TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL (TDPM)

A síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico-pré-menstrual (TDPM) são dois distúrbios relacionados a sintomas que ocorrem uma a duas semanas antes da menstruação e que melhoram após o início dela. Esses sintomas podem ser físicos, emocionais e comportamentais. Embora ambos os transtornos interfiram no dia a dia da mulher, a TDPM é mais severa e, às vezes, incapacitante. Saiba mais sobre essas duas condições e como são tratadas.

O QUE CAUSA OS DISTÚRBIOS PRÉ-MENSTRUAIS?

Os níveis dos hormônios reprodutivos femininos, que são o estrogênio e a progesterona, oscilam durante o ciclo menstrual de toda mulher. Essas variações hormonais podem afetar os níveis de substâncias químicas do cérebro (neurotransmissores) que têm um papel importante na regulação do humor, com destaque para a serotonina.

Mulheres que sofrem de síndrome pré-menstrual ou transtorno disfórico pré-menstrual são mais sensíveis aos efeitos desses hormônios. Ainda não está claro o que causa essa sensibilidade. Alguns estudos sugerem que a predisposição genética contribui. Isso significa que, se você sofre de sintomas pré-menstruais, sua filha tem maior probabilidade de os ter.

  • Síndrome pré-menstrual – afeta de 75% a 80% das mulheres;
  • Transtorno disfórico-pré-menstrual – afeta de 3% a 8% das mulheres.

SINTOMAS DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL

A síndrome pré-menstrual (SPM), também conhecida como tensão pré-menstrual (TPM), abrange mais de 150 sintomas, o que significa que eles variam muito para cada mulher. Entre os mais comuns estão:

Sintomas emocionais ou comportamentais – irritabilidade, depressão, ansiedade, retraimento social, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, aumento do apetite e desejo voraz por determinados alimentos;

Sintomas físicos – seios doloridos, inchaço abdominal, dor de cabeça, fadiga, ganho de peso, dor nos músculos ou articulações.

SINTOMAS DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

A síndrome pré-menstrual e o transtorno disfórico pré-menstrual compartilham muitos dos mesmos sintomas. Nesse último, entretanto, as mudanças de humor que acompanham os sintomas físicos são mais intensas e debilitantes, comprometendo seriamente os relacionamentos, o trabalho e a qualidade de vida de forma geral.

No transtorno disfórico pré-menstrual, pelo menos um dos seguintes sintomas se destaca:

  • Instabilidade emocional – por exemplo, ter alterações de humor extremas ou crises de choro repentinas;
  • Mau-humor extremo – sentir-se muito irritada ou ter mais conflitos com as pessoas ao redor;
  • Humor deprimido – inclui tristeza, falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos;
  • Ansiedade acentuada – também pode vir na forma de tensão ou sensação de estar “à flor da pele”.

Para fazer o diagnóstico de qualquer um desses distúrbios pré-menstruais, o médico precisará descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, tais como:

  • Transtornos de ansiedade;
  • Depressão;
  • Endometriose;
  • Problemas da tireoide.

Se possível, procure registrar seus sintomas por pelo menos dois meses antes da consulta. Anote também os dias em que menstruou em cada mês.

TRATAMENTO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL

O foco do tratamento da síndrome pré-menstrual e do transtorno disfórico pré-menstrual é o alívio dos sintomas. É fundamental consultar um médico. Só ele pode fazer uma avaliação adequada e indicar o melhor tratamento para o cada caso. Nunca se automedique. As principais abordagens para o gerenciamento desses distúrbios são:

Mudança no estilo de vida – adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação bem equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente, pode ser útil para aliviar os sintomas pré-menstruais. Considere também algumas práticas que trabalhem mente e corpo, como ioga ou meditação, para reduzir o estresse.

Medicamentos – dependendo da gravidade dos seus sintomas, o médico pode prescrever um ou mais tipos de medicamento. O tratamento farmacológico pode incluir:

Antidepressivos – os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que aumenta os níveis de serotonina, são eficazes para melhorar as alterações de humor que antecedem o período menstrual.

Pílulas anticoncepcionais – impedem a ovulação, o que pode minimizar os sintomas pré-menstruais.

