Vulva

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica a vulva e sua estrutura.

A vulva corresponde ao conjunto de órgãos genitais femininos externos e visíveis. Faz parte do sistema reprodutor e possui as seguintes estruturas:

  • Púbis ou monte de Vênus;
  • Grandes lábios ou lábios maiores;
  • Pequenos lábios ou lábios menores;
  • Vestíbulo vulvar;
  • Clitóris;
  • Óstio da uretra ou meato uretral;
  • Introito vaginal;
  • Períneo.
A vulva e sua estrutura.

PÚBIS OU MONTE DE VÊNUS

O púbis é uma proeminência constituída por tecido adiposo e recoberta de pelos que começam a surgir na adolescência. Serve como proteção do osso púbico.

GRANDES LÁBIOS

Os grandes lábios são dobras formadas por tecido adiposo e conjuntivo, cobertas por pele e pelos. Estendem-se do púbis até o períneo e ajudam a proteger a abertura da vaginae da uretra contra agentes infecciosos, como fungos e bactérias. Em sua parte interna, há glândulas sebáceas e sudoríparas.

PEQUENOS LÁBIOS

 São duas pregas finas constituídas de mucosa que se localizam no interior dos grandes lábios. São bastante enervadas e vascularizadas, por isso são áreas bastante sensíveis que aumentam de volume quando a mulher está sexualmente excitada. Delimitam a região do vestíbulo, onde se situam as aberturas da vagina e da uretra. Têm grande quantidade de glândulas sudoríparas e sebáceas, mas não possuem pelos.

Na parte superior, formam o prepúcio do clitóris; na inferior, sob o intróito vaginal (extremidade inferior da vagina), formam a fúrcula ou comissura posterior.

VESTÍBULO VULVAR

É o espaço circundado pelos pequenos lábios. A parte superior do vestíbulo é formada pelo clitóris e a base, pela fúrcula. Em seu interior se localizam o meato uretral, o introito vaginal e as glândulas de Bartholin, que produzem a lubrificação vaginal.

CLITÓRIS

Constituído de tecido erétil, o clitóris se localiza na parte superior da vulva, próximo à uretra e perto da junção dos pequenos lábios. As partes visíveis do clitóris são relativamente pequenas, semelhantes a um grão de feijão, e correspondem ao prepúcio e à glande, área extremamente sensível. No entanto, o restante do órgão se estende no interior do corpo.  Possui inúmeras terminações nervosas e, por isso, tem função importante no prazer sexual feminino.

MEATO URETRAL

É o orifício por onde sai a urina. Localiza-se entre a entrada da vagina e o clitóris e não faz parte dos órgãos genitais femininos, sendo descrito apenas por sua localização anatômica.

INTROITO VAGINAL

Localiza-se na parte inferior do vestíbulo e é parcialmente coberto pelo hímen, tecido membranoso que em geral se rompe quando a mulher tem a primeira relação sexual.

PERÍNEO

Inicia-se na parte inferior da vulva e estende-se até o ânus.

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O que é o EXAME NIPT e para que serve?

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o exame NIPT

NIPT

O NIPT é um exame de sangue simples que serve para avaliar possíveis alterações cromossômicas do feto, como a síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau e as alterações dos cromossomos sexuais: síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter. O exame diferencia o DNA fetal e materno e possibilita vantagens clínicas exclusivas, oferecendo qualidade e precisão no resultado.

PARA QUEM O NIPT É RECOMENDADO?

O exame de NIPT é recomendado para mulheres grávidas acima dos 35 anos; gestantes com histórico de gravidez afetada com aneuploidia; gestações em que o pai ou a mãe tenham translocação robertsoniana e pacientes com triagem sérica positiva no primeiro ou segundo trimestre de gestação.

COMO FUNCIONA O EXAME?

O exame é feito por meio de coleta de sangue intravenoso. 

PRÉ-REQUISITOS

A coleta deve ser feita a partir de 9 semanas de gestação (não pode ser realizada antes) e a coleta é recomendada para mulheres acima dos 35 anos, conforme solicitação médica.

PREPARO PARA O PRÉ-NATAL

Recomenda-se que o pré-natal seja feito assim que a gestação for confirmada. Cada exame deverá ser determinado por um médico que saberá quais exames solicitar correspondente a cada fase da gestação.

TEMPO DE DURAÇÃO

O exame consiste em uma coleta de sangue e o tempo de duração varia de 5 a 10 minutos.

PERIODICIDADE DO EXAME

A periodicidade do exame deve ser definida por um obstetra, que poderá solicitar o exame dependendo de cada caso.

QUANDO FAZER O EXAME NIPT?

O exame deve ser coletado após 9 semanas de gestação, pois antes disso a fração fetal é baixa e poderá ser solicitada uma recoleta.

QUAIS DOENÇAS O NIPT DETECTA?

As doenças que o NIPT detecta são:

  • Trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down);
  • Trissomia do 18 (síndrome de Edwards);
  • Trissomia do 13 (síndrome de Patau);
  • Alterações dos cromossomos sexuais: monossomia do X (síndrome de Turner), XXY (síndrome de Klinefelter), XXX e XYY.

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Vitaminas para gestantes

As vitaminas para gestantes são suplementos vitamínicos que são indicadas para auxiliar no melhor desenvolvimento do feto e nos cuidados com a saúde da gestante até o momento do parto.

O que São Vitaminas Para Gestantes?

