TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL (TDPM)

A síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico-pré-menstrual (TDPM) são dois distúrbios relacionados a sintomas que ocorrem uma a duas semanas antes da menstruação e que melhoram após o início dela. Esses sintomas podem ser físicos, emocionais e comportamentais. Embora ambos os transtornos interfiram no dia a dia da mulher, a TDPM é mais severa e, às vezes, incapacitante. Saiba mais sobre essas duas condições e como são tratadas.

O QUE CAUSA OS DISTÚRBIOS PRÉ-MENSTRUAIS?

Os níveis dos hormônios reprodutivos femininos, que são o estrogênio e a progesterona, oscilam durante o ciclo menstrual de toda mulher. Essas variações hormonais podem afetar os níveis de substâncias químicas do cérebro (neurotransmissores) que têm um papel importante na regulação do humor, com destaque para a serotonina.

Mulheres que sofrem de síndrome pré-menstrual ou transtorno disfórico pré-menstrual são mais sensíveis aos efeitos desses hormônios. Ainda não está claro o que causa essa sensibilidade. Alguns estudos sugerem que a predisposição genética contribui. Isso significa que, se você sofre de sintomas pré-menstruais, sua filha tem maior probabilidade de os ter.

  • Síndrome pré-menstrual – afeta de 75% a 80% das mulheres;
  • Transtorno disfórico-pré-menstrual – afeta de 3% a 8% das mulheres.

SINTOMAS DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL

A síndrome pré-menstrual (SPM), também conhecida como tensão pré-menstrual (TPM), abrange mais de 150 sintomas, o que significa que eles variam muito para cada mulher. Entre os mais comuns estão:

Sintomas emocionais ou comportamentais – irritabilidade, depressão, ansiedade, retraimento social, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, aumento do apetite e desejo voraz por determinados alimentos;

Sintomas físicos – seios doloridos, inchaço abdominal, dor de cabeça, fadiga, ganho de peso, dor nos músculos ou articulações.

SINTOMAS DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

A síndrome pré-menstrual e o transtorno disfórico pré-menstrual compartilham muitos dos mesmos sintomas. Nesse último, entretanto, as mudanças de humor que acompanham os sintomas físicos são mais intensas e debilitantes, comprometendo seriamente os relacionamentos, o trabalho e a qualidade de vida de forma geral.

No transtorno disfórico pré-menstrual, pelo menos um dos seguintes sintomas se destaca:

  • Instabilidade emocional – por exemplo, ter alterações de humor extremas ou crises de choro repentinas;
  • Mau-humor extremo – sentir-se muito irritada ou ter mais conflitos com as pessoas ao redor;
  • Humor deprimido – inclui tristeza, falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos;
  • Ansiedade acentuada – também pode vir na forma de tensão ou sensação de estar “à flor da pele”.

Para fazer o diagnóstico de qualquer um desses distúrbios pré-menstruais, o médico precisará descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, tais como:

  • Transtornos de ansiedade;
  • Depressão;
  • Endometriose;
  • Problemas da tireoide.

Se possível, procure registrar seus sintomas por pelo menos dois meses antes da consulta. Anote também os dias em que menstruou em cada mês.

TRATAMENTO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

O foco do tratamento da síndrome pré-menstrual e do transtorno disfórico pré-menstrual é o alívio dos sintomas. É fundamental consultar um médico. Só ele pode fazer uma avaliação adequada e indicar o melhor tratamento para o cada caso. Nunca se automedique. As principais abordagens para o gerenciamento desses distúrbios são:

Mudança no estilo de vida – adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação bem equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente, pode ser útil para aliviar os sintomas pré-menstruais. Considere também algumas práticas que trabalhem mente e corpo, como ioga ou meditação, para reduzir o estresse.

Medicamentos – dependendo da gravidade dos seus sintomas, o médico pode prescrever um ou mais tipos de medicamento. O tratamento farmacológico pode incluir:

Antidepressivos – os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que aumenta os níveis de serotonina, são eficazes para melhorar as alterações de humor que antecedem o período menstrual.

Pílulas anticoncepcionais – impedem a ovulação, o que pode minimizar os sintomas pré-menstruais.

Analgésicos – podem ajudar a aliviar dores ou desconfortos físicos, como dor de cabeça e sensibilidade nos seios.

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Disco menstrual

O que é o disco menstrual?

O disco menstrual é um acessório para ser usado durante a menstruação, feito de silicone medicinal hipoalergênico.  

Semelhante aos coletores menstruais, tem a mesma função dos absorventes: funcionar como uma barreira para o sangue da menstruação, evitando que faça sujeira e manche as roupas.  

Dra Claudiani Branco fala sobre o Disco Menstrual.

Como o próprio nome sugere, o disco menstrual parece um disquinho. Com seu formato oval e discreto se encaixa no canal vaginal, próximo ao útero e não necessita de vácuo para o posicionamento correto.  

Quais as vantagens do disco menstrual?

O fato de não precisar de vácuo para ficar bem-posicionado é uma das grandes vantagens do disco menstrual.

A pessoa que vai utilizar não precisa se preocupar em aprender a fazer dobras para colocar e retirar. O processo é muito mais fácil.  

Além disso, assim como o copinho, o disco menstrual é reutilizável — o que faz bem para o seu bolso e para o meio ambiente.  

