Estratégias para a erradicação do câncer de colo do útero.

Ao lado da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) inicia um esforço conjunto para a erradicação do câncer de colo de útero. Altamente prevenível, a neoplasia ainda é um dos mais frequentes na população feminina brasileira. Até o final do ano de 2020, foram estimados o surgimento de 16590 novos casos da doença, sobretudo, na região norte do país. Nos últimos dez anos (2008-2018), a taxa de mortalidade decorrente de doença saltou 33%, resultando em uma vítima a cada 90 minutos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Febrasgo e OMS estabelcem meta de erradicar o câncer de colo de útero até 2030.

Em agosto de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou uma resolução chamando a atenção e defendendo a eliminação do câncer de colo de útero. No último dia 17 de novembro, ao final da 73º Assembleia Mundial da Saúde, a OMS reforçou este compromisso e lançou oficialmente a estratégia de eliminação em um evento online.

No Brasil, a Febrasgo se engaja na responsabilidade de contribuir para as metas previstas a serem trabalhadas até 2030. A adoção da “Estratégia Global para Acelerar a Eliminação do Câncer de Colo do Útero, como um Problema de Saúde Pública”, da OMS, é baseado em três pilares. Garantir que:

1) 90% das meninas recebam a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) até os 15 anos de idade;

2) 70% das mulheres realizem um exame de rastreamento com teste efetivo até os 35 e outro até os 45 anos de idade;

3) 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer invasivo recebam tratamento.

O compromisso da Febrasgo e OMS é rastrear, com o teste de HPV, 70% das mulheres, por duas vezes, nas idades de 35 e 45 anos. Tal ação deve acarretar a redução da mortalidade feminina em cerca de um terço.

Ações a serem feitas pela Febrasgo

Partindo do princípio que o câncer de colo de útero é uma das formas de câncer mais evitáveis e tratáveis, com medidas de prevenção primária (vacina contra o HPV) e prevenção secundária (exames de rastreamento), a Febrasgo endossa a campanha da OMS e traça como estratégia a conscientização da população. A entidade realizará diversas ações.

Para tanto, a Febrasgo elaborou um documento por meio de suas Comissões Nacionais Especializadas (CNE) em Ginecologia Oncológica, em Trato Genital Inferior e em Vacinas em que se realiza uma chamada para a eliminação do câncer de colo de útero na próxima década no Brasil. Em seu site, a entidade disponibiliza além de informações sobre a doença, um vídeo institucional explicando a parceria com a OMS.

Números e Cenário no Brasil

Apesar de ser uma doença prevenível, curável e com potencial para ser totalmente eliminada no Brasil e do Mundo, o Câncer de Colo de Útero ainda apresenta altas taxas de incidência e mortalidade. No mundo, são mais de 570.000 novos casos e morrem mais de 311.000 mulheres a cada ano. De acordo com a OMS, a maioria das mortes acontece nos países com baixo índice de desenvolvimento, como o Brasil, onde o câncer de colo uterino ocupa o terceiro lugar entre as neoplasias malignas nas mulheres, com 15,43 casos por 100.000 mulheres ao ano, e o quarto em mortalidade. A doença ocorre predominantemente em mulheres não brancas (62.7%) e com baixa escolaridade (62.1%).

O sistema público de saúde brasileiro atende 75,32% dos pacientes com câncer, ou seja, cerca de 448.959 casos de câncer foram atendidos na rede pública em 2016. O período entre o diagnóstico e o primeiro tratamento dura mais de 60 dias em 58% dos casos, ocorrendo mortes precoces em 11% delas.

Referente aos óbitos, quase nove de cada dez óbitos por câncer do colo do útero ocorrem em regiões menos desenvolvidas, onde o risco de morrer de câncer cervical antes dos 75 anos de idade é três vezes maior.

Os cânceres invasivos do colo do útero são, geralmente, tratados com cirurgia ou radioterapia combinada com quimioterapia. A escolha da melhor opção terapêutica depende do estadiamento clínico do tumor, da idade, da história reprodutiva, do estado geral da paciente e das condições disponíveis no serviço de saúde. No Brasil, aproximadamente 80% das mulheres com diagnóstico de doença invasiva, estão na fase avançada, fora de condições técnicas de cirurgia, sendo necessárias a radioterapia e a quimioterapia como tratamento, gerando, assim, um enorme custo social e financeiro.

