Vacina da Covid19 para gestantes e lactantes.

Claudiani Branco, com apoio da FEBRASGO fala sobre o uso da vacina de COVID 19 e Gestantes e Lactantes. Foto por Daniel Schludi no Unsplash.

Com a autorização da ANVISA e revisão de literatura, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) recomenda:

  • A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas em gestantes e lactantes, no entanto estudos em animais não demonstraram risco de malformações.
  • Para as gestantes e lactantes pertencentes ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação dos riscos e benefícios em decisão compartilhada entre a mulher e seu médico prescritor.
  • As gestantes e lactantes devem ser informadas sobre os dados de eficácia e segurança das vacinas conhecidos assim como os dados ainda não disponíveis. A decisão entre o médico e a paciente deve considerar: o nível de potencial contaminação do vírus na comunidade; a potencial eficácia da vacina; o risco e a potencial gravidade da doença materna, incluindo os efeitos no feto e no recém nascido e a segurança da vacina para o binômio materno-fetal.
  • O teste de gravidez não deve ser um pré requisito para a administração das vacinas nas mulheres com potencial para engravidar e que se encontram em condições de risco.
  • As gestantes e lactantes do grupo de risco que não concordarem em serem vacinadas, devem ser apoiadas em sua decisão e instruídas a manterem medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social.
  • Os eventos adversos esperados devem ser monitorados
  • As vacinas não são de vírus vivos e têm tecnologia conhecida e usada em outras vacinas que já fazem parte do calendário das gestantes como as vacinas do tétano, coqueluche e influenza.
  • Para as mulheres que foram vacinadas inadvertidamente e estavam gestantes no momento da administração da vacina, o profissional deverá tranquilizar a gestante sobre a baixa probabilidade de risco e encaminhar para o acompanhamento pré-natal. A vacinação inadvertida deverá ser notificada no sistema de notificação e-SUS notifica como um “erro de imunização” para fins de controle. [Informe Técnico]

Para esclarecer mais dúvidas como essa, agende uma consulta através dos canais abaixo:

Baby Blues: qual a diferença para depressão pós-parto

Quando o bebê nasce, as emoções ocasionadas pelos hormônios podem se intensificar e causar uma sensação de tristeza e melancolia na mãe. Manifestar esse tipo de sensação não significa que a mãe não esteja feliz com a chegada de seu bebê.

Dra Claudiani Branco fala sobre a diferença entre Baby Blues e Depressão Pós-Parto. Foto por Anthony Tran no Unsplash.

Essa bagunça emocional acontece devido a toda as mudanças pelas quais a mãe vem passando: nova rotina, forma física diferente, trazer uma criança ao mundo, expectativas sobre o futuro.

O que é baby blues?

O período do puerpério de humor instável pode ser caracterizado como baby blues ou depressão materna.

Em relação aos fatores químicos, uma hipótese é a de que o período pós-parto faz com que ocorra uma queda dramática nos hormônios estrogênio e progesterona, e essas mudanças por si só podem contribuir para um quadro de tristeza.

Outros hormônios produzidos pela glândula tireoide também podem cair bruscamente – o que pode aumentar o cansaço e sensação de tristeza. Mudanças no seu volume de sangue, pressão arterial, sistema imunológico e metabolismo podem contribuir para a fadiga e alterações de humor.

O que é depressão pós-parto?

É um transtorno do humor que inicia na gestação ou nas primeiras seis semanas após o parto, podendo persistir por um ano ou mais. É uma doença relativamente comum, que acomete entre 10% e 20% das mulheres. 

A depressão pós-parto costuma acontecer quando a mãe já possui histórico de depressão durante a gravidez ou em outros momentos da vida. Além deste, outros fatores podem levar a uma depressão pós parto:

  • Ter outros transtornos emocionais (depressão, ansiedade, etc)
  • Ter tido depressão pós-parto em uma gravidez anterior
  • Ter membros na família com histórico de depressão
  • Ter vivido eventos estressantes durante o período da gravidez (como complicações, doença, perda de emprego)
  • Ter dificuldade em amamentar
  • Bebê ter nascido com problema de saúde
  • Ter problemas de relacionamento com o cônjuge ou familiares.

Essa é uma condição que requer tratamento médico imediato. Se não tratada, essa doença pode trazer importantes prejuízos na interação entre mãe e bebê e na formação do vínculo afetivo, além de inseguranças no cuidado com a criança, podendo afetar significativamente a saúde da criança. 

Como diferenciar a depressão pós-parto de melancolia ou tristeza puerperal (baby blues)?

Nos primeiros dias depois do nascimento do bebê, é comum que a mãe se sinta irritada, triste e com vontade de chorar, mesmo sem motivo. Mas esses sentimentos podem ser intercalados com momentos de muita alegria e satisfação. Isso se deve a mudanças hormonais que acontecem nessa fase.

