Grávidas, puérperas e lactantes são incluídas em grupo prioritário da vacina contra covid19

O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica que prevê a inclusão de gestantes e puérperas no grupo prioritário de vacinação contra a covid19. Segundo o documento, o grupo será vacinado em duas etapas – sendo o primeiro a mulheres grávidas ou no pós-parto que tenham comorbidades. A vacinação destes grupos deve começar a ser oferecida até o final de maio, segundo o governo, mas a data exata depende da disponibilidade das doses.

Dra Claudiani Branco comenta sobre nota

A indicação das vacinas para gestantes e puérperas, segundo a nota técnica, considera que a gestação e puerpério são fatores de risco para desfechos desfavoráveis da covid-19, tanto no que diz respeito ao risco de hospitalização e óbito, mas também em desfechos gestacionais desfavoráveis como parto prematuro, abortamento entre outros.

O governo argumenta ainda que, embora a segurança e eficácia das vacinas contra a covid-19 não tenham sido avaliadas neste grupo, as vacinas de vírus inativado já são utilizadas por esse grupo de mulheres no Calendário Nacional de Vacinação. Um levantamento de evidências sobre recomendações nacionais e internacionais de vacinação com vacinas covid-19 de gestantes, puérperas e lactantes, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), em sua maioria defende a vacinação das mulheres nessas condições, se pertencentes a algum grupo prioritário, destaca.

Na fase 1 da vacinação de pessoas com comorbidades, serão incluídas gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade. Na fase 2, serão vacinadas todas as gestantes e puérperas, independentemente de condições pré-existentes.

Para conseguir se vacinar na fase 1, a gestante precisará apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica que comprove a comorbidade. A vacinação poderá ocorrer independentemente da idade gestacional. No caso de lactantes, a orientação deve ser para que não interrompam o aleitamento materno. Qualquer vacina disponível poderá ser aplicada. Para aquelas que tiverem tomado a vacina contra a gripe, deverá ser respeitado um intervalo mínimo de 14 dias entre as doses.

O governo não determina uma data específica para o início da vacinação de gestantes e puérperas, e destaca que a distribuição das vacinas dependerá de sua disponibilidade. A previsão é que as primeiras doses cheguem ao grupo até o final de maio deste ano.

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TRICOMONÍASE

É uma infecção genital causada pelo protozoário Trichomonas Vaginalis. Sua transmissão ocorre por meio das relações sexuais ou contato íntimo com secreções de uma pessoa contaminada. Pode ser transmitida por mulher/homem e mulher/mulher. Em geral, afeta mais as mulheres.

Trichomonas vaginalis é um parasita que só infecta o ser humano; costuma viver na vagina ou na uretra, mas pode também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário. Esse protozoário causa microlesões na parte interna da vagina e pode levar ao desenvolvimento de outras ISTs.

 SINTOMAS

Nas mulheres, os sintomas costumam iniciar durante ou após a menstruação.

Entretanto, em alguns casos, essa doença pode permanecer meses sem apresentar nenhum sintoma, dificultando o tratamento após a descoberta.

Os principais sintomas para detectar a tricomoníase são:

  • Corrimento amarelado ou amarelo-esverdeado;
  • Coceira;
  • Odor forte e desagradável;
  • Irritação vulvar;
  • Dor;
  • Dificuldade de urinar.

DIAGNÓSTICO

Após o reconhecimento dos sintomas, a mulher deve procurar o médico ginecologista, que solicitará exames laboratoriais como coleta da secreção vaginal, cultura de secreção ou PCR, exame de sangue que avalia se há infecção no organismo.

Também pode ser realizado o Papanicolau.

EXAMES

A tricomoníase é uma doença causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que acomete o órgão genital feminino. Em geral, ela atinge a área externa da vagina, como a vulva e uretra.

Os sintomas são corrimento amarelo ou esverdeado de odor forte, ardência ou dor ao urinar, vermelhidão e coceira intensa na região genital, e dor durante a relação sexual. Ao observar alguns desses sinais não tente se automedicar, pois apenas o médico poderá identificar corretamente a enfermidade e prescrever a medicação necessária para o seu tratamento.

O diagnóstico da doença é feito com base na avaliação dos sintomas na análise e aspecto da secreção vaginal. Por meio de um microscópio o médico verifica a possível presença de protozoários.

Se houver a suspeita de tricomoníase, procure o quanto antes um ginecologista. Ele é o profissional capacitado para solicitar os exames que levarão ao diagnóstico correto para iniciar um tratamento. E lembre-se, uso do preservativo pode proteger contra essa doença, considerada uma doença sexualmente transmissível.