A importância da vacinação

As vacinas para HPV são altamente efetivas e promovem uma diminuição significativa das infecções e, consequentemente, também das lesões neoplásicas do colo do útero, responsáveis pela potencial perda do órgão. Entretanto, no nosso país, a cobertura da vacinação tem sido abaixo do necessário para uma ação efetiva nas próximas décadas. As razões para explicar as baixas coberturas são principalmente as barreiras logísticas de acesso e a falta de educação contínua da população.

Em 2014, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) introduziu a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos em esquema de duas doses com intervalo de seis meses. Em 2017, o programa passou a contemplar também os meninos de 11 a 14 anos, também no esquema de duas doses.

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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 10 a 20 anos para o seu desenvolvimento.

Ginecologista Dra. Claudiani Branco explica sobre o Câncer do Colo de Útero.  Foto por National Cancer Institute no Unsplash.

Alguns fatores favorecem o aparecimento dessa doença:

• Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;
• Histórico de ISTs (HPV);
• Tabagismo;
• Idade precoce da primeira relação sexual;
• Multiparidade (Várias gestações).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o Carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno).

Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade.
Uterus – Útero
Cervix – colo do útero
Cervical Cancer – Câncer de colo do útero

Sintomas

Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado.

Os principais sintomas são:

  • Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
  • Sangramento após o ato sexual;
  • Dor pélvica.

Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.

Diagnóstico

Para detectar o Câncer do colo de útero é necessária a realização do exame Papanicolau que pode ser complementado com colposcopia e biópsia para se confirmar o diagnóstico.

Exames

O câncer de colo de útero, considerado um problema de saúde pública, é associado ao vírus do HPV, transmitido comumente pelo contato sexual. Ao atingir o colo uterino a partir da vagina, o HPV altera a estrutura e a reprodução das células do colo e dá origem ao câncer.

O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome próprio do inventor do exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as lesões precursoras do câncer. Este exame é indolor e rápido. A mulher pode sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o profissional que realizar o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o resultado, 48 horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com camisinha, fazer duchas vaginais, ou aplicar produtos ginecológicos (cremes, óvulos).

Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um instrumento chamado espéculo. O médico examina visualmente o interior da vagina e o colo do útero e com uma espátula de madeira e uma pequena escova especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de recolher as células para a análise em laboratório.

Toda mulher que tem uma vida sexualmente ativa deve realizar o exame anualmente. Após dois resultados negativos esse intervalo pode passar a ser de três anos. Caso apresente dores durante a relação sexual, sangramento fora do período menstrual ou corrimento, procure o quanto antes o seu ginecologista.

Prevenção

O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. Atualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos.

A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus HPV, o papiloma vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical. A principal forma de transmissão do vírus é via contato sexual, seja vaginal, oral ou anal.

Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo (camisinha), masculino ou feminino. A camisinha deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a proteção de ambos os parceiros.

Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento.

Não deixe de usar preservativo em todas as suas relações sexuais e de visitar seu ginecologista periodicamente para a realização dos exames de rotina. Simples atitudes como estas podem lhe proteger contra o câncer de colo de útero.

Tratamentos e Cuidados

O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.

Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna.

A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença.

Convivendo

Conviver com um câncer não é nada fácil. Na verdade é uma tarefa extremamente árdua que exige muito do corpo e da mente do paciente. Os tratamentos contra o câncer do colo de útero podem remover a lesão ou destruir as células cancerígenas, mas até seu fim e cura completa há um longo caminho a ser percorrido.

Além do choque ao receber o diagnóstico, a paciente é acometida pelas dores, enjoos e outras reações adversas devido à quimioterapia e radioterapia. Por isso, além da importância do acompanhamento do ginecologista e do oncologista, é imprescindível que sejam realizadas consultas com um psicólogo para garantir o bem-estar da mulher.

