Calendário de Vacinação para Gestante

Segue uma atualização agora em Junho de 2022 sobre a rotina de vacinação para gestantes, veja uma lista rápida das vacinas abaixo:

Médica Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani fala sobre o calendário de vacinação para a gestante.
  • Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP Dupla adulto (difteria e tétano) – dT: Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
  • Hepatite B: Três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses
  • Influenza (Gripe): A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. (Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V,     por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.)
  • Covid19: em qualquer fase da gestação.

No entanto, se ainda tem dúvidas sobre a sua gravidez e vacinas, agende uma consulta através dos canais abaixo:

Nota técnica de esclarecimento sobre vacinação contra COVID-19 e mamografia

Comissão Nacional de Mamografia- CBR, SBM e FEBRASGO

Ginecologista Dra Claudiani Branco fala sobre a relação entre a vacina contra a COVID-19 e mamografia em nota de esclarecimento da comissão Nacional de Mamografia.

Recentemente a Comissão Nacional de Mamografia que reúne representantes do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia publicou orientações em relação à realização da mamografia e a vacinação contra a Covid-19. Nessa nota gostaríamos de esclarecer algumas dúvidas e notícias falsas publicadas em redes sociais que tem funcionado como barreiras ao rastreamento do câncer de mama e a vacinação contra Covid 19:

  1. As vacinas contra Covid-19 NÃO causam câncer de mama ou quaisquer outras doenças na mama. 
  2. As vacinas contra Covid-19 algumas vezes causam inchaço passageiro de gânglios embaixo do braço que podem aparecer nos exames de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética das mamas. Por isso, quando fizer seus exames de mama informe se foi vacinada, quando e em qual braço tomou a vacina para evitar equívocos de interpretação por parte do médico.
  3. Inchaço transitório de gânglios embaixo do braço também pode ocorrer com outras vacinas, após depilação a laser da axila e inflamações no ombro, entre outras causas. Trata-se de uma reação de defesa normal do corpo.
  4. As pacientes que foram vacinadas contra Covid-19, em particular aquelas que estiverem com atraso na realização da sua mamografia rotina, NÃO devem postergar ainda mais o exame de mamografia. Em 2020, entre 30% e 50% das mulheres deixaram de realizar suas mamografias devido a pandemia de Covid 19. Estima-se que esse retardo terá impacto futuro na mortalidade pelo câncer de mama.
  5. Aguardar quatro semanas após a vacinação é uma sugestão para mulheres com os exames em dia quando este prazo não prejudicar sua avaliação para o diagnóstico de câncer de mama. 
  6. Em hipótese nenhuma mulher com câncer de mama diagnosticado ou com sintomas que possam representar câncer de mama como, por exemplo, nódulos palpados ou saída de líquido no mamilo devem retardar sua avaliação médica e os exames solicitados por terem sido vacinadas recentemente. 
  7. Por fim, no atual contexto da pandemia NENHUMA mulher deve abdicar da vacinação por medo de que ela possa causar doenças na mama ou afetar seus exames na mama. E NENHUMA mulher deve abdicar de realizar seus exames de rastreamento do câncer de mama, pois lembramos que ele ainda é o mais frequente entre as mulheres no Brasil e no mundo.

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Hepatite A

Qual o agente causador da hepatite A?

Dra Claudiani Branco fala sobre a Hepatite A. Infográfico por SNC Mídia.

A hepatite A é causada por um vírus RNA de fita simples positiva, que pertence à família Picornaviridae, denominado vírus da hepatite A (HAV), que se replica no fígado, é excretado na bile e eliminado nas fezes, resultando na transmissão pela via fecal-oral. O HAV interfere na função hepática, desencadeando uma resposta imune que leva à inflamação no fígado.

Hepatite A, o que é?

É uma infecção causada pelo vírus A da hepatite (HAV), também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno; contudo, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

Epidemiologia

Em países de renda média, com a economia em transição e condições sanitárias variáveis – situação atual do Brasil –, há uma redução no número de pessoas que têm contato com o vírus da hepatite A na infância e, consequentemente, um aumento no número de pessoas que estão sujeitas a terem a infecção mais tarde. A ausência de contato com o vírus na infância pode levar a um aumento da possibilidade de surtos na comunidade (OMS, 2018; LEMON et al., 2018).

No Brasil, os casos de hepatite A concentram-se, em sua maioria, nas regiões Norte e Nordeste, que juntas reúnem 55,7% de todos os casos confirmados no período de 1999 a 2018. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste abrangem 17,7%, 15,4% e 11,2% dos casos do país, respectivamente.

Formas de transmissão

A transmissão da hepatite A é fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal (OMS, 2019). Outras formas de transmissão são os contatos pessoais próximos (intradomiciliares, pessoas em situação de rua ou entre crianças em creches) e os contatos sexuais (especialmente em homens que fazem sexo com homens – HSH).

A estabilidade do HAV no meio ambiente e a grande quantidade de vírus presente nas fezes dos indivíduos infectados contribuem para a transmissão. Crianças podem manter a eliminação viral até cinco meses após a resolução clínica da doença.

No Brasil e no mundo, há também relatos de casos e surtos que ocorrem em populações com prática sexual anal, principalmente a que propicia o contato fecal-oral (sexo oral-anal).

Quais são os sinais e sintomas?

Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, podendo se manifestar inicialmente como fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais, como enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. A presença de urina escura ocorre antes da fase em que a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico da infecção atual ou recente é realizado por exame de sangue, no qual se pesquisa a presença de anticorpos anti-HAV IgM (infecção inicial), que podem permanecer detectáveis por cerca de seis meses.

É possível também fazer a pesquisa do anticorpo IgG para verificar infecção passada ou resposta vacinal de imunidade. De qualquer modo, após a infecção e evolução para a cura, os anticorpos produzidos impedem nova infecção, produzindo uma imunidade duradoura.

Como é o tratamento?

Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, uma vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado podem piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda (OMS, 2018a).

Como se prevenir?

A melhor forma de evitar a doença é melhorando as condições de higiene e saneamento básico, como:

  • Lavar as mãos (principalmente após o uso do sanitário, a troca de fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de locais onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal antes e depois das relações sexuais;
  • Higienizar vibradores, plugs anais e vaginais e outros acessórios eróticos.

Vacina

A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura, sendo a principal medida de prevenção contra a hepatite A. A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização. Atualmente, a vacina faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos, ou seja, 4 anos, 11 meses e 29 dias). É importante que os pais, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos para garantir a vacinação de todas as crianças.

Além disso, a vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses – para pessoas acima de 1 ano de idade, com as seguintes condições:

  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV e/ou pelo HCV;
  • Pessoas com coagulopatias, hemoglobinopatias, trissomias, doenças de depósito ou fibrose cística (mucoviscidose);
  • Pessoas vivendo com HIV;
  • Pessoas submetidas à terapia imunossupressora ou que vivem com doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes, ou transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea);
  • Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (medula óssea), cadastrados em programas de transplantes.

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Vacina Covid-19 para gestante é segura?

Vacinas autorizadas pela ANVISA e em uso no Brasil:

Dra Claudiani Branco fala sobre as atualizações da ANVISA da Vacina de COVID-19 para Gestantes. Imagem: Mohammad Shahhosseini no Unsplash.

CoronaVac

A vacina do Butantan utiliza a tecnologia de vírus inativado (morto), uma técnica consolidada há anos e amplamente estudada. Ao ser injetado no organismo, esse vírus não é capaz de causar doença, mas induz uma resposta imunológica. Os ensaios clínicos da CoronaVac no Brasil foram realizados exclusivamente com profissionais da saúde, ou seja, pessoas com alta exposição ao vírus.

AstraZeneca

Foi desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. No Brasil, é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tecnologia empregada é o uso do chamado vetor viral. O adenovírus, que infecta chimpanzés, é manipulado geneticamente para que seja inserido o gene da proteína “Spike” (proteína “S”) do Sars-CoV-2. 

Pfizer

O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune.