Mas o grande trunfo do disco menstrual é poder fazer sexo com ele. O seu formato e o método de encaixe deixa o canal vaginal livre, permitindo que você e seu parceiro/parceira transe sem medo de fazer sujeira.  

Muitas pessoas sentem-se mais excitadas durante a menstruação. O período também é ótimo para a lubrificação vaginal, tornando as relações mais prazerosas. O papel do disco é justamente conter o sangue menstrual.

O disco menstrual não é um diafragma!

Embora o diafragma seja citado em cartilhas de educação sexual como um método contraceptivo confiável, ele não é muito popular no Brasil e o disco menstrual não veio para substituí-lo por um único motivo: ele não pode ser utilizado para prevenir gravidez ou DST. 

O diafragma é um anel flexível, fabricado em borracha, com um material parecido com a camisinha. Sua função é impedir que os espermatozoides cheguem até o útero. Para isso, devem ser inseridos de 15 a 30 minutos antes da relação, e retirado 12 horas depois. 

Cuidados com o disco menstrual  

O disco menstrual pode ser usado por até 12 horas. Cada vez que você retirar para esvaziar, o indicado é que ele seja lavado com água corrente e sabão neutro.  

O disco deve ser fervido por cerca de 3 minutos todo início e final de menstruação. Ou seja, assim que a menstruação der os primeiros sinais, prepare seu disco menstrual e faça o mesmo processo antes de guardá-lo para o próximo ciclo.

Para colocar, você deve apertar as laterais das bordas até que ele fique parecendo um oito. Insira a borda mais larga na vagina e, com o dedo indicador, empurre o disquinho até sentir que chegou ao osso pélvico. A borda da frente deve ficar posicionada atrás desse osso.  

Já na hora da retirada, é só puxar a borda frontal. Vale destacar que pode fazer xixi sem maiores problemas, pois, o xixi sai por outro canal.

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Calcinha absorvente

Os benefícios da calcinha absorvente são inúmeros: desde manter sua roupa de cama limpa até ajudar a proteger o meio ambiente. Além disso, a calcinha absorvente também ajuda a economizar, porque reduz – ou elimina – os gastos com uso de absorvente descartável.

A variedade e a facilidade de acesso a absorventes descartáveis geram um enorme problema ambiental. Em cada ciclo, uma mulher utiliza de dez a vinte absorventes descartáveis.

Dra Claudiani Branco fala sobre a calcinha absorvente.

Da puberdade até a menopausa, esse número pode chegar a 15 mil. Por isso, cerca de 20 bilhões de absorventes e tampões são despejados em aterros sanitários por ano! No Brasil, não existe reciclagem para esse tipo de resíduo – e, consequentemente, eles também vão parar também em lixões e aterros sanitários.

Isso sem falar que o plástico de polietileno em absorventes convencionais pode levar cerca de 500 anos para se decompor, tornando-se um problema para as gerações futuras. Somente o fato de poderem substituir milhares de produtos que seriam descartados anualmente já faz da calcinha absorvente uma excelente alternativa.

Calcinha absorvente é alternativa sustentável ao absorvente descartável

A crescente procura das mulheres por praticidade e atitudes sustentáveis ampliou a oferta de produtos alternativos para o período menstrual, como o coletor menstrual e a calcinha absorvente.

Além de ecologicamente corretos, esses produtos eliminam a preocupação de não saber exatamente quando você poderá menstruar ao longo do dia e a necessidade de carregar na bolsa calcinhas, absorventes e absorventes internos.

As marcas brasileiras que comercializam vários modelos de calcinha absorvente são a Ecoabs, a Pantys, a Herself, a Korui e a Inciclo, que também é conhecida pela venda de coletores menstruais.

Por que optar pela calcinha absorvente?

1. Sustentabilidade

Uma calcinha absorvente pode durar cerca de dois anos. É reutilizável e pode ser lavada no banho, com sabão neutro, ou na máquina de lavar. Faça as contas: quantos absorventes descartáveis você não deixaria de utilizar nesse período?

2. Economia

Os valores de calcinha absorvente variam – você pode encontrar opções entre R$ 20,00 e R$ 100,00. Entretanto, na ponta do lápis, a economia com absorventes comuns compensa os gastos com uma unidade da calcinha absorvente ou um pacote com várias delas.

3. Saúde

O sangue menstrual é totalmente livre das toxinas da urina. O cheiro característico do fluxo menstrual, muitas vezes, é resultado da química nos absorventes descartáveis em contato com o sangue.

A calcinha absorvente, pelo contrário, ajuda a inibir esses odores, porque possui uma camada com ação antimicrobiana, que evita a proliferação de fungos e bactérias.

4. Alergia, nunca mais

A composição dos absorventes descartáveis e a umidade do contato com a pele podem desencadear alergias e infecções. Por isso, o uso da calcinha menstrual é recomendado para quem sofre com alergia durante o período menstrual.

5. Pode ser usada fora do ciclo menstrual

A calcinha absorvente pode ser utilizada também em casos de infecção vulvo-vaginais de repetição e incontinência urinária.

6. É segura e bonita

A calcinha absorvente é feita com três camadas de tecido: um mais macio, que fica em contato com a pele; um impermeável, que fica em contato com a roupa; e um material absorvente que impede a proliferação de fungos e bactérias. Ainda assim, parece uma calcinha comum – à primeira vista, é praticamente impossível reconhecer a diferença entre calcinhas normais e os absorventes.