PREVENÇÃO

A tricomoníase é considerada uma IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) que acomete milhões de pessoas a cada ano em todo o mundo. Essa enfermidade é causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis e tem cura por meio de tratamento medicamentoso. Mas, melhor do que curar é prevenir.

A transmissão da tricomoníase ocorre, comumente, via contato sexual. São raros os casos de contágio por meio de objetos contaminados, como assentos de vasos sanitários. A doença atinge a parte externa do aparelho genital feminino, como vulva e uretra, causando ardência, coceira, dor abdominal, ao urinar e durante a relação sexual e corrimento amarelado ou esverdeado com mau cheiro.

Sendo uma doença sexualmente transmissível, a melhor forma de prevenção é o uso de preservativo em todas as relações sexuais. Caso você apresente alguns dos sintomas descritos acima, marque uma consulta com seu ginecologista para verificar a possível existência da doença e iniciar o quanto antes o tratamento.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

O tratamento da Tricomoníase tem como objetivo erradicar o agente causador. A primeira medida indicada é a abstinência sexual, pois é necessário um reequilíbrio do organismo para assim evitar a piora, o desconforto e o surgimento de novas doenças.

Também é indicado o uso de antibióticos e quimioterápicos, sendo obrigatório o tratamento conjunto do parceiro sexual para evitar a reinfecção. Nas mulheres, o tratamento oral é de dose única simultaneamente ao tratamento tópico, com o uso de creme vaginal.

Recomenda-se evitar o consumo de álcool para prevenir náuseas e vômitos.

CONVIVENDO

Transmitida sexualmente, a tricomoníase é uma doença com a qual não é possível conviver. Ela afeta o órgão genital feminino provocando prurido intenso e ardor, dor na região da pelve, ao urinar e durante o ato sexual, além de corrimento amarelo ou esverdeado com mau cheiro. É uma doença que requer tratamento tão logo apareçam os sintomas.

O tratamento é essencial não só para aliviar os sintomas, mas também para eliminar por completo o agente causador, o protozoário Trichomonas vaginalis. Os medicamentos usados em geral, são apresentados na forma de cremes vaginais e óvulos para uso local ou em comprimidos, para uso oral. Durante o tratamento é recomendada a abstinência sexual para acelerar a restauração da flora vaginal.

Caso apresente algum dos sintomas citados, procure um ginecologista, que é o profissional capacitado para fazer um diagnóstico correto e indicar os medicamentos para um tratamento bem-sucedido. Fale comigo se tiver mais dúvidas usando os contatos abaixo:

ESTRIAS NA GRAVIDEZ

O QUE SÃO ESTRIAS?

A nossa pele possui propriedades elásticas que a tornam capaz de se esticar conforme o indivíduo cresce ou engorda. Entretanto, essa flexibilidade tem um limite. Se a distensão da pele ocorrer de forma rápida, ou seja, ao longo de semanas, a pele não consegue acompanhar o ritmo de expansão, sofrendo lesões nas suas fibras elásticas. Estas lesões das fibras elásticas da pele formam cicatrizes, que nada mais são do que as estrias. As estrias surgem normalmente nas áreas sujeitas a contínuo e progressivo esgarçamento, como é o caso da região abdominal durante a gravidez.

FATORES DE RISCO PARA O APARECIMENTO DE ESTRIAS NA GRÁVIDA

O rápido crescimento do volume da região abdominal, principalmente a partir da parte final do segundo trimestre de gravidez, é o principal fator risco para o aparecimento da striae gravidarum. Porém, outros fatores presentes na gravidez também influem no desenvolvimento das estrias, como:

  • Alterações hormonais naturais da gestação – hormônios como estrogênio, cortisol, relaxinas e outros tornam as fibras elásticas da pele mais frágeis, facilitando o seu rompimento quando sujeitas a grandes distensões.
  • Tendência familiar para formação de estrias – há um claro componente genético na formação das estrias durante a gravidez. Mulheres que apresentam história familiar de estrias, principalmente striae gravidarum, apresentam um maior risco de desenvolverem moderadas a graves estrias na gravidez.
  • Idade da gestante –  mulheres mais novas (com menos de 25 anos) têm uma pele mais “firme”, apresentando maior facilidade de rompimento das fibras elásticas. Quanto mais jovem for a gestante, maior será o risco de desenvolvimento de estrias. Gestantes acima de 30-35 anos têm um risco bem mais baixo.
  • Primeira gestação – o risco de aparecerem estrias é muito maior na primeira gravidez que nas gravidezes subsequentes. Após uma primeira gestação, a pele já se encontra mais flácida e mais apta a distender-se novamente. A gestante também  costuma estar, pelo menos, dois ou três anos mais velha que na primeira gravidez.
  • Peso do feto – quanto maior for o crescimento da barriga na gestação, maior será a esgarçamento da pele e, consequentemente, maior será o risco de aparecerem estrias. Por isso, o tamanho do bebê é um fator de risco relevante. Por motivos óbvios, uma gravidez gemelar também aumenta muito as chances de surgirem estrias.
  • Ganho de peso na gravidez – quanto maior for o ganho de peso na gravidez, maior será o risco de surgirem estrias.
  • Etnia da gestante – grávidas de etnia não-branca apresentam um maior risco de desenvolverem estrias na gravidez.
  • Existência de estrias antes da gravidez – mulheres que mesmo antes de estarem grávidas já se mostram propensas a desenvolverem estrias, principalmente na barriga e nos seios, apresentam elevado risco de terem striae gravidarum.