Esses hormônios vão se estabilizando no organismo à medida que ele começa a produzir o leite materno. Essa condição é passageira e costuma desaparecer até o final da segunda semana de vida do bebê, principalmente se a mulher puder contar com o apoio da família e das pessoas que convivam com ela. Não é necessário nenhum tratamento médico para o baby blues

HPV

Dra Claudiani explica sobre os riscos do HPV para casais, quais as vacinas, tratamentos e prevenções possíveis. Foto por Alex Iby no Unsplash.

Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecção transmitida sexualmente (DST). A ausência de camisinha no ato sexual é a principal causa da transmissão.

Também é possível a transmissão do HPV de mãe para filho no momento do parto, quando o trato genital materno estiver infectado. Entretanto, somente um pequeno número de crianças desenvolverá a papilomatose respiratória juvenil.

O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Quando não é tratado, torna-se a principal causa de câncer do colo do útero e da garganta. 99% das mulheres com câncer de colo do útero foram infectadas por esse vírus.

SINTOMAS

O HPV pode ser sintomático clínico e subclínico. Quando sintomático clínico, o principal sinal da doença é o aparecimento de verrugas genitais na vagina, pênis e ânus.

É possível também o aparecimento de prurido, queimação, dor e sangramento. Espalham-se rapidamente, podendo se estender ao clitóris, ao monte de Vênus e aos canais perineal, perianal e anal. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta do homem e da mulher.

Nos homens, a maioria das lesões se encontra no prepúcio, na glande e no escroto. As verrugas apresentam um aspecto de uma couve-flor.

Já os sintomas do HPV subclínico (não visível a olho nu) podem aparecer como lesões no colo do útero, na região perianal, pubiana e ânus.

DIAGNÓSTICO

O HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico e de exames laboratoriais, como Papanicolau, colposcopia, peniscopia e anuscopia.

Deve-se realizar diagnóstico diferencial com outras lesões papilomatosas, incluindo variações anatômicas (glândulas sebáceas, pápulas perláceas do pênis), outras doenças infecciosas e neoplasias.

Lesões Benignas Comuns na Pele 

  • Querastoses seborréticas – lesões hipertróficas de superfície rugosa.
  • Nevos-lesões tipicamente elevadas, porém tipos pedunculados podem ocorrer.
  • Pápulas perláceas do pênis – pápulas circunscritas, com 1 a 2mm de diâmetro, usualmente sobre a porção proximal de glande.

Neoplasias (se houver suspeita, a biópsia se faz necessária)

  • Papulose boewnóide – carcinoma in situ, pápulas rugosas únicas ou múltiplas, de 2 a 4mm de diâmetro, variando de cor da pele a vermelhos-acastanhado, recalcitrante às terapias habituais para verrugas.
  • Melanona maligno – tipicamente único, pode ser plano ou elevado com variação na cor e formato.
  • Condiloma gigante ou tumor de Buschke-Lowenstein – lesão maligna de baixo grau, localmente invasiva que pode surgir como condiloma pedunculado.  

EXAMES

O HPV pode ser identificado por meio de lesões que aparecem ao longo do trato genital, podendo chegar até o colo do útero. Ao perceber essas alterações nos exames ginecológicos comuns, o médico poderá solicitar mais exames para confirmar o diagnóstico. Conheça os principais:

Papanicolau: exame preventivo mais comum, detecta as alterações que o HPV pode causar nas células e um possível câncer, mas não é capaz de diagnosticar a presença do vírus. Recomenda-se que as mulheres realizem anualmente a partir dos 25 anos de idade. Com dois resultados negativos, a periodicidade do exame passa a ser a cada três anos, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.

Colposcopia: feito com um aparelho chamado colposcópio, que aumenta a visão do médico de 10 a 40 vezes, o exame permite a identificação de lesões na vulva, na vagina e no colo do útero. A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de Papanicolau, para saber a localização precisa das lesões precursoras do câncer de colo do útero. Após a identificação das regiões com suspeita de doença, remove-se um fragmento de tecido (biópsia) para confirmação diagnóstica.

Detecção molecular do HPV

Captura Híbrida: é um teste qualitativo de biologia molecular. A técnica investiga a presença de um conjunto de HPV de alto risco, mesmo antes da manifestação de qualquer sintoma, por meio da detecção de seu DNA, confirmando ou descartando a existência da infecção pelo vírus. Para realizá-la, o médico deve obter material da região genital ou anal por meio de uma escovinha especial, que é enviada para análise laboratorial.

PCR (reação em cadeia de polimerase): por meio de métodos de biologia molecular com alta sensibilidade, esse teste detecta a presença do genoma dos HPV em células, tecidos e fluidos corporais. É capaz de identificar a presença de praticamente todos os tipos de HPV existentes.

PREVENÇÃO

Para evitar a contaminação pelo HPV recomendam-se os seguintes cuidados:

  • Uso de camisinha masculina, para todos os tipos de relações sexuais (oral, anal, genital);
  • Uso de camisinha feminina;
  • Vacina quadrivalente (previne contra o HPV 6,11,16 e 18) ou bivalente (previne contra o HPV 16 e 18);
  • Rotina do exame preventivo (Papanicolau);
  • Evitar fumar, beber em excesso e usar drogas, pois essas atividades debilitam o sistema de defesa do organismo, tornando a pessoa mais susceptível ao HPV.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

Na maioria dos casos, o HPV não causa sintomas e é eliminado espontaneamente pelo corpo. Entretanto, de 30 a 40% dos tipos existentes de HPV podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando lesões como as verrugas genitais e as alterações pré-cancerígenas no colo do útero. A forma de tratamento deverá ser escolhida levando-se em conta a idade da paciente, o tipo de HPV, a extensão e a localização das lesões.

Verrugas genitais

O tratamento para as verrugas genitais é bastante trabalhoso, já que elas podem voltar a aparecer várias vezes em até 50% dos casos, exigindo muitas aplicações, ao longo de semanas ou meses. É importante ter disciplina e paciência. Pode ser feito por laser, crioterapia (congelamento) ou cirurgia com uso de anestésicos locais. Podem ser utilizadas substâncias químicas diretamente nas verrugas, como a podofilina e seus derivados, e o ácido tricloroacético. Além disso, existem compostos que estimulam o sistema imune quando aplicados topicamente.

Câncer de colo de útero

O tratamento depende do estágio do câncer. Em alguns casos em que o câncer está restrito ao revestimento do colo do útero, o médico pode conseguir removê-lo completamente, por meio de bisturi ou excisão eletrocirúrgica.

Como o câncer pode recidivar, os médicos aconselham as mulheres a retornarem ao controle e à realização do exame de Papanicolau e da colposcopia a cada seis meses. Após dois resultados negativos, o seguimento passa a ser a cada três anos.

Quando o câncer se encontra em um estágio mais avançado, a histerectomia radical (cirurgia para a retirada do útero e das estruturas adjacentes) e a remoção dos linfonodos são necessárias. A radioterapia é altamente eficaz no tratamento do câncer de colo do útero avançado que não se disseminou além da região pélvica. Apesar de a radioterapia geralmente não provocar muitos problemas imediatos, pode afetar o reto e a vagina. Uma lesão tardia da bexiga ou do reto pode ocorrer e, geralmente, os ovários deixam de funcionar. Quando há disseminação do câncer além da pelve, a quimioterapia é algumas vezes recomendada.

Cuidados

Usar camisinha em todas as relações sexuais é importantíssimo para prevenir a transmissão do HPV e outras doenças. No caso do HPV, existe ainda a possibilidade de contaminação por meio do contato de pele com pele, e pele com mucosa. Isso significa que qualquer contato sexual – incluindo sexo oral e masturbação – pode transmitir o vírus. O contágio também pode ocorrer por meio de roupas e objetos, o que torna a vacina um elemento relevante da prevenção, bem como a prevenção e tratamento em conjunto do casal.

A vacina contra o HPV pode prevenir diversas doenças causadas pelo vírus. Conheça as indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil, segundo o Guia do HPV:

Vacina CepaIndicaçãoDosesPrevine qual Câncer
BivalenteHPV 16 e 18.Mulheres de 10 a 25 anos.3
(hoje, 1 mês e 6 meses)
Previne Câncer do Colo do útero em até 70% dos casos.
QuadrivalenteContra HPV 6, 11, 16 e 18.Mulheres e Homens de 9 a 26 anos.3
(hoje, 2 meses e 6 meses)
Colo do útero: até 70% dos casos.
Vulva: até 50% dos casos.
Vagina: até 60% dos casos.
Ânus: até 90% dos casos.
Verrugas genitais:
até 90% dos casos.

Conviver com qualquer doença exige responsabilidade. Muitas vezes, receber um diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível tem um impacto emocional muito negativo. Por isso, é importante fazer o acompanhamento ginecológico recomendado e seguir o tratamento conforme orientação médica.

Além disso, busque maneiras de falar sobre isso, com amigos, familiares e profissionais de saúde de sua confiança. Para manter uma vida sexual saudável e prazerosa, é preciso cuidar de si mesmo e do parceiro, encarando as situações difíceis com responsabilidade.

CONVIVENDO

A infecção genital por HPV por si só não contraindica uma gravidez. Se existirem lesões induzidas pelo HPV (tanto verrugas genitais como lesões em vagina e colo), o ideal é tratar primeiro e depois engravidar.

Se ocorrer a gravidez na presença dessas lesões, não existem grandes problemas; porém, as verrugas podem se tornar maiores em tamanho e quantidade devido ao estímulo hormonal característico da gestação. Nessa situação, podem existir maiores dificuldades no tratamento, e o médico avaliará se é possível a realização de parto normal ou não.