A maioria das marcas trabalha com vários modelos, em diversas cores, tamanhos e espessuras. Além disso, é possível permanecer mais de cinco horas, ou até um dia inteiro, com a calcinha absorvente, sem correr risco de vazamentos. Tudo dependerá da intensidade do fluxo.

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Coletor menstrual: como usar, escolher e limpar.

O coletor menstrual, também conhecido como copo menstrual, é uma ótima estratégia para substituir o absorvente durante a menstruação, sendo uma opção mais confortável, econômica e ecológica. O coletor é fácil de usar, mantém a umidade natural da vagina, já que é mais fácil para entrar e sair em comparação ao absorvente interno e não deixa cheiro, já que o sangue não entra em contato com o ar, não havendo oxidação, o que é responsável pelo cheiro.

O coletor menstrual deve ser escolhido de acordo com a altura do colo do útero e intensidade do fluxo menstrual, podendo ser trocado a cada 8 ou 12 horas. É importante que o coletor seja colocado corretamente e que seja verificado se ficou bem encaixado, pois assim é possível evitar vazamento.

Como usar

Os coletores menstruais podem ser utilizados por todas as mulheres, no entanto é importante que as meninas virgens tenham orientação do ginecologista para que seja indicado o coletor mais adequado. Além disso, os coletores podem ser usados em todas as ocasiões, na praia, para fazer esportes ou na piscina, podendo inclusive ser usado para dormir desde que não ultrapasse 12 horas de uso.

De forma geral, o coletor menstrual pode ser utilizado por 8 a 12 horas, no entanto quando o fluxo da mulher é muito intenso ou quando é notado um pequeno vazamento, pode ser necessário trocar o coletor antes desse período.

Como colocar

Assim como o absorvente interno, o coletor menstrual é apenas indicado durante a menstruação. Para colocar basta sentar-se no vaso com as pernas bem abertas, dobrar o coletor de acordo com a indicação da embalagem e introduzir o coletor dobrado na vagina, de forma que o cabinho fique para fora.  Em seguida, rodar o coletor para se certificar de que está encaixado e sem dobras.

Para verificar se o coletor abriu corretamente e está fazendo vácuo, pode-se segurar na ponta ou haste do coletor menstrual e rodar devagar. A posição correta dos coletores menstruais é mais próxima da entrada do canal vaginal, e não no fundo como acontece com os absorventes internos.

Como tirar

A cada 8 ou 12 horas, o coletor menstrual deve ser retirado da seguinte forma:

  • Sentar-se no vaso sanitário, fazer xixi, secar a vulva e depois abrir bem as pernas;
  • Inserir o dedo indicador pelo ladinho, entre o coletor e a parede vaginal, para retirar o vácuo, facilitando sua retirada;
  • Puxe a parte final ou haste do coletor, até que ele saia da vagina;
  • Despeje o sangue no vaso, e lave o coletor com água abundante e sabão próprio para a região intima com pH neutro, secando no fim com papel higiênico.

Caso exista dificuldade para retirar o copo, pode optar por ficar agachada no chão do banheiro, pois esta posição pode facilitar o acesso ao coletor menstrual. Depois de limpo e seco o coletor está pronto para ser introduzido novamente.

Como escolher o coletor menstrual

O coletor menstrual pode variar de acordo com o tamanho e consistência e, por isso, é importante ter atenção a alguns fatores na hora de escolher o coletor, como altura do colo do útero e intensidade do fluxo menstrual, por exemplo. Assim, para escolher o coletor menstrual é importante levar em consideração:

1. Altura do colo do útero

Para saber o seu comprimento, no banho após lavar bem as mãos e a região íntima, deve inserir o dedo no canal vaginal, até tocar numa estrutura arredondada que será o seu colo do útero. Este teste deve ser feito de preferência durante o período menstrual, pois dependendo da mulher a sua posição pode mudar ligeiramente.

  • Para colo do útero baixo: preferir coletor mais curto
  • Para colo do útero alto: preferir coletor mais comprido.

Se o colo for baixo, não vai ser preciso inserir muito o dedo na vagina para o conseguir tocar. Por outro lado, se o seu colo for alto, será bem difícil de alcançar, pois ele estará localizado bem no fundo da vagina.

2. Intensidade do fluxo menstrual

A intensidade do fluxo menstrual ajuda a decidir a largura e consequentemente, a capacidade do coletor:

  • Para fluxo menstrual intenso: preferir coletor mais largo e maior;
  • Para fluxo menstrual médio: preferir coletor de tamanho médio
  • Para fluxo menstrual fraco: pode usar coletor menor, mais curto.

Para avaliar a intensidade do fluxo, é preciso observar a frequência com que se troca o absorvente. Caso a troca necessite ser feita a cada 2 ou 3 horas, o fluxo é considerado intenso, e quando não há necessidade de trocar antes de 4 ou 6 horas, o fluxo é considerado fraco.

3. Outros fatores

Além da altura do colo do útero e da intensidade do fluxo menstrual, também é importante considerar outros fatores como a força dos músculos pélvicos, se tem bexiga mais sensível, se pratica atividades físicas que fortaleçam os músculos pélvicos como Yoga ou Pilates, por exemplo, se é virgem ou se já teve filhos.

A análise conjunta de todos estes fatores irá ajudar a decidir o diâmetro e maleabilidade do coletor, ajudando a mulher a entender se necessita de coletores mais maleáveis, mais firmes, maiores ou menores.