Analgésicos – podem ajudar a aliviar dores ou desconfortos físicos, como dor de cabeça e sensibilidade nos seios.

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Disco menstrual

O que é o disco menstrual?

O disco menstrual é um acessório para ser usado durante a menstruação, feito de silicone medicinal hipoalergênico.  

Semelhante aos coletores menstruais, tem a mesma função dos absorventes: funcionar como uma barreira para o sangue da menstruação, evitando que faça sujeira e manche as roupas.  

Dra Claudiani Branco fala sobre o Disco Menstrual.

Como o próprio nome sugere, o disco menstrual parece um disquinho. Com seu formato oval e discreto se encaixa no canal vaginal, próximo ao útero e não necessita de vácuo para o posicionamento correto.  

Quais as vantagens do disco menstrual?

O fato de não precisar de vácuo para ficar bem-posicionado é uma das grandes vantagens do disco menstrual.

A pessoa que vai utilizar não precisa se preocupar em aprender a fazer dobras para colocar e retirar. O processo é muito mais fácil.  

Além disso, assim como o copinho, o disco menstrual é reutilizável — o que faz bem para o seu bolso e para o meio ambiente.  

Mas o grande trunfo do disco menstrual é poder fazer sexo com ele. O seu formato e o método de encaixe deixa o canal vaginal livre, permitindo que você e seu parceiro/parceira transe sem medo de fazer sujeira.  

Muitas pessoas sentem-se mais excitadas durante a menstruação. O período também é ótimo para a lubrificação vaginal, tornando as relações mais prazerosas. O papel do disco é justamente conter o sangue menstrual.

O disco menstrual não é um diafragma!

Embora o diafragma seja citado em cartilhas de educação sexual como um método contraceptivo confiável, ele não é muito popular no Brasil e o disco menstrual não veio para substituí-lo por um único motivo: ele não pode ser utilizado para prevenir gravidez ou DST. 

O diafragma é um anel flexível, fabricado em borracha, com um material parecido com a camisinha. Sua função é impedir que os espermatozoides cheguem até o útero. Para isso, devem ser inseridos de 15 a 30 minutos antes da relação, e retirado 12 horas depois. 

Cuidados com o disco menstrual  

O disco menstrual pode ser usado por até 12 horas. Cada vez que você retirar para esvaziar, o indicado é que ele seja lavado com água corrente e sabão neutro.  

O disco deve ser fervido por cerca de 3 minutos todo início e final de menstruação. Ou seja, assim que a menstruação der os primeiros sinais, prepare seu disco menstrual e faça o mesmo processo antes de guardá-lo para o próximo ciclo.

Para colocar, você deve apertar as laterais das bordas até que ele fique parecendo um oito. Insira a borda mais larga na vagina e, com o dedo indicador, empurre o disquinho até sentir que chegou ao osso pélvico. A borda da frente deve ficar posicionada atrás desse osso.  

Já na hora da retirada, é só puxar a borda frontal. Vale destacar que pode fazer xixi sem maiores problemas, pois, o xixi sai por outro canal.

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Coletor menstrual: como usar, escolher e limpar.

O coletor menstrual, também conhecido como copo menstrual, é uma ótima estratégia para substituir o absorvente durante a menstruação, sendo uma opção mais confortável, econômica e ecológica. O coletor é fácil de usar, mantém a umidade natural da vagina, já que é mais fácil para entrar e sair em comparação ao absorvente interno e não deixa cheiro, já que o sangue não entra em contato com o ar, não havendo oxidação, o que é responsável pelo cheiro.

O coletor menstrual deve ser escolhido de acordo com a altura do colo do útero e intensidade do fluxo menstrual, podendo ser trocado a cada 8 ou 12 horas. É importante que o coletor seja colocado corretamente e que seja verificado se ficou bem encaixado, pois assim é possível evitar vazamento.

Como usar

Os coletores menstruais podem ser utilizados por todas as mulheres, no entanto é importante que as meninas virgens tenham orientação do ginecologista para que seja indicado o coletor mais adequado. Além disso, os coletores podem ser usados em todas as ocasiões, na praia, para fazer esportes ou na piscina, podendo inclusive ser usado para dormir desde que não ultrapasse 12 horas de uso.

