A osteoporose é uma condição clínica associada à diminuição da massa óssea (da densidade do osso), o que se traduz em uma maior fragilidade dos ossos. Em outras palavras, os ossos ficam mais sujeitos a fraturas.
Osteoporose primária
É a forma mais comum de osteoporose, ela tem dois tipos principais:
Tipo 1 ou osteoporose pós-menopausa: atinge o osso trabecular (parte porosa), e causa fraturas nas vértebras e rádio distal – geralmente ocorre na mulher após a menopausa.
As mulheres na menopausa são as mais atingidas pela doença porque há uma queda brusca do nível de estrógeno.
Tipo 2 ou osteoporose senil: seu desenvolvimento é facilitado pelo envelhecimento e falta de cálcio. Causa a perda proporcional de ossos cortical (parte dura e compacta) e trabecular.
Osteoporose secundária
Costuma ser causada por inflamações com alterações endócrinas, artrite reumatoide e hipertireoidismo, além do consumo em excesso de álcool e ausência de atividade física. Pode ser o resultado do consumo inadequado de vitaminas e corticoides.
Alguns fatores aumentam as chances do desenvolvimento da osteoporose:
CONSUMO INSUFICIENTE DE CÁLCIO E VITAMINA D
HISTÓRICO FAMILIAR DA DOENÇA
EXCESSO DE PESO
POUCA EXPOSIÇÃO AO SOL
PROBLEMAS HORMONAIS
Quais são os sintomas?
A osteoporose não provoca sintomas e por isso pode ser chamada de uma doença silenciosa.
Caso ocorram fraturas, elas podem causar dor e incapacidade, algo que costuma ser o primeiro sinal da doença. Essas fraturas podem acontecer sem nenhum trauma importante e acometem principalmente: quadril, punho e coluna.
Tratamento.
O tratamento da osteoporose envolve uso de medicamentos que diminuem ou mesmo interrompem a perda de massa óssea. Além disso são empregadas medidas para diminuir o risco de fraturas, como fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio e adaptações para reduzir a ocorrência de quedas.
Mulheres que já apresentaram fraturas prévias têm 27% mais chances de sofrer novas fraturas.
Existem várias classes de medicamentos que são usados no tratamento da doença. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens, indicações e contraindicações. O tratamento deve sempre ser orientado com supervisão médica.
Como prevenir a osteoporose?
Atividades físicas regularmente: elas ajudam a renovar as células dos ossos, deixando-os mais fortes e menos suscetíveis a fraturas.
Alimentação equilibrada: tem que ser rica em alimentos com cálcio e vitamina D, pois são importantes para a saúde dos ossos.
Tomar sol nos horários seguros (manhã e final de tarde): o sol é uma das mais importantes fontes de vitamina D do organismo.
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O vírus da hepatite E (HEV) pertence ao gênero Hepevirus, família Hepeviridae. O HEV é um vírus pequeno, não envelopado, formado por uma fita simples de RNA positiva.
Hepatite E, o que é?
A hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E da hepatite (HEV). O vírus causa hepatite aguda de curta duração e autolimitada. Na maioria dos casos, é uma doença de caráter benigno. Porém, a hepatite E pode ser grave na gestante e, raramente, causar infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência.
Epidemiologia
Estima-se que ocorram cerca de 20 milhões de casos anuais pelo HEV no mundo, com 3,3 milhões de casos sintomáticos. A hepatite E não tem dados de prevalência significativos no Brasil, mas é muito comum na Ásia e África.
A transmissão fecal-oral favorece a disseminação da infecção nos países em desenvolvimento, nos quais a contaminação dos reservatórios de água mantém a cadeia de transmissão da doença. Os genótipos 1 e 2 do vírus acometem apenas humanos, com transmissão fecal-oral via água contaminada e casos em locais com infraestrutura sanitária frágil. Os genótipos 3 e 4 do HEV causam zoonose, que tem como hospedeiro primário o porco. Esses genótipos predominam em países desenvolvidos e em alguns países em desenvolvimento, como os da América do Sul (genótipo 3).
Formas de transmissão
O vírus da hepatite E é transmitido principalmente pela via fecal-oral e pelo consumo de água contaminada, em locais com infraestrutura sanitária deficiente. Outras formas de transmissão incluem: ingestão de carne mal-cozida ou produtos derivados de animais infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de produtos sanguíneos infectados; e transmissão vertical de uma mulher grávida para seu bebê.
Quais são os sinais e sintomas?
Geralmente, em adultos jovens, o vírus E causa hepatite aguda de curta duração e autolimitada (2 – 6 semanas), clinicamente indistinguível de outras causas de hepatite viral aguda. Embora a infecção ocorra também em crianças, elas geralmente não têm sintomas, ou apresentam apenas uma doença leve sem icterícia que não é diagnosticada.
Os sinais e sintomas, quando presentes, incluem inicialmente fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, presença de urina escura e pele e os olhos amarelados (icterícia).
A hepatite E fulminante ocorre com mais frequência durante a gravidez. As mulheres grávidas com hepatite E, particularmente aquelas no segundo ou terceiro trimestre de gestação, apresentam maior risco de insuficiência hepática aguda, perda fetal e mortalidade. Até 20% a 25% das mulheres grávidas podem morrer se tiverem hepatite E no terceiro trimestre.
Como é o diagnóstico?
O teste para a pesquisa de anticorpos IgM anti-HEV pode ser usado para o diagnóstico da infecção recente pelo HEV. Anticorpos IgG anti-HEV são encontrados desde o início da infecção, com pico entre 30 e 40 dias após a fase aguda da doença, e podem persistir por até 14 anos. A detecção da viremia em amostras de fezes, por RT-PCR, auxilia no diagnóstico dos casos agudos de hepatite E.
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O vírus da hepatite D (HDV) é um RNA subvírus pequeno, esférico e incompleto, que precisa do antígeno de superfície HBsAg para se replicar, sendo o causador da hepatite D ou Delta.
Hepatite D, o que é?
É uma infecção causada pelo vírus D da hepatite (HDV). A hepatite D, também chamada de Delta, está associada com a presença do vírus B da hepatite (HBV) para causar a infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas formas de infecção pelo HDV: coinfecção simultânea com o HBV e superinfecção pelo HDV em um indivíduo com infecção crônica pelo HBV.
A hepatite D crônica é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão mais rápida para cirrose e um risco aumentado para descompensação, carcinoma hepatocelular e morte.
Epidemiologia
Estima-se que 15 a 20 milhões de pessoas no mundo sejam acometidas pelo HDV. No Brasil, a hepatite D (Delta) apresenta taxas de prevalência elevadas na Bacia Amazônica.
Formas de transmissão
As formas de transmissão são idênticas às da hepatite B, sendo:
Por relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada;
Da mãe infectada para o filho, durante a gestação e parto;
Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);
Compartilhamento de materiais de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam);
Na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança;
Por contato próximo de pessoa a pessoa (presumivelmente por cortes, feridas e soluções de continuidade);
Transfusões de sangue (mais relacionadas ao período anterior a 1993).
Quais são os sinais e sintomas?
Da mesma forma que nas outras hepatites, quem tem hepatite D pode não apresentar sinais ou sintomas da doença. Quando presentes, os mais comuns são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico sorológico da hepatite D é baseado na detecção de anticorpos anti-HDV. Caso a pessoa apresente exame anti-HDV reagente, a confirmação da hepatite Delta será realizada por meio do somatório das informações clínicas, epidemiológicas e demográficas. A confirmação do diagnóstico também poderá ser feita por meio da quantificação do HDV-RNA, atualmente realizada apenas em caráter de pesquisa clínica. Excepcionalmente, a confirmação diagnóstica da hepatite D poderá ser feita por meio do exame de histopatologia.
Como é o tratamento?
Após o resultado positivo e confirmação, o médico indicará o tratamento de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções .
Os medicamentos não ocasionam a cura da hepatite D. O objetivo principal do tratamento é o controle do dano hepático. Todos os pacientes portadores de hepatite Delta são candidatos à terapia disponibilizada pelo SUS. Atualmente, as terapias são compostas por alfapeguinterferona 2a e/ou um análogo de núcleosídeo ou nucleotídeo. Todos os pacientes com hepatite D devem ser encaminhados a um serviço especializado.
Além do tratamento medicamentoso, orienta-se que a pessoa não consuma bebidas alcoólicas.
Como se prevenir?
A imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da hepatite Delta, sendo universal no Brasil desde 2016. Outras medidas envolvem o uso de preservativo em todas as relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal – como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings.
Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, o HIV e a sífilis.
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O vírus da hepatite C (HCV) pertence ao gênero Hepacivirus, família Flaviviridae. É um RNA vírus, de fita simples e polaridade positiva.
Hepatite C, o que é?
É um processo infeccioso e inflamatório, causado pelo vírus C da hepatite (HCV) e que pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum.
A hepatite crônica pelo HCV é uma doença de caráter silencioso, que evolui sorrateiramente e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado. Aproximadamente 60% a 85% dos casos se tronam crônicos e, em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular (CHC) é de 1% a 5%. O risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito, nos 12 meses seguintes, é de 15% a 20%.
Epidemiologia
A hepatite C é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, um modelo matemático desenvolvido em 2016 estimava que cerca de 657 mil pessoas tinham infecção ativa pelo HCV e, portanto, indicação de tratamento. A maior parte dos indivíduos infectados pelo HCV desconhece seu diagnóstico.
A maior prevalência de hepatite C está entre pessoas que têm idade superior a 40 anos, sendo mais frequentemente encontrada nas regiões Sul e Sudeste do país. Pessoas submetidas a hemodiálise, privados de liberdade, usuários de drogas e pessoas vivendo com HIV são exemplos de populações mais vulneráveis à infecção pelo HCV.
Atualmente, são conhecidos seis genótipos do vírus C da hepatite. O genótipo 1 é o mais prevalente no mundo, sendo responsável por 46% de todas as infecções pelo HCV, seguido pelo genótipo 3 (30%). Ele se observa no Brasil, com pequenas variações na proporção de prevalência desses genótipos.
Formas de transmissão
A transmissão do HCV pode acontecer por:
Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos);
Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
Reutilização de material para realização de tatuagem;
Procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados de biossegurança;
Uso de sangue e seus derivados contaminados;
Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum);
Transmissão da mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).
A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada.
Quais são os sinais e sintomas?
O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C é muito raro; cerca de 80% delas não apresentam qualquer manifestação. Por isso, a testagem espontânea da população prioritária é muito importante no combate a esse agravo.
Como é o diagnóstico?
Em geral, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após teste rápido de rotina ou por doação de sangue. Esse fato reitera a importância da realização dos testes rápidos ou sorológicos, que apontam a presença dos anticorpos anti-HCV. Se o teste de anti-HCV for positivo, é necessário realizar um exame de carga viral (HCV-RNA) para confirmar a infecção ativa pelo vírus. Após esses exames, o paciente poderá ser encaminhado para o tratamento, ofertado gratuitamente pelo SUS, com medicamentos capazes de curar a infecção e impedir a progressão da doença.
Como é o tratamento?
O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, possibilitando a eliminação da infecção.
Todas as pessoas com infecção pelo HCV podem receber o tratamento pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções.
Como se prevenir?
Não existe vacina contra a hepatite C. Para evitar a infecção, é importante:
Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente etc.);
Usar preservativo nas relações sexuais;
Não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas;
Toda mulher grávida precisa fazer, no pré-natal, os exames para detectar as hepatites B e C, o HIV e a sífilis. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas. O tratamento da hepatite C não está indicado para gestantes, mas após o parto a mulher deverá ser tratada.
Alguns cuidados também devem ser observados nos casos em que se sabe que o indivíduo tem infecção ativa pelo HCV, para minimizar as chances de transmissão para outras pessoas. As pessoas com infecção devem:
ter seus contatos sexuais e domiciliares e parentes de primeiro grau testados para hepatite C;
não compartilhar instrumentos perfurocortantes e objetos de higiene pessoal ou outros itens que possam conter sangue;
cobrir feridas e cortes abertos na pele;
limpar respingos de sangue com solução clorada;
não doar sangue ou esperma.
Pessoas com hepatite C podem participar de todas as atividades, incluindo esportes de contato. Também podem compartilhar alimentos e beijar outras pessoas.
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A hepatite A é causada por um vírus RNA de fita simples positiva, que pertence à família Picornaviridae, denominado vírus da hepatite A (HAV), que se replica no fígado, é excretado na bile e eliminado nas fezes, resultando na transmissão pela via fecal-oral. O HAV interfere na função hepática, desencadeando uma resposta imune que leva à inflamação no fígado.
Hepatite A, o que é?
É uma infecção causada pelo vírus A da hepatite (HAV), também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno; contudo, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.
Epidemiologia
Em países de renda média, com a economia em transição e condições sanitárias variáveis – situação atual do Brasil –, há uma redução no número de pessoas que têm contato com o vírus da hepatite A na infância e, consequentemente, um aumento no número de pessoas que estão sujeitas a terem a infecção mais tarde. A ausência de contato com o vírus na infância pode levar a um aumento da possibilidade de surtos na comunidade (OMS, 2018; LEMON et al., 2018).
No Brasil, os casos de hepatite A concentram-se, em sua maioria, nas regiões Norte e Nordeste, que juntas reúnem 55,7% de todos os casos confirmados no período de 1999 a 2018. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste abrangem 17,7%, 15,4% e 11,2% dos casos do país, respectivamente.
Formas de transmissão
A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal (OMS, 2019). Outras formas de transmissão são os contatos pessoais próximos (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) e os contatos sexuais (especialmente em homens que fazem sexo com homens – HSH).
A estabilidade do HAV no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão. Crianças podem manter a eliminação viral até cinco meses após a resolução clínica da doença.
No Brasil e no mundo, há também relatos de casos e surtos que ocorrem em populações com prática sexual anal, principalmente a que propicia o contato fecal-oral (sexo oral-anal).
Quais são os sinais e sintomas?
Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais, como enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes da fase em que a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer detectáveis por cerca de seis meses.
É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para verificar infecção passada ou resposta vacinal de imunidade. De qualquer modo, após a infecção e evolução para a cura, os anticorpos produzidos impedem nova infecção, produzindo uma imunidade duradoura.
Como é o tratamento?
Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda (OMS, 2018a).
Como se prevenir?
A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de higiene e saneamento básico, como:
Lavar as mãos (principalmente após o uso do sanitário, a troca de fraldas e antes do preparo de alimentos);
Lavar com água tratada, clorada ou fervida os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
Usar instalações sanitárias;
No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de locais onde haja esgoto;
Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
Usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal antes e depois das relações sexuais;
Higienizar vibradores, plugs anais e vaginais e outros acessórios eróticos.
Vacina
A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura, sendo a principal medida de prevenção contra a hepatite A. A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização. Atualmente, a vacina faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos, ou seja, 4 anos, 11 meses e 29 dias). É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos para garantir a vacinação de todas as crianças.
Além disso, a vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses – para pessoas acima de 1 ano de idade, com as seguintes condições:
Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística (mucoviscidose);
Pessoas vivendo com HIV;
Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, ou transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de transplantes.
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A tireoide é uma glândula localizada na frente dos anéis da traqueia, entre o pomo de adão e a base do pescoço e pesa entre 15 e 25 gramas no adulto. Tem a forma de um H ou de um escudo e consiste num istmo central com dois lobos, um de cada lado. Está fixada à laringe por um tecido conjuntivo e se movimenta com a deglutição.
Produz os hormônios tireoidianos (T3 e T4), responsáveis por diversos controles do organismo, como os batimentos cardíacos, os movimentos intestinais, a capacidade de concentração do cérebro, o tônus da musculatura, a regulação dos ciclos menstruais, do humor e da respiração celular. Controla, também, o armazenamento e a utilização de iodo e cálcio.
A tireoide também recebe comandos de outra glândula, a hipófise, que fica no cérebro e libera o hormônio estimulador da tireoide (TSH).
Essas siglas não merecem ser conhecidas à toa. Em geral, se os níveis de TSH não batem com o que é esperado para os hormônios tireoidianos, se suspeita de algo errado — são exames de sangue que apuram isso. TSH alto com T3 e T4 baixos é sinal de hipotireoidismo, desequilíbrio que, pelas estimativas, afeta um em cada dez brasileiros. No hipertireoidismo, presente em 2% da população, acontece o contrário: há tanto T3 e T4 no sangue que o TSH, que instiga a tireoide a trabalhar, é menos necessário e acaba diminuindo.
As projeções sobre o número de pessoas acometidas por esses problemas não são precisas, pois os critérios utilizados nos estudos e as características do grupo examinado podem variar —pessoas com uma dieta deficiente em iodo, por exemplo, correm maior risco, tanto é que o mineral é adicionado ao sal de cozinha.
Um exame de sangue tira a dúvida, mas, antes dos 40 anos, idade a partir da qual a encrenca se torna mais comum, é difícil fazer um check-up da tireoide. A solução passa por uma boa investigação médica em que o paciente deve informar, entre outras coisas, se tem histórico familiar de disfunções e procedimentos na glândula.
Distúrbios da Tireoide.
Hipotireoidismo
A glândula produz menos hormônio do que deveria. Como a tireoide regula o metabolismo, quando isso ocorre o organismo tende a ficar mais devagar. O tratamento é a reposição hormonal pelo resto da vida.
Sintomas:
pele ressecada;
sonolência;
dores nas articulações;
sensação de frio;
lentidão na fala;
prisão de ventre;
ressecamento ou queda de cabelo;
menstruação irregular;
inchaço facial;
pálpebras caídas;
aumento de peso;
retenção de líquido;
depressão;
palidez;
batimentos cardíacos mais lentos;
fadiga;
falhas de memória;
mãos e pés frios;
unhas frágeis;
baixa libido.
Hipertireoidismo
É o oposto: a tireoide libera hormônios demais, acelerando o metabolismo. A detecção é um pouco mais fácil, uma vez que os sintomas são mais específicos (caso da perda de peso). Remédios e outras terapias equilibram esta disfunção.
Sintomas:
alterações no ritmo cardíaco (arritmia, taquicardia ou palpitações);
insônia;
suor excessivo;
sensação de cansaço;
ansiedade;
irritabilidade;
fraqueza muscular;
menstruação irregular (por vezes muito curta ou com pouco fluxo);
diarreia;
aumento do apetite;
queda de cabelo;
tremores nas mãos;
perda de peso;
pele quente e intolerância ao calor;
dificuldade de raciocínio e concentração;
aumento visível da glândula (bócio) ou presença de nódulos na região;
agitação e hiperatividade;
olhos inchados ou saltados;
unhas quebradiças.
Nódulos
Costumam aparecer com o envelhecimento e, em geral, são benignos e pequenos, sem gerar risco nem exigir remoção. Pode ser necessário fazer acompanhamento caso aumentem de tamanho ou passem por transformações.
Câncer
Quando o nódulo é maligno, o caminho normalmente é extrair a tireoide. A maioria dos tumores ali é pouco agressiva e tem alta taxa de cura. Após a retirada da glândula, é preciso fazer reposição hormonal pela vida inteira também.
Quem deve ficar mais atento
Embora problemas na tireoide não dependam de sexo nem idade, alguns grupos são mais suscetíveis:
Mulheres
São dez vezes mais reféns de disfunções na glândula —o que pode prejudicar o sonho de ser mãe. As alterações costumam pintar na gestação e aumentam em incidência com a menopausa.
Idosos
Pessoas a partir de 65 anos devem ficar atentas, mas nem todos os casos de hipotireoidismo necessitam de tratamento, uma vez que o organismo tende a ficar mais lento com o envelhecimento.
Bebês
O teste do pezinho, feito em recém-nascidos, detecta o hipotireoidismo congênito. Se confirmada, a disfunção deve ser tratada o mais rápido possível para evitar sequelas e impactos no desenvolvimento.
Casos na família
Quem tem histórico familiar de problemas na tireoide e outras doenças autoimunes (psoríase, artrite reumatoide, diabetes tipo 1 etc.) precisa acompanhar mais de perto a situação da glândula.
Expostos à radiação
Ela eleva o risco de câncer e distúrbios na tireoide caso o indivíduo sofra muita exposição durante a infância. Os raios ionizantes utilizados em diagnósticos de imagem não são nocivos.
Profissões de risco
A preocupação rondaria pessoas que trabalham expostas cronicamente à radiação. Mas, com os devidos cuidados, médicos apontam que isso representa menos perigo que outros fatores.
PAra entender o impacto de alterações na TIreóide em mais detalhes, agende uma conversa comigo através dos canais abaixo:
O câncer de ovário é difícil de ser diagnosticado e o mais letal entre os cânceres ginecológicos. Os sintomas costumam aparecer em estágios mais avançados — daí a necessidade de consultar o médico regularmente.
Câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o mais letal. Sua incidência está associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais. A história familiar é o fator de risco isolado mais importante (cerca de 10% dos casos). O tumor pode acometer a mulher em qualquer idade, mas é mais frequente depois dos 40 anos.
FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE OVÁRIO
Certas mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 estão amplamente relacionados a tumores de ovário e também ao câncer de mama. As portadoras de mutações no primeiro gene apresentam 45% de possibilidade de desenvolver esse tipo de câncer durante a vida; mutações no segundo gene oferecem risco de 25%.
Há também relação entre esse tumor e o grau de atividade hormonal feminina. Mulheres que não tiveram filhos nem nunca amamentaram, as que tiveram menopausa tardia ou câncer de mama, assim como as que têm parentes de primeiro grau com histórico da doença apresentam risco mais elevado de desenvolver esse câncer.
SINTOMAS DO CÂNCER DE OVÁRIO
A maioria das mulheres não apresenta sintomas até a doença atingir estágio avançado. Quando eles se manifestam, os mais característicos são:
Dor;
Aumento do volume abdominal;
Prisão de ventre (Constipação);
Alteração da função digestiva;
Massa abdominal palpável.
É essencial conhecer seu corpo para que os sintomas sejam percebidos rapidamente e a assistência médica possa ser buscada o quanto antes.
DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE OVÁRIO
Medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 (80% das mulheres com câncer de ovário apresentam CA 125 elevado) e ultrassonografia pélvica são dois exames fundamentais para estabelecer o diagnóstico da doença. A laparoscopia exploratória seguida de biópsia do tumor, além de úteis para confirmar o diagnóstico, permitem observar se há comprometimento de outras regiões e órgãos.
Raio X do tórax, tomografia computadorizada, avaliação da função renal e hepática e exames hematológicos podem auxiliar no diagnóstico dos casos avançados.
TRATAMENTO DO CÂNCER DE OVÁRIO
Se houver suspeita de tumor de ovário, a paciente deve ser submetida a uma avaliação cirúrgica. Para tumores em estágio inicial, é preciso realizar o estadiamento (verificar precisamente qual o estágio do câncer) por meio de cirurgia e promover a remoção do útero e dos ovários. Em estágios avançados da doença, é possível aumentar a taxa de sobrevivência com a remoção agressiva de todos os tumores visíveis.
Exceção feita às mulheres portadoras de câncer de baixo grau em estágio inicial, as pacientes devem ser submetidas à quimioterapia após a cirurgia. Elas podem contar com vários regimes disponíveis, como a combinação de cisplatina ou carboplatina com paclitaxel, que oferecem taxas de resposta clínica de até 70%.
RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR O CÂNCER DE OVÁRIO
Consulte um ginecologista regularmente e levante a possibilidade da doença tão logo reconheça algum dos sintomas;
Controle o peso e evite alimentos gordurosos, pois há estudos que indicam relação entre esse câncer com obesidade e alto consumo de gordura;
Faça exames clínicos e ultrassonografias com mais frequência, de acordo com orientação médica, se tiver um parente de primeiro grau com história de câncer de ovário e/ou de mama;
Respeite as datas dos retornos ao ginecologista, especialmente se você faz terapia de reposição hormonal; nesse caso, é maior o risco de a mulher desenvolver esse câncer;
Passe por avaliação ginecológica regularmente se você tem mais de 40 anos. O prognóstico é sempre melhor quando a doença é diagnosticada precocemente. Mais dúvidas, converse comigo usando os canais abaixo:
A nossa pele possui propriedades elásticas que a tornam capaz de se esticar conforme o indivíduo cresce ou engorda. Entretanto, essa flexibilidade tem um limite. Se a distensão da pele ocorrer de forma rápida, ou seja, ao longo de semanas, a pele não consegue acompanhar o ritmo de expansão, sofrendo lesões nas suas fibras elásticas. Estas lesões das fibras elásticas da pele formam cicatrizes, que nada mais são do que as estrias. As estrias surgem normalmente nas áreas sujeitas a contínuo e progressivo esgarçamento, como é o caso da região abdominal durante a gravidez.
FATORES DE RISCO PARA O APARECIMENTO DE ESTRIAS NA GRÁVIDA
O rápido crescimento do volume da região abdominal, principalmente a partir da parte final do segundo trimestre de gravidez, é o principal fator risco para o aparecimento da striae gravidarum. Porém, outros fatores presentes na gravidez também influem no desenvolvimento das estrias, como:
Alterações hormonais naturais da gestação – hormônios como estrogênio, cortisol, relaxinas e outros tornam as fibras elásticas da pele mais frágeis, facilitando o seu rompimento quando sujeitas a grandes distensões.
Tendência familiar para formação de estrias – há um claro componente genético na formação das estrias durante a gravidez. Mulheres que apresentam história familiar de estrias, principalmente striae gravidarum, apresentam um maior risco de desenvolverem moderadas a graves estrias na gravidez.
Idade da gestante – mulheres mais novas (com menos de 25 anos) têm uma pele mais “firme”, apresentando maior facilidade de rompimento das fibras elásticas. Quanto mais jovem for a gestante, maior será o risco de desenvolvimento de estrias. Gestantes acima de 30-35 anos têm um risco bem mais baixo.
Primeira gestação – o risco de aparecerem estrias é muito maior na primeira gravidez que nas gravidezes subsequentes. Após uma primeira gestação, a pele já se encontra mais flácida e mais apta a distender-se novamente. A gestante também costuma estar, pelo menos, dois ou três anos mais velha que na primeira gravidez.
Peso do feto – quanto maior for o crescimento da barriga na gestação, maior será a esgarçamento da pele e, consequentemente, maior será o risco de aparecerem estrias. Por isso, o tamanho do bebê é um fator de risco relevante. Por motivos óbvios, uma gravidez gemelar também aumenta muito as chances de surgirem estrias.
Ganho de peso na gravidez – quanto maior for o ganho de peso na gravidez, maior será o risco de surgirem estrias.
Etnia da gestante – grávidas de etnia não-branca apresentam um maior risco de desenvolverem estrias na gravidez.
Existência de estrias antes da gravidez – mulheres que mesmo antes de estarem grávidas já se mostram propensas a desenvolverem estrias, principalmente na barriga e nos seios, apresentam elevado risco de terem striae gravidarum.
Apesar da distensão do abdômen ser o principal fator de risco para o surgimento das estrias, os fatores descritos acima explicam o porquê de algumas mulheres desenvolverem poucas ou nenhuma estria durante a gravidez, enquanto outras padecem com dezenas de novas cicatrizes na região abdominal e seios, mesmo que ambas tenham barrigas de tamanho semelhante.
APARÊNCIA DAS ESTRIAS NA GRAVIDEZ
As estrias da gravidez costumam surgir a partir do 6ª mês de gestação. Inicialmente, as estrias são de cor rosa. As novas lesões podem coçar e ao redor das estrias a pele se parece fina. Gradualmente, as estrias podem crescer em comprimento e largura, e sua coloração torna-se mais arroxeada ou avermelhada. As estrias mais antigas vão perdendo sua coloração. Nos primeiros meses após a gravidez, elas começam a desvanecer, tornando-se pálidas ou levemente prateadas. As estrias antigas também podem ficar ligeiramente deprimidas e com forma irregular.
As estrias na gravidez surgem proeminentemente na região abdominal, mas também são comuns nas mamas, nas nádegas, nos quadris, região lombar e até nos braços, se houver grande ganho de peso na gestação.
Quais são as formas de prevenção de estrias na gravidez?
Ingerir muita água
A água é ótima em qualquer momento da vida e na gravidez é indispensável. Além de ajudar a manter toda a homeostase do organismo, para que órgãos e hormônios trabalhem da melhor forma, ela mantém a hidratação interna do corpo.
Controlar o peso
É muito importante você se alimentar bem e de maneira saudável para que o bebê se desenvolva sadio. Essa não é a fase de fazer regimes restritos, contudo, exagerar também não é legal. Se você constantemente ingerir mais alimentos do que o necessário, ou pior, se eles não forem saudáveis, além de poder prejudicar o crescimento do bebê, você ganha quilos além do necessário.
Alimentar-se bem
Os alimentos ricos em vitaminas C e E são bons aliados. Quanto à vitamina C, os alimentos têm antioxidantes que estimulam o colágeno e combatem o envelhecimento, portanto, consuma frutas cítricas. Quanto à vitamina E, ela protege as células do organismo, assim, invista também em cereais integrais e castanhas.
Use roupas adequadas
As roupas justas prendem a circulação sanguínea e atrapalham a respiração da pele. Esses fatores aumentam a possibilidade do aparecimento das estrias.
Escolha a roupa íntima apropriada
Nesse período, usar aquelas roupas que ajudam a segurar a barriga e as mamas costuma ser útil. As de algodão são melhores para ajudar na respiração da pele.
Faça massagens
Massagear as áreas que costumam ser mais afetadas, como abdome, mamas, bumbum e coxas ajuda a ativar a circulação sanguínea e a aumentar a elasticidade da pele. As massagens podem ser feitas diariamente, com produtos especiais para gestantes. Caso contrate um profissional, sempre avise da sua gestação e só faça os procedimentos adequados.
Mas se você tiver dificuldades para aceitar, não se preocupe porque hoje já existem muitos tipos de tratamentos disponíveis no mercado e que garantem bons resultados para a mulher.
Só não faça tratamentos para estrias durante a gravidez e a lactação sem o consentimento de um médico, ok? Isso porque há alguns procedimentos que não são indicados ainda. Espere ele dizer quando é o momento ideal para você procurar esses caminhos.
Eclâmpsia é uma doença caracterizada pela liberação, por parte do feto, de proteínas na circulação materna que provocam uma resposta imunológica da gestante, agredindo as paredes dos vasos sanguíneos e causando vasoconstrição.
A gravidez pressupõe o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da mulher, uma vez que herdou metade dos genes do pai. Ela não rejeita esse corpo estranho porque desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto. Em alguns casos, porém, ele libera proteínas na circulação materna que provocam uma resposta imunológica da gestante. Essa resposta agride as paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da pressão arterial.
A hipertensão arterial específica da gravidez recebe o nome de pré-eclâmpsia e, em geral, instala-se a partir da 20ª semana, especialmente no 3° trimestre. A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto.
As causas dessas enfermidades ainda não foram bem estabelecidas. O que se sabe é que estão associadas à hipertensão arterial, que pode ser crônica ou especifica da gravidez.
SINTOMAS
Sintomas da pré-eclâmpsia (que também pode ser assintomática): Hipertensão arterial, edema (inchaço), principalmente nos membros inferiores, que pode surgir antes da elevação da pressão arterial, aumento exagerado do peso corpóreo e proteinúria, isto é, perda de proteína pela urina.
Sintomas característicos da eclâmpsia: Convulsão(às vezes precedida por dor de cabeça, de estômago e perturbações visuais), sangramento vaginal e coma.
DIAGNÓSTICO E FATORES DE RISCO
O diagnóstico de eclâmpsia é estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, na história clínica, nos sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina.
São fatores de risco:
Hipertensãoarterial sistêmica crônica;
Primeira gestação;
Diabetes;
Lúpus;
Obesidade;
Histórico familiar ou pessoal das doenças supra-citadas;
Gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos;
Gestação gemelar.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação.
Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.
Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes são indicados para o controle dos quadros de eclâmpsia mais graves, que podem exigir a antecipação do parto. A doença regride espontaneamente com a retirada da placenta.
RECOMENDAÇÕES
Vá ao ginecologista antes de engravidar para avaliação clínica e início da administração de ácido fólico;
Compareça a todas as consultas previstas no pré-natal e siga rigorosamente as recomendações médicas durante a gestação;
Lembre que a hipertensão é uma doença insidiosa, que pode ser assintomática. Qualquer descuido e a ausência de sintomas podem fazer com que uma forma leve de pré-eclâmpsia evolua com complicações;
Faça exercícios físicos compatíveis com a fase da gestação e suas condições orgânicas no momento;
Reduza a quantidade de sal nas refeições, não fume e suspenda a ingestão de álcool durante a gravidez.
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A forma mais comum do desenvolvimento de um câncer do colo de útero é a partir de alterações pré-cancerígenas. Existem duas maneiras de impedir o desenvolvimento da doença: a primeira é diagnosticar e tratar as lesões pré-cancerígenas antes que se tornem malignas, e a segunda é prevenir as condições pré-cancerígenas.
Detecção de lesões pré-cancerígenas
Uma maneira comprovada para prevenir o câncer do colo do útero é a realização de exames, como o exame Papanicolaou e o exame de detecção do papilomavírus humano (HPV), para diagnosticar a presença de lesões pré-cancerígenas antes que elas se transformem em tumores malignos. Uma lesão pré-cancerígenas encontrada pode ser tratada, evitando que se torne um câncer.
O exame de Papanicolau é um procedimento realizado para coletar células do colo do útero que serão analisadas sob um microscópio para determinar a presença de câncer e pré-câncer. Essas células também podem ser usadas para verificar a existência do HPV. O exame de Papanicolaou pode ser feito durante um exame pélvico, mas nem todos os exames pélvicos incluem o exame de Papanicolaou.
O teste de HPV pode ser feito na mesma amostra das células coletadas do Papanicolaou.
Como evitar lesões pré-cancerígenas
Tomar vacina contra o HPV.
Existem vacinas disponíveis que podem proteger os jovens contra determinadas infecções pelo HPV. Essas vacinas protegem contra a infecção com os subtipos de HPV mais comumente ligados ao câncer, bem como alguns tipos que podem causar verrugas anal e genitais. Essas vacinas agem apenas para prevenir a infecção pelo HPV, elas não tratam uma infecção já existente. Por essa razão, para ser mais eficaz, as vacinas contra o HPV devem ser administradas antes que uma pessoa seja exposta ao HPV (atividade sexual). Essas vacinas ajudam a prevenir pré-câncer e o câncer de colo do útero. Algumas vacinas contra o HPV também estão aprovadas para a prevenção de outros tipos de câncer e verrugas anal e genital. Importante: nenhuma vacina oferece proteção completa contra todos os tipos de HPV causadores de câncer. É importante fazer o rastreamento para o câncer de colo de útero regularmente.
Evitar a exposição ao HPV
O HPV é transmitido de uma pessoa para outra durante o contato pele a pele com uma área infectada do corpo. Embora o HPV possa se espalhar durante o contato pele a pele – incluindo sexo vaginal, anal e oral – o sexo não precisa ocorrer para a infecção se disseminar. Isso significa que o vírus pode se espalhar sem sexo. Além disso, a infecção pelo HPV parece ser capaz de se espalhar de uma parte do corpo para outra. Isso significa que uma infecção pode começar no colo do útero e depois se espalhar para a vagina e a vulva. Limitar o número de parceiros sexuais e evitar sexo com pessoas que tiveram muitos parceiros sexuais pode diminuir o risco de exposição ao HPV. Importante: uma pessoa pode ter HPV há anos e não apresentar sintomas. Portanto, é possível ter vírus e transmiti-lo sem saber.
Usar preservativo
Os preservativos fornecem um tipo de proteção contra o HPV, mas não previnem completamente a infecção. A razão pela qual os preservativos não protegem completamente é porque não cobrem todas as áreas possíveis do corpo infectadas pelo HPV, como a pele da área genital ou anal. Ainda assim, os preservativos fornecem alguma proteção contra o HPV e também protegem contra o HIV e algumas outras infecções sexualmente transmissíveis.
Não fumar. Não fumar é outra maneira importante de reduzir o risco de pré-câncer de colo do útero e câncer
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