Apesar da distensão do abdômen ser o principal fator de risco para o surgimento das estrias, os fatores descritos acima explicam o porquê de algumas mulheres desenvolverem poucas ou nenhuma estria durante a gravidez, enquanto outras padecem com dezenas de novas cicatrizes na região abdominal e seios, mesmo que ambas tenham barrigas  de tamanho semelhante.

APARÊNCIA DAS ESTRIAS NA GRAVIDEZ

As estrias da gravidez costumam surgir a partir do 6ª mês de gestação. Inicialmente, as estrias são de cor rosa. As novas lesões podem coçar e ao redor das estrias a pele se parece fina. Gradualmente, as estrias podem crescer em comprimento e largura, e sua coloração torna-se mais arroxeada ou avermelhada. As estrias mais antigas vão perdendo sua coloração. Nos primeiros meses após a gravidez, elas começam a desvanecer, tornando-se pálidas ou levemente prateadas. As estrias antigas também podem ficar ligeiramente deprimidas e com forma irregular.

As estrias na gravidez surgem proeminentemente na região abdominal, mas também são comuns nas mamas, nas nádegas, nos quadris, região lombar e até nos braços, se houver  grande ganho de peso na gestação.

Quais são as formas de prevenção de estrias na gravidez?

Ingerir muita água

A água é ótima em qualquer momento da vida e na gravidez é indispensável. Além de ajudar a manter toda a homeostase do organismo, para que órgãos e hormônios trabalhem da melhor forma, ela mantém a hidratação interna do corpo.

Controlar o peso

É muito importante você se alimentar bem e de maneira saudável para que o bebê se desenvolva sadio. Essa não é a fase de fazer regimes restritos, contudo, exagerar também não é legal. Se você constantemente ingerir mais alimentos do que o necessário, ou pior, se eles não forem saudáveis, além de poder prejudicar o crescimento do bebê, você ganha quilos além do necessário.

Alimentar-se bem

Os alimentos ricos em vitaminas C e E são bons aliados. Quanto à vitamina C, os alimentos têm antioxidantes que estimulam o colágeno e combatem o envelhecimento, portanto, consuma frutas cítricas. Quanto à vitamina E, ela protege as células do organismo, assim, invista também em cereais integrais e castanhas.

Use roupas adequadas

As roupas justas prendem a circulação sanguínea e atrapalham a respiração da pele. Esses fatores aumentam a possibilidade do aparecimento das estrias.

Escolha a roupa íntima apropriada

Nesse período, usar aquelas roupas que ajudam a segurar a barriga e as mamas costuma ser útil. As de algodão são melhores para ajudar na respiração da pele.

Faça massagens

Massagear as áreas que costumam ser mais afetadas, como abdome, mamas, bumbum e coxas ajuda a ativar a circulação sanguínea e a aumentar a elasticidade da pele. As massagens podem ser feitas diariamente, com produtos especiais para gestantes. Caso contrate um profissional, sempre avise da sua gestação e só faça os procedimentos adequados.

Mas se você tiver dificuldades para aceitar, não se preocupe porque hoje já existem muitos tipos de tratamentos disponíveis no mercado e que garantem bons resultados para a mulher.

Só não faça tratamentos para estrias durante a gravidez e a lactação sem o consentimento de um médico, ok? Isso porque há alguns procedimentos que não são indicados ainda. Espere ele dizer quando é o momento ideal para você procurar esses caminhos.

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Hiperêmese gravídica

A hiperêmese gravídica é o agravamento do quadro de êmese(vômito), geralmente no 1º trimestregestacional, podendo determinar alterações hidroeletrolíticas, nutricionais e metabólicas.

Hiperêmese Gravídica por Dra Claudiani Branco. Seus sintomas e tratamentos. Foto: Pavel Danilyuk no Pexels.