De forma geral, o coletor menstrual pode ser utilizado por 8 a 12 horas, no entanto quando o fluxo da mulher é muito intenso ou quando é notado um pequeno vazamento, pode ser necessário trocar o coletor antes desse período.

Como colocar

Assim como o absorvente interno, o coletor menstrual é apenas indicado durante a menstruação. Para colocar basta sentar-se no vaso com as pernas bem abertas, dobrar o coletor de acordo com a indicação da embalagem e introduzir o coletor dobrado na vagina, de forma que o cabinho fique para fora.  Em seguida, rodar o coletor para se certificar de que está encaixado e sem dobras.

Para verificar se o coletor abriu corretamente e está fazendo vácuo, pode-se segurar na ponta ou haste do coletor menstrual e rodar devagar. A posição correta dos coletores menstruais é mais próxima da entrada do canal vaginal, e não no fundo como acontece com os absorventes internos.

Como tirar

A cada 8 ou 12 horas, o coletor menstrual deve ser retirado da seguinte forma:

  • Sentar-se no vaso sanitário, fazer xixi, secar a vulva e depois abrir bem as pernas;
  • Inserir o dedo indicador pelo ladinho, entre o coletor e a parede vaginal, para retirar o vácuo, facilitando sua retirada;
  • Puxe a parte final ou haste do coletor, até que ele saia da vagina;
  • Despeje o sangue no vaso, e lave o coletor com água abundante e sabão próprio para a região intima com pH neutro, secando no fim com papel higiênico.

Caso exista dificuldade para retirar o copo, pode optar por ficar agachada no chão do banheiro, pois esta posição pode facilitar o acesso ao coletor menstrual. Depois de limpo e seco o coletor está pronto para ser introduzido novamente.

Como escolher o coletor menstrual

O coletor menstrual pode variar de acordo com o tamanho e consistência e, por isso, é importante ter atenção a alguns fatores na hora de escolher o coletor, como altura do colo do útero e intensidade do fluxo menstrual, por exemplo. Assim, para escolher o coletor menstrual é importante levar em consideração:

1. Altura do colo do útero

Para saber o seu comprimento, no banho após lavar bem as mãos e a região íntima, deve inserir o dedo no canal vaginal, até tocar numa estrutura arredondada que será o seu colo do útero. Este teste deve ser feito de preferência durante o período menstrual, pois dependendo da mulher a sua posição pode mudar ligeiramente.

  • Para colo do útero baixo: preferir coletor mais curto
  • Para colo do útero alto: preferir coletor mais comprido.

Se o colo for baixo, não vai ser preciso inserir muito o dedo na vagina para o conseguir tocar. Por outro lado, se o seu colo for alto, será bem difícil de alcançar, pois ele estará localizado bem no fundo da vagina.

2. Intensidade do fluxo menstrual

A intensidade do fluxo menstrual ajuda a decidir a largura e consequentemente, a capacidade do coletor:

  • Para fluxo menstrual intenso: preferir coletor mais largo e maior;
  • Para fluxo menstrual médio: preferir coletor de tamanho médio
  • Para fluxo menstrual fraco: pode usar coletor menor, mais curto.

Para avaliar a intensidade do fluxo, é preciso observar a frequência com que se troca o absorvente. Caso a troca necessite ser feita a cada 2 ou 3 horas, o fluxo é considerado intenso, e quando não há necessidade de trocar antes de 4 ou 6 horas, o fluxo é considerado fraco.

3. Outros fatores

Além da altura do colo do útero e da intensidade do fluxo menstrual, também é importante considerar outros fatores como a força dos músculos pélvicos, se tem bexiga mais sensível, se pratica atividades físicas que fortaleçam os músculos pélvicos como Yoga ou Pilates, por exemplo, se é virgem ou se já teve filhos.

A análise conjunta de todos estes fatores irá ajudar a decidir o diâmetro e maleabilidade do coletor, ajudando a mulher a entender se necessita de coletores mais maleáveis, mais firmes, maiores ou menores.