Mesmo após o termino do tratamento, é importante que o acompanhamento pelos profissionais continue, para observar o comportamento do corpo em relação a uma recidiva do câncer e reforçar a necessidade de bons pensamentos para a melhora da saúde da paciente. Além disso, para superar a doença, o apoio dos familiares é essencial.

Para saber mais sobre o câncer do Colo do Útero você pode fazer uma consulta online ou presencial através dos canais abaixo:

Exames PRÉ-NATAL

Dra Claudiani Branco fala sobre a lista de Exames necessária para o Pré-Natal. Foto por Mulyadi no Unsplash.

Durante a gestação, a mulher deve realizar alguns exames para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a sua saúde. O pré-natal é indicado para todas as mulheres grávidas, pois é ele que detectará problemas como diabetes e hipertensão.

O principal exame durante a gravidez é o ultrassom. Esse exame mostra o sexo do bebê e também informa como sua saúde funcional e anatomia. Quem determina a quantidade e a frequência com que devem ser feitos os exames é o seu médico obstetra.

Prevenção

Uma lista dos exames mais adequados para cada trimestre de gestações de baixo e alto risco. Essas orientações se aplicam a gestações consideradas saudáveis – isto é, sem fatores de risco como hipertensão ou diabetes.

Exames para uma gravidez de baixo risco

1º trimestre

  • Determinação de grupo sanguíneo e do fator Rh: prevê e evita a eritroblastose fetal (incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto). Quando a mãe tem o fator Rh negativo e o feto, positivo, os anticorpos dela atacam o sangue do bebê. Pode ser tratado, se diagnosticado precocemente. O exame é feito por meio de coleta sanguínea;
  • Hemograma: verifica proporções, quantidade e aspectos morfológicos do sangue. É importante para o diagnóstico de anemia;
  • Glicemia de jejum: detecta se há tendência de diabetes gestacional. Coleta de sangue em jejum para determinar a concentração de glicose no sangue;
  • Coleta de sangue para pesquisar hepatite B, toxoplasmose, HIV (o vírus que causa AIDS), rubéola e sífilis;
  • Exame de urina: avalia presença de infecção urinária;
  • Ultrassom obstétrico: é indicado para confirmar a cronologia da gestação. Também pode ser usado para prognóstico de doenças cromossômicas ou malformações;
  • Papanicolau: para detectar câncer do colo de útero.

2º trimestre

  • Repete-se o exame de sangue para avaliar existência de sífilis e, se necessário de toxoplasmose;
  • A coleta de sangue para avaliar a glicemia de jejum também é refeita, assim como o exame de tolerância à glicose. Novamente, o objetivo é avaliar se há tendência de diabetes gestacional;
  • Ultrassom obstétrico morfológico:  nessa fase, é útil para analisar a formação dos órgãos fetais.

3º trimestre

  • São repetidos os exames de sangue, como o hemograma e as sorologias que podem detectar hepatite B, toxoplasmose, HIV, rubéola e sífilis;
  • Ultrassom obstétrico: na reta final, avalia o crescimento fetal e sinaliza complicações como desnutrição ou excesso de peso;
  • Monitora também o volume de líquido amniótico e as condições da placenta.
  • Exames para uma gravidez de alto risco

Nestes casos, as consultas ao obstetra tendem a ser mais frequentes. O pré-natal é primordial para a grávida de alto risco, porque detecta algumas complicações em potencial no próprio consultório.

Podem-se identificar condições de risco no próprio exame da gestante, como a elevação dos níveis da pressão arterial, considerada a principal causadora de complicações graves para a mulher e para o bebê.  A necessidade de exames varia de acordo com o problema apresentado. Por exemplo, se a paciente é hipertensa, poderá fazer um monitoramento da pressão arterial. Se é diabética, será necessário um maior controle da glicemia.

A fim de evitar procedimentos invasivos, a ultrassonografia é uma grande aliada, sobretudo para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, e a quantidade de líquido amniótico. O ultrassom morfológico costuma ser recomendado para mulheres que têm casos de malformações congênitas na família (ou que já tiveram filho com problemas desse tipo), para mães com mais de 35 anos e em gravidez de gêmeos, entre outros casos. Frequentemente é feito com 20 a 24 semanas de gestação.

