Prematuridade: entenda como é feito o rastreamento e prevenção

O parto pré-termo pode ser previsto e prevenido com algumas técnicas em exames de imagem. É considerado pré-termo um parto que ocorre antes de 37 semanas de gestação. No entanto, podemos classificar essa prematuridade dependendo do quanto antes das 37 semanas esse parto acontece.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como:

Ginecologista e Obstetra Dra. Claudiani fala sobre prematuridade.
  • Pré-termo moderado/tardio: 32 – 36+6 sem
  • Muito pré-termo: 28 – 31+6 sem
  • Pré-termo extremo: < 28 sem

Já o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, a classificação é:

  • Pré-termo: < 37 sem
  • Pré-termo tardio: 34 – 36+6 sem
  • Pré-termo precoce: < 34 sem

No Brasil, 30% dos fetos que nascem antes das 37 semanas de gestação vêm à óbito. Para evitar isso, é feito o rastreamento e prevenção da prematuridade.

História da gestante

Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de parto prematuro, como parto prematuro prévio e um intervalo menor de 18 meses entre gestações. Para entender o risco de prematuridade, também é importante analisar fatores da gestação atual, como:

  • Gravidez de múltiplos;
  • Etnia dos genitores;
  • Gravidez fruto de reprodução assistida;
  • Presença de hematomas ou sangramentos;
  • Presença de malformação uterina.
  • Marcadores biométricos

Há ainda um importante marcador biométrico, localizável via ultrassom, que é a medida do colo uterino no segundo semestre:

  • < 25 mm → 12,5% de chance de um parto prematuro
  • 25 – 29 mm → 2,4% de chances de um parto prematuro
  • ≥ 30 mm → 0,1% de chances de um parto prematuro

A visibilidade para medição do colo uterino é melhor pelo US transvaginal (100%) do que pelo abdominal (49%). As boas práticas no momento dessa medição são:

  • Bexiga vazia;
  • Posição de litotomia;
  • Transdutor endovaginal de 5MHz;
  • Identificação do orifício interno, externo, canal cervical e mucosa cervical;
  • Posicionamento do transdutor sem compressão sobre o colo;
  • Magnificação da imagem até que o colo ocupe pelo menos 75% da tela;
  • Medida da distância entre o OI e o OE de forma linear;
  • Executar 3 medidas durante pelo menos 3 minutos e considerar a menor;
  • Notar as mudanças dinâmicas do segmento inferior do útero.

Com esse biomarcador e a história da gestante, já é possível prever as chances de um parto prematuro usando outro algoritmo da The Fetal Medicine Foundation. No entanto, existem outros marcadores, relacionados ao líquido amniótico e ao conteúdo vaginal.

Como prevenir?

A administração do hormônio progesterona é considerada uma estratégia eficiente. Foi verificado que o uso do hormônio (seja por injeção intramuscular ou através de um anel vaginal) trouxe benefícios, reduzindo até mesmo o risco de óbito do recém-nascido. Outro método apontado é a cerclagem, um ponto no colo uterino que visa reduzir o risco do parto prematuro, ao impedir que ele se abra muito cedo.

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Os 3 Pilares do Parto Humanizado

  • Protagonismo da mulher
  • Acolhimento
  • Respeito

Dói. Dói, é incômodo, é assustador. Mas se a mulher se sente acolhida e respeitada em suas decisões, é possível parir naturalmente, com segurança. Essa é a ideia do parto humanizado: respeitar e dar condições seguras para mãe e bebê no momento do parto.

No parto humanizado, a protagonista é a parturiente. Afinal, é ela quem faz o parto, é ela quem sabe se quer ficar em pé, sentada, deitada ou andando.

Ginecologista e Obstetra Dra. Claudiani fala sobre Parto Humanizado

Ela quem sabe o limite da dor, a hora – talvez – de pedir analgesia, ou uma massagem nas costas, ou um banho morno, metodologias não farmacológicas que ajudam a reduzir a dor.

É muito importante que a gestante faça seu plano de parto e que os 3 pilares do parto humanizado seja seguido, assim este momento de tanta incerteza e fragilidade se tornaram inesquecível de forma saudável.