Onde comprar

O coletor menstrual pode ser encontrado em supermercados, farmácias e lojas online, podendo ser vendido em embalagens com 2 coletores ou de forma individual. Algumas das principais marcas de coletores utilizadas são Inciclo, Lady Cup, Me Luna, Holy Cup, Lunette, Fleurity, Prudence e Korui, por exemplo.

Como limpar o coletor menstrual

Na primeira utilização, antes de cada ciclo e no final, deve-se esterilizar o coletor menstrual, para garantir uma limpeza mais profunda e a eliminação de microrganismos que podem causar infecção. A esterilização pode ser feita na panela ou no micro-ondas, de acordo com as recomendações:

Na panela

  • Numa panela só para o coletor de ágata esmaltada, vidro ou inox, deve colocar o coletor e adicionar água até o cobrir completamente;
  • Ligar o fogo e esperar que a água ferva;
  • Depois de levantar fervura, deixar por mais 4 a 5 minutos e retirar do fogo;
  • No final desse tempo, deve retirar o coletor menstrual e lavar a panela com água e sabão.

Não é recomendada a utilização de panelas de alumínio ou de teflon, pois soltam substâncias metálicas que podem danificar o silicone do coletor. Para não correr riscos, pode optar por comprar uma panelinha vendida por algumas marcas de coletores.

No micro-ondas

  • Num recipiente próprio para micro-ondas ou num pote de vidro ou caneca de cerâmica (só para o coletor) deve colocar o coletor, adicionar água até o cobrir e colocar no micro-ondas;
  • Ligar o micro-ondas e esperar que a água ferva. Depois da água ferver, deve deixar durante mais 3 a 4 minutos.
  • Ao final desse tempo, deve retirar o coletor do micro-ondas e lavar o recipiente normalmente com água e sabão.

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Spotting: Como se adaptar ao sangramento de escape?

Dra. Claudiani Branco explica como se adaptar aos efeitos do sangramento de escape ou Spotting. Foto por Pawel Czerwinski no Unsplash.

Spotting ou sangramento de escape é um leve sangramento que ocorre fora da época do fluxo menstrual. Pode ser causado pelo uso de métodos anticoncepcionais. É um sintoma muito comum durante o período de adaptação a um contraceptivo, mesmo com uso regular. Continue a leitura para saber mais sobre o spotting e como se adaptar.

Quando o spotting pode acontecer?

A troca ou o recomeço do uso do anticoncepcional pode causar sangramento vaginal parecido com uma menstruação, porém mais leve, pois o corpo está se adaptando aos níveis hormonais do contraceptivo. Neste caso, a mulher usa um absorvente por dia. Cerca de três meses depois, o sangramento tende a parar.

O que fazer em caso de spotting?

Se não vier acompanhado de sintomas, geralmente não é preciso interromper do uso do anticoncepcional. A continuidade fará seu organismo se adaptar ao contraceptivo. No caso das pílulas, a tomada diária, respeitando o mesmo horário, fará o sangramento parar em pouco tempo.

Caso o sangramento persista por mais de três meses ou se torne intenso, converse com o médico para avaliar a necessidade de trocar o método anticoncepcional.

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O que é OVULAÇÃO?

O processo de ovulação na mulher é uma das fases do ciclo menstrual, é a etapa em que o óvulo é liberado pelo ovário e chega até as trompas para seguir rumo ao útero e ser fecundado.

A ovulação é o início do processo que prepara a mulher para engravidar. Foto por Ava Sol no Unsplash.

Nessa etapa há a liberação de dois hormônios produzidos pela hipófise: o FSH e o LH. O Hormônio Folículo Estimulante (FSH) permite que os óvulos (ou folículos) se desenvolvam no ovário. E o Hormônio Luteinizante (LH) age no folículo para que este atinja seu desenvolvimento máximo seja liberado como o óvulo maduro.

Após a liberação do óvulo, o folículo ovariano se transforma em corpo lúteo, uma estrutura endócrina temporária e característica das mulheres, que produz progesterona para preparar o organismo para uma possível fecundação. Caso não ocorra a fecundação, este corpo lúteo e o óvulo serão expelidos na forma de menstruação.

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