Quadro clínico

  • Náuseas
  • Vômitos
  • Sialorréia
  • Ansiedade
  • Mal estar
  • Astenia
  • Graus variáveis de desidratação e perda de peso
  • Cetoacidose
  • Hipoglicemia

Fatores predisponentes

  • Primigestas
  • Gestantes orientais
  • Concepstos femininos
  • Gemelidade
  • Diabete melito
  • Aloimunização Rh
  • Gastrites

Causas

Ainda não é totalmenteconhecida. Envolve níveis elevados de gonadotrofina coriónica, fatores emocionais, nutricionais, imunológicos e metabólicos. Pode também estar relacionada a outras alterações hormonais(tireoidianas, AACTH, cortisol) e a presença do Helicobacter pilorii.

Tratamento

Nos casos mais leves em que não existe perda de peso acentuada, nem risco para a saúde da mãe ou do bebê, o tratamento pode ser feito com repouso e boa hidratação. Um nutricionista pode aconselhar um tratamento nutricional, fazendo a correção dos distúrbios ácido-básicos e eletrolíticos no organismo. 

Nos casos mais graves necessita de internação hospitalar, onde será ofetado dieta fracionada em carbohidratos a cada 2 horas, incentivando a ingestão de líquidos gelados e sorvetes.

Hidratação endovenosa conforme necessidade, com oferta calórica, reposcição eletrolítica e vitaminas do complexo B. Pode ser necessário manter a gestante em jejum oral entre 24 e 48 horas.

Tratamento medicamentoso com Metoclopramida endovenosa e Dimenidrinato, piridoxina, glicose, frutose endovenosa, são muitas vezes necessários.

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12 de Abril: Dia do Obstetra

Dia do Obstetra comemora-se no dia 12 de abril.

O médico obstetra ou a médica obstetra, são aqueles profissionais da medicina que acompanham a mulher em gestação. Por norma, um obstetra aconselha e acompanha a mulher antes da gravidez, durante a gestação, durante o parto e acompanha a saúde da mulher também no pós-parto.

12 de Abril - Dia do Obstetra - Dra Claudiani Branco trazendo um bebê ao mundo.
Dra. Claudiani Branco trazendo um bebê ao mundo.

O médico obstetra acompanha assim a saúde da mãe e do bebê durante todo o processo, ajudando a prevenir e tratar eventuais problemas de saúde para qualquer um dos dois.

O Que Significa

Obstetra é uma palavra que vem do latim obstetrix, do verbo obstare, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, o obstetra é literalmente alguém que fica do lado, que acompanha e ajuda!

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CÓLICA

Ginecologista Dra. Claudiani Branco explica sobre o que é a cólica, sintomas e as formas de lidar com isso no dia a dia.  Foto por Averie Woodard no Unsplash.

A cólica, também conhecida por dismenorreia, é o sintoma mais natural e comum que acompanha a menstruação. Juntamente com a tensão pré-menstrual, é uma das principais queixas das mulheres.

Há dois tipos de cólica: a primária, que existe desde a menarca (nome dado à primeira menstruação) juntamente com o início dos ciclos ovulatórios; e a secundária, que surge após um período sem dor.

A cólica primária é de natureza desconhecida e inata ao organismo feminino. Já a cólica secundária pode ser provocada por doenças como inflamações pélvicas, endometriose e fibromiomas.

Não há como prever a duração da cólica, mas geralmente a dismenorreia precede a menstruação por alguns dias e se intensifica com a chegada do fluxo menstrual.

Sintomas

Os principais sintomas que acompanham a cólica são:

  • Enjoos;
  • Diarreia;
  • Vômitos;
  • Cansaço;
  • Dor de cabeça;
  • Nervosismo;
  • Vertigem e desmaios.

Nas cólicas secundárias, os sintomas aparecem após algum tempo de uma doença orgânica ou de algum fato específico. As causas mais comuns da dismenorreia secundária são: endometriose, alteração nos ovários e/ou útero, uso de DIU, miomas, doença inflamatória pélvica, má- formações uterinas e hímen não perfurado (que não permite a saída do fluxo menstrual).

Diagnóstico

Para as sortudas ela nem dá as caras, para outras se trata apenas de um pequeno incômodo, já para algumas ela é uma verdadeira tortura. A cólica menstrual ou dismenorreia é uma dor na região pélvica que aparece um pouco antes ou junto com a menstruação e pode variar de intensidade. Em alguns casos ela pode ser tão forte que incapacita as mulheres de seguir com suas rotinas, podendo causar até mesmo transtornos gastrointestinais e cefaleia.