As vitaminas para gestantes são suplementos de vitaminas criados para auxiliar durante esse período em que é necessária uma melhor alimentação e hábitos mais saudáveis. As vitaminas além de auxiliar no desenvolvimento do feto, tem extrema importância no desenvolvimento cerebral, de ossos e tecidos do bebê além de colaborar no controle de uma gestação saudável até a hora do parto. São recomendadas pelo obstetra logo na primeira consulta do pré-natal e são de extrema importância principalmente no primeiro trimestre da gestação, devendo ser ingerida até o final da gravidez.

Quais Vitaminas Tomar na Gravidez?

Cada vitamina é responsável por uma função e responsável por benefícios diferentes, porém algumas delas tem extrema importância no desenvolvimento adequado do feto evitando más formações, como é o caso do desenvolvimento do tubo neural que é de responsabilidade da vitamina B6. Vejamos quais são elas:

  • Acido Fólico – Essa vitamina é fundamental para o desenvolvimento do cérebro, para formação da coluna e medula espinhal e para precaver má formação no tubo neural do bebê. É indicado o consumo antes mesmo de engravidar, dessa forma evitando a deficiência desse importante nutriente.
  • Cálcio – O cálcio é fundamental para a formação dos ossos do feto, além de auxiliar na manutenção da pressão sanguínea e na coagulação do sangue. Controla também a contração muscular e age ativamente na produção do leite materno.
  • Ferro – O ferro é muito importante até mesmo antes de se engravidar, pois é responsável pela produção de hemoglobina que carrega oxigênio para as células do corpo e mantem o sistema imunológico em perfeito funcionamento. Já na gravidez devido ao aumento na quantidade de sangue o ferro se encarregará de aumentar a produção da hemoglobina, e auxiliar no desenvolvimento do feto além de prevenir o desenvolvimento de anemia na mulher, que poderá levar a parto prematuro e a um bebê de baixo peso.
  • Vitamina D – A vitamina D é uma das responsáveis pela preservação dos ossos e o funcionamento do metabolismo além de auxiliar no desenvolvimento muscular e de nervos. Atua também na prevenção da coagulação sanguínea e garante o bom crescimento celular no corpo.
  • Zinco – O zinco é responsável pela produção de tecidos no corpo do feto e pela formação das células de DNA.
  • Vitamina B6 – A vitamina B6 é de extrema importância na formação do feto e age na precaução de más formações. Auxilia no controle de enjoos durante a gravidez, pois é responsável pelo controle hormonal da mulher.
  • Vitamina C – Vitamina responsável pelo melhor funcionamento do organismo, atua na saúde da pele e gengivas. Auxilia na melhor absorção do ferro no organismo, colaborando para melhor crescimento dos ossos.
  • Ômega 3 – O ômega 3 auxilia na produção de prostaglandinas responsáveis pelo controle da pressão sanguínea e da coagulação. Atua no desenvolvimento neurológico e visual do feto e atua na precaução de pré-eclâmpsia e parto prematuro.

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Parto normal

O que é um parto normal?

A organização mundial de saúde (OMS) define parto normal como se tratando do momento do nascimento do bebé de forma natural, ou seja, aquele que começa espontaneamente, de baixo risco e assim se mantém até terminar. O recém-nascido nasce espontaneamente, de cabeça para baixo e normalmente entre as 37 e as 42 semanas de gestação.

Dra Claudiani Branco explica o parto normal.

Como calcular a data provável do parto?

A data provável do parto pode ser calculada da seguinte forma:

Idade gestacional cronológica: definida a partir da data da última menstruação; quando a menstruação é regular (certa) começamos a datar a gravidez a partir do primeiro dia da última menstruação (DUM). A data provável do parto é calculada somando 40 semanas (280 dias) a partir desta data (DUM).

Pode-se usar a regra de Naegele para fazer a datação do parto (DPP). Soma-se 7 dias ao dia da última menstruação e tira-se 3 meses. Exemplo: DUM 7/5/2021 DPP 14/2/2022

Depois, a data provável do parto deve ser revista com os dados da ecografia inicial.

  • Idade gestacional efetiva: definida pelo comprimento craniocaudal (CRL) na ecografia do 1º trimestre. A partir daqui mantém-se inalterável ao longo da gravidez.
  • Quando a gravidez resulta de técnicas de reprodução assistidas, a idade gestacional é calculada utilizando a idade do embrião no dia da transferência (2 semanas).
  • Quando o início da vigilância é tardio, devem ser usados dados da história clínica (padrão menstrual e altura uterina) e dados ecográficos (biometrias fetais) para cálculo aproximado da idade gestacional.

Trabalho de parto

trabalho de parto é uma combinação de fenómenos fisiológicos que uma vez postos em marcha conduzem à dilatação e extinção do colo do útero, à progressão do feto através do canal de parto e à sua expulsão para o exterior, culminando com a expulsão da placenta.

É possível identificar alguns sinais e sintomas de que o trabalho de parto se aproxima, a saber:

  • Contrações uterinas inicialmente indolores (contrações de Braxton-Hicks) que vão ficando cada vez mais frequentes e fortes;
  • Dores e pressão nas virilhas que são devidas à descida do feto na pélvis;
  • Aumento da secreção vaginal (muco vaginal em maior quantidade e mais espesso);
  • Saída do tampão mucoso;
  • Diminuição dos movimentos do feto.