Em alguns casos, pode ser necessário submeter-se a procedimentos como a biópsia de vilo corial (retirada de fragmento placentário) ou a amniocentese (retirada de líquido amniótico com uma agulha), com o objetivo de detectar anomalias. Outros exames, como a cardiotocografia (registro da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas) e a dopplervelocimetria fetal (mede a velocidade do fluxo sanguíneo na placenta), também são empregados no acompanhamento da gravidez de alto risco.

Convivendo

O primeiro exame a ser realizado por uma mulher grávida é o teste de gravidez. Apesar de haver testes em farmácia, aconselha-se visitar um médico e realizar o exame de sangue para a confirmação.

Se a gravidez for planejada, o ideal é começar o acompanhamento antes mesmo da concepção. Desse modo, a mulher se certifica de que sua saúde está bem e que seu corpo é capaz de enfrentar uma gestação sem sustos.

A rotina de exames pode variar de acordo com o grau de risco da gestação. Ela inclui, além dos testes solicitados no primeiro trimestre de gravidez, visitas periódicas ao obstetra. Geralmente, até a 28ª semana a consulta é mensal; entre a 28ª e a 36ª, quinzenal. Da 36ª à 40ª, semanal. Caso a gestação ultrapasse esse período, são feitas duas consultas por semana.

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Transtorno da Excitação Feminina

Transtorno da Excitação Feminina é uma condição que afeta mulheres sexualmente ativas de todas as idades. A Dra Claudiani Branco conversou com especialistas que tem solução para o problema.

Muitas mulheres não encontram satisfação nas situações de intimidade por conta do transtorno de excitação feminina, que dificulta a lubrificação e o relaxamento da musculatura lisa vaginal. Esse transtorno é apenas um dos muitos Distúrbios Sexuais Femininos, mas existem tratamentos que podem ajudar a mulher.

Agora também para o combate ao transtorno da excitação feminina podemos contar com – Alprostadil Fagron.

Alprostadil Fagron é o ativo de aplicação tópica que traz benefícios a mulheres que sofrem de Transtorno da Excitação Feminina.

Alprostadil Fagron é o ativo de aplicação tópica que traz benefícios como:

  • Estímulo da vasodilatação local, aumentando o fluxo sanguíneo vaginal/clitoridiano.
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Na apresentação de  Pentravan® que é um veículo transdérmico promotor de permeação cutânea de alta performance desenvolvido por tecnologia lipossomal. Ele é aplicado sobre a região dos pequenos lábios, região vulvar e clítoris. 

Os efeitos vasodilatadores do Alprostadil iniciam-se logo após aplicação auxiliando na excitação sexual, e a maior taxa de sucesso da excitação ocorre 15 a 30 minutos após a aplicação.

Alprostadil Fagron em Pentravan® é uma alternativa com elevada eficácia e conforto terapêutico para pacientes de todas as faixas etárias.

Quer mais informações sobre o transtorno da excitação feminina? Agende uma consulta:

Distúrbios Sexuais Femininos

Dra Claudiani Branco fala sobre os Distúrbios Sexuais Femininos. Foto por D Lanor no Unsplash.

Durante a vida sexual é possível que a mulher apresente alguns problemas em relação à sua sexualidade. A maioria das disfunções sexuais femininas pode ser tratada. Os distúrbios mais comuns são:

  • Falta de desejo sexual;
  • Incapacidade em obter orgasmo – anorgasmia;
  • Dor durante a relação sexual – dispareunia;
  • Dor ou dificuldade à penetração – vaginismo.

A falta de desejo sexual feminino

também chamada da perda ou diminuição da libido, é o problema mais frequente e acomete entre 15% e 35% das mulheres. As causas são as mais diversas, como alterações dos hormônios sexuais causadas pelo uso de anticoncepcional, parto, amamentação, menopausa, distúrbios de outros hormônios e uso de antidepressivos, entre outras.

É possível ainda estar relacionada ao cotidiano e ao estresse, e à dinâmica do relacionamento. Muitos casais acham que esse sintoma é falta de amor, quando na verdade o bem-estar dos parceiros no dia a dia é determinante para a sintonia entre o casal. Mudanças na rotina podem afetar a comunicação entre os parceiros, gerar distanciamento e afetar a vida sexual.