Janssen

Do grupo Johnson & Johnson, a vacina do laboratório Janssen é aplicada em apenas uma dose. Assim como o imunizante da Astrazeneca, também se utiliza da tecnologia de vetor viral, baseado em um tipo específico de adenovírus que foi geneticamente modificado para não se replicar em humanos. 

O governo de São Paulo decidiu incluir gestantes e puérperas com e sem comorbidade no plano estadual de imunização contra Covid-19, utilizando-se das vacinas Butantan/Sinovac Biotech (Coronavac®) ou Pfizer Biontech: (Cominarty®). 

Sobre Mortalidade Materna

Na análise dos dados públicos do SIVEP GRIPE houve aumento importante da mortalidade materna por Covid-19, no Brasil, sendo notificados até o dia 02 de Junho de 2021, 455 casos em 2020 e 814 em 2021, o que representa 10 mortes maternas por semana em 2020 e 38 mortes maternas por semana em 2021. 

Na comparação entre os anos 2020 e 2021, a mortalidade materna semanal aumentou em 283% e a mortalidade da população geral aumentou em 105%, confirmando os achados do CDC de que gestantes constituem grupo de maior risco de intubação oro traqueal, de internação em Unidades de Terapia Intensiva e de óbito. 

Na análise dos dados públicos do SIVEP GRIPE, relativos ao Estado de São Paulo, observa-se notificação de 78 mortes maternas por COVID-19 em 2020 e 152 mortes em 2021, ou seja 1,7 óbitos por semana em 2020 e 7,2 óbitos por semana em 2021.

IMPORTANTE!

A SOGESP, diante do expressivo aumento da mortalidade materna no Brasil e no estado de São Paulo e dos dados e estudos disponíveis atualmente, recomenda que:

  • Todas as gestantes e puérperas, do Estado de São Paulo, sejam vacinadas contra Covid-19, independente de apresentarem comorbidades;
  • Não seja exigido relatório ou prescrição médica ou ainda qualquer outro documento além daqueles que comprovam a gestação ou o puerpério, assim como ocorre na vacinação contra gripe e outras;

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Grávidas, puérperas e lactantes são incluídas em grupo prioritário da vacina contra covid19

O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica que prevê a inclusão de gestantes e puérperas no grupo prioritário de vacinação contra a covid19. Segundo o documento, o grupo será vacinado em duas etapas – sendo o primeiro a mulheres grávidas ou no pós-parto que tenham comorbidades. A vacinação destes grupos deve começar a ser oferecida até o final de maio, segundo o governo, mas a data exata depende da disponibilidade das doses.

Dra Claudiani Branco comenta sobre nota

A indicação das vacinas para gestantes e puérperas, segundo a nota técnica, considera que a gestação e puerpério são fatores de risco para desfechos desfavoráveis da covid-19, tanto no que diz respeito ao risco de hospitalização e óbito, mas também em desfechos gestacionais desfavoráveis como parto prematuro, abortamento entre outros.

O governo argumenta ainda que, embora a segurança e eficácia das vacinas contra a covid-19 não tenham sido avaliadas neste grupo, as vacinas de vírus inativado já são utilizadas por esse grupo de mulheres no Calendário Nacional de Vacinação. Um levantamento de evidências sobre recomendações nacionais e internacionais de vacinação com vacinas covid-19 de gestantes, puérperas e lactantes, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), em sua maioria defende a vacinação das mulheres nessas condições, se pertencentes a algum grupo prioritário, destaca.

Na fase 1 da vacinação de pessoas com comorbidades, serão incluídas gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade. Na fase 2, serão vacinadas todas as gestantes e puérperas, independentemente de condições pré-existentes.

Para conseguir se vacinar na fase 1, a gestante precisará apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica que comprove a comorbidade. A vacinação poderá ocorrer independentemente da idade gestacional. No caso de lactantes, a orientação deve ser para que não interrompam o aleitamento materno. Qualquer vacina disponível poderá ser aplicada. Para aquelas que tiverem tomado a vacina contra a gripe, deverá ser respeitado um intervalo mínimo de 14 dias entre as doses.