Existe a possibilidade de o HPV ser transmitido para o feto ou recém-nascido e causar verrugas na laringe do recém-nascido e/ou verrugas na genitália. O risco parece ser maior nos casos de lesões como as verrugas genitais. Mesmo nesses casos, o risco de ocorrer esse tipo de transmissão é baixo.

É muito importante que a gestante informe ao seu médico, durante o pré-natal, se ela ou seu parceiro sexual já tiveram ou têm HPV.

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Tempo de espera para Tentantes

É o período em que o casal tenta a gravidez de forma espontânea e não utiliza métodos contraceptivos. Durante esse tempo, não se pode considerar ainda o diagnóstico de infertilidade, pois é considerada normal certa demora para a concepção. Após esse período de tentativas sem sucesso, o médico ginecologista deve ser procurado para a realização de exames como parte da pesquisa básica de infertilidade.

Pesquisas apontam que, para casais em que a mulher tem até 35 anos de idade, a probabilidade mensal de que consigam engravidar é de 20%. Isso significa que cerca de 85% dos casais nessas condições devem obter êxito, dentro do tempo de espera necessário.

Dra Claudiani Branco explica aos casais Tentantes o tempo de espera, e como ele varia de acordo com a idade da mulher. Foto por Jonathan Borba no Unsplash.

O tempo regular de espera varia conforme a idade da mulher. Para mulheres até os 35 anos de idade, o período a partir do qual se deve procurar orientação médica deve ser de pelo menos um ano, mantendo-se relações sexuais frequentes principalmente na janela fértil da mulher. A janela fértil, também conhecida como período de ovulação, acontece entre o 12˚e o 15˚ dia do ciclo menstrual para a maioria das mulheres.

Com o passar do tempo, especialmente depois que a mulher atinge 35 anos de idade, as chances de gravidez vão diminuindo gradativamente. Assim, o tempo de espera de uma gravidez espontânea segue a seguinte tendência:

IdadeTempo de EsperaProbabilidade de Infertilidade
35 a 38 anos6 meses11%
39 aos 40 anos4 meses11%
40 aos 43 anos3 meseschegando a 33%
a partir dos 44 anos2 meses87%

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OSTEOPOROSE

Osteoporose é definida como a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento. Essa doença provoca a diminuição da absorção de minerais e de cálcio.

Três em cada quatro pacientes são do sexo feminino. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa.

Dra Claudiani esclarece diversas dúvidas a respeito da Osteoporose. Foto por Mehmet Turgut Kirkgoz no Unsplash.

A fragilidade dos ossos nas mulheres é causada pela ausência do hormônio feminino, o estrogênio, que os tornam porosos como uma esponja. É a maior causa de fraturas e quedas em idosos.

Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:

  • Pele branca;
  • Histórico familiar de osteoporose;
  • Vida sedentária;
  • Baixa ingestão de Cálcio e /ou vitamina D;
  • Fumo ou bebida em excesso;
  • Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glocorticoides e heparina;
  • Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma.

Os locais mais afetados por essa doença são a coluna, o punho e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso. É considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.

SINTOMAS

Além das fraturas nos ossos e quedas, a perda de massa óssea pode provocar os seguintes sintomas:

  • Dor crônica;
  • Deformidades;
  • Perda de qualidade de vida e/ou desenvolvimento de outras doenças, como pneumonia;
  • Redução da estatura;

As fraturas de quadril podem levar à imobilização da paciente, e requerer cuidados de enfermagem por longo prazo.

DIAGNÓSTICO

Geralmente, é diagnosticada somente após a ocorrência da primeira queda, pois os sintomas não são perceptíveis. O principal método para diagnosticar a osteoporose é a densitometria óssea. Esse exame mede a densidade mineral óssea da coluna lombar e no fêmur. O resultado pode ser classificado como: normal, osteopenia e osteoporose.

EXAMES

Problema comum nas mulheres após a menopausa, a osteoporose consiste na redução da massa dos ossos, com alterações em sua microestrutura. Essa doença torna mais frágil a estrutura óssea da paciente, aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências.

Entretanto, a osteoporose é uma doença silenciosa que, na maioria das vezes, evolui sem sintomas. Mantendo acompanhamento médico regular, é possível identificá-la e iniciar o tratamento o quanto antes.

Densitometria óssea

O exame de referência para o diagnóstico da osteoporose hoje é a densitometria óssea. A medida da massa óssea permite determinar o risco de a paciente vir a ter fraturas, auxiliando a identificação da necessidade de tratamento. Também possibilita avaliar as mudanças na massa óssea com o tempo.

O diagnóstico da osteoporose é realizado por meio da avaliação dos antecedentes pessoais da paciente, da avaliação da densidade da coluna lombar e do fêmur proximal, colo femoral e/ou fêmur total e antebraço, segundo os critérios propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A densitometria óssea vai refletir a situação atual da paciente, sendo necessário fazer comparações com exames anteriores para identificar o ganho ou a perda de massa óssea, identificando a evolução da doença ou a eficácia do tratamento. O intervalo entre os exames é definido pelo próprio médico, que leva em conta diversos critérios, como sexo e idade do paciente, a precisão da tecnologia empregada, entre outros. Em geral, são recomendados exames com intervalo mínimo de um a dois anos.