Onde comprar

O coletor menstrual pode ser encontrado em supermercados, farmácias e lojas online, podendo ser vendido em embalagens com 2 coletores ou de forma individual. Algumas das principais marcas de coletores utilizadas são Inciclo, Lady Cup, Me Luna, Holy Cup, Lunette, Fleurity, Prudence e Korui, por exemplo.

Como limpar o coletor menstrual

Na primeira utilização, antes de cada ciclo e no final, deve-se esterilizar o coletor menstrual, para garantir uma limpeza mais profunda e a eliminação de microrganismos que podem causar infecção. A esterilização pode ser feita na panela ou no micro-ondas, de acordo com as recomendações:

Na panela

  • Numa panela só para o coletor de ágata esmaltada, vidro ou inox, deve colocar o coletor e adicionar água até o cobrir completamente;
  • Ligar o fogo e esperar que a água ferva;
  • Depois de levantar fervura, deixar por mais 4 a 5 minutos e retirar do fogo;
  • No final desse tempo, deve retirar o coletor menstrual e lavar a panela com água e sabão.

Não é recomendada a utilização de panelas de alumínio ou de teflon, pois soltam substâncias metálicas que podem danificar o silicone do coletor. Para não correr riscos, pode optar por comprar uma panelinha vendida por algumas marcas de coletores.

No micro-ondas

  • Num recipiente próprio para micro-ondas ou num pote de vidro ou caneca de cerâmica (só para o coletor) deve colocar o coletor, adicionar água até o cobrir e colocar no micro-ondas;
  • Ligar o micro-ondas e esperar que a água ferva. Depois da água ferver, deve deixar durante mais 3 a 4 minutos.
  • Ao final desse tempo, deve retirar o coletor do micro-ondas e lavar o recipiente normalmente com água e sabão.

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Indicações para o laser vaginal

Cada vez mais as mulheres estão se interessando por tratamentos de rejuvenescimento íntimo. O objetivo é reduzir a flacidez, melhorar a firmeza e a elasticidade, trazendo mais autoconfiança e conforto.

Ao longo dos anos, cai a produção de colágeno e de elastina, fibras importantes para garantir a qualidade da pele. Com isso, a pele na região íntima sofre perda de força e espessura, impactada também pela menopausa, efeitos do parto, maus hábitos, entre outros fatores.

Esses efeitos acarretam incontinência urinária, ressecamento íntimo, dor, baixa autoestima e outras consequências.

Protocolos como o laser melhoram a qualidade de vida e a autoestima das mulheres.

Quais os benefícios do laser íntimo?

Reestrutura da pele e da mucosa vaginal

Com o passar dos anos, a pele vaginal perde força e elasticidade. Fica mais fina e com menos viço. O laser íntimo estimula as fibras de colágeno e elastina, aumentando a espessura e a qualidade da pele.

Reduz a dor durante a relação sexual

O laser íntimo estimula a vascularização local, melhorando a firmeza e a lubrificação vaginal. Isso aumenta o prazer feminino e reduz dores durante a relação sexual.

Trata a incontinência urinária leve

Estudos indicam que metade das mulheres maduras sofrem com o problema de perda de urina. O enfraquecimento de músculos do assoalho pélvico e a flacidez gerada pela queda na produção das fibras de colágeno e de elastina levam ao problema, que é amenizado com o laser íntimo.

Reduz as infecções recorrentes

Com o passar dos anos, a flora vaginal entra em desequilíbrio, deixando a região mais alcalina, facilitando a proliferação das bactérias. O laser regenera as células, estimulando o reequilíbrio da flora habitual.

É um tratamento minimamente invasivo

O tratamento com laser é feito no consultório, com resultados evidentes desde o momento da aplicação e com retorno imediato às atividades do dia a dia. O procedimento é indolor e a paciente sente apenas um leve aquecimento na região.

Quer saber mais como o laser íntimo pode melhorar a sua qualidade de vida? Entre em contato e vamos cuidar da sua intimidade! 

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TUDO SOBRE ANTICONCEPCIONAIS

Como escolher o melhor método contraceptivo para você?

Os contraceptivos são as principais ferramentas de planejamento familiar. Para saber qual método adotar a mulher deve seguir as orientações de um médico, que levará em consideração suas características individuais, o perfil da paciente e possíveis doenças associadas que ela possa ter. Por se tratar de métodos que possuem hormônios precisam de receita médica.

O contraceptivo mais usado no mundo é a pílula combinada de uso diário por ser um medicamento de fácil acesso, disponível em diversas formas e sobre o qual há inúmeros estudos, nem sempre é o método mais indicado. Uma mulher muito esquecida não pode tomar pílula, pelo risco de falha do método. Hoje há recursos tecnológicos que podem ajudar a não esquecer, como os aplicativos para celular que lembram a hora de se medicar, mas é melhor indicar um método que não dependa da lembrança da usuária.

 Em casos assim, os métodos contraceptivos de longo prazo, como os dispositivo intrauterinos (DIU Hormonals) ou dispositivos intrauterinos (DIUs) e os implantes anticoncepcionais, podem ser mais eficazes por dependerem menos da mulher. A pílula é eficaz se tomada de forma correta. Se esquecer, a eficácia diminui. Já o DIU, o DIU Hormonal e o implante têm a eficácia teórica e prática muito próximas, por isso tem crescido a preferência por esse tipo de método, que pode durar até dez anos. Entretanto, métodos como o DIU/DIU Hormonal não podem ser utilizados por qualquer pessoa. O médico avalia cada caso individualmente.