Anorgasmia

A incapacidade de ter orgasmo é um problema muito comum entre as mulheres. Mulheres que têm orgasmo por meio da masturbação não podem ser incluídas nesse grupo.

Do ponto de vista biológico, o orgasmo feminino é bem definido, e já foi até demonstrado por meio de imagens de ressonância magnética.  A sexualidade feminina foi tabu durante muito tempo e, apenas muito recentemente tem havido maior abertura para que as mulheres também queiram vivenciar completamente a sua sexualidade.

Expectativas irrealistas e a falta de comunicação clara entre os parceiros certamente contribuem para esse problema. A influência da pornografia no aprendizado sexual é também uma questão importante, ao tornar um universo fantasioso e muitas vezes irrealista como referência para homens e mulheres.

Dor durante a relação sexual ou dispareunia:

É quando a mulher sente dor no ato sexual. A causa dessa disfunção pode ser corrimento, infecção vaginal, menopausa e distúrbios hormonais. Também pode estar relacionada à falta de desejo sexual.

Vaginismo

É a incapacidade de haver penetração sexual prazerosa para a mulher, com a contração involuntária dos músculos próximos à vagina. Caracteriza-se por um ciclo que envolve ansiedade, tensão e dor, sucessivamente. É importante não tentar mais a penetração e fazer uma consulta ao ginecologista, para avaliar as causas e tratamentos. A terapia em conjunto do casal pode trazer gradativo aumento da intimidade sexual, com enormes chances de cura.

O que é Adenomiose?

Dra Claudiani Branco explica sobre a Adenomiose. Foto por Cristian Newman no Unsplash.

A adenomiose é uma doença ginecológica benigna, que consiste na invasão da parede muscular do útero pelo tecido endometrial – que reveste a parte interna do útero e sofre descamação durante a menstruação. Na maioria dos casos, essa condição atinge mulheres acima dos 30 anos de idade que apresentam um histórico prévio de gravidez.

Adenomiose pode evoluir para câncer?

A adenomiose é uma doença caracterizada como benigna, assim como a endometriose. Essa condição pode aparecer em diferentes intensidades para cada mulher, mas não existe nenhuma relação entre a adenomiose e o câncer.

Sintomas de adenomiose

Entre os principais sintomas da adenomiose, estão:

  • Útero amolecido e doloroso
  • Cólica menstrual forte
  • Irregularidade menstrual
  • Dores pélvicas
  • Aumento do fluxo menstrual
  • Alterações gastrointestinais
  • Infertilidade

O sangramento uterino anormal, chamado de S.U.A, pode se manifestar em excesso durante a menstruação, assim como fora do período menstrual. Há também a possibilidade de ocorrer um pequeno sangramento antes da menstruação.

Já as dores pélvicas podem evoluir para um quadro crônico, com duração superior a seis meses. Com isso, a mulher acaba apresentando um aumento das cólicas antes da menstruação e também dor durante a relação sexual.

Isso ocorre porque o útero é o órgão acometido por esta doença. Então, no ato sexual, o contato do pênis com o colo do útero pode provocar uma sensibilidade maior que causa dor.

A sensação de inchaço abdominal e os sintomas gastrointestinais são outros sinais comuns da adenomiose, devido a proximidade do útero com a bexiga e o intestino, pode ocorrer dor ao urinar e evacuar, além de ardência.

A adenomiose também pode afetar a concepção, causando dificuldade para engravidar e abortos espontâneos frequentes. Dessa forma, é preciso que seja feita uma consulta com um especialista para realizar o tratamento adequado para a condição.

Adenomiose e gravidez

A adenomiose não afeta a gravidez diretamente, ou seja, não causa nenhuma complicação para o feto ou torna a gestação de alto risco. Entretanto, ela pode gerar dificuldade para engravidar e fixar o embrião, aumentando as chances de abortamento precoce. Assim, após o estabelecimento da gestação, não há riscos relacionados a adenomiose.