As sociedades americanas National Osteoporosis Foundation (NOF) e North American Menopause Society (NAMS) recomendam a realização da densitometria óssea para:

  • Todas as mulheres com 65 anos ou mais, e nas que tenham doenças que causam perdas ósseas;
  • Nas mulheres na menopausa ou em transição, com 50 anos ou mais, que tiverem pelo menos os seguintes problemas:
    • Uma fratura após a menopausa ou após os 50 anos (exceto no crânio, face, tornozelo ou dedos);
    • Magreza ou IMC ≤ 21 kg/m2;
    • Pais com história de fratura no quadril;
    • Artrite reumatoide;
    • Fumantes atuais;
    • Ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia)

Existem também outras indicações para a solicitação de exames para pesquisar de osteoporose, se você está próxima ou já entrou na menopausa procure seu médico.

PREVENÇÃO

A prevenção da osteoporose é feita adotando-se hábitos saudáveis ao longo da vida. É preciso redobrar a atenção após a menopausa, já que a queda dos níveis do hormônio estrógeno acelera o processo de perda de densidade óssea, demandando maiores cuidados para prevenir a doença.

Acredita-se que cerca de um terço das mulheres brasileiras na pós-menopausa desenvolvem a osteoporose. Apesar disso, 80% das mulheres em idade adulta no nosso país desconhecem a relação entre a menopausa e o aumento dos índices dessa doença, que pode causar fraturas e diminuir muito a qualidade de vida da paciente. Dessa forma, é preciso estar informada para os desafios que envolvem a chegada dessa fase: cuidar da saúde ao longo da vida, e ajustar os hábitos nos momentos em que o corpo pedir maiores cautelas.

Um dos elementos fundamentais para garantir a saúde dos ossos é a prática regular de atividade física desde cedo, o que permite alcançar o pico de massa óssea. Exercícios como caminhada, atividades aeróbicas e com carga contribuem para aumentar um pouco esse índice, que se mantém com a continuidade das atividades.

Por outro lado, cuidar da alimentação também pode fazer a diferença na prevenção da osteoporose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é importante ingerir alimentos ricos em cálcio diariamente, numa quantidade de 1.000 a 1.300 mg por dia – o equivalente a cerca de três porções de leite e derivados. Por exemplo: um copo de leite (250mg de cálcio), um copo de iogurte (300mg) e uma fatia de queijo (300mg).

Tomar sol é parte importante no processo de prevenção da doença. Os raios solares são necessários para a produção de vitamina D, substância fundamental na manutenção de um esqueleto saudável. A exposição à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – pode fazer a diferença na produção da vitamina, que também pode ser encontrada em alguns alimentos e suplementos vitamínicos.

Num país tropical como o Brasil, tomar sol não é problema – ao sair às ruas para realizar as tarefas diárias, já estamos proporcionando à nossa pele as condições necessárias para produzir vitamina D. Dessa forma, é importante que as pessoas da terceira idade mantenham-se ativas, caminhando ao ar livre e repondo o cálcio através da alimentação e suplementos, quando indicado pelo médico.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

Os tratamentos atuais para a osteoporose não revertem a perda óssea completamente. Como a osteoporose é frequentemente diagnosticada somente após a instalação da doença, considera-se que uma das melhores estratégias sejam as medidas preventivas que retardam ou evitam o desenvolvimento da doença.

Para isso, durante a juventude deve-se melhorar o pico de massa óssea, reduzir as perdas ao longo da vida e evitar as quedas. As principais indicações são:

  • Alimentação balanceada, com atenção para o cálcio dietético (leite e derivados);
  • Uso de medicamentos com cálcio e vitamina D;
  • Exposição moderada ao sol, para que ocorra a síntese da vitamina D;
  • Prática regular de exercícios físicos, como caminhada – que estimula a formação óssea e previne a reabsorção;
  • Terapia hormonal (para mulheres).

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Menstruação

Dra Claudiani Branco, ginecologista, explica a menstruação. Foto por Andrea Piacquadio no Pexels.

Menstruação é a descamação das paredes internas do útero quando não há fecundação. Essa descamação faz parte do ciclo reprodutivo da mulher e acontece todo mês.

O corpo feminino se prepara para a gravidez, e quando esta não ocorre, o endométrio (membrana interna do útero) se desprende. O fluxo menstrual é composto, assim, por sangue e tecido uterino.

O período menstrual faz parte do ciclo reprodutivo da mulher, que acontece em quatro fases:

Menstruação – Perda de sangue que ocorre periodicamente. Devido a estímulos hormonais, a superfície do endométrio se rompe e é excretada pela vagina, sob a aparência de um fluido de sangue. Em geral, a primeira menstruação (menarca) ocorre aos dozes anos;

Fase pré-ovulatória – Período em que o óvulo se desenvolve para sair do ovário e o útero se prepara para receber um óvulo fecundado; 

Ovulação – Processo que ocorre entre o 13º e 15º dia antes da próxima menstruação.  Nessa fase, a mulher está fértil e tem maiores chances de engravidar

Fase pós-ovulatória – quando o óvulo não é fecundado, ele morre após 12 ou 24 horas. Após essa morte, há o início de uma nova menstruação. 

É possível evitar a menstruação a fim de melhorar os sintomas da cólica, da TPM e da endometriose com o uso dos anticoncepcionais, nos chamados regime contínuo (não há pausa) e regime estendido (a pausa é realizada após 84 dias).

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Câncer de endométrio

O câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. Acomete principalmente mulheres após a menopausa, em geral acima dos 60 anos. Apenas 20%, ou menos, das mulheres com câncer de endométrio estão na fase de pré-menopausa. Menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade. O câncer de endométrio é um tumor altamente curável na maioria das mulheres.

Anatomia

O útero, que faz parte do sistema reprodutor da mulher, situa-se no centro da pelve, tem continuidade com a vagina e está preso à bacia através de lâminas de tecido conjuntivo, que são chamados de paramétrios. De cada lado do útero, passam duas estruturas tubulares, os ureteres, que levam urina dos rins para a bexiga.

Localização do útero.

O útero se divide em duas partes, a inferior ou colo do útero, que fica em contato com a cúpula da vagina, e a superior ou corpo uterino. O corpo do útero é constituído por uma camada muscular, mais externa, chamada miométrio, e por uma cavidade interna revestida por uma mucosa conhecida como endométrio, que descama e sangra durante a menstruação.

Na porção mais superior do corpo do útero estão localizadas as tubas uterinas, que são dois canais ligados aos ovários e no interior dos quais ocorre o processo de fertilização. Pequenos ligamentos colocam o útero em contato com os ovários.

Pode-se originar numa lesão pré-maligna (hiperplasia atípica) ou instalar-se já com características malignas. Caso não seja reconhecido a tempo, o tumor crescerá localmente e, além de infiltrar superficialmente a mucosa do endométrio, poderá penetrar em direção à camada muscular do útero, o miométrio.

Depois de atravessar o miométrio, o risco de as células malignas alcançarem os linfonodos da pelve e do abdômen será maior, e o tumor pode invadir os órgãos vizinhos: vagina, colo do útero, ovários, reto, sistema urinário e o interior do abdômen. Mais raramente, as células podem atingir vasos sanguíneos e se disseminar para pulmões, fígado e osso

Carcinoma endometrioide

É o tipo mais comum, responsável por 80% a 90% dos casos. Ele se forma a partir das glândulas presentes no endométrio e costuma ser pouco agressivo.

Carcinoma seroso-papilífero

Representa o segundo tipo mais comum: aproximadamente 8% de todos os tumores endometriais. Apresenta maior agressividade e maiores chances de metástases, exigindo tratamentos mais radicais.

Carcinoma de células claras

É responsável por 1% a 3% dos casos. Costuma ser mais agressivo, mesmo quando diagnosticado em fase precoce.

Sarcomas

Correspondem a aproximadamente 3% a 5% dos tumores do corpo do útero. Originam-se na musculatura do corpo uterino (miométrio) ou no tecido que sustenta o endométrio (estroma). Em geral, são mais resistentes à quimioterapia e à radioterapia. Os sarcomas uterinos podem ser divididos nos seguintes subtipos: leiomiossarcoma, carcinossarcoma, sarcoma indiferenciado, sarcoma estromal e adenossarcoma.

Consulte um ginecologista

No entanto, apesar de todas informações acima, é de suma importância você entrar em contato com um médico ginecologista. Agende uma consulta através dos canais abaixo:

CUIDADOS COM O BEBÊ

Após o nascimento, o bebê merece muito cuidado e atenção. Nessa fase inicial da vida é necessário tomar algumas precauções, pois a criança é mais sensível e muito influenciada pelo ambiente e pelas pessoas de seu convívio. Os principais cuidados com o recém-nascido são:

Pele

A pele do bebê deve ser higienizada com produtos não tóxicos, e neutros. A limpeza das nádegas e da região perianal deverá ser feita com água e algodão. Um sabonete suave, com posterior enxágue, deve ser utilizado quando for necessária troca de fraldas.

Umbigo

O coto umbilical é uma parte muito sensível em bebês recém-nascidos, que pode acumular secreções se você não mantiver a área limpa. Pediatras recomendam a higiene frequente de até três vezes por dia. Quando for trocar as fraldas do bebê, faça primeiro a limpeza do coto umbilical com álcool 70% e cotonetes flexíveis de algodão. A região é delicada, mas pode ficar tranquila ao realizar a higienização, pois o bebê não tem sensibilidade na área. Feito isso, volte à troca do bebê. Entre uma ou duas semanas, o coto pode cair, mas a desinfecção da área deve ser mantida até a autorização do seu pediatra.

