Quando se fala em chip da beleza, na verdade há uma confusão entre os termos implante e chip, são de tecnologias bem diferentes.
O implante é um tubo de silicone e o chip é implantado, através de uma tecnologia em desenvolvimento que, teoricamente, está disponível nos Estados Unidos.
Os implantes de gestrinona – hormônio sintético feminino – vêm ganhando adeptas “fit” e preocupando associações médicas pelo uso hormonal para questões estéticas.
O implante em questão tem, como função inicial, a contracepção e até mesmo a interrupção da menstruação, é uma opção de tratamento ginecológico para endometriose, adenomiose, miomas, TPM, reposição hormonal da menopausa. O “chip” de gestrinona, entretanto, acabou ganhando uma função a mais, que o levou inclusive a ficar popularmente conhecido como “chip da beleza”. O potencial do dispositivo no ganho de massa muscular e na eliminação de celulite foram responsáveis pela fama do “chip”.
Faltam estudos sobre riscos do ‘chip’ Apesar dos benefícios que promete, há muita polêmica envolvendo o “chip da beleza”. O CFM (Conselho Federal e Medicina) não recomenda o uso de implantes hormonais para finalidades estéticas por considerar que faltam evidências científicas sobre benefícios, riscos e malefícios que trazem à saúde. Além disso, a gestrinona, não tem registro válido para fabricação no Brasil, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso significa que nenhum fabricante comprovou, perante o órgão, a segurança e a eficácia dessa substância.
A gestrinona tem ação androgênica, isto é, faz com que os níveis de testosterona (hormônio masculino) aumentem no corpo da mulher, podendo causar alguns efeitos colaterais, como crescimento de pêlos, oleosidade da pele, acne, e, dependendo da dose e do tempo de administração, aumento do clitóris e engrossamento da voz.
No longo prazo e dependendo da dose, os implantes podem aumentar o risco cardíaco, agravar o risco de trombose e embolia, resistência à insulina, diabetes, além de predisporem ao surgimento de tipos de câncer hormônio-dependentes.
Cabe ao médico levar essa informação de uma maneira clara para sua paciente. Sabemos dos direitos e decisões de cada um, mas o médico precisa esclarecer, dizendo o que é possível e o que é correto, para não expor a riscos desnecessários, inclusive, os riscos de vida.
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