Nesses casos mais severos é preciso procurar um ginecologista para que, através de exames clínicos e laboratoriais, possa realizar um diagnóstico correto sobre o motivo das fortes dores. Cólicas sem causa patológica, ou seja, que são exclusivamente provocadas pelas contrações uterinas normais do período menstrual, têm início de 6 a 12 meses após a primeira menstruação e ocorrem de 8 a 72 horas do início do fluxo sanguíneo e são diagnosticadas através do exame clínico em consultório e conversa com a paciente. Quando a dor é muito intensa e foge dos padrões de duração anteriormente mencionados é preciso realizar alguns exames como ultrassonografia pélvica ou transvaginal, tomografia computadorizada ou bacterioscopia da secreção vaginal para investigar possíveis patologias como inflamações do colo do útero, miomas, endometriose, entre outras.

Procurar ajuda médica quando as cólicas menstruais passam de um simples incômodo para um problema que afeta sua rotina é o primeiro passo para obter um diagnóstico. As dores muitas vezes escondem problemas que podem até mesmo afetar a fertilidade feminina, mas que quando diagnosticados precocemente são resolvidos com o uso de medicamentos ou intervenções cirúrgicas simples.

Exames

A cólica menstrual é um dos motivos mais frequentes de visitas aos consultórios ginecológicos. Conhecida também como dismenorreia, ela consiste na dor pélvica antes ou durante a menstruação que atinge cerca de 90% das mulheres em idade reprodutiva, sendo que 10% dessas sentem dores incapacitantes.

A cólica pode coincidir apenas com o ciclo menstrual ou estar associada a alguma enfermidade orgânica. Doenças como adenomiose, inflamação pélvica e endometriose podem estar diretamente relacionadas às fortes dores que podem até mesmo causar náuseas, vômitos, cefaleia e vertigens.

Para detectar a causa desse incomodo é possível que o ginecologista realize o exame físico geral e ginecológico buscando identificar uma possível causa orgânica da dor por meio da avaliação do colo, presença de hérnia, sinais de herpes, corrimentos, inflamação do colo uterino, vaginite ou uretrite (inflamação da uretra).

Caso haja suspeita de alguma causa orgânica o médico poderá solicitar exames complementares que podem variar de exames de sangue e urina até exames de imagem, podendo, inclusive ser necessária a realização de laparoscopia, pocedimento cirúrgico que serve para entre outras coisas pesquisar e tratar a endometriose.

Prevenção

As tão indesejadas cólicas menstruais que insistem em visitar todos os meses grande parte das mulheres em idade fértil não precisam ser um transtorno eterno. Caso as fortes dores não tenham nenhuma causa orgânica ou patológica, algumas atitudes e mudanças de hábitos podem te ajudar a passar pelo período menstrual sem sofrimento. É possível prevenir ou amenizar as cólicas menstruais ao longo de todo o mês. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, ingerindo todos os nutrientes necessários e sem pular refeições auxilia a saúde como um todo. Praticar exercícios físicos com frequência também colabora para a redução do fluxo menstrual e de possíveis processos inflamatórios graças à liberação da endorfina, o hormônio que gera a sensação de satisfação.

Uma técnica antiga, simples e eficiente é colocar uma bolsa de água quente na região pélvica quando a cólica começar a dar sinais de que está vindo, pois o calor dilata os vasos sanguíneos, relaxando e diminuindo a dor.

Procure estar atenta aos sinais do seu corpo, ele é a sua casa e conhecer onde você vive e o que pode provocar alguma dor é essencial para evitar tais comportamentos e viver melhor. Se as cólicas menstruais persistirem e se mostrarem severas procure seu ginecologista, apenas um especialista pode diagnosticar a causa dor e receitar o melhor tratamento.

Tratamentos e Cuidados

Um mal que atinge grande parte das mulheres em idade fértil, a cólica menstrual é uma dor na região pélvica que é provocada pela liberação da prostaglandina, substância que faz com que o útero se contraia para a eliminação da sua camada interna em forma de sangramento. As fortes dores podem ter como causa o ciclo menstrual ou patologias do aparelho reprodutivo, como miomas, tumores ou endometriose.

Quando as dores severas passam a ser rotina na vida de uma mulher, é preciso procurar um ginecologista para investigar o motivo desse incomodo, estabelecendo o diagnóstico correto por meio de exames clínicos e laboratoriais para iniciar o tratamento.

Se o motivo da dor é apenas reflexo dos hormônios do período menstrual, o melhor tratamento consiste em praticar exercícios físicos para a liberação de endorfina e relaxamento do corpo, ingestão e alimentos ricos em fibra e a aplicação de bolsas de água quente já são suficientes para aliviar as dores. Mas, se a for causada por alguma patologia, é necessário tomar a ingestão de medicamentos de acordo com orientação médica.

Para saber o tratamento ideal para a cólica menstrual procure um médico ginecologista para que ele possa fazer o diagnóstico correto e iniciar o melhor tratamento para você.

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POR QUE A VACINA DO HPV É DESTINADA SÓ UMA FAIXA ETÁRIA?

Ginecologista Dra. Claudiani Branco explica o porquê de vacinas para HPV se destinarem a faixas etárias específicas.  Foto por Matheus Ferrero no Unsplash.

As faixas etárias específicas que fazem parte do grupo não foram escolhidas aleatoriamente. A faixa etária foi escolhida por dois motivos:

Primeiro, a vacina é mais efetiva em meninas que ainda não tiveram contato sexual e não foram expostas ao HPV. Segundo, porque é nessa idade que o sistema imunológico apresenta melhor resposta às vacinas.

Com base em pesquisas feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28% dos jovens  começam a ter contato sexual a partir dos 13 anos. Então, vacinando essa faixa etária conseguimos um melhor aproveitamento dos efeitos da vacina.

Isso não quer dizer que a vacina perca efeito depois do inicio da vida sexual. A vacina é eficaz tanto para as meninas que nunca tiveram relações sexuais como para aquelas que já iniciaram a vida sexual. É claro que a efetividade é menor por uma questão: a menina que já iniciou a vida sexual pode ter tido contato com o vírus antes de se vacinar. O vírus pode já estar ali no organismo sem se manifestar. Ela toma a vacina hoje e depois de um tempo o vírus pode ‘acordar’. Não quer dizer que a vacina não fez efeito, mas que a menina já estava infectada quando foi imunizada.

A HPV é um dos principais agentes que causam o Câncer de Colo de Útero, se vacinar é a forma mais eficiente de prevenção.

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CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 10 a 20 anos para o seu desenvolvimento.

Ginecologista Dra. Claudiani Branco explica sobre o Câncer do Colo de Útero.  Foto por National Cancer Institute no Unsplash.

Alguns fatores favorecem o aparecimento dessa doença:

• Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;
• Histórico de ISTs (HPV);
• Tabagismo;
• Idade precoce da primeira relação sexual;
• Multiparidade (Várias gestações).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

Ao contrário do que se acredita, a endometriose e a genética não possuem relação com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma doença mais severa, o Carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno).

Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade.
Uterus – Útero
Cervix – colo do útero
Cervical Cancer – Câncer de colo do útero

Sintomas

Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado.

Os principais sintomas são:

  • Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
  • Sangramento após o ato sexual;
  • Dor pélvica.

Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.

Diagnóstico

Para detectar o Câncer do colo de útero é necessária a realização do exame Papanicolau que pode ser complementado com colposcopia e biópsia para se confirmar o diagnóstico.

Exames

O câncer de colo de útero, considerado um problema de saúde pública, é associado ao vírus do HPV, transmitido comumente pelo contato sexual. Ao atingir o colo uterino a partir da vagina, o HPV altera a estrutura e a reprodução das células do colo e dá origem ao câncer.

O exame ginecológico preventivo, o Papanicolau – trata-se do nome próprio do inventor do exame – é a principal ferramenta para diagnosticar as lesões precursoras do câncer. Este exame é indolor e rápido. A mulher pode sentir um pequeno desconforto caso esteja tensa ou se o profissional que realizar o procedimento não tiver a delicadeza necessária. Para garantir o resultado, 48 horas antes do exame a mulher não deve ter relações sexuais mesmo com camisinha, fazer duchas vaginais, ou aplicar produtos ginecológicos (cremes, óvulos).

Para a realização desse procedimento é inserido na vagina um instrumento chamado espéculo. O médico examina visualmente o interior da vagina e o colo do útero e com uma espátula de madeira e uma pequena escova especial é realizada a descamação do colo do útero a fim de recolher as células para a análise em laboratório.

Toda mulher que tem uma vida sexualmente ativa deve realizar o exame anualmente. Após dois resultados negativos esse intervalo pode passar a ser de três anos. Caso apresente dores durante a relação sexual, sangramento fora do período menstrual ou corrimento, procure o quanto antes o seu ginecologista.

Prevenção

O câncer de colo de útero já é considerado um problema de saúde pública. Atualmente, existem diversas campanhas de conscientização sobre a importância de se prevenir dessa doença que mata tantas mulheres pelo mundo todos os anos.

A enfermidade é causada principalmente por meio da infecção pelo vírus HPV, o papiloma vírus humano, que de acordo com pesquisas, está presente em mais de 90% dos casos de câncer cervical. A principal forma de transmissão do vírus é via contato sexual, seja vaginal, oral ou anal.

Para se prevenir da doença o melhor aliado é o preservativo (camisinha), masculino ou feminino. A camisinha deve ser usada em todas as relações sexuais para garantir a proteção de ambos os parceiros.

Também é importante realizar anualmente o exame ginecológico preventivo, o popular Papanicolau. Esse procedimento é capaz de identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero possibilitando o diagnóstico no início da doença, aumentando assim as chances de sucesso no tratamento.