Mãos e Unhas

As mãos e unhas do recém-nascido são áreas que também precisam de atenção e limpeza, pois os bebês costumam levar as mãos até a boca com muita frequência. Mantenha as unhas sempre limpas e curtas. Nos primeiros dias, elas ainda estão moles. Nesse caso, uma lixa pode ser utilizada para mantê-las curtas. Quando endurecerem, recomendamos o uso de tesoura sem ponta.

Orelhas

Muita atenção com a higienização das orelhas do bebê. Assim como nós, eles também produzem cera de ouvido como mecanismo de defesa. Mesmo assim, nunca utilize cotonetes de algodão para a limpeza interna dessa região, apenas para secar a parte externa. A melhor maneira de limpar as orelhas do bebê é higienizá-las na hora do banho e secar bem a parte externa com uma toalha macia.

Trocando as fraldas

Trocar as fraldas do seu bebê é importante para o conforto, evitar assaduras e claro, garantir a higiene do bebê. Então, sempre troque imediatamente as fraldas ao perceber que estão molhadas ou sujas.

A hora do banho

Quando a hora do banho chegar é importante prezar pela segurança e o prazer do bebê e da mãe. Confira algumas dicas que vão facilitar o processo e tornar o momento mais gostoso:

  • Tente escolher sempre o mesmo horário e o melhor momento para dar o banho, para que você possa se dedicar em tempo integral ao bebê;
  •  Sempre utilize sabonetes neutros;
  •  Comece o banho lavando apenas com água o rosto do bebê. Após o rosto, siga pela cabeça e o resto do corpo. Dê uma atenção especial ao coto umbilical, limpando também seu entorno;
  • Após o banho, seque o bebê com uma toalha macia e absorvente, com bastante calma e cuidado. Faça o curativo do coto umbilical conforme as orientações pediátricas;
  • Por fim, faça a higienização da banheira.

MIOMA

Informações úteis sobre como lidar com o Mioma. Foto por Diego Rosa no Unplash.

Miomas ou fibromas são tumores benignos do útero, consistindo em um distúrbio hormonal que causa um enovelamento das fibras musculares e assim, forma nódulos nesse órgão. Possuem uma coloração esbranquiçada e sua consistência é firme. Em sua maioria, os miomas são múltiplos.
Fibroma é uma doença que afeta cerca de 50% das mulheres, em sua maioria de pele negra. Outros fatores que elevam a propensão ao desenvolvimento de mioma são a obesidade e a nuliparidade (não ter filhos).

O estrogênio é o principal causador dessa doença. Por isso, a maior incidência de miomas ocorre no auge da fase reprodutiva até a chegada da menopausa.

SINTOMAS

A maioria das mulheres não apresentam sintomas da doença, mas dependendo do tamanho, da quantidade e da localização do mioma é possível apresentar os seguintes sintomas:

  • Sangramento uterino anormal;
  • Pressão na bexiga;
  • Dor no abdômen;
  • Dor lombar;
  • Dificuldade para engravidar;
  • Dor pélvica com hemorragia.

DIAGNÓSTICO

Por se tratar de uma doença assintomática, cerca de 80% das mulheres descobrem que possuem miomas em exames de rotina, tais como ultrassom, como ultrassom e exame ginecológico.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

Os miomas devem ser tratados independentemente de apresentar sintomas ou não. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico e é realizado de acordo com o histórico da paciente e da quantidade e tamanho dos nódulos.

O tratamento medicamentoso pode ser feito com o uso de diversos medicamentos que podem ser tanto de uso oral como injetáveis. Alguns exemplos são: anti-inflamatórios não hormonais, progestágenos, drogas inibidores hormonais, entre outros.

Caso a mulher tenha mais de 35 anos de idade e possua filhos, um dos tratamentos indicados é a histerectomia, que consiste na retirada do útero com os miomas, por meio da laparoscopia, cirurgia clássica por via aberta, videolaparoscopia ou via vaginal. Quando a mulher deseja manter o útero, pode se optar pelo tratamento medicamentoso ou retirar somente os miomas, mas com grandes possibilidades de futuramente surgirem novos miomas. Nesse caso, é indicado também o uso de medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios.

Mulheres que desejam engravidar devem receber um tratamento especial, pois os miomas podem prejudicar a fertilidade, podendo levar a um aborto. Quando a mulher consegue engravidar, os fibromiomas não podem ser retirados, mas deve-se tomar cuidado, pois podem induzir ao parto prematuro devido ao seu aumento volumétrico. Após o parto, eles devem ser removidos.

Em último caso, quando a mulher não deseja realizar uma cirurgia, o tratamento indicado é a embolização, que consiste na obstrução das artérias do útero com partículas sólidas que reduzirão o aporte sanguineo aos miomas, diminuindo o volume uterino e a quantidade dos nódulos.

