O pré-natal começa antes da gravidez

Ginecologista Dra. Claudiani Branco fala sobre o pré-naal começar antes da gravidez.  Imagem: Mustafa Omar on Unsplash.

As consultas de pré-natal devem começar tão logo a mulher deseje engravidar. É nessa consulta que a futura gestante vai tirar suas dúvidas e verificar se tem alguma doença prévia ou condição que possa oferecer risco à sua gestação e ao seu bebê. Boa parte dessas condições, se verificadas previamente, podem ser corrigidas e garantem tranquilidade para a futura mamãe.

Hoje são preconizadas no mínimo seis consultas pré-natais ao longo da gravidez, mas o ideal é que haja consultas mensais até o sétimo mês de gestação, depois quinzenais e, chegando perto do parto, após o oitavo mês, essas consultas devem se tornar semanais.

Como o pré-natal contempla possíveis intercorrências, é uma proteção para a saúde da mulher. A gravidez é uma condição especial e, por isso, o pré-natal pode ser dividido em dois tipos: o acompanhamento de baixo risco e o acompanhamento de alto risco – não existe o risco zero!

Como é a consulta pré-natal?

Durante a consulta pré-natal, o ginecologista irá fazer um exame clínico, verificar batimentos cardíacos do bebê e pressão arterial, peso da paciente e acompanhar as queixas comuns da gravidez, estando atento às condições externas, ao histórico da paciente e às mudanças relatadas.

O mínimo indicado são dois exames de ultrassom: um logo no início da gestação, no primeiro trimestre e o outro, entre 20 e 24 semanas. Esses exames conferem se há alterações no desenvolvimento do feto.

Exames de sangue também são solicitados para o controle da glicemia, afastando riscos de diabetes gestacional e para verificação de doenças infecto-contagiosas, como sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C, rubéola e HIV. Essas doenças devem ser observadas, pois podem levar a sequelas para o bebê.

O médico também avalia as vacinas que devem ser feitas, como a contra o vírus influenza, que tem campanha nacional na rede pública todos os meses de maio.

Agora você é puérpera

Após o parto, a paciente, agora chamada de puérpera, continua tendo que fazer consultas no ginecologista, principalmente com a preocupação da anticoncepção, já que uma gravidez indesejada pode acontecer. A periodicidade irá depender de como está a saúde da mãe após o parto e sua adaptação à nova vida.

Sobre Amamentação

Embora a amamentação proteja a mãe de uma nova gravidez, ela não tem 100% de segurança e métodos anticoncepcionais devem ser introduzidos de acordo com a avaliação do médico, em consonância com o casal. As mães que não amamentam, em geral, voltam a ovular em 45 dias após o parto.

Volta à Forma física

Outra preocupação das novas mamães é com a volta à forma física. Por isso, nas consultas são discutidas a dieta da paciente, especialmente a que amamenta, o repouso moderado, principalmente nos casos em houve o parto por cesárea e o retorno à atividade física.

As mortalidades materna e fetal estão diretamente ligadas à qualidade do pré-natal, por isso, nenhuma mãe ou futura mãe pode deixá-lo de lado.

Se você tem mais dúvidas, converse comigo através dos canais abaixo:

Como é a consulta com o ginecologista?

Olá meninas! Vejo algumas mulheres que gostariam de saber como são as consultas e os exames no consultório. Coloquei aqui algumas informações que podem ajudar.

Os exames no consultório são fundamentais para a prevenção de doenças e cuidado da saúde sexual e reprodutiva da mulher. A consulta ginecológica deve ser realizada uma vez ao ano, no mínimo.

Os exames que podem ser realizados no consultório ginecológico são:

  • Toque vaginal;
  • Exame especular;
  • Exame clínico das mamas;
  • Papanicolau;
  • Colposcopia;
  • Vulvocospia;
  • Videocolposcopia. 