Não deixe de usar preservativo em todas as suas relações sexuais e de visitar seu ginecologista periodicamente para a realização dos exames de rotina. Simples atitudes como estas podem lhe proteger contra o câncer de colo de útero.

Tratamentos e Cuidados

O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.

Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna.

A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença.

Convivendo

Conviver com um câncer não é nada fácil. Na verdade é uma tarefa extremamente árdua que exige muito do corpo e da mente do paciente. Os tratamentos contra o câncer do colo de útero podem remover a lesão ou destruir as células cancerígenas, mas até seu fim e cura completa há um longo caminho a ser percorrido.

Além do choque ao receber o diagnóstico, a paciente é acometida pelas dores, enjoos e outras reações adversas devido à quimioterapia e radioterapia. Por isso, além da importância do acompanhamento do ginecologista e do oncologista, é imprescindível que sejam realizadas consultas com um psicólogo para garantir o bem-estar da mulher.

Mesmo após o termino do tratamento, é importante que o acompanhamento pelos profissionais continue, para observar o comportamento do corpo em relação a uma recidiva do câncer e reforçar a necessidade de bons pensamentos para a melhora da saúde da paciente. Além disso, para superar a doença, o apoio dos familiares é essencial.

Para saber mais sobre o câncer do Colo do Útero você pode fazer uma consulta online ou presencial através dos canais abaixo:

Exames PRÉ-NATAL

Dra Claudiani Branco fala sobre a lista de Exames necessária para o Pré-Natal. Foto por Mulyadi no Unsplash.

Durante a gestação, a mulher deve realizar alguns exames para acompanhar o desenvolvimento do bebê e a sua saúde. O pré-natal é indicado para todas as mulheres grávidas, pois é ele que detectará problemas como diabetes e hipertensão.

O principal exame durante a gravidez é o ultrassom. Esse exame mostra o sexo do bebê e também informa como sua saúde funcional e anatomia. Quem determina a quantidade e a frequência com que devem ser feitos os exames é o seu médico obstetra.

Prevenção

Uma lista dos exames mais adequados para cada trimestre de gestações de baixo e alto risco. Essas orientações se aplicam a gestações consideradas saudáveis – isto é, sem fatores de risco como hipertensão ou diabetes.

Exames para uma gravidez de baixo risco

1º trimestre

  • Determinação de grupo sanguíneo e do fator Rh: prevê e evita a eritroblastose fetal (incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto). Quando a mãe tem o fator Rh negativo e o feto, positivo, os anticorpos dela atacam o sangue do bebê. Pode ser tratado, se diagnosticado precocemente. O exame é feito por meio de coleta sanguínea;
  • Hemograma: verifica proporções, quantidade e aspectos morfológicos do sangue. É importante para o diagnóstico de anemia;
  • Glicemia de jejum: detecta se há tendência de diabetes gestacional. Coleta de sangue em jejum para determinar a concentração de glicose no sangue;
  • Coleta de sangue para pesquisar hepatite B, toxoplasmose, HIV (o vírus que causa AIDS), rubéola e sífilis;
  • Exame de urina: avalia presença de infecção urinária;
  • Ultrassom obstétrico: é indicado para confirmar a cronologia da gestação. Também pode ser usado para prognóstico de doenças cromossômicas ou malformações;
  • Papanicolau: para detectar câncer do colo de útero.

2º trimestre

  • Repete-se o exame de sangue para avaliar existência de sífilis e, se necessário de toxoplasmose;
  • A coleta de sangue para avaliar a glicemia de jejum também é refeita, assim como o exame de tolerância à glicose. Novamente, o objetivo é avaliar se há tendência de diabetes gestacional;
  • Ultrassom obstétrico morfológico:  nessa fase, é útil para analisar a formação dos órgãos fetais.

3º trimestre

  • São repetidos os exames de sangue, como o hemograma e as sorologias que podem detectar hepatite B, toxoplasmose, HIV, rubéola e sífilis;
  • Ultrassom obstétrico: na reta final, avalia o crescimento fetal e sinaliza complicações como desnutrição ou excesso de peso;
  • Monitora também o volume de líquido amniótico e as condições da placenta.
  • Exames para uma gravidez de alto risco

Nestes casos, as consultas ao obstetra tendem a ser mais frequentes. O pré-natal é primordial para a grávida de alto risco, porque detecta algumas complicações em potencial no próprio consultório.

Podem-se identificar condições de risco no próprio exame da gestante, como a elevação dos níveis da pressão arterial, considerada a principal causadora de complicações graves para a mulher e para o bebê.  A necessidade de exames varia de acordo com o problema apresentado. Por exemplo, se a paciente é hipertensa, poderá fazer um monitoramento da pressão arterial. Se é diabética, será necessário um maior controle da glicemia.