Mesmo com a orientação do médico, a escolha final do método a ser adotado ainda deve ser da mulher. Ela precisa ser informada sobre os riscos e benefícios de cada um. Além disso, o profissional de saúde deve orientá-la corretamente, desaconselhando ou deixando de prescrever contraceptivos que apresentem contraindicações.

Os principais métodos anticoncepcionais

Métodos Anticoncepcionais não hormonais

Os métodos anticoncepcionais não hormonais são aqueles em que a contracepção não utiliza hormônio. Dividem-se em três tipos: Muito eficientes, eficientes e pouco eficientes.

Muito Eficientes:
DIU – índice de falha 0.1%
Vasectomia e Laqueadura – índice de falha 1%
Abstinência sexual – índice de falha 0%

Eficientes:
Camisinha – índice de falha 8% a 20%
Diafragma – índice de falha 8% a 20%
Camisinha feminina – índice de falha 8% a 20%

Pouco eficientes:
Espermaticida – índice de falha 20%
Método do muco cervical – índice de falha 10% a 20%
Tabelinha – índice de falha 10% a 20%
Coito interrompido – índice de falha 15% a 20%

Métodos Anticoncepcionais Hormonais

Os métodos contraceptivos hormonais são aqueles em que a prevenção da gravidez é controlada por hormônios. Divide-se em muito eficientes e eficientes.

Muito eficientes:
Pílula – índice de falha 0,1%
Injeção anticoncepcional – índice de falha 0,1%
Sistema intraturino liberador de levonorgestrel (DIU Hormonal) – índice de falha 0,1%
Implante – índice de falha 0,1%
Anel vaginal – índice de falha 0,1%
Adesivo anticoncepcional – índice de falha 0,1%

Eficientes:
Pílula do dia seguinte – índice de falha 5% a 20%

Principais métodos indicados para cada perfil

Adolescentes:
Camisinha
Pílula

Para a mulher que já possui família e não quer mais ter filhos:
DIU ou DIU Hormonal
Implante
Vasectomia
Ligadura de trompas/laqueadura tubária
Pílula
Injeção anticoncepcional
Adesivo anticoncepcional
Anel anticoncepcional

Para mulher que quer espaçar uma nova gravidez:
DIU ou DIU Hormonal
Pílula
Injeção anticoncepcional
Implante
Adesivo anticoncepcional
Anel anticoncepcional

Para mulher que está amamentando:
Camisinha
DIU ou DIU Hormonal
Minipílula (progestógeno)
Injeção anticoncepcional trimestral

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DIU e DIU Hormonal

Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (DIU Hormonal – também conhecido como DIU medicado ou DIU Hormonal) são, como o nome já diz, sistemas ou dispositivos que devem ser inseridos por médicos, dentro do útero. A grande vantagem destes métodos é a comodidade e a alta eficácia, que pode proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto.

Qual a diferença entre os dois?

Ambos impedem a penetração e passagem dos espermatozoides, não permitindo seu encontro com o óvulo. A grande diferença é que o DIU é feito de cobre, um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o DIU Hormonal libera um hormônio dentro do útero. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros efeitos, como reduzir o fluxo menstrual.

Eles causam aborto?

Não. Como já citado, os dois métodos impedem que o espermatozoide encontre o óvulo, portanto eles nem deixam a gravidez ocorrer.

Existe chance de falha?

Sim. Atualmente não existe nenhum método anticoncepcional que seja 100% eficaz. No entanto, a chance de falha dos dois métodos é extremamente baixa, sendo parecida com a dos métodos cirúrgicos, como a laqueadura ou vasectomia, o que os deixa entre os métodos mais eficazes que existem.

Uma vez que não dependem da correta administração pela usuária, o DIU e o DIU Hormonal possuem eficácia superior quando comparados aos métodos de curta ação, como as pílulas, injeções, anel e adesivo contraceptivo.

Como posso utilizar o DIU/DIU Hormonal?

O dispositivo deve ser inserido pelo seu médico após ele ter sido indicado para você. Algumas vezes antes do procedimento de inserção o médico poderá solicitar exames complementares, variando de caso a caso.

O procedimento de inserção é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório do médico, sem a necessidade de anestesia geral. porém, pode causar desconforto para algumas mulheres.

Qualquer mulher pode utilizar o DIU/DIU Hormonal?

Não. Existem poucas situações em que o DIU e o DIU Hormonal são contraindicados. A escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferências.

Quais reações adversas posso apresentar ao usar um DIU/DIU Hormonal?

Entre as reações adversas mais comuns estão as alterações do fluxo menstrual.

O DIU, por não conter hormônio, provavelmente não irá alterar a frequência das menstruações, porém poderá causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais nos primeiros três meses de uso.

O DIU Hormonal, devido à liberação local do hormônio, costuma diminuir a intensidade do fluxo a duração das menstruações e, após 6 meses de uso, 44% das usuárias param de menstruar.

Se quiser engravidar e tenho um DIU/DIU Hormonal, como devo fazer?

Se decidir que é hora de engravidar, converse com seu médico. Ele irá retirar o seu DIU/DIU Hormonal. Após a retirada do dispositivo, sua fertilidade voltará ao normal rapidamente, não importando por quanto tempo você utilizou o método.

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O que é Violência Obstétrica?

Violência Obstétrica é um termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde na hora do parto. Tais abusos podem ser apresentados como violência física ou psicológica e são responsáveis por tornar um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher em um momento traumático.

Não existe uma definição fechada para o termo, mas sim definições complementares apresentadas por diferentes organizações e governos. É importante notar que o termo “violência obstétrica” não se refere apenas ao trabalho de profissionais de saúde, mas também a falhas estruturais de hospitais, clínicas, e do sistema de saúde como um todo.

A busca pela definição do significado de Violência Obstétrica é importante para que seja encontrado um equilíbrio entre as expectativas da mãe, o serviço oferecido e a necessidade médica que possa surgir. O uso deste termo é importante para garantir que as mulheres possam exercitar seus direitos quando buscam serviços de maternidade, e a sua definição clara é importante para que não haja nenhum impacto negativo na prática da medicina.

Em uma definição abrangente Violência Obstétrica seria:

A intersecção entre violência institucional e violência contra a mulher durante a gravidez, parto e pós-parto. Ocorre nos serviços de saúde públicos e privados. Para muitas mulheres como consequência da violência obstétrica, a gravidez é um período associado a sofrimento, humilhações, problemas de saúde e até a morte.

A violência obstétrica pode se manifestar através de

Negação de tratamento durante o parto, humilhações verbais, desconsideração das necessidades e dores da mulher, práticas invasivas, violência física, uso desnecessário de medicamentos, intervenções médicas forçadas e coagidas, detenção em instalações por falta de pagamento, desumanização ou tratamento rude. Também pode se manifestar através de discriminação baseada em raça, origem étnica ou econômica, idade, status de HIV, não-conformidade de gênero, entre outros.

Uma outra maneira de explicar violência obstétrica é a colocar como os casos que caem nos espectros de atendimentos que acontecem cedo demais, com intervenções demais ou tarde demais, com intervenções de menos. O primeiro caso seria o da transformação de processo naturais em patológicos e, por conta disso, tratar a mulher com intervenções desnecessárias trazendo malefícios para a mãe e para o bebê. O segundo caso seria o caso da negligência ou impossibilidade de prover mãe e bebê com o atendimento necessário para garantir a sua saúde.

Como prevenir a Violência Obstétrica?

Para se prevenir contra a violência obstétrica é importante que a mulher se informe durante o pré-natal e tome conhecimento das opções que possui para a hora do parto. Além disso, é importante que a mulher tome conhecimento dos tipos de intervenções que podem ser necessárias para poder optar pelas quais não aceita ser submetida.

Na questão do atendimento médico durante o pré-natal e o parto, a comunicação entre a equipe médica e a futura mãe é essencial. Isso torna possível lidar de maneira efetiva com as necessidades médicas que posam surgir e evita que a mulher passe por alguma experiência desagradável desnecessária.

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Planejamento Familiar

Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, e a prevenir gravidez não planejada. Todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do planejamento familiar.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez. Por isso, a lei do Planejamento Familiar foi desenvolvida pelo Governo Brasileiro, com intuito de orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da instituição familiar.

O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva.

Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais públicos.

Confira abaixo a Lei do Planejamento Familiar desenvolvida em 1996, que regulamenta o planejamento familiar no Brasil e proporciona ações preventivas para a mulher e o homem.

Lei do Planejamento Familiar: disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9263.htm

Esse método contraceptivo baseia-se fundamentalmente em planos comportamentais e ações preventivas do casal. Cada vez mais há o incentivo à prevenção e à educação também para os adolescentes, pois é fundamental uma orientação desde o início das relações pessoais e sexuais. O fortalecimento das ações educativas, principalmente para os adolescentes de ambos os sexos, proporcionou uma redução no número de gravidezes não planejadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2003 e 2009, houve uma queda de 20% na quantidade de gestantes com idade entre 10 e 19 anos. Acredita-se que o incentivo e o poder de escolha dos métodos preventivos têm estimulado as mulheres a fazer um planejamento melhor.

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Malformações Uterinas

ÚTERO SEPTADO

Útero septado é definido quando a cavidade uterina na paciente apresenta uma parede, chamada de septo, que pode ir apenas até uma determinada extensão ou chegar até o colo do útero. Esta é a malformação mais comum e a que produz maior incidência de complicações obstétricas. Ocorre em aproximadamente 1% da população fértil e está associada aos desfechos reprodutivos mais pobres. Uma compilação de estudos de septo uterino parcial e completo identificou uma taxa de perda de gravidez de 44,3%, uma taxa de parto prematuro de 22,4%, uma taxa de parto de termo de 33,1% e uma taxa de nascido vivo de 50,1%. As manifestações mais comuns incluem abortamentos de repetição, entre a 8ª e a 16ª semanas de gestação. Também são frequentes o parto pré-termo, apresentação fetal anômala, RCIU e infertilidade. As taxas de abortamentos espontâneos correspondem a 60%, ou mais, dos casos diagnosticados de útero septados, sendo as taxas de sobrevivência fetais correspondentes a cerca de 30%, de acordo com vários estudos. Além disso, causa perturbações na implantação do embrião e no endométrio que recobre o septo. Entretanto, é facilmente tratável com um simples procedimento cirúrgico.