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INFECÇÃO URINÁRIA

Todas as dúvidas que você precisa saber sobre infecção urinária. Foto por Jonathan Cosens no Unsplash.

Infecção urinária é a presença anormal de patogênicos (que causam doença) em alguma região do trato urinário. Algumas pessoas, especialmente mulheres, podem apresentar bactérias no trato urinário e não desenvolverem infecção urinária, chamadas de bacteriúria assintomática.

As principais causas são a relação sexual e as bactérias do trato gastrointestinal, que migram por via ascendente da região perineal até a bexiga. Raramente ocorre pela via hematogênica (circulação sanguínea).

Existem dois tipos principais: a cistite e a pielonefrite. A cistite é a infecção que afeta a bexiga, enquanto a pielonefrite afeta o rim. Essa última possui sintomas mais severos.

A incidência de infecção urinária é de 80% a 90% em mulheres, é mais prevalente na idade reprodutiva e nas mulheres que estão na menopausa, devido à queda do estrogênio e de alterações no tipo e quantidade de micro-organismos que protegem a vagina.

SINTOMAS

Na infecção urinária, os principais sintomas na mulher são:

  • Disúria (ardor na uretra durante a micção);
  • Aumento da frequência urinária (mais de sete vezes por dia);
  • Noctúria (mais de uma micção noturna);
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
  • Dor suprapúbica;
  • Sangue na urina;
  • Alteração do aspecto físico da urina (coloração escura, aparência turva e odor forte).

Em alguns casos mais severos, a doença pode causar dor lombar, febre e/ou mal-estar.

DIAGNÓSTICO

A infecção urinária é uma doença que, quando não tratada adequadamente, pode acometer todo o trato urinário, independente da faixa etária do paciente. As mulheres sofrem mais com o problema por terem uma uretra mais curta e mais próxima ao ânus, local rico em bactérias provenientes das fezes. Por esse motivo, é extremamente importante ter atenção à higiene dessa região. A doença é causada por micro-organismos que entram pela uretra e que podem até mesmo atingir a bexiga e os rins, infectando todo o trato urinário, causando fortes dores.

O diagnóstico da infecção urinária é realizado em consultório pela escuta das queixas do paciente e pelo exame físico realizado em consultório. A comprovação da infecção é realizada pelo exame de urina e determinação da quantidade de bactérias presentes na amostra coletada. Se o resultado for superior a 100 mil bactérias por mililitro é diagnosticada a infecção urinária. O tipo de bactéria causadora da infecção e o antibiótico apropriado para o tratamento são determinados pela cultura de urina (urocultura).

Dependendo do nível da infecção e do histórico do paciente, o médico pode solicitar outros exames para investigar o aparelho urinário. Podem ser solicitados exames como ultrassom do abdômen e da pelve, urografia excretora, cintilografia renal e outros exames de imagem, tais como tomografia do abdômen.

Se sentir ardência ou dor ao urinar procure seu médico. A infecção urinária deixada sem tratamento pode comprometer diversos órgãos do trato urinário.

EXAMES

Para diagnosticar adequadamente a infecção urinária, o especialista deve solicitar a urocultura com antibiograma – exame realizado em laboratório. O antibiograma é um teste de sensibilidade a fim de identificar a sensibilidade a certos antibióticos do agente

PREVENÇÃO

Para prevenir a infecção urinária recomendam-se algumas medidas a serem realizadas no dia a dia. Confira abaixo:

  • Ingestão de líquidos em grande quantidade;
  • Não reter urina;
  • Corrigir alterações intestinais como diarreia ou obstipação;
  • Micção antes e após relação sexual;
  • Estrógeno para as mulheres na pós-menopausa sem contraindicação hormonal;
  • Evitar o uso do diafragma e espermicidas;
  • Tratamento adequado do diabetes mellitus.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

Para a infecção urinária do tipo cistite é possível o tratamento com antibiótico de dose única, de curta duração (três dias) ou de longa duração (sete a dez dias). Já na pielonefrite, a indicação é o uso do de antibiótico por períodos mais longos.

Como no caso do corrimento vaginal, a idade e o modo de vida da paciente devem ser levados em consideração para a escolha do tratamento.

CONVIVENDO

Em alguns casos a infecção se torna recorrente e conviver com esse problema não é nada fácil. Alguns fatores aumentam as chances da doença reaparecer, como o diabetes, retenção urinária, uso de sondas inseridas no trato urinário, incontinência fecal e urinária, cálculos renais e gravidez.

Para evitar que a infecção urinária se torne uma doença recorrente o ideal é fazer um acompanhamento médico a fim de tratar causas que predisponham seu surgimento, beber bastante água e evitar a retenção urinária além de lembrar de urinar após as relações sexuais.

Saiba mais sobre essa condição entrando em contato e agende uma consulta.