista através da análise especular. De forma mais precisa, é possível diagnosticar a enfermidade por meio de exames que analisem a secreção vaginal como bacterioscopia, cultura e análise do pH. O exame preventivo de Papanicolau, em que é realizada a coleta de células da vagina e do colo por uma raspagem, visa rastrear a presença de lesões precursoras do câncer de colo uterino. porém, também pode ajudar a dar o diagnóstico de outras doenças como a vaginose bacteriana.

Após a confirmação do diagnóstico de vaginose bacteriana, o tratamento deve ser iniciado com a utilização de antibióticos em doses prescritas pelo ginecologista, os quais podem ser administrados pela via oral ou vaginal durante sete dias. O tratamento da vaginose bacteriana deve ser realizado da forma correta para garantir a cura e não pré-dispor o organismo a outras infecções genitais.

PREVENÇÃO

A vaginose bacteriana é uma doença ginecológica que ocorre quando há o desequilíbrio da flora vaginal. Esse desequilíbrio normalmente se dá pela diminuição do número de lactobacilos e aumento de alguma bactéria própria da vagina.

Apesar de não ser definida como uma IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis, a vaginose bacteriana pode ser transmitida via relação sexual. Por isso, é importante o uso da camisinha, seja masculina ou feminina, em todas as relações. Também é preciso que o parceiro realize uma consulta com o urologista para verificar se realmente não apresenta nenhum sintoma da doença, prevenindo assim uma reinfecção da mulher.

É essencial dar atenção especial à higiene íntima para não relaxar e nem exagerar na limpeza. Quando for ao banheiro, sempre limpe a vagina da frente para trás a fim de não trazer as bactérias do ânus para o genital. Na hora do banho, evite fazer duchas vaginais , pois desequilibram a flora do trato vaginal. Assim, a vaginose bacteriana ficará mais longe de você e sua saúde ginecológica ficará mais preservada.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

O tratamento indicado para a Vaginose Bacteriana é realizado à base de antibiótico, podendo ser por via oral ou de uso tópico com creme vaginal ou óvulos. O uso de medicamento oral é indicado durante sete dias, assim como o creme vaginal, aplicado por sete noites.

Não é recomendado consumir álcool durante o tratamento, pois podem ocorrer reações adversas em razão de interação do álcool com alguns dos medicamentos utilizados para tratar a vaginose bacteriana.

CONVIVENDO

O desequilíbrio da flora vaginal pode, entre tantas doenças ginecológicas, provocar a proliferação das bactérias causadoras da vaginose bacteriana. Ao apresentar esse quadro, a mulher deve procurar um ginecologista que lhe receitará o melhor tratamento, mas em muitos casos a vaginose se torna recorrente, atrapalhando a vida social e profissional. Nesses casos, é preciso mudar a rotina para evitar o retorno da doença.

O primeiro passo para acabar com o problema da vaginose bacteriana recorrente é manter uma vida saudável. Para isso, é preciso dormir pelo menos oito horas por dia, praticar atividades físicas com regularidade e manter uma alimentação saudável, sem excesso de açúcares.

O corrimento provocado pela vaginose bacteriana tem odor desagradável. Por isso, realizar a higiene íntima de forma adequada, ao menos duas vezes ao dia, é de fundamental importância para curar a enfermidade e evitar novas infecções.

O vestuário também é importante no combate à vaginose recorrente. Prefira sempre calcinhas de algodão, pois esse tipo de tecido deixa a pele “respirar” melhor e, com isso, não há o aumento da temperatura da vagina, uma das causas do desequilibro da flora vaginal. Nos dias mais quentes opte por saias e vestidos mais soltos, que além de deixá-la mais fresca são melhores para sua saúde ginecológica. E claro, nunca deixe de usar camisinha em todas as relações para evitar uma possível recontaminação.

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