O governo não determina uma data específica para o início da vacinação de gestantes e puérperas, e destaca que a distribuição das vacinas dependerá de sua disponibilidade. A previsão é que as primeiras doses cheguem ao grupo até o final de maio deste ano.

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Como Prevenir o Câncer de Colo do Útero

A forma mais comum do desenvolvimento de um câncer do colo de útero é a partir de alterações pré-cancerígenas. Existem duas maneiras de impedir o desenvolvimento da doença: a primeira é diagnosticar e tratar as lesões pré-cancerígenas antes que se tornem malignas, e a segunda é prevenir as condições pré-cancerígenas.

Dicas de prevenção do Câncer do Colo do Útero pela Ginecologista Dra Claudiani Branco. Foto por Rowan Chestnut no Unsplash.

Detecção de lesões pré-cancerígenas

Uma maneira comprovada para prevenir o câncer do colo do útero é a realização de exames, como o exame Papanicolaou e o exame de detecção do papilomavírus humano (HPV), para diagnosticar a presença de lesões pré-cancerígenas antes que elas se transformem em tumores malignos. Uma lesão pré-cancerígenas encontrada pode ser tratada, evitando que se torne um câncer.

O exame de Papanicolau é um procedimento realizado para coletar células do colo do útero que serão analisadas sob um microscópio para determinar a presença de câncer e pré-câncer. Essas células também podem ser usadas para verificar a existência do HPV. O exame de Papanicolaou pode ser feito durante um exame pélvico, mas nem todos os exames pélvicos incluem o exame de Papanicolaou.

O teste de HPV pode ser feito na mesma amostra das células coletadas do Papanicolaou.

Como evitar lesões pré-cancerígenas

Tomar vacina contra o HPV.

Existem vacinas disponíveis que podem proteger os jovens contra determinadas infecções pelo HPV. Essas vacinas protegem contra a infecção com os subtipos de HPV mais comumente ligados ao câncer, bem como alguns tipos que podem causar verrugas anal e genitais. Essas vacinas agem apenas para prevenir a infecção pelo HPV, elas não tratam uma infecção já existente. Por essa razão, para ser mais eficaz, as vacinas contra o HPV devem ser administradas antes que uma pessoa seja exposta ao HPV (atividade sexual). Essas vacinas ajudam a prevenir pré-câncer e o câncer de colo do útero. Algumas vacinas contra o HPV também estão aprovadas para a prevenção de outros tipos de câncer e verrugas anal e genital. Importante: nenhuma vacina oferece proteção completa contra todos os tipos de HPV causadores de câncer. É importante fazer o rastreamento para o câncer de colo de útero regularmente.

Evitar a exposição ao HPV

O HPV é transmitido de uma pessoa para outra durante o contato pele a pele com uma área infectada do corpo. Embora o HPV possa se espalhar durante o contato pele a pele – incluindo sexo vaginal, anal e oral – o sexo não precisa ocorrer para a infecção se disseminar. Isso significa que o vírus pode se espalhar sem sexo. Além disso, a infecção pelo HPV parece ser capaz de se espalhar de uma parte do corpo para outra. Isso significa que uma infecção pode começar no colo do útero e depois se espalhar para a vagina e a vulva. Limitar o número de parceiros sexuais e evitar sexo com pessoas que tiveram muitos parceiros sexuais pode diminuir o risco de exposição ao HPV. Importante: uma pessoa pode ter HPV há anos e não apresentar sintomas. Portanto, é possível ter vírus e transmiti-lo sem saber.

Usar preservativo

Os preservativos fornecem um tipo de proteção contra o HPV, mas não previnem completamente a infecção. A razão pela qual os preservativos não protegem completamente é porque não cobrem todas as áreas possíveis do corpo infectadas pelo HPV, como a pele da área genital ou anal. Ainda assim, os preservativos fornecem alguma proteção contra o HPV e também protegem contra o HIV e algumas outras infecções sexualmente transmissíveis.

Não fumar. Não fumar é outra maneira importante de reduzir o risco de pré-câncer de colo do útero e câncer

Quer esclarecer mais dúvidas? Por que não marcamos um café no meu escritório para que você venha me conhecer. Fale com minha equipe através dos links abaixo:

Atualização: recomendações sobre vacinas covid-19 em gestantes, puérperas e lactantes

Dra Claudiani Branco fala sobre a Atualização da Norma Técnica do Ministério do Trabalho sobre a vacina de covid-19 e gestantes. Foto por freestocks no Unsplash.

Por meio da nota técnica 01/2021, divulgada em 15 de março, o Ministério da Saúde elencou orientações referentes à administração de vacinas covid-19 em gestantes, puérperas e lactantes.

Faz um ano que enfrentamos a Covid-19. Hoje, 16 de março, os óbitos se aproximam dos 300.000 no Brasil e os casos estão para somar 12 milhões.  É uma doença severa, causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2.

A Covid-19 possui espectros clínicos distintos: de infecções assintomáticas a quadros graves. A Organização Mundial da Saúde informa que a maioria (cerca de 80%) dos pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas reduzidos.

Um entre cada 5 casos detectados exige atendimento hospitalar em virtude de dificuldade respiratória. Destes, 5% podem requerer suporte ventilatório.

Focando especificamente no grupo de gestantes e puérperas, o Sistema de Vigilância do Ministério da Saúde vem estudando a evolução de óbitos. Em Boletim Epidemiológico Especial, divulgou que “a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em gestantes foi 0,9% e ocorreram 199 óbitos por SRAG em gestantes. Em 135 (67,8%) desses óbitos, a SRAG foi causada por SARS-CoV-2”.  

A nota técnica 01/2021, registra que no Brasil, as mortes maternas associadas a Covid-19 são mais comuns no 3º trimestre ou no puerpério. Alerta o quadro recente da pandemia, entre 8 a 11% das gestantes e lactantes infectadas pelo SARS-CoV-2 necessitam de hospitalização; de 2% a 5% são casos de internação em unidades de terapia intensiva, com risco objetivo de morte.

Ainda aponta que os óbitos maternos são mais usuais em gestantes e puérperas com comorbidades preexistentes associadas: obesidade, diabetes mellitus, doenças autoimunes, doença cardiovascular, entre outras.

SOBRE VACINAS

Diz a NT que as vacinas Covid-19 disponíveis no País ainda não passaram por testagem em gestantes, puérperas e lactantes. Daí não haver dados e informações consolidados sobre efeitos específicos. Porém, pela urgência “de se posicionar sobre essa parcela da população mesmo com a ausência de evidências, surge da necessidade mundial de combater a pandemia causada pelo SARS-CoV-2 e, principalmente, no caso das gestantes, devido ao maior risco de complicações que elas e seus bebês enfrentam quando infectados pelo vírus, podendo-se citar a maior probabilidade de parto prematuro”.

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POR QUE A VACINA DO HPV É DESTINADA SÓ UMA FAIXA ETÁRIA?

Ginecologista Dra. Claudiani Branco explica o porquê de vacinas para HPV se destinarem a faixas etárias específicas.  Foto por Matheus Ferrero no Unsplash.

As faixas etárias específicas que fazem parte do grupo não foram escolhidas aleatoriamente. A faixa etária foi escolhida por dois motivos:

Primeiro, a vacina é mais efetiva em meninas que ainda não tiveram contato sexual e não foram expostas ao HPV. Segundo, porque é nessa idade que o sistema imunológico apresenta melhor resposta às vacinas.

Com base em pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28% dos jovens  começam a ter contato sexual a partir dos 13 anos. Então, vacinando essa faixa etária conseguimos um melhor aproveitamento dos efeitos da vacina.

Isso não quer dizer que a vacina perca efeito depois do inicio da vida sexual. A vacina é eficaz tanto para as meninas que nunca tiveram relações sexuais como para aquelas que já iniciaram a vida sexual. É claro que a efetividade é menor por uma questão: a menina que já iniciou a vida sexual pode ter tido contato com o vírus antes de se vacinar. O vírus pode já estar ali no organismo sem se manifestar. Ela toma a vacina hoje e depois de um tempo o vírus pode ‘acordar’. Não quer dizer que a vacina não fez efeito, mas que a menina já estava infectada quando foi imunizada.

A HPV é um dos principais agentes que causam o Câncer de Colo de Útero, se vacinar é a forma mais eficiente de prevenção.

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HPV: Tipos de vacinas e doses

Existem 2 vacinas diferentes contra o HPV: a vacina quadrivalente e a vacina bivalente.

Ginecologista Dra. Claudiani Branco explica sobre  as diferentes vacinas que previnem o HPV. Foto por Diana Polekhina no Unsplash.

Vacina quadrivalente

  • Indicada para mulheres entre os 9 e 45 anos, e homens entre os 9 e os 26 anos de idade;
  • Protege contra os vírus 6, 11, 16 e 18;
  • Protege contra as verrugas genitais, o câncer do colo do útero na mulher e o câncer do pênis ou do ânus no caso do homem;
  • Fabricada pelo laboratório Merck Sharp & Dhome, sendo chamada comercialmente de Gardasil;
  • É a vacina oferecida pelo SUS para meninos e meninas entre os 9 e os 14 anos.
  • Doses: São feitas 3 doses, no esquema 0-2-6 meses, sendo que a segunda dose é feita após 2 meses e a terceira dose é feita após 6 meses da primeira dose. Em crianças, o efeito de proteção já pode ser obtido com apenas 2 doses, por isso algumas campanhas de vacinação podem disponibilizar apenas 2 doses.

Vacina bivalente

  • Indicada a partir dos 9 anos e sem limite de idade;
  • Protege apenas contra os vírus 16 e 18, que são os maiores causadores do câncer do colo do útero;
  • Protege contra o câncer do colo do útero, mas não contra as verrugas genitais;
  • Fabricada pelo laboratório GSK, sendo comercialmente vendida como Cervarix;
  • Doses: Quando tomada até aos 14 anos são feitas 2 doses da vacina, com intervalo de 6 meses entre si. Para pessoas acima dos 15 anos, são feitas 3 doses, no esquema 0-1-6 meses.

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Vacina da Covid19 para gestantes e lactantes.

Claudiani Branco, com apoio da FEBRASGO fala sobre o uso da vacina de COVID 19 e Gestantes e Lactantes. Foto por Daniel Schludi no Unsplash.

Com a autorização da ANVISA e revisão de literatura, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) recomenda:

  • A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas em gestantes e lactantes, no entanto estudos em animais não demonstraram risco de malformações.
  • Para as gestantes e lactantes pertencentes ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação dos riscos e benefícios em decisão compartilhada entre a mulher e seu médico prescritor.
  • As gestantes e lactantes devem ser informadas sobre os dados de eficácia e segurança das vacinas conhecidos assim como os dados ainda não disponíveis. A decisão entre o médico e a paciente deve considerar: o nível de potencial contaminação do vírus na comunidade; a potencial eficácia da vacina; o risco e a potencial gravidade da doença materna, incluindo os efeitos no feto e no recém nascido e a segurança da vacina para o binômio materno-fetal.
  • O teste de gravidez não deve ser um pré requisito para a administração das vacinas nas mulheres com potencial para engravidar e que se encontram em condições de risco.
  • As gestantes e lactantes do grupo de risco que não concordarem em serem vacinadas, devem ser apoiadas em sua decisão e instruídas a manterem medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social.
  • Os eventos adversos esperados devem ser monitorados
  • As vacinas não são de vírus vivos e têm tecnologia conhecida e usada em outras vacinas que já fazem parte do calendário das gestantes como as vacinas do tétano, coqueluche e influenza.
  • Para as mulheres que foram vacinadas inadvertidamente e estavam gestantes no momento da administração da vacina, o profissional deverá tranquilizar a gestante sobre a baixa probabilidade de risco e encaminhar para o acompanhamento pré-natal. A vacinação inadvertida deverá ser notificada no sistema de notificação e-SUS notifica como um “erro de imunização” para fins de controle. [Informe Técnico]

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