A fim de evitar procedimentos invasivos, a ultrassonografia é uma grande aliada, sobretudo para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, e a quantidade de líquido amniótico. O ultrassom morfológico costuma ser recomendado para mulheres que têm casos de malformações congênitas na família (ou que já tiveram filho com problemas desse tipo), para mães com mais de 35 anos e em gravidez de gêmeos, entre outros casos. Frequentemente é feito com 20 a 24 semanas de gestação.

Em alguns casos, pode ser necessário submeter-se a procedimentos como a biópsia de vilo corial (retirada de fragmento placentário) ou a amniocentese (retirada de líquido amniótico com uma agulha), com o objetivo de detectar anomalias. Outros exames, como a cardiotocografia (registro da frequência cardíaca fetal e das contrações uterinas) e a dopplervelocimetria fetal (mede a velocidade do fluxo sanguíneo na placenta), também são empregados no acompanhamento da gravidez de alto risco.

Convivendo

O primeiro exame a ser realizado por uma mulher grávida é o teste de gravidez. Apesar de haver testes em farmácia, aconselha-se visitar um médico e realizar o exame de sangue para a confirmação.

Se a gravidez for planejada, o ideal é começar o acompanhamento antes mesmo da concepção. Desse modo, a mulher se certifica de que sua saúde está bem e que seu corpo é capaz de enfrentar uma gestação sem sustos.

A rotina de exames pode variar de acordo com o grau de risco da gestação. Ela inclui, além dos testes solicitados no primeiro trimestre de gravidez, visitas periódicas ao obstetra. Geralmente, até a 28ª semana a consulta é mensal; entre a 28ª e a 36ª, quinzenal. Da 36ª à 40ª, semanal. Caso a gestação ultrapasse esse período, são feitas duas consultas por semana.

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Distúrbios Sexuais Femininos

Dra Claudiani Branco fala sobre os Distúrbios Sexuais Femininos. Foto por D Lanor no Unsplash.

Durante a vida sexual é possível que a mulher apresente alguns problemas em relação à sua sexualidade. A maioria das disfunções sexuais femininas pode ser tratada. Os distúrbios mais comuns são:

  • Falta de desejo sexual;
  • Incapacidade em obter orgasmo – anorgasmia;
  • Dor durante a relação sexual – dispareunia;
  • Dor ou dificuldade à penetração – vaginismo.

A falta de desejo sexual feminino

também chamada da perda ou diminuição da libido, é o problema mais frequente e acomete entre 15% e 35% das mulheres. As causas são as mais diversas, como alterações dos hormônios sexuais causadas pelo uso de anticoncepcional, parto, amamentação, menopausa, distúrbios de outros hormônios e uso de antidepressivos, entre outras.

É possível ainda estar relacionada ao cotidiano e ao estresse, e à dinâmica do relacionamento. Muitos casais acham que esse sintoma é falta de amor, quando na verdade o bem-estar dos parceiros no dia a dia é determinante para a sintonia entre o casal. Mudanças na rotina podem afetar a comunicação entre os parceiros, gerar distanciamento e afetar a vida sexual.

Anorgasmia

A incapacidade de ter orgasmo é um problema muito comum entre as mulheres. Mulheres que têm orgasmo por meio da masturbação não podem ser incluídas nesse grupo.

Do ponto de vista biológico, o orgasmo feminino é bem definido, e já foi até demonstrado por meio de imagens de ressonância magnética.  A sexualidade feminina foi tabu durante muito tempo e, apenas muito recentemente tem havido maior abertura para que as mulheres também queiram vivenciar completamente a sua sexualidade.

Expectativas irrealistas e a falta de comunicação clara entre os parceiros certamente contribuem para esse problema. A influência da pornografia no aprendizado sexual é também uma questão importante, ao tornar um universo fantasioso e muitas vezes irrealista como referência para homens e mulheres.

Dor durante a relação sexual ou dispareunia:

É quando a mulher sente dor no ato sexual. A causa dessa disfunção pode ser corrimento, infecção vaginal, menopausa e distúrbios hormonais. Também pode estar relacionada à falta de desejo sexual.

Vaginismo

É a incapacidade de haver penetração sexual prazerosa para a mulher, com a contração involuntária dos músculos próximos à vagina. Caracteriza-se por um ciclo que envolve ansiedade, tensão e dor, sucessivamente. É importante não tentar mais a penetração e fazer uma consulta ao ginecologista, para avaliar as causas e tratamentos. A terapia em conjunto do casal pode trazer gradativo aumento da intimidade sexual, com enormes chances de cura.