Tratamento de adenomiose

O tratamento para adenomiose escolhido depende do histórico de saúde de cada paciente, podendo ser feito das seguintes maneiras:

  • Clínico: é indicado o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico para melhorar a dor causada pela adenomiose
  • Hormonal: é feito o uso de hormônios para diminuir o fluxo menstrual ou até mesmo cessá-lo, como a pílula anticoncepcional contínua, injeção anticoncepcional e o DIU hormonal – que faz a liberação de progesterona dentro do útero. Essas opções tratam os sintomas, não a doença em si
  • Cirúrgico: caso as outras opções de tratamento não tenham surtido efeito, é possível optar pela cirurgia. Nela, o ginecologista irá visualizar possíveis lesões de adenomiose no útero. Caso a mulher tenha o desejo de engravidar, podemos retirar a lesão de forma mais superficial. Caso a mulher já tenha filhos, podemos retirar o útero inteiro”

Diagnóstico

O diagnóstico de adenomiose é realizado a partir de uma combinação de diferentes análises:

  • Investigação profunda do histórico de saúde da paciente
  • Diagnóstico clínico, com a apresentação dos sintomas
  • Exame de toque, para entender se o útero é doloroso ao toque
  • Exames de imagem, como ultrassonografia pélvica e transvaginal.
  • Ressonância magnética da pelve

Causas

Ainda há muitas dúvidas sobre as possíveis causas da adenomiose. Os especialistas acreditam que ela pode surgir a partir de fatores genéticos, como uma maior predisponibilidade de desenvolver esse tipo de alteração, ou até mesmo causas multifatoriais, como fatores ambientais, hormonais e estilo de vida. As principais causas apontadas e mais investigadas são:

  • Menstruação retrógrada: no sangramento menstrual, ao invés do endométrio ser expelido, ele se infiltra no miométrio por meio de uma maior vascularização
  • Metaplasia: é a transformação de células. Neste caso, células do músculo poderiam se transformar em células do endométrio, caracterizando a adenomiose
  • De fora para dentro: uma possível endometriose que, no sangramento menstrual, ao invés do endométrio ser expelido, ele migra para a cavidade abdominal e, a partir de lá, se infiltra na parede uterina de fora para dentro, comprometendo o miométrio.

Laser íntimo

Dra Claudiani Branco dá a sua opinião sobre o tratamento com o Laser Íntimo ou Intravaginal, e seus benefícios funcionais e estéticos. Foto por Averie Woodard no Unsplash.

Benefícios do tratamento Funcional

As mudanças no corpo feminino levam a vagina a perder elasticidade e firmeza. Isso faz com que as mulheres sofram com problemas como incontinência urinária leve, ressecamento da região, dor durante a relação sexual, entre outros efeitos.

Uma das possibilidades de cuidado é o laser íntimo ou intravaginal. O tratamento oferece bons resultados.

Com a aplicação adequada, o tratamento ajuda a combater a síndrome de relaxamento vaginal. Ela acontece quando a estrutura original é perdida, como por causa de um parto normal com grande pressão. A queda hormonal na menopausa também impacta a plasticidade e a forma do canal vaginal.

Com o bom emprego do laser, há a otimização da maleabilidade da pele, umidificação da região e redução de incômodos ou pruridos. O laser é capaz de remodelar a estrutura vaginal, de modo a garantir bons resultados para o corpo feminino.

Há um ganho na espessura da região, uma melhoria na vida sexual e maior segurança no cotidiano — especialmente, em relação à questão da incontinência urinária leve.

O tratamento é ótimo também para as mulheres na menopausa. Isso porque a queda hormonal naquele período impacta a plasticidade e a forma do canal vaginal.

Benefícios do tratamento Estético

Além dos apontados anteriormente, como a incontinência urinária leve, a melhora dos sintomas vaginais da menopausa em mulheres que não podem (ou não querem) usar hormônios, promove também clareamento da região íntima, tratamento da flacidez e das assimetrias dos grandes lábios, correção dos pequenos lábios (quando muito proeminentes); além de tratamento de cicatrizes, marcas e até excesso de suor nessa área. 