Toque Vaginal:

Exame realizado para analisar principalmente a vagina, o colo e o corpo do útero. O médico ginecologista introduz dois dedos na vagina e, ao mesmo tempo, coloca a outra mão sob o abdômen. Assim, pode sentir o colo do útero, e por meio de movimentos de ambas as mãos examinam-se o útero, as trompas e os ovários. É fundamental para o diagnóstico de endometriose e da doença inflamatória pélvica. Mulheres virgens não podem realizar esse exame.

Exame especular:

Introduz-se um espéculo no canal vaginal para avaliar a cor e aspecto da vagina e do colo do útero (se há lesões, inflamações); presença de corrimento; e presença de hemorragias. O ideal é utilizar um espéculo descartável.

Exame clínico das mamas:

Realizado para examinar as mamas, a fim de encontrar sinais e sintomas de doenças. O médico repete os mesmos procedimentos realizados pela paciente no autoexame das mamas.

Papanicolau:

Através do material colhido no Papanicolau, é possível analisar células da vagina para detectar inflamações, displasias e doenças como HPV e o câncer de colo do útero. No exame, o médico ginecologista realiza a coleta de material (células e secreções) e encaminha para um laboratório.

Colposcopia:

Permite visualizar a vagina e o colo do útero por meio de um aparelho chamado colposcópio. Esse aparelho permite o aumento da visualização de 10 a 40 vezes o tamanho normal. É realizado fora do período menstrual. Para a realização desse exame, recomenda-se a abstinência sexual por 48 horas. Durante este exame são usados produtos químicos para realçar as áreas que serão examinadas. É indicada para mulheres que apresentam resultado anormal no Papanicolau.

Vulvocospia:

É realizada com o colposcópio, por meio do qual é examinada a Vulva.

O ideal no momento da consulta é não estar menstruada, a não ser que o motivo da consulta seja alguma sangramento anormal.

Importante!

O ginecologista nada mais é que um médico clínico da mulher, muitas vezes é ele quem descobre alguma patologia de outra especialidade, encaminhando ao especialista que dará continuidade ao tratamento, seja com medicamentos ou cirurgias.

Por isto que é necessário que haja muita empatia entre paciente e ginecologista, pois este profissional se torna um confidente dos problemas que as mulheres possam ter.

E então, já foi ao seu ginecologista este ano? Agende uma consulta:

Atendimento por Telemedicina

Olá, tudo bem? Tenho novidades sobre o meu atendimento clínico! Agora, além da consulta presencial que você já conhece, também tenho consultas por telemedicina para determinadas situações, como a escolha de métodos anticoncepcionais e a análise de resultados de exames laboratoriais.

Claro que, dependendo do caso, a consulta presencial ainda permanecerá como opção preferencial, mas para situações menos complexas, especialmente as que não requeiram exames ginecológicos, a consulta por telemedicina poderá ser agendada da mesma forma que a presencial, pelo telefone (11)2959-2611, whatsApp +55(11)2950-9085 ou pelo meu formulário de contato.

Sinta-se acolhida pela forma de consulta que mais se adequar a você, com total qualidade e carinho que você merece, mas agora com mais conveniência e comodidade.

O câncer de mama e a mamografia

Sempre destaco a importância da prevenção ao Câncer de Mama, que é a multiplicação desordenada das células, gerando um tumor maligno. Sem uma causa definida, está associado a fatores diversos, como idade, hormônios, comportamento (estilo de vida) e genética.

Câncer de Mama

Nossas grandes armas na prevenção do câncer são o acompanhamento médico regular e a mamografia.

A mamografia é um exame feito em um aparelho que “aperta” a mama por alguns instantes e tira um raio-x, detectando qualquer tumor menor que 1 cm (aqueles não palpáveis). A mamografia já ajudou muitas mulheres a descobrirem o problema no início, dando maior chance de recuperação e cura.

A mamografia

Quem deve fazer a mamografia? Mulheres a partir dos 40 anos de idade, ou mulheres que possuem histórico da doença entre familiares (mães, irmãs, filhas). Hoje a mamografia é necessária até os 69 anos de idade, após a qual outros exames devem ser feitos.

Se mantenham saudáveis, visitem seu médico regularmente!