O procedimento cirúrgico é chamado de metroplastia e é realizado por videohisteroscopia. É simples, seguro e muitos estudos têm comprovado a melhora do resultado obstétrico após a intervenção, diminuindo a taxa de aborto e aumentando a taxa de nascidos vivos. Estudo com mulheres com história de abortos (Saygili-Yilmaz et al, 2003) demonstrou que a ressecção do septo reduziu a taxa de aborto de 91,8% para 10,4%. Paralelamente, a taxa de nascido vivo subiu de 4,3% para 81,3%.

Metroplastia histeroscópica para remoção de septo uterino é recomendada quando o septo uterino está associado à infertilidade, abortos, perda fetal no segundo trimestre ou parto prematuro. A abordagem histeroscópica é preferida devido à sua segurança, simplicidade e excelentes resultados pós-tratamento. A laparoscopia concomitante permite a avaliação da pelve e do contorno uterino externo e orienta a extensão da ressecção do septo, podendo ser útil.

A cirurgia: a incisão do septo pode ser feita em um ponto equidistante de parede anterior e posterior iniciando-se pela região próxima ao colo em direção ao fundo (sem atingir o miométrio fúndico). A ressecção estará completa quando o histeroscópico puder se movimentar livremente de um corpo ao outro e ainda serem observados, simultaneamente, os dois óstios tubários. Se permanecer um septo residual inferior a um centímetro, o que muitas vezes acontece pelo receio do cirurgião experiente de causar uma eventual perfuração uterina na intervenção, não representa obstáculo às novas gestações.

A videolaparoscopia pode ser indicada em casos que se pretende:

  • Distinguir úteros septados de bicornos;
  • Monitorizar a cirurgia histeroscópica;
  • Completar o estudo diagnóstico de infertilidade;
  • Tratamento concomitante de patologias pélvicas;

A monitorização do procedimento pela videolaparoscopia é de grande importância, porque permite desviar as estruturas adjacentes, determinar quando interromper o procedimento (verifica-se por fora do útero que ele todo brilha uniformemente perante a luz do histeroscópico), e reduzir o risco de perfuração uterina (com a melhor percepção da proximidade a que o ressectoscópio se encontra da parede uterina). Ainda, caso a perfuração ocorra, facilita a rápida identificação e correção. Contudo, como também pode estar associado aos próprios riscos, há quem sugira que a monitorização da histeroscopia deva ser reservada para casos mais complexos.

Preparação pré-operatória: pode se considerar a preparação do endométrio com anticoncepcional ou progestágenos para que se torne mais fino. Pode ser útil nos casos em que se tenha um septo largo, para se reduzir a hemorragia e melhorar a visualização, e nos casos de septos completos, com envolvimento do terço inferior da cavidade e/ou do canal cervical.

Cuidados pós-cirúrgicos: em termos de cuidados pós-cirúrgicos, alguns aspectos ainda não são consenso. Alguns autores sugerem introdução de dispositivo intrauterino (DIU), stents, balões, agentes antiadesivos ou uma dose alta de estradiol. Pensa-se que poderiam contribuir para reduzir a formação de aderências e promover uma rápida epitelização, no entanto, isso é controverso e não parece trazer benefício, apesar de alguns autores os indicarem.

Apesar da facilidade aparente de tratamento, este geralmente só está indicado, principalmente, nos casos em que exista uma condição reprodutiva desfavorável, como abortamentos de repetição ou parto pré-termo.

Nos casos de infertilidade, na presença de septo uterino, quando se planeja iniciar tratamentos de reprodução assistida, é recomentado o tratamento. É também aconselhável que seja realizado pelo menos de 2 a 3 meses antes, tendo em conta o tempo de
cicatrização que geralmente é necessário.

Também existem dúvidas se, quando da resseção completa do septo uterino, incluindo a porção cervical, poderá haver implicações na incompetência cervical em caso de gravidez. Assim, nesses casos, seria aconselhada a realização da cerclagem, como prevenção de abortos e partos prematuros.

Complicações: durante o procedimento histeroscópico podem ocorrer diversas complicações traumáticas, como lacerações cervicais causadas pelos instrumentos cirúrgicos, perfuração uterina e, eventualmente, hemorragia. Esta, no entanto, raramente é significativa quando da incisão do septo, ocorrendo mais frequentemente quando o miométrio normal é lesado, ou nos casos em que o septo é muito largo. Felizmente, contudo, pela pressão exercida pelos meios de distensão uterina consegue-se superar a hemorragia. Podem, também, considerar-se complicações inerentes ao meio de distensão utilizado (como sobrecarga de fluidos injetados no útero durante o procedimento, que podem ser absorvidos em excesso pelos vasos, causando expansão de volume intravascular e distúrbios hidroletrolíticos). No entanto, são bastante raras, graças ao tempo limitado em que é realizado o procedimento e ao controle cuidadoso do balanço hídrico.

A formação pós-operatória de sinéquias intrauterinas é rara, e o uso rotineiro de cateter de balão intrauterino, de suplementação de estradiol ou de antibióticos, não tem se demonstrado necessário. Um exame de acompanhamento deve ser realizado 1-2 meses após o procedimento; ultrassonografia, HSG e histeroscopia são abordagens razoáveis. A retirada do septo em mulheres inférteis ou sem história de desfechos reprodutivos adversos é um procedimento controverso, uma vez que muitas com útero septado podem ter resultados razoáveis de gravidez e não há relação causal estabelecida entre útero septado e infertilidade. Após a metroplastia histeroscópica em mulheres com infertilidade inexplicada, observa-se uma modesta melhora na gravidez e nas taxas de nascidos vivos demonstrada em estudos não randomizados. Essas taxas são significativamente maiores após a metroplastía em mulheres com aborto de repetição.