Esclarecimento de dúvidas

Se você deseja mais informações sobre o tratamento com laser íntimo ou intravaginal, agende uma consulta através dos canais abaixo:

Pesquisa Básica da Infertilidade

Dra Claudiani Branco fala sobre a execução da pesquisa básica de fertilidade de um casal. Foto por Deon Black no Unsplash.

A pesquisa básica da infertilidade avalia os possíveis motivos de o casal não conseguir gerar filhos. Ela consiste em uma série de exames que tanto o homem quanto a mulher devem fazer para que seja possível indicar o tratamento adequado. A pesquisa pode dividir-se em duas etapas, veja quais são:

Pesquisa geral – em que são requeridos exames como hemograma, Papanicolau, tipagem sanguínea, fator RH e sorologias;

Pesquisa específica – envolve como avaliação seriada do muco cervical. Execução de exames como ultrassonografia endovaginal, dosagens hormonais, espermograma, histerossalpingografia, entre outros.

Pesquisa básica masculina

A pesquisa básica específica masculina é o espermograma. Esse exame avalia se há algum problema no líquido seminal masculino (a parte do sêmen sem o espermatozoide) que possa estar gerando a infertilidade. É um exame obrigatório para casais inférteis.

Para essa investigação é colhido o sêmen, geralmente por masturbação, após três dias de abstinência sexual. Se o primeiro exame não for esclarecedor, deve ser realizado um novo exame em 15 dias. O volume recolhido varia de 2 a 5ml de volume de esperma, que contém 20 milhões de espermatozoides por miligrama normalmente.

Pesquisa básica feminina

Já a pesquisa básica da infertilidade feminina possui várias etapas. Devem ser realizadas nos três períodos do ciclo: no menstrual, no periovulatório (fértil) e na fase lútea (fim da ovulação e início da menstruação). Podem ser realizados os seguintes exames:

Seleção do folículo dominante – na primeira fase, é feita a seleção do óvulo que recebe maior estímulo de estrogênio para avaliar as alterações hormonais do período fértil. A quantidade de hormônio no folículo reflete a reserva ovariana em relação à quantidade e qualidade dos óvulos.

Ultrassonografia transvaginal – também possibilita avaliar o potencial uterino. O exame é realizado entre o terceiro e o quinto dia do ciclo, quando o volume dos ovários apresenta significativamente o potencial fértil dos ovários. A avaliação pelo muco cervical consiste em observar características como volume, aspecto, elasticidade, cristalização, celularidade e pH. É atribuído para cada parâmetro o valor de um a três, e o muco cervical é considerado bom quando a soma de todos os fatores é igual ou superior a nove.

Exame de sangue – na fase lútea, é calculada a dosagem da progesterona por meio do exame de sangue colhido no sétimo dia (na fase lútea média). Se os resultados forem superiores a 10ng/ml, isso quer dizer que há um equilíbrio hormonal.

Histerossalpingografia – a última etapa da investigação é o exame de raio-X das trompas e útero. Ele é feito através da injeção de um líquido no interior do útero, que o preenche e percorre todo o trajeto até as tubas. O exame verifica a permeabilidade tubária e avalia se há anormalidades no interior do útero. As imagens são bastante úteis para informar as condições do sistema reprodutor feminino.

Todos esses exames se complementam, fazendo parte da pesquisa básica de infertilidade. Ao identificar a dificuldade de engravidar, após um ano de tentativas sem o uso de contraceptivo, o casal pode procurar um médico especialista em reprodução humana, que solicitará os exames necessários. Sem a investigação adequada, não é possível indicar o tratamento adequado para solucionar o problema do casal.

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Infertilidade Masculina

Dra Claudiani Branco fala sobre a Infertilidade Masculina. Foto por Karol Stefanski no Unsplash.

A infertilidade masculina é o motivo de 30% dos casos de infertilidade entre os casais. As principais razões são:

  • Diminuição do número de espermatozoides, conforme o homem fica mais velho;
  • Pouca mobilidade dos espermatozoides;
  • Espermatozoides anormais;
  • Ausência da produção de espermatozoides;
  • Vasectomia;
  • Dificuldade na relação sexual;
  • Doenças sexualmente transmissíveis.