Tipos de parto: eutócico, distócico

Podemos identificar dois tipos de parto:

  • Parto eutócico – designa-se por parto eutócico quando o nascimento do bebé ocorre por via vaginal sem qualquer intervenção instrumental durante o parto (veja o tipo de instrumentais abaixo). Este tipo de parto divide-se em 3 estágios:
    • 1º estágio: vai desde a instalação das contrações uterinas regulares à dilatação completa do colo. Há extinção e dilatação do colo uterino.
    • 2º estágio: vai desde a dilatação completa do colo à expulsão do feto. É denominado de período expulsivo.
    • 3º estágio: inicia-se após a expulsão do feto e termina após a expulsão da placenta e membranas fetais. É o período da dequitadura.
  • Parto distócico – designa-se por parto distócico quando é realizado, em algum momento, uso de instrumentos para facilitar o parto.
    • Parto vaginal instrumentado (ventosa, fórceps ou espátula);
    • Parto por cesariana.

Cuidados antes do parto

Para avaliar se a grávida está a entrar em trabalho de parto, normalmente, faz-se o toque vaginal para avaliar se existe dilatação ou extinção do colo do útero.

É realizada uma cardiotocografia (traçado). Esta avalia se a grávida tem contrações uterinas e simultaneamente observa o bem-estar fetal através do registo da frequência cardíaca do feto.

ecografia obstétrica complementa a avaliação do bem-estar fetal através da avaliação do peso e dinâmica fetal, quantidade de líquido amniótico e doppler fetal.

O que são contrações?

As contrações uterinas resultam do encurtamento e relaxamento do músculo do útero e que levam ao endurecimento do ventre materno.

Elas normalmente são dolorosas provavelmente por hipóxia do músculo ou estiramento do colo do útero durante a dilatação. São involuntárias pois pace-makers iniciam a contração e o impulso é propagado através de gap junctions. E são rítmicas, de intervalos variáveis e intercaladas por períodos de relaxamento.

O intervalo entre as contrações diminui gradualmente desde cerca de 10 minutos no início do parto até cerca de 1 minuto durante a expulsão do feto.

Controle da dor, analgesias de parto

A dor do parto é bastante variável de mulher para mulher. A dor de parto pode ser ligeira a moderada para algumas mulheres, enquanto para outras pode ser uma dor muito forte, intensa e por vezes insuportáveis.

O uso da anestesia no parto vaginal é possível de ser realizada, reduzindo muito a quantidade de dor no trabalho de parto. O uso de anestesia não provoca qualquer efeito no feto e ajuda a manter a grávida tranquila.

No parto normal a mulher pode escolher se quer ou não receber a anestesia, basta que ela apresente o desejo ao seu médico.

A anestesia pode ser ministrada em qualquer fase do trabalho de parto. O uso da anestesia em qualquer fase depende da vontade da grávida.

No parto vaginal, a anestesia mais usada é a epidural. A anestesia epidural tira a sensibilidade da dor apenas da cintura para baixo e por isso desaparecem as dores das contrações. O desaparecimento da dor não interrompe as contrações, ou seja, elas continuam a ocorrer normalmente durante o trabalho de parto.
Quando utilizada a anestesia é aplicada entre a 3ª e a 4ª vertebra da coluna lombar através de uma agulha fina e injetam o líquido (fármaco anestésico) no espaço peridural. O uso da anestesia em certas doses acaba por condicionar mais a grávida à cama. Contudo, a mulher pode receber uma dose que alivie a dor e ao mesmo tempo permita que a grávida se levante e caminhe para ajudar na evolução do parto.

Algumas mulheres não querem fazer anestesia epidural no parto e preferem controlar a dor de forma mais natural através de exercícios de respiração, exercícios e massagens corporais, banhos em água quente, acunpuntura ou medicação apenas endovenosa.

Como induzir o trabalho de parto e em qual situação?

O parto normal poderá ser induzido quando o trabalho de parto não se iniciou sozinho e é necessário intervir, pelo bem-estar da saúde da mãe e do bebé. O parto vaginal induzido não deixa de ser um parto natural!

Normalmente, a intervenção é realizada quando a gravidez ultrapassou as 41 semanas, houve rotura de membranas e as contrações não começaram em 24 horas, a Mãe é hipertensa ou diabética, ou ainda quando há diminuição de líquido amniótico (oligoâmnios).

O método utilizado para induzir o parto depende das condições do colo do útero. Quando o colo do útero é favorável utiliza-se a perfusão endovenosa com ocitocina. Quando é desfavorável usam-se dispositivos com prostaglandinas que podem ser vaginais ou orais.

Vantagens do parto normal

O parto normal ou natural tem mais vantagens em relação aos outros tipos de parto. E quanto mais natural for, com o menor número de toques vaginais, manobras ou episiotomia (corte do períneo para evitar lacerações vaginais), melhor! Mas nem sempre é possível e todos os trabalhos de parto são diferentes! O ideal é ter um parto o mais humanizado possível!

O parto normal ou natural tem muitas vantagens em relação ao parto por cesariana, a saber:

  • Menor risco de infecção;
  • Menor tempo de internação (normalmente 48 horas);
  • Tempo de recuperação menor;
  • Os riscos com complicações anestésicas são menores;
  • O útero volta ao tamanho natural mais rapidamente;
  • Aumenta os hormônios responsáveis pelo bem-estar;
  • Os laços afetivos ocorrem de maneira mais intensa e rápida.