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A Dieta Durante a Amamentação e Puerpério

Logo após o nascimento do seu bebê, não é apenas com a alimentação dele que você deve se preocupar, mas com a sua também. Amamentar gasta muita energia e você deve repô-la consumindo alimentos e líquidos além do normal. É muito importante saber quais são as melhores opções para a dieta nesse período.

Dra. Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra fala sobre a dieta da Mãe durante a amamentação.

O mais indicado é uma dieta variada, que inclua pães, cereais, frutas, legumes, verduras e derivados de leite e de carne. Dividir as refeições em torno de seis vezes por dia em quantidades moderadas pode ser uma boa ideia para garantir que você se alimente da forma certa e ingira a quantidade recomendada de calorias.

Outra dica é evitar os excessos no consumo de sal. Por isso, alimentos prontos como sopas em pó, temperos e caldos em tabletes, molhos em geral, ketchup, mostarda e conservas podem não ser uma boa escolha. Também evite café, chá preto ou refrigerantes, pois podem causar cólicas no bebê.

Também é recomendável que você evite alimentos que fermentem durante o processo de digestão, como feijão, cebola, alho, ovos e outros. Peixes e crustáceos como camarão podem fazer parte da dieta. Também evite as bebidas alcoólicas e o cigarro, você deve suspendê-los durante esse período.

A hidratação também é importante. Boa parte do leite materno é água, então, quanto mais hidratada você estiver, mais leite vai produzir. O recomendado é três litros por dia que podem ser água, sucos.

ALIMENTOS QUE PODEM AJUDAR QUEM ESTÁ AMAMENTANDO

Carne, frango, ovos, queijo, leite e iogurte são fontes de proteína. O leite, iogurte, suco de laranja ou queijos duros são alimentos ricos em cálcio. E as frutas e verduras são boas fontes de vitaminas.

Se você estiver com anemia, talvez precise tomar algum suplemento de ferro, podendo ser em comprimidos, cápsulas ou líquido. Mas, alguns alimentos, como carnes, frutos do mar, frutas secas e a gema de ovo já são fontes de ferro. Portanto, antes de repor os nutrientes por conta própria, converse com seu médico para ter certeza se é mesmo necessário.

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Vitaminas para gestantes

As vitaminas para gestantes são suplementos vitamínicos que são indicadas para auxiliar no melhor desenvolvimento do feto e nos cuidados com a saúde da gestante até o momento do parto.

O que São Vitaminas Para Gestantes?

As vitaminas para gestantes são suplementos de vitaminas criados para auxiliar durante esse período em que é necessária uma melhor alimentação e hábitos mais saudáveis. As vitaminas além de auxiliar no desenvolvimento do feto, tem extrema importância no desenvolvimento cerebral, de ossos e tecidos do bebê além de colaborar no controle de uma gestação saudável até a hora do parto. São recomendadas pelo obstetra logo na primeira consulta do pré-natal e são de extrema importância principalmente no primeiro trimestre da gestação, devendo ser ingerida até o final da gravidez.

Quais Vitaminas Tomar na Gravidez?

Cada vitamina é responsável por uma função e responsável por benefícios diferentes, porém algumas delas tem extrema importância no desenvolvimento adequado do feto evitando más formações, como é o caso do desenvolvimento do tubo neural que é de responsabilidade da vitamina B6. Vejamos quais são elas:

  • Acido Fólico – Essa vitamina é fundamental para o desenvolvimento do cérebro, para formação da coluna e medula espinhal e para precaver má formação no tubo neural do bebê. É indicado o consumo antes mesmo de engravidar, dessa forma evitando a deficiência desse importante nutriente.
  • Cálcio – O cálcio é fundamental para a formação dos ossos do feto, além de auxiliar na manutenção da pressão sanguínea e na coagulação do sangue. Controla também a contração muscular e age ativamente na produção do leite materno.
  • Ferro – O ferro é muito importante até mesmo antes de se engravidar, pois é responsável pela produção de hemoglobina que carrega oxigênio para as células do corpo e mantem o sistema imunológico em perfeito funcionamento. Já na gravidez devido ao aumento na quantidade de sangue o ferro se encarregará de aumentar a produção da hemoglobina, e auxiliar no desenvolvimento do feto além de prevenir o desenvolvimento de anemia na mulher, que poderá levar a parto prematuro e a um bebê de baixo peso.
  • Vitamina D – A vitamina D é uma das responsáveis pela preservação dos ossos e o funcionamento do metabolismo além de auxiliar no desenvolvimento muscular e de nervos. Atua também na prevenção da coagulação sanguínea e garante o bom crescimento celular no corpo.
  • Zinco – O zinco é responsável pela produção de tecidos no corpo do feto e pela formação das células de DNA.
  • Vitamina B6 – A vitamina B6 é de extrema importância na formação do feto e age na precaução de más formações. Auxilia no controle de enjoos durante a gravidez, pois é responsável pelo controle hormonal da mulher.
  • Vitamina C – Vitamina responsável pelo melhor funcionamento do organismo, atua na saúde da pele e gengivas. Auxilia na melhor absorção do ferro no organismo, colaborando para melhor crescimento dos ossos.
  • Ômega 3 – O ômega 3 auxilia na produção de prostaglandinas responsáveis pelo controle da pressão sanguínea e da coagulação. Atua no desenvolvimento neurológico e visual do feto e atua na precaução de pré-eclâmpsia e parto prematuro.

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Embolia amniótica

Dra Claudiani Branco fala sobre a Embolia Amniótica e como prevení-la. Imagem: Jamie Coupaud on Unsplash.

A embolia de líquido amniótico é uma síndrome clínica de hipóxia, hipotensão e coagulopatia resultante da entrada de antígenos fetais na circulação materna.

A embolia de líquido amniótico é uma emergência obstétrica rara, com ocorrência estimada em 2 a 6/100.000 gestações. Ela geralmente ocorre durante a gestação tardia, mas pode ocorrer durante a interrupção de uma gestação no 1º ou 2º trimestre.

Embora as estimativas de mortalidade variem amplamente (de cerca de 20 a 90%), a síndrome apresenta claramente um risco significativo, e de mulheres que morrem de repente durante o trabalho de parto, o embolismo de líquido amniótico é uma das causas mais prováveis. A sobrevida depende do reconhecimento na fase inicial e instituição imediata do tratamento.

Fisiopatologia

O termo “embolia” do líquido amniótico consagrado implica um distúrbio principalmente mecânico, obstrutivo, como ocorre no tromboembolismo ou embolia aérea. Mas como o líquido amniótico é completamente solúvel no sangue, ele não pode causar obstrução. Além disso, as pequenas quantidades de células fetais e fragmentos de tecido que podem acompanhar o líquido amniótico na circulação materna são muito pequenos para obstruir de maneira mecânica e suficiente a árvore vascular pulmonar a fim provocar alterações hemodinâmicas acentuadas que ocorrem nessa síndrome.

Em vez disso, pensa-se atualmente que a exposição a antígenos fetais durante o parto ativa mediadores pró-inflamatórios, que desencadeiam uma cascata inflamatória impressionante e liberam substâncias vasoativas (p. ex., noradrenalina) semelhantes à síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) que ocorre na sepse e choque séptico.

A resposta inflamatória provoca danos aos órgãos, especialmente pulmões e coração, e desencadeia a cascata de coagulação, resultando em coagulação intravascular e disseminada. A hipóxia e hipotensão materna resultantes têm efeitos profundos negativos sobre o feto.

Como a exposição materna aos antígenos fetais é provavelmente bastante comum durante o trabalho de parto e o parto, não está claro por que apenas algumas mulheres desenvolvem embolia de líquido amniótico. Considera-se que os diferentes antígenos fetais em quantidades variáveis provavelmente interagem com fatores de susceptibilidade materna desconhecidos.

Fatores de risco

Muitos fatores estão associados a um risco aumentado de embolia por líquido amniótico, mas as evidências são inconsistentes. Assim como acontece com a exposição a antígenos fetais, muitos dos fatores de risco são comuns ou pelo menos muito mais prováveis do que a embolia de líquido amniótico, e não há um bom entendimento fisiopatológico da razão por que apenas algumas mulheres com fatores de risco desenvolvem a síndrome. Mas geralmente considera-se que o risco é maior por causa dos seguintes:

  • Parto cesariana
  • Idade materna avançada
  • Gestação gemelar
  • Descolamento prematuro de placenta
  • Trauma abdominal
  • Placenta prévia
  • Ruptura uterina
  • Lacerações cervicais
  • Parto com fórceps
  • Polidrâmnios
  • Indução de parto

Sinais e Sintomas

A embolia de líquido amniótico costuma se manifestar durante e logo após o parto. O primeiro sinal pode ser parada cardíaca súbita. Outras pacientes podem subitamente desenvolver dispneia e apresentar taquicardia, taquipneia e hipotensão. Insuficiência respiratória, com cianose significativa, hipóxia e crepitações pulmonares, muitas vezes sucedem-se rapidamente.

A coagulopatia se manifesta como sangramento do útero e/ou locais das incisões e venipuntura( punção de uma veia).

Hipoperfusão uterina causa atonia uterina e sofrimento fetal.

Diagnóstico

  • Avaliação clínica
  • Exclusão de outras causas

Suspeita-se do diagnóstico da embolia de líquido amniótico quando a tríade clássica se desenvolve durante o trabalho de parto ou logo após o parto:

  • Hipóxia súbita
  • Hipotensão
  • Coagulopatia

O diagnóstico é clínico e excluindo outras causas dos seguintes:

  • Parada cardíaca súbita em mulheres jovens (p. ex., dissecção da artéria coronária, doença cardíaca congênita)
  • Insuficiência respiratória aguda (embolia pulmonar, pneumonia )
  • Coagulopatia (p. ex., sepse , hemorragia pós parto, atonia uterina)

A autópsia pode detectar células escamosas fetais e cabelo na circulação pulmonar, mas esse resultado não confirma o diagnóstico. Células fetais são às vezes detectadas em pacientes que não têm embolia por líquido amniótico.

Tratamento

O tratamento da embolia de líquido amniótico é de suporte. Há indicação de transfusão de hemácias (conforme necessário para repor o sangue perdido), plasma fresco congelado e fatores da coagulação (como indicado para reverter a coagulopatia), além de suporte ventilatório e circulatório, com inotrópicos positivos conforme necessário. O fator recombinante VIIa não deve ser utilizado rotineiramente, mas pode ser administrado a mulheres que continuam a sangrar muito apesar do uso de outros fatores de coagulação. O parto cirúrgico imediato pode melhorar o desfecho materno e pode ser crucial para a sobrevivência do feto em uma idade gestacional viável.

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Como calcular a data provável do nascimento do bebê

Para calcular a data provável do parto, que deverá ser por volta das 40 semanas depois da DUM (data da última menstruação) é necessário acrescentar 7 dias à DUM, depois contar 3 meses pra trás e depois colocar o ano seguinte.

Dra Claudiani Branco ensina como calcular a data de nascimento do bebê. Imagem: Freestocks no Unsplash.

Por exemplo, se a DUM foi o dia 11 de Março de 2018, ao somar 7 dias, o resultado é 18 de Março de 2018, e a seguir diminui 3 meses o que significa 18 de Dezembro de 2017 e acrescenta mais 1 ano. Por isso neste caso a Data Prevista do Parto é 18 de Dezembro de 2018.

Este cálculo não dá a data exata do nascimento do bebê porque o bebê pode nascer entre as 37 e as 42 semanas de gestação, no entanto, a mãe já fica informada da época provável do nascimento do bebê.

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12 de Abril: Dia do Obstetra

Dia do Obstetra comemora-se no dia 12 de abril.

O médico obstetra ou a médica obstetra, são aqueles profissionais da medicina que acompanham a mulher em gestação. Por norma, um obstetra aconselha e acompanha a mulher antes da gravidez, durante a gestação, durante o parto e acompanha a saúde da mulher também no pós-parto.

12 de Abril - Dia do Obstetra - Dra Claudiani Branco trazendo um bebê ao mundo.
Dra. Claudiani Branco trazendo um bebê ao mundo.

O médico obstetra acompanha assim a saúde da mãe e do bebê durante todo o processo, ajudando a prevenir e tratar eventuais problemas de saúde para qualquer um dos dois.

O Que Significa

Obstetra é uma palavra que vem do latim obstetrix, do verbo obstare, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, o obstetra é literalmente alguém que fica do lado, que acompanha e ajuda!

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Exames PRÉ-NATAL

Dra Claudiani Branco fala sobre a lista de Exames necessária para o Pré-Natal. Foto por Mulyadi no Unsplash.

Durante a gestação, a mulher deve realizar alguns exames para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a sua saúde. O pré-natal é indicado para todas as mulheres grávidas, pois é ele que detectará problemas como diabetes e hipertensão.

O principal exame durante a gravidez é o ultrassom. Esse exame mostra o sexo do bebê e também informa como sua saúde funcional e anatomia. Quem determina a quantidade e a frequência com que devem ser feitos os exames é o seu médico obstetra.

Prevenção

Uma lista dos exames mais adequados para cada trimestre de gestações de baixo e alto risco. Essas orientações se aplicam a gestações consideradas saudáveis – isto é, sem fatores de risco como hipertensão ou diabetes.

Exames para uma gravidez de baixo risco

1º trimestre

  • Determinação de grupo sanguíneo e do fator Rh: prevê e evita a eritroblastose fetal (incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto). Quando a mãe tem o fator Rh negativo e o feto, positivo, os anticorpos dela atacam o sangue do bebê. Pode ser tratado, se diagnosticado precocemente. O exame é feito por meio de coleta sanguínea;
  • Hemograma: verifica proporções, quantidade e aspectos morfológicos do sangue. É importante para o diagnóstico de anemia;
  • Glicemia de jejum: detecta se há tendência de diabetes gestacional. Coleta de sangue em jejum para determinar a concentração de glicose no sangue;
  • Coleta de sangue para pesquisar hepatite B, toxoplasmose, HIV (o vírus que causa AIDS), rubéola e sífilis;
  • Exame de urina: avalia presença de infecção urinária;
  • Ultrassom obstétrico: é indicado para confirmar a cronologia da gestação. Também pode ser usado para prognóstico de doenças cromossômicas ou malformações;
  • Papanicolau: para detectar câncer do colo de útero.

2º trimestre

  • Repete-se o exame de sangue para avaliar existência de sífilis e, se necessário de toxoplasmose;
  • A coleta de sangue para avaliar a glicemia de jejum também é refeita, assim como o exame de tolerância à glicose. Novamente, o objetivo é avaliar se há tendência de diabetes gestacional;
  • Ultrassom obstétrico morfológico:  nessa fase, é útil para analisar a formação dos órgãos fetais.

3º trimestre

  • São repetidos os exames de sangue, como o hemograma e as sorologias que podem detectar hepatite B, toxoplasmose, HIV, rubéola e sífilis;
  • Ultrassom obstétrico: na reta final, avalia o crescimento fetal e sinaliza complicações como desnutrição ou excesso de peso;
  • Monitora também o volume de líquido amniótico e as condições da placenta.
  • Exames para uma gravidez de alto risco

Nestes casos, as consultas ao obstetra tendem a ser mais frequentes. O pré-natal é primordial para a grávida de alto risco, porque detecta algumas complicações em potencial no próprio consultório.

Podem-se identificar condições de risco no próprio exame da gestante, como a elevação dos níveis da pressão arterial, considerada a principal causadora de complicações graves para a mulher e para o bebê.  A necessidade de exames varia de acordo com o problema apresentado. Por exemplo, se a paciente é hipertensa, poderá fazer um monitoramento da pressão arterial. Se é diabética, será necessário um maior controle da glicemia.

A fim de evitar procedimentos invasivos, a ultrassonografia é uma grande aliada, sobretudo para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, e a quantidade de líquido amniótico. O ultrassom morfológico costuma ser recomendado para mulheres que têm casos de malformações congênitas na família (ou que já tiveram filho com problemas desse tipo), para mães com mais de 35 anos e em gravidez de gêmeos, entre outros casos. Frequentemente é feito com 20 a 24 semanas de gestação.

Em alguns casos, pode ser necessário submeter-se a procedimentos como a biópsia de vilo corial (retirada de fragmento placentário) ou a amniocentese (retirada de líquido amniótico com uma agulha), com o objetivo de detectar anomalias. Outros exames, como a cardiotocografia (registro da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas) e a dopplervelocimetria fetal (mede a velocidade do fluxo sanguíneo na placenta), também são empregados no acompanhamento da gravidez de alto risco.

Convivendo

O primeiro exame a ser realizado por uma mulher grávida é o teste de gravidez. Apesar de haver testes em farmácia, aconselha-se visitar um médico e realizar o exame de sangue para a confirmação.

Se a gravidez for planejada, o ideal é começar o acompanhamento antes mesmo da concepção. Desse modo, a mulher se certifica de que sua saúde está bem e que seu corpo é capaz de enfrentar uma gestação sem sustos.

A rotina de exames pode variar de acordo com o grau de risco da gestação. Ela inclui, além dos testes solicitados no primeiro trimestre de gravidez, visitas periódicas ao obstetra. Geralmente, até a 28ª semana a consulta é mensal; entre a 28ª e a 36ª, quinzenal. Da 36ª à 40ª, semanal. Caso a gestação ultrapasse esse período, são feitas duas consultas por semana.

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Sexo na Gestação

As dúvidas sobre o sexo e a gestação por Dra Claudiani Branco. Foto por Ignacio Campo no Unsplash.

O sexo durante a gestação é permitido, desde que não haja contraindicação do médico obstetra, e a mulher se sinta confortável para ter relações sexuais. O contato íntimo não machuca o bebê, que está abrigado dentro do útero.

É possível que a criança se mexa ou fique quieta durante o ato, mas esse fator está mais ligado aos hormônios do que à relação sexual.

A libido da mulher pode mudar durante a gestação. No primeiro trimestre, a vontade pode ser menor devido à ansiedade, à maior percepção de odores, cansaço, enjoos, vômitos e mal-estar. No segundo trimestre, em que as náuseas diminuem e a mulher já teve tempo de se adaptar à nova fase, a libido deve voltar ao normal. No último trimestre, é possível que a vontade volte a cair devido à ansiedade pelo nascimento do bebê.

Acredita-se que praticar sexo durante esse período auxilie a mulher na hora do parto natural, pois a prática exercita os músculos vaginais. O sexo também traz benefícios aos casais que fizeram tratamentos para engravidar, pois podem parar de se preocupar e apenas desfrutar de bons momentos de intimidade e aproximação, sem pressões.

Prevenção

Se você estiver passando por complicações durante a gestação, o médico provavelmente vai recomendar que você não mantenha relações sexuais. As situações mais comuns são:

História ou ameaça de aborto espontâneo – recomenda-se evitar relações sexuais e manter-se em repouso quando a mulher tem sangramento e/ou sente contrações antes do tempo. A prática sexual pode estimular as contrações;

Pré-eclâmpsia – essa complicação pode envolver riscos de parto prematuro e convulsão, podendo até mesmo necessitar internação;

Placenta prévia – nesse caso, qualquer atividade física não é indicada, pois pode haver parto prematuro e sangramento;

Em alguns casos, o médico pode recomendar que se utilize preservativo (camisinha), pois o sêmen pode estimular, em algumas mulheres, contrações uterinas.

Convivendo

Além da predisposição feminina e o do aval médico para a realização de ato sexual, é necessário que se encontrem posições confortáveis. Aqui comentamos algumas das possíveis que podem ser mais favoráveis durante a gestação:

A mulher por cima – Nessa posição o abdômen não é pressionado e que ela controle melhor o ritmo e profundidade da penetração.

A mulher embaixo – Deitada sobre as costas, eleve os joelhos o mais perto dos peitos. O parceiro se ajoelha entre as pernas da mulher e a penetra de frente. Uma almofada embaixo dos quadris pode deixá-la mais confortável. É importante o parceiro não colocar peso sobre o abdômen da mulher. Essa posição não é recomendável a partir do quarto mês de gravidez, pois o peso pode impedir que o sangue chegue ao útero e outras partes do organismo.

O homem atrás – A mulher deverá se colocar de joelhos e se apoiar com as mãos. Ela pode usar almofadas para apoiar o ventre e o peito. O homem a penetra por trás. Nessa posição, ele controla o ritmo e o grau de penetração. Dessa forma, é recomendável uma comunicação fluente entre o casal para evitar que essa posição seja incômoda ou dolorosa para a mulher.

De lado – Com ambos deitados de lado, o homem fica atrás da mulher (a posição “conchinha”). Esta provavelmente é a posição mais confortável, pois o peso é distribuído por igual e a penetração não é profunda.

A melhor posição para o ato sexual deve ser definida pelo casal.

Mais dicas e informações detalhadas podem ser conseguidas agendando uma consulta:

Saúde Gestacional

Como reduzir os desconfortos da gravidez, por Dra Claudiani Branco. Foto por Tatiana Twinslol no Pexels.

Devido à alterações hormonais no organismo feminino durante a gravidez, podem ser percebidas transformações em muitas partes do corpo. Listaremos alguns cuidados que a gestante deve tomar para amenizar possíveis distúrbios da gravidez.

Inchaço nos pés:

  • Faça exercícios regularmente;
  • Beba muita água;
  • Evite comida muito salgada;
  • Descanse com os pés e as pernas acima do nível do coração;
  • Evitar deitar de costas – tente deitar sobre seu lado esquerdo;
  • Controle a alimentação para evitar o ganho de peso muito rápido. 

Dores nas costas:

  • Pratique exercícios como alongamento, hidroginástica, pilates e/ou ioga;
  • Use colchões firmes;
  • Massageie as regiões doloridas;
  • Mantenha a postura correta ao sentar. 

Manchas no rosto (cloasma):

  • Use filtro solar, com fator de proteção (FPS) acima de 30;
  • Evite exposição prolongada ao sol;
  • Evite o uso de cremes com retinol ou ureia, que prejudicam a formação do bebê;
  • Use óculos escuros e chapéu. 

Alimentação:

  • Ingira bastante água – de 1,5 a 2 litros por dia;
  • Coma ao menos três frutas por dia, e não se esqueça das verduras nas refeições;
  • Alimente-se de seis a oito vezes ao dia, dividindo as refeições em pequenas porções e mastigando lentamente;
  • Evite beber líquidos durante as refeições;
  • A proteína e o cálcio são muito necessários nessa fase. Lembre-se de que a carne vermelha é rica em proteína e também em ferro. Consuma bastante leite, pois o cálcio é fundamental para a formação do bebê;
  • Consuma frutas ricas em vitamina C, como kiwi, laranja, limão, acerola, tangerina e abacaxi;
  • Consuma carboidratos moderadamente;
  • Durante a gravidez, recomendam-se apenas 300 calorias extras por dia. 

Tem outras dúvidas?

Durante a gestação, muitas dúvidas cercam as futuras mães. Afinal, o que é permitido fazer durante esse período? Confira abaixo as principais dúvidas na gravidez.

Tingir os cabelos – É seguro pintar o cabelo durante a gravidez, pois estudos mais recentes apontam que, embora muitas tinturas utilizem químicos, eles não estão presentes em grande quantidade e, por isso, não são absorvidos em concentração suficiente para chegar até ao feto e provocar malformações.

Fumar prejudica, e muito – É de conhecimento geral que o hábito de fumar é prejudicial à saúde, e durante a gravidez está formalmente contraindicado. A gestante que fuma pode ter sérios problemas de circulação sanguínea da placenta. Isto pode prejudicar muito a chegada de oxigênio e nutrientes para o bebê, podendo causar não apenas retardo de crescimento do feto como também, por exemplo, descolamento prematuro da placenta, ruptura precoce da bolsa d’água, diminuição do líquido dentro da cavidade uterina, entre outros problemas.

Salto Alto – À medida que a barriga cresce, o ponto de equilíbrio da mulher também se modifica. Recomenda-se dar preferência aos sapatos confortáveis, de salto baixo e base larga, evitando a chance de quedas. Além de não prejudicarem a coluna, são confortáveis para os pés, que tendem a inchar ao longo do dia.

Banho de Sol – Devido à mudança hormonal que ocorre durante a gravidez, a pigmentação da pele pode aumentar irregularmente em algumas áreas, como no rosto. Por isso, durante essa fase, principalmente após o segundo trimestre da gestação, o uso de alguns tipos de protetores solares é indicado. Ainda assim, banhos de sol em excesso devem ser evitados, pois podem aumentar as manchas da pele.

Raio X – Se precisar fazer (por exemplo, suspeita de fratura óssea), a grávida pode se submeter a esse tipo de exame, pois a dose de radiação é mínima. Mas é bom evitar as radiações nos primeiros meses. Para fazer o raio X comum, os médicos e técnicos sempre devem ser avisados da gravidez, pois em alguns casos recomenda-se que a gestante use um avental de chumbo sobre o abdômen, para proteger a mãe e o bebê.

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