Para detectar o motivo da infertilidade masculina é realizado o espermograma, exame em que se avalia o sêmen. Na análise macroscópica, são observadas características como cor, odor, viscosidade, volume e pH. Na microscópica, identificam-se concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides.

Um dos problemas mais comuns para a produção de espermatozóides saudáveis é o aumento exagerado da temperatura no interior dos testículos. Isso pode ocorrer devido às doenças tais como criptorquidia (posicionamento irregular dos testículos) e varicocele (varizes na região do escroto), além de casos em que a permanência do homem em temperaturas ambientais elevadas altera a qualidade do sêmen produzido.

Os problemas da espermatogênese também podem ser provocados por alterações tais como orquite (inflamação testicular) ou por várias doenças endócrinas que alterem a produção dos hormônios hipofisários que estimulam a produção de espermatozoides nos testículos.

Por outro lado, existem vários tipos de processos infecciosos, tumores e malformações congênitas, que podem alterar a anatomia e obstruir os canais que transportam os espermatozoides dos testículos até o exterior. A obstrução total ou bilateral destes canais, nomeadamente dos epidídimos e canais deferentes, pode provocar infertilidade no homem. Em alguns casos, a cirurgia de correção resolve o problema de infertilidade.

Algumas infecções transmitidas sexualmente e que acometem o canal da ejaculação, tais como infecções causadas por bactérias (clamídia, ureaplasma), tricomoníase ou gonorreia podem alterar as taxas de espermatozoides.

Por último, problemas anatômicos ou funcionais que impeçam o adequado depósito do sêmen no interior da vagina através do coito, como ocorre com na hipospadia, nos distúrbios de ereção e na ejaculação precoce, podem igualmente favorecer a infertilidade masculina.

De acordo com a causa da infertilidade masculina, o médico indicará o tratamento adequado e o procedimento ideal a ser adotado.

Infertilidade Feminina

Dra Claudiani Branco, Ginecologista, fala sobre a Infertilidade Feminina. Foto por

Para analisar as causas da infertilidade feminina, a mulher deve se submeter a alguns exames. São vários fatores que podem causar a dificuldade de engravidar. Dentre os mais comuns, estão:

  • Distúrbios hormonais que impedem ou dificultam o crescimento e a liberação do óvulo (ovulação);
  • Síndrome dos ovários policísticos;
  • Problemas nas trompas ou tubas uterinas, provocados por infecções ou cirurgias;
  • Endometriose;
  • Ligadura das trompas;
  • Muco cervical que impede a passagem dos espermatozoides;
  • Infecção no colo do útero;
  • Idade.

Segundo conhecimentos tradicionais da medicina, a produção dos óvulos ocorre juntamente com a formação do feto. Ou seja, as mulheres já nascem com o número de óvulos que serão liberados a cada menstruação. Dessa forma, quanto mais idade a mulher tiver, mais velho será o óvulo, dificultando a ocorrência da gravidez. Estudos recentes apontam, entretanto, a probabilidade de que mulheres adultas também produzam novos óvulos, o que poderia ampliar a eficácia dos tratamentos de infertilidade feminina.

Problemas no útero são comuns. Alguns desequilíbrios hormonais ocorridos no período fértil podem tornar o muco cervical mais espesso, dificultando ou impossibilitando a passagem dos espermatozoides. Os desequilíbrios hormonais também são recorrentes após os 35 anos de idade. Endometriose ou leiomiomas também podem dificultar a gravidez.

O hábito de fumar também afeta a fertilidade feminina. O fumo pode interferir na gametogênese ou na fertilização, na implantação do óvulo concebido ou na perda subclínica após a implantação. Assim, a mulher que deseja engravidar deve parar de fumar no mínimo dois meses antes de iniciar as tentativas. Segundo estudos, a fertilidade da mulher é mais afetada pelo tabagismo que a do homem, embora este também possa enfrentar consequências negativas do fumo ao tentar ser pai.

Para detectar qual é a causa da infertilidade, o casal deve procurar o médico ginecologista, primeiramente, e relatar os problemas apresentados. Após o diagnóstico de infertilidade feminina, serão solicitados exames complementares para identificar suas causas e possíveis tratamentos.

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