Entretanto, apesar de controvérsias, a retirada profilática do septo pode prevenir um aborto espontâneo ou outras complicações obstétricas, e é recomendada para otimizar os resultados da gravidez em mulheres com infertilidade prolongada, com mais de 35 anos e as que procuram tecnologias de reprodução assistida.

ÚTERO ARQUEADO

O termo útero arqueado refere-se aos casos em que existe mínima alteração da cavidade uterina, conferindo ao fundo uterino uma característica achatada ou curvatura levemente côncava. Apresenta manifestações clínicas mínimas e, normalmente, não necessita de intervenção cirúrgica. Por não haver benefícios evidentes da intervenção cirúrgica, considera-se que é desnecessária, sendo elevada a probabilidade de haver gestações sem qualquer intercorrência. Não deixa de ser possível considerar que, em casos de abortamentos de repetição e infertilidade não explicadas por outros fatores, com presença de proeminência mais importante no fundo uterino, seja realizada a retirada histeroscópica.

Em comparação com as mulheres com útero normal, as com útero arqueado têm uma proporção mais elevada de perdas no segundo trimestre e de trabalho de parto prematuro. Procedimentos reconstrutivos em um útero arqueado, no entanto, não parecem melhorar os resultados da gravidez.

ÚTERO BICORNO

O útero bicorno é um tipo comum de anomalia uterina. Nela, há a presença de uma fenda na área superior do útero que separa os dois lados do órgão, mas não chega a dividi-lo. Essa fissura pode variar, podendo resultar em um útero levemente bicorno ou totalmente bicorno. Ocorre devido à fusão incompleta dos dois dutos de Müller ao nível do fundo uterino, resultando em um único colo e duas cavidades endometriais. O grau de separação entre as duas cavidades endometriais pode ser variável, estendendo-se até o orifício cervical interno dependendo do comprimento da fusão incompleta do ducto de Müller. O contorno uterino externo tem um fundo fundido, definido arbitrariamente como mais de 1cm, e a vagina é geralmente normal. Essa anomalia está associada a complicações obstétricas, incluindo perda de gravidez, parto prematuro e má apresentação fetal. No contexto de aborto de repetição ou parto prematuro em pacientes com útero bicorno, todas as outras etiologias de perda de gravidez devem ser excluídas antes de considerar um procedimento cirúrgico (a metroplastia de Strassman).

ÚTERO DIDELFO

Também é uma forma bastante rara de anatomia uterina e acomete aproximadamente 10 mulheres em cada 20 mil. Trata-se de uma malformação uterina, marcada pela ausência de fusão dos ductos de Müller, resultando na presença de dois hemiúteros, colo duplo, bem como uma vagina dupla, em grande parte dos casos.

O útero didelfo está associado a abortamentos em cerca de 33% dos casos, partos-pré-termo em 29%, infertilidade em 13% com 56,6% de nascidos vivos totais. Também pode apresentar as manifestações de um corno uterino obstruído.

Geralmente, mulheres com útero didelfo podem engravidar, porém apresentam maiores possibilidades de ter aborto espontâneo ou parto prematuro. Nessas situações a gestação é considerada de risco. Portanto, é necessário a realização de um diagnóstico precoce para que seja feito o acompanhamento adequado durante a gestação, sendo necessária a realização de cesariana na maioria das vezes.

ÚTERO UNICORNO

É uma forma rara de malformação uterina. No caso de útero unicorno, o tecido que dá origem ao órgão não se desenvolve completamente na mulher, resultando em apenas metade de um útero de tamanho normal, com somente uma tuba uterina, apesar de apresentar dois ovários. A diminuição do volume e as alterações na morfologia do útero unicorno são fatores que podem causar redução da capacidade uterina e ser a causa de inúmeros desequilíbrios funcionais do útero que na gestação vão desde abortamentos de repetição, incompetência cervical, restrição de crescimento fetal intraútero até partos prematuros, aumento do número de partos por cesarianas e a possibilidade de rotura uterina intraparto.

O útero unicorno pode ser causa de infertilidade inexplicada e precisar da indicação de tratamento de reprodução assistida. Uma compilação de estudos revela uma taxa de aborto espontâneo de 36,5%, uma taxa de parto prematuro de 16,2%, uma taxa de parto a termo de 44,6% e uma taxa de natalidade viva de 54,2%.

Não existe intervenção efetiva para o útero unicorno que permita melhorar os resultados reprodutivos dessa anomalia uterina, entretanto deve haver um cuidado especial e o acompanhamento por uma equipe obstétrica experiente. Deve, ainda, ser feita uma monitorização cuidadosa e precoce da gestação, para que possam ser adequadamente detectados sinais sugestivos de parto prematuro. A indicação de se realizar a cerclagem ou a colocação de um pessário deve ser considerada.

Quando o houver corno uterino rudimentar não-comunicante, deve-se considerar a possibilidade de intervenção cirúrgica quando for detectado endométrio funcionante nos cornos rudimentares, mesmo se assintomático até ao momento. Nos casos em que não se verifica a presença de endométrio funcionante, geralmente não é necessário excisão cirúrgica. O principal objetivo dessas correções cirúrgicas é preservar a arquitetura do lado não afetado e evitar complicações como rotura do corno rudimentar não-comunicante.

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