Entretanto, não é apenas para as mães que o parto normal oferece diversos benefícios, mas para o bebé também, alguns deles são:

  • Mais tranquilidade;
  • Maior receptividade ao toque;
  • Maior facilidade para respirar (ao passar pelo canal de parto, o tórax é comprimido, fazendo com que os líquidos de dentro do pulmão sejam naturalmente expelidos);
  • Mais atividade ao nascer (antes de ter o cordão umbilical cortado, o bebé consegue achar a mama da mãe sem auxílio de terceiros).

Recuperação após o parto

recuperação após o parto normal é muito rápida. Nas primeiras 2 horas após o parto é necessário fazer repouso e uma vigilância mais rigorosa, mas se estiver tudo bem após esse período já pode iniciar o levante e fazer uma vida normal.

Durante a internação a involução uterina é avaliada pela consistência e pelo tamanho do útero. Os lóquios (sangramento no pós-parto) devem ser observados, no sentido de despistar perdas hemáticas abundantes ou cheiro fétido.

A mobilização precoce (nas primeiras 6 a 8 horas após o parto) deve ser promovida, uma vez que diminuiu a incidência de fenómenos tromboembólicos e melhora o trânsito intestinal.

Quanto ao ingurgitamento mamário, ocorre geralmente entre as 24-72 horas após o parto e pode acompanhar-se de desconforto significativo. Habitualmente, resolve-se em poucos dias sem necessidade de medicação.

A hemorroida é muito frequente no pós-parto. Se forem sintomáticas, devem ser devidamente tratadas: gelo local, venotrópicos e antihemorroidários tópicos e analgésicos.

Às puérperas RH negativas com recém-nascido RH positivo devem ser administradas imunoglobulina anti-D. Nas mulheres não imunizadas contra a rubéola o pós-parto é a altura ideal para se proceder à respectiva vacinação.

A alta hospitalar deve ser dada, regra geral, 48 horas após o parto.

Recomendações na alta

As principais recomendações após a alta são:

  • A mãe deve manter uma dieta rica em cálcio (principalmente aquelas que amamentam);
  • Tomar ferro oral pode ser útil para compensar as perdas hemáticas após o parto;
  • A atividade física deve ser retomada de forma gradual;
  • As relações sexuais podem ser reiniciadas após a cessação do lóquios, desde que não provoquem desconforto ou dor e tenham decorrido, pelo menos 2 a 3 semanas após o parto;
  • É normal no primeiro mês após o parto haver alterações de humor, irritabilidade, labilidade emocional, ansiedade, insónia, crises de choro. Normalmente, é uma situação transitória que normalmente desaparece ao final de 2 semanas. Se se prolongar por muito mais tempo o melhor é procurar ajuda pois podemos estar perante uma depressão pós-parto;
  • É habitual haver uma queda de cabelo mais exuberante até aos 6 meses após o parto;
  • Importância de não esquecer a consulta do puerpério, que deve ser realizada entre a 4ª a 6ª semana após o parto;
  • Importância do teste do pezinho que é realizado no recém-nascido no 3º dia de vida e da primeira consulta que deve ser feita aos 15 dias de vida.

Contraceptivos, menstruação no pós-parto

A mulher que amamenta normalmente tem ciclos anovulatórios e por isso normalmente não menstrua. De qualquer forma a amamentação é um método de contracepção muito falível e por isso devem ser usados métodos contraceptivos eficazes no pós-parto:

  • Métodos de barreira;
  • Métodos hormonais apenas com progestativo: progestagénio oral contínuo (chamada pílula da amamentação) ou implante subcutâneo. Devem ser iniciados na 3º a 4ª semana após o parto;
  • Métodos hormonais estroprogestativos: só devem ser iniciados em mulheres que não amamentam e apenas na 4ª semana após o parto;
  • Dispositivos intrauterinos: podem ser colocados imediatamente após o parto, mas as taxas de expulsão são maiores. A altura ideal de colocação é entre a 4ª a 6ª semana após o parto.

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Como você está? Como está sua saúde mental?

Já parou para pensar no assunto? Alguma vez refletiu se os seus pensamentos, ideias e sentimentos estão em harmonia? Sabe a diferença entre saúde mental e doença ou transtorno mental?

Ginecologista Dra. Claudiani Branco fala sobre o Janeiro Branco, o mês da saúde mental.

Em geral, os termos causam confusão. Mas basta lê-los com cuidado, pois são autoexplicativos. O primeiro refere-se à saúde e, os outros, à ausência dela. Não existe, porém, uma definição oficial para o conceito de saúde mental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções. Diariamente, vivenciamos uma série de emoções, boas ou ruins, mas que fazem parte da vida: como alegria, tristeza, raiva, frustração, satisfação entre outras.

Como lidamos com as emoções é o que determina como está a qualidade da nossa saúde mental.

Assim, tê-la ou alcançá-la está muito longe da ausência de transtornos mentais. O desequilíbrio emocional facilita o surgimento de doenças mentais. Podemos dizer que a saúde mental contempla, entre tantos fatores, a nossa capacidade de sensação de bem-estar e harmonia, a nossa habilidade m manejar de forma positiva as adversidades e conflitos, o reconhecimento e respeito dos nossos limites e deficiências, nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros – algo muito maior e anterior ao início dos transtornos mentais.

Manter a saúde mental, no entanto, não é tão simples nos dias de hoje. São muitos problemas: estresse, brigas, atrasos, advertências, doenças, falta ou excesso de família, pouco ou muito dinheiro.

Diversos são os fatores que podem influenciar negativamente a nossa saúde mental.e Dedicamos grande parte do tempo de nossas vidas ao nosso emprego e nem sempre isso é prazeroso ou satisfatório. A alta taxa de desemprego no País, a baixa remuneração, más condições de trabalho, falta de planejamento profissional, entre tantos outros, são questões que levam ao aumento significativo de diversos transtornos.

Transtorno Mental e Doença Mental

O uso da palavra transtorno está relacionado com um conceito mais amplo de diagnóstico. Ao falarmos de doença nós temos as causas, um padrão de sintomas e medidas terapêuticas padronizadas, como, por exemplo, as doenças cardíacas.

Quando falamos em transtorno, nos referimos a uma trajetória diagnóstica que varia bastante de pessoa para pessoa, multifatoriais e com diversas formas de tratamento.

Preconceito

Sim, o preconceito ainda é bastante presente na sociedade. Começando pelo lugar que a loucura ocupou na história – o louco como alguém a ser afastado, enclausurado, aquele que não compartilha da ‘mesma realidade’ que os demais. Durante bastante tempo a loucura esteve associada às questões metafísicas de forma negativa. Aquele intangível que está relacionado ao mal, ao descontrole, ao diferente. Hoje em dia, as questões de saúde mental ainda ocupam um lugar bastante nebuloso. Um diabético tem um exame com uma medida glicêmica que prova o que ele tem e ele vale para questões cardíacas e as demais doenças crônicas. Como a saúde mental está no corpo e no meio, muitas vezes é concebida como uma fraqueza do sujeito, algo sobre o qual ele teria condições de atuar e não o faz. 

A maioria da sociedade ainda tem dificuldade em reconhecer que é uma doença e ainda ampliar o conceito de saúde e doença. Não dá mais para serem conceitos antagônicos; ter saúde não significa necessariamente não ter nenhuma doença.

Justamente pelo preconceito e julgamento, as pessoas não querem ser reconhecidas no lugar daqueles que têm transtornos mentais, com o risco de serem vistos como fracos ou descontrolados, algo que vai desde questões morais até as questões éticas. No caso de crianças então, a família se sente muito culpada e exposta.

VALE A PENA LEMBRAR QUE BOA PARTE DA POPULAÇÃO ESTÁ DEPRIMIDA E ANSIOSA, MAS NÃO ESTÁ INTERNADA, POIS AINDA CONSEGUEM SE SUBMETER AO FUNCIONAMENTO DA SOCIEDADE E FREQUENTAM O TRABALHO, A ESCOLA E OUTROS LUGARES SEM FAZER GRANDES ALARDES.

Combater o preconceito é sempre falar sobre o tema, propor debates e tentar entender que todo mundo tem seu jeito de funcionar, mesmo que seja bastante diferente do seu jeito. E tentar construir formas de convivências que não afastem quem é “diferente”. Na infância, por exemplo, as crianças com autismo têm bastante dificuldade de inserção nas escolas. Falta, da parte de todos, um pouco de empatia e flexibilidade para pensar onde encontramos o ponto comum. Não é que essas crianças não aprendem, elas aprendem de outro jeito. Não é que não sabem brincar, elas brincam de outro jeito. Mas a vida corrida não nos dá tempo de aprender o outro jeito de fazer as coisas.

No mundo adulto também falta bastante conversa sobre isso. Todo mundo tem que ser muito bom, o tempo todo. Tem que ser 100% em tudo: no trabalho, na família, na academia, na escola. Temos que falar mais sobre isso, temos que nos permitir sofrer quando é preciso, reconhecer o sofrimento do outro.

SAÚDE MENTAL. Como manter ou conquistá-la

Pequenas ações inseridas no cotidiano podem provocar grandes mudanças ao longo do tempo, com um impacto positivo no seu corpo e mente. O que você sabe sobre autocuidado? Conhece os seus pilares? Nutrição, movimento/atividade física, práticas mente-corpo, espiritualidade, relacionamentos, ambiente físico/contato com a natureza.

A SAÚDE MENTAL NÃO PODE ESTAR
DESCONECTADA DA SAÚDE DO CORPO, PORQUE SAÚDE É UMA SÓ.

Práticas mente-corpo como a meditação, o Yoga, a meditação mindfulness, entre outras, podem auxiliar no foco, facilitando o estado de consciência sobre o que está acontecendo agora, sobre as sensações e necessidades do corpo e,consequentemente, da mente.

É possível encontrar este estado de conexão em outras práticas como corrida, escutar uma música que você gosta, ler um bom livro, algo que realmente te traga para o contato consigo mesmo.

E não hesite em procurar ajuda! Sinta-se acolhida! Agende uma consulta pelos canais abaixo se precisar!

Libido

Ginecologista Dra Claudiani Branco fala sobre aspectos da libido da mulher.

Libido é o nome que se dá ao desejo sexual, que faz parte do instinto do ser humano, mas que pode ser influenciado por questões físicas ou emocionais, e, por isso, pode estar aumentado ou diminuído em algumas pessoas, em determinadas fases da vida.

Os hormônios que controlam a libido são a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres, e por isso em determinados períodos do mês é normal que a mulher tenha maior ou menor interesse sexual. Normalmente as mulheres têm a libido mais aumentada durante o seu período fértil e menor libido durante a menopausa, por exemplo.

Vários fatores podem ocasionar a falta de libido, como estresse, ansiedade, problemas no relacionamento e uso de medicamentos, sendo importante identificar a causa para que possam ser tomadas atitudes que tenham como objetivo aumentar o desejo sexual.

Falta de libido: causas e como aumentar

Principais causas

A diminuição da libido pode acontecer como consequência de alterações nos níveis de hormônios que participam no controle do desejo sexual ou ser devido a situações do dia a dia, o que pode ser temporário ou duradouro. Algumas das principais causas de falta de libido são:

  1. Alterações emocionais, como estresse, ansiedade e depressão, pois interferem diretamente no humor e na disposição, podendo causar a falta de libido de forma temporária;
  2. Traumas emocionais, principalmente quando está relacionado com a relação sexual, o que pode causar diminuição da libido;
  3. Impotência sexual, pois devido à dificuldade para ter e/ou manter uma ereção, pode haver diminuição do desejo sexual motivada pela frustração, por exemplo;
  4. Problemas no relacionamento, já que nesse caso é possível que além da tensão a atração diminua, o que acaba por diminuir a libido;
  5. Uso de medicamentos, como pílulas anticoncepcionais, ansiolíticos ou antidepressivos, pois provocam alteração nos níveis hormonais circulantes no corpo e podem interferir no sistema nervoso, o que pode interferir no desejo sexual.
  6. Menopausa, já que há desbalanço nos níveis de hormônios sexuais femininos, o que pode causar diminuição da libido, além dos outros sinais e sintomas típicos da menopausa como ondas de calor, suor noturno e cansaço frequente, por exemplo;
  7. Diminuição dos níveis de testosterona no homem, já que esse hormônio está diretamente relacionado com o desejo sexual e produção de espermatozoides;
  8. Dor durante a relação sexual, isso porque uma vez que há dor e/ou desconforto no momento de prazer, pode haver diminuição do interesse para que a dor não seja mais sentida;

Nas mulheres, a falta de libido também pode ser causada pela dificuldade em se atingir o orgasmo ou de ficar excitada, o que dificulta o contato íntimo devido à falta de lubrificação da vagina, o que causa dor durante a relação sexual.

Como aumentar a libido?

Para aumentar a libido é importante consultar o médico para que seja possível identificar a causa e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado. Nos casos em que a falta de libido é consequência do uso de algum medicamento, o médico pode orientar a troca, alteração da dose ou suspensão do medicamento. Quando está relacionado com alterações hormonais, pode ser recomendada a realização de terapia de reposição hormonal.

Além disso, no caso de a diminuição da libido estar relacionada com menores níveis de testosterona ou com impotência sexual, é interessante aumentar o consumo de alimentos que melhoram a circulação sanguínea, como atum e sementes de chia, por exemplo, pois favorece a excitação.

Por outro lado, quando a falta de libido é consequência de alterações emocionais, traumas ou problemas no relacionamento, a melhor solução é buscar o tratamento com um psicanalista, para que as causas emocionais sejam solucionadas e o desejo sexual possa aflorar. Combater a ansiedade e o estresse também ajudam a aumentar a libido, assim como melhorar a autoestima e praticar exercícios físicos.

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Partograma

O que é o partograma?

Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco fala sobre o Partograma. Foto por Canva.com.

O partograma é um documento oficial que deve ser preenchido a partir do momento que a gestante entra em trabalho de parto. Como o partograma é parte do prontuário, ele deve ser corretamente preenchido e aberto na hora correta.

Mas como sabemos isso? Existem dois critérios importantes para determinar o trabalho de parto: dilatação de pelo menos 3 centímetros e pelo menos 2 contrações efetivas.

Como preencher um partograma.

O partograma compreende 4 partes, que devem ser preenchidas de hora em hora, ou quando a gestante for reavaliada.

Identificação da paciente

primeira parte é a identificação da paciente. Cada serviço pode ter um cabeçalho especificado, mas normalmente temos o nome completodocumento/atendimento, idade da gestante e idade gestacional.

Dilatação e altura do feto

segunda parte refere ao acompanhamento da dilatação e a altura do feto, duas informações que devem ser anotadas a cada toque vaginal que for realizado. O preenchimento é feito a partir da esquerda para a direita e além das outras duas informações, é necessário anotar a hora real e/ou a hora de registro.

Vamos ver o que cada símbolo significa:

• O triângulo é referente a dilatação e está correlacionado com a escala à esquerda.

• Já o círculo representa a altura do feto, respeitando os planos de De Lee ou de Hodge.

Temos também duas linhas: a linha de alerta e a linha de ação. Elas podem estar presentes ou não no partograma, se não estiverem será de responsabilidade de quem abre o partograma desenhá-las.

Ambas estão em um ângulo de 45 graus e devem estar espaçadas em 4 quadrados. E a linha de alerta deve começar na segunda hora do partograma.

●     Linha de Alerta: o trabalho de parto deve acompanhar a linha, por isso, se a representação do parto ultrapassar essa linha, devemos prestar atenção.

●     Linha de Ação: mostra a necessidade de intervenção, não necessariamente cesárea!

Batimentos Fetais

A terceira parte é o registro de Batimentos Fetais e deve ser marcado apenas com um ponto na frequência que o feto apresenta no momento do exame.

Em seguida, há o registro das contrações. Para as contrações efetivas, deve-se preencher todo o quadrado. Se elas não forem efetivas, mas durarem entre 20 e 39 segundos, pinta-se apenas metade do quadrado, traçando uma linha na diagonal. O número de quadrados que pintar, representa a quantidade de contrações em 10 minutos.

Uso (ou não) de ocitocina, aspecto do líquido amniótico e aspecto da bolsa

A quarta e última parte, é onde será anotado se há ou não uso de ocitocina, o aspecto do líquido amniótico e o aspecto da bolsa.

• BOLSA: A bolsa pode estar íntegra (I) ou rota (R)

• LÍQUIDO AMNIÓTICO (LA): o líquido pode ser claro (LC) ou meconial (LM). Lembrando que apenas com o rompimento da bolsa é possível avaliar o líquido amniótico.

• OCITOCINA: é importante marcar a dose que está sendo utilizada

O partograma faz parte do prontuário médico, portanto ao preencher uma coluna (correspondente a uma hora) o examinador deve assinar, indicando que ele realizou o exame.

Herpes Genital

Ginecologista Dra Claudiani Branco fala sobre a Herpes Genital. Foto by Canva.

Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Uma vez dentro de um organismo, dificilmente esse vírus será eliminado, porque se aproveita do material fornecido pelas células do hospedeiro para sua replicação. Além disso, como se esconde dentro das raízes nervosas, o sistema imunológico não tem acesso a ele.

Existem dois tipos de HSV:

1) O tipo 1, responsável pelo herpes facial, manifesta-se principalmente na região da boca, nariz e olhos;

2) O tipo 2, que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas.

O período de incubação varia de dez a quinze dias após a relação sexual com o/a portador/a do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando elas já estão cicatrizadas.

Herpes genital na gravidez pode provocar abortamento espontâneo, uma vez que existe a transmissão vertical do vírus. E mais: herpes congênito é uma doença extremamente grave e letal.

SINTOMAS DO HERPES GENITAL

No início, a infecção pode causar

  • Ardor;
  • Coceira (prurido);
  • Formigamento;
  • Gânglios inflamados.

Em seguida surgem as bolhas características do herpes. São pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos genitais masculinos e femininos. Às vezes, elas estão presentes dentro do meato uretral ou, por contiguidade, podem atingir a região anal e perianal, de onde se disseminam se o sistema imunológico estiver debilitado.

As lesões costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento, nos indivíduos imunocompetentes. Nos imunossuprimidos, porém, elas adquirem dimensões extraordinárias.

As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê. Depois, essas pequenas bolhas cheias de líquido se rompem, criam casca, cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece latente até a recidiva seguinte.

PRIMEIRA INFECÇÃO E RECIDIVAS DE HERPES GENITAL

A primeira infecção pode ser muito agressiva e longa, porque o vírus HSV é um elemento estranho e não houve tempo ainda para o sistema de defesa desenvolver estratégias para combatê-lo. Já as recidivas costumam ser menos graves, porque o organismo criou anticorpos capazes de tornar a doença autolimitada, mas o risco de recidivas sempre permanece.

FATORES QUE PODEM DESENCADEAR CRISES DE HERPES GENITAL

  • Traumas na região genital
  • Exposição ao sol
  • Alterações hormonais, incluindo as que podem ocorrer no período menstrual
  • Fadiga
  • Febre
  • Uso de corticoides

TRATAMENTO DO HERPES GENITAL

O aciclovir é a principal droga usada para o tratamento do herpes genital. Ele necessita da ação enzimática do vírus para destruí-lo ou impedir que mantenha sua cadeia de replicação. No entanto, quando o vírus está recolhido no gânglio neural, esse remédio não faz efeito.

RECOMENDAÇÕES SOBRE O HERPES GENITAL

  • A melhor maneira de prevenir a doença é usar preservativo nas relações sexuais e evitar múltiplos parceiros;
  • Mesmo que a mulher não tenha lesões visíveis, deve informar o médico que é portadora do vírus do herpes genital se pretende engravidar;
  • Apesar de as lesões regredirem espontaneamente nas pessoas com resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes genital;
  • Não toque nas lesões, pois elas carregam grande quantidade de vírus. Se você tocar nas lesões ou nos fluidos da região, lave as mãos imediatamente com água e sabão.

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TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL (TDPM)

A síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico-pré-menstrual (TDPM) são dois distúrbios relacionados a sintomas que ocorrem uma a duas semanas antes da menstruação e que melhoram após o início dela. Esses sintomas podem ser físicos, emocionais e comportamentais. Embora ambos os transtornos interfiram no dia a dia da mulher, a TDPM é mais severa e, às vezes, incapacitante. Saiba mais sobre essas duas condições e como são tratadas.

O QUE CAUSA OS DISTÚRBIOS PRÉ-MENSTRUAIS?

Os níveis dos hormônios reprodutivos femininos, que são o estrogênio e a progesterona, oscilam durante o ciclo menstrual de toda mulher. Essas variações hormonais podem afetar os níveis de substâncias químicas do cérebro (neurotransmissores) que têm um papel importante na regulação do humor, com destaque para a serotonina.

Mulheres que sofrem de síndrome pré-menstrual ou transtorno disfórico pré-menstrual são mais sensíveis aos efeitos desses hormônios. Ainda não está claro o que causa essa sensibilidade. Alguns estudos sugerem que a predisposição genética contribui. Isso significa que, se você sofre de sintomas pré-menstruais, sua filha tem maior probabilidade de os ter.

  • Síndrome pré-menstrual – afeta de 75% a 80% das mulheres;
  • Transtorno disfórico-pré-menstrual – afeta de 3% a 8% das mulheres.

SINTOMAS DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL

A síndrome pré-menstrual (SPM), também conhecida como tensão pré-menstrual (TPM), abrange mais de 150 sintomas, o que significa que eles variam muito para cada mulher. Entre os mais comuns estão:

Sintomas emocionais ou comportamentais – irritabilidade, depressão, ansiedade, retraimento social, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, aumento do apetite e desejo voraz por determinados alimentos;

Sintomas físicos – seios doloridos, inchaço abdominal, dor de cabeça, fadiga, ganho de peso, dor nos músculos ou articulações.

SINTOMAS DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

A síndrome pré-menstrual e o transtorno disfórico pré-menstrual compartilham muitos dos mesmos sintomas. Nesse último, entretanto, as mudanças de humor que acompanham os sintomas físicos são mais intensas e debilitantes, comprometendo seriamente os relacionamentos, o trabalho e a qualidade de vida de forma geral.

No transtorno disfórico pré-menstrual, pelo menos um dos seguintes sintomas se destaca:

  • Instabilidade emocional – por exemplo, ter alterações de humor extremas ou crises de choro repentinas;
  • Mau-humor extremo – sentir-se muito irritada ou ter mais conflitos com as pessoas ao redor;
  • Humor deprimido – inclui tristeza, falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos;
  • Ansiedade acentuada – também pode vir na forma de tensão ou sensação de estar “à flor da pele”.

Para fazer o diagnóstico de qualquer um desses distúrbios pré-menstruais, o médico precisará descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, tais como:

  • Transtornos de ansiedade;
  • Depressão;
  • Endometriose;
  • Problemas da tireoide.

Se possível, procure registrar seus sintomas por pelo menos dois meses antes da consulta. Anote também os dias em que menstruou em cada mês.

TRATAMENTO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

O foco do tratamento da síndrome pré-menstrual e do transtorno disfórico pré-menstrual é o alívio dos sintomas. É fundamental consultar um médico. Só ele pode fazer uma avaliação adequada e indicar o melhor tratamento para o cada caso. Nunca se automedique. As principais abordagens para o gerenciamento desses distúrbios são:

Mudança no estilo de vida – adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação bem equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente, pode ser útil para aliviar os sintomas pré-menstruais. Considere também algumas práticas que trabalhem mente e corpo, como ioga ou meditação, para reduzir o estresse.

Medicamentos – dependendo da gravidade dos seus sintomas, o médico pode prescrever um ou mais tipos de medicamento. O tratamento farmacológico pode incluir:

Antidepressivos – os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que aumenta os níveis de serotonina, são eficazes para melhorar as alterações de humor que antecedem o período menstrual.

Pílulas anticoncepcionais – impedem a ovulação, o que pode minimizar os sintomas pré-menstruais.

Analgésicos – podem ajudar a aliviar dores ou desconfortos físicos, como dor de cabeça e sensibilidade nos seios.

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Disco menstrual

O que é o disco menstrual?

O disco menstrual é um acessório para ser usado durante a menstruação, feito de silicone medicinal hipoalergênico.  

Semelhante aos coletores menstruais, tem a mesma função dos absorventes: funcionar como uma barreira para o sangue da menstruação, evitando que faça sujeira e manche as roupas.  

Dra Claudiani Branco fala sobre o Disco Menstrual.

Como o próprio nome sugere, o disco menstrual parece um disquinho. Com seu formato oval e discreto se encaixa no canal vaginal, próximo ao útero e não necessita de vácuo para o posicionamento correto.  

Quais as vantagens do disco menstrual?

O fato de não precisar de vácuo para ficar bem-posicionado é uma das grandes vantagens do disco menstrual.

A pessoa que vai utilizar não precisa se preocupar em aprender a fazer dobras para colocar e retirar. O processo é muito mais fácil.  

Além disso, assim como o copinho, o disco menstrual é reutilizável — o que faz bem para o seu bolso e para o meio ambiente.  

Mas o grande trunfo do disco menstrual é poder fazer sexo com ele. O seu formato e o método de encaixe deixa o canal vaginal livre, permitindo que você e seu parceiro/parceira transe sem medo de fazer sujeira.  

Muitas pessoas sentem-se mais excitadas durante a menstruação. O período também é ótimo para a lubrificação vaginal, tornando as relações mais prazerosas. O papel do disco é justamente conter o sangue menstrual.

O disco menstrual não é um diafragma!

Embora o diafragma seja citado em cartilhas de educação sexual como um método contraceptivo confiável, ele não é muito popular no Brasil e o disco menstrual não veio para substituí-lo por um único motivo: ele não pode ser utilizado para prevenir gravidez ou DST. 

O diafragma é um anel flexível, fabricado em borracha, com um material parecido com a camisinha. Sua função é impedir que os espermatozoides cheguem até o útero. Para isso, devem ser inseridos de 15 a 30 minutos antes da relação, e retirado 12 horas depois. 

Cuidados com o disco menstrual  

O disco menstrual pode ser usado por até 12 horas. Cada vez que você retirar para esvaziar, o indicado é que ele seja lavado com água corrente e sabão neutro.  

O disco deve ser fervido por cerca de 3 minutos todo início e final de menstruação. Ou seja, assim que a menstruação der os primeiros sinais, prepare seu disco menstrual e faça o mesmo processo antes de guardá-lo para o próximo ciclo.

Para colocar, você deve apertar as laterais das bordas até que ele fique parecendo um oito. Insira a borda mais larga na vagina e, com o dedo indicador, empurre o disquinho até sentir que chegou ao osso pélvico. A borda da frente deve ficar posicionada atrás desse osso.  

Já na hora da retirada, é só puxar a borda frontal. Vale destacar que pode fazer xixi sem maiores problemas, pois, o xixi sai por outro canal.

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