As vitaminas para gestantes são suplementos vitamínicos que são indicadas para auxiliar no melhor desenvolvimento do feto e nos cuidados com a saúde da gestante até o momento do parto.
O que São Vitaminas Para Gestantes?
As vitaminas para gestantes são suplementos de vitaminas criados para auxiliar durante esse período em que é necessária uma melhor alimentação e hábitos mais saudáveis. As vitaminas além de auxiliar no desenvolvimento do feto, tem extrema importância no desenvolvimento cerebral, de ossos e tecidos do bebê além de colaborar no controle de uma gestação saudável até a hora do parto. São recomendadas pelo obstetra logo na primeira consulta do pré-natal e são de extrema importância principalmente no primeiro trimestre da gestação, devendo ser ingerida até o final da gravidez.
Quais Vitaminas Tomar na Gravidez?
Cada vitamina é responsável por uma função e responsável por benefícios diferentes, porém algumas delas tem extrema importância no desenvolvimento adequado do feto evitando más formações, como é o caso do desenvolvimento do tubo neural que é de responsabilidade da vitamina B6. Vejamos quais são elas:
Acido Fólico – Essa vitamina é fundamental para o desenvolvimento do cérebro, para formação da coluna e medula espinhal e para precaver má formação no tubo neural do bebê. É indicado o consumo antes mesmo de engravidar, dessa forma evitando a deficiência desse importante nutriente.
Cálcio – O cálcio é fundamental para a formação dos ossos do feto, além de auxiliar na manutenção da pressão sanguínea e na coagulação do sangue. Controla também a contração muscular e age ativamente na produção do leite materno.
Ferro – O ferro é muito importante até mesmo antes de se engravidar, pois é responsável pela produção de hemoglobina que carrega oxigênio para as células do corpo e mantem o sistema imunológico em perfeito funcionamento. Já na gravidez devido ao aumento na quantidade de sangue o ferro se encarregará de aumentar a produção da hemoglobina, e auxiliar no desenvolvimento do feto além de prevenir o desenvolvimento de anemia na mulher, que poderá levar a parto prematuro e a um bebê de baixo peso.
Vitamina D – A vitamina D é uma das responsáveis pela preservação dos ossos e o funcionamento do metabolismo além de auxiliar no desenvolvimento muscular e de nervos. Atua também na prevenção da coagulação sanguínea e garante o bom crescimento celular no corpo.
Zinco – O zinco é responsável pela produção de tecidos no corpo do feto e pela formação das células de DNA.
Vitamina B6 – A vitamina B6 é de extrema importância na formação do feto e age na precaução de más formações. Auxilia no controle de enjoos durante a gravidez, pois é responsável pelo controle hormonal da mulher.
Vitamina C – Vitamina responsável pelo melhor funcionamento do organismo, atua na saúde da pele e gengivas. Auxilia na melhor absorção do ferro no organismo, colaborando para melhor crescimento dos ossos.
Ômega 3 – O ômega 3 auxilia na produção de prostaglandinas responsáveis pelo controle da pressão sanguínea e da coagulação. Atua no desenvolvimento neurológico e visual do feto e atua na precaução de pré-eclâmpsia e parto prematuro.
Visite seu ginecologista para maiores orientações! Agende uma consulta pelos canais abaixo:
A organização mundial de saúde (OMS) define parto normal como se tratando do momento do nascimento do bebé de forma natural, ou seja, aquele que começa espontaneamente, de baixo risco e assim se mantém até terminar. O recém-nascido nasce espontaneamente, de cabeça para baixo e normalmente entre as 37 e as 42 semanas de gestação.
Como calcular a data provável do parto?
A data provável do parto pode ser calculada da seguinte forma:
Idade gestacional cronológica: definida a partir da data da última menstruação; quando a menstruação é regular (certa) começamos a datar a gravidez a partir do primeiro dia da última menstruação (DUM). A data provável do parto é calculada somando 40 semanas (280 dias) a partir desta data (DUM).
Pode-se usar a regra de Naegele para fazer a datação do parto (DPP). Soma-se 7 dias ao dia da última menstruação e tira-se 3 meses. Exemplo: DUM 7/5/2021 DPP 14/2/2022
Depois, a data provável do parto deve ser revista com os dados da ecografia inicial.
Idade gestacional efetiva: definida pelo comprimento craniocaudal (CRL) na ecografia do 1º trimestre. A partir daqui mantém-se inalterável ao longo da gravidez.
Quando a gravidez resulta de técnicas de reprodução assistidas, a idade gestacional é calculada utilizando a idade do embrião no dia da transferência (2 semanas).
Quando o início da vigilância é tardio, devem ser usados dados da história clínica (padrão menstrual e altura uterina) e dados ecográficos (biometrias fetais) para cálculo aproximado da idade gestacional.
Trabalho de parto
O trabalho de parto é uma combinação de fenómenos fisiológicos que uma vez postos em marcha conduzem à dilatação e extinção do colo do útero, à progressão do feto através do canal de parto e à sua expulsão para o exterior, culminando com a expulsão da placenta.
É possível identificar alguns sinais e sintomas de que o trabalho de parto se aproxima, a saber:
Contrações uterinas inicialmente indolores (contrações de Braