Ninfoplastia

A Ninfoplastia é uma cirurgia realizada para a diminuição dos pequenos lábios ou para correções de assimetrias. A cirurgia também é conhecida como labioplastia ou plástica dos pequenos lábios. Realizada em consultório com Laser permite uma recuperação satisfatória, tempo cirúrgico menor e menor dano tecidual e sangramento.

Médica Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco explica a ninfoplastia.

Principais queixas para a realização da Ninfoplastia:

• Aumento no tamanho dos pequenos lábios;
• Assimetria de pequenos lábios;
• Dor ou incomodo durante as relações sexuais;
• Aumento do volume na região, causando constrangimento quando a mulher usa biquini ou uma roupa de academia.

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Cirurgia bariátrica e contracepção.

*Relacionado com o post publicado anteriormente em 09/09/2020

A cirurgia bariátrica requer atenção especial:

Dra Claudiani Branco fala sobre os riscos da cirurgia bariátrica e da concepção.Imagem: National Cancer Institute no Unsplash.
  • A perda de peso após a cirurgia pode melhorar a regularidade menstrual e consequentemente a fertilidade.
  • Há uma necessidade de se adiar a gestação após a realização da cirurgia bariátrica.
  • Consensos recomendam que a gestação seja evitada por 12 -24 meses após o procedimento.
  • Mulheres submetidas à cirurgia bariátrica necessitam de contracepção eficaz e de longo prazo.
  • Métodos como pílulas, adesivo transdérmico, anel vaginal, injetável mensal não são recomendados para pacientes obesas que serão submetidas a cirurgias.
  • Após a cirurgia, a depender da técnica utilizada, medicamentos orais podem ter sua absorção prejudicada.
  • Métodos não orais e que não impactem no risco cardiovascular e peso são novamente as melhores opções, são eles: DIU de cobre, DIU hormonal e implante.
  • Devemos ter certa atenção com o DIU de cobre, pois cerca de metade das pacientes após a cirurgia apresentam anemia que pode ser agravada pelo aumento do fluxo menstrual provocado pelo DIU de cobre.
  • Por outro lado, o DIU hormonal reduz o sangramento menstrual, sendo vantajoso para essas mulheres.

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Ovários Policísticos

A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho.

É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino e presença de micro cistos nos ovários.
Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal.

SINTOMAS

A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome. Em conjunto, outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença, como:

  • Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo);
  • Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen;
  • Obesidade;
  • Acne.

Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio.

DIAGNÓSTICO

Para realizar o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são necessários o exame clínico, o ultrassom ginecológico e exames laboratoriais.

Ovário Policístico

Através do ultrassom, a doença é percebida pelo aparecimento de muitos folículos ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. Esse ultrassom deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual. Não sendo a mulher virgem, deve-se dar preferência à técnica de ultrassom transvaginal.

É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando pílula anticoncepcional. Se houver um folículo dominante ou um corpo lúteo, é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico corretamente.

Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao ultrassom sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo não devem ser consideradas como portadoras da síndrome dos ovários policísticos.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento, mas para isso é fundamental questionar se a paciente pretende engravidar ou não. Os principais tratamentos são:

Anticoncepcionais orais – Não havendo desejo de engravidar, grande parte das mulheres se beneficia com tratamento à base de anticoncepcionais orais. A pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas. Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas. Existem pílulas que têm um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona.

Cirurgia – Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais.

Antidiabetogênicos orais – Estando a síndrome dos ovários policísticos associada à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes.

Dieta e atividade física – Essas pacientes devem ser orientadas em relação à dieta e atividade física, simultaneamente com as medidas terapêuticas.

Indução da ovulação – Se a paciente pretende engravidar, o médico lhe recomendará tratamento de indução da ovulação, não sem antes afastar as outras possibilidades de causas de infertilidade. Não se deve fazer esse tratamento em mulheres que não estejam realmente tentando engravidar.

Endometriose

Patologia em que o tecido endométrio, que normalmente reveste o útero cresce fora do útero. Na endometriose o tecido pode estar presente nos ovários, nas tubas uterinas, bexiga ou no intestino.

Comparação entre um útero saudável e um útero com áreas afetadas pela Endometriose.
Comparação entre um útero saudável e um útero com áreas afetadas pela Endometriose.

A endometriose pode comprometer a fertilidade da mulher, é umas das principais causas de infertilidade e pode comprometer muito a qualidade de vida pois pode causar dor antes ou durante a menstruação e na relação sexual, mas muitas vezes ela é assintomática.

Diante da suspeita, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende de uma biópsia.

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos.

Mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos colaterais adversos.

Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.

Procure o ginecologista para avaliar e escolher o tratamento mais adequado. Se precisar, marque uma consulta comigo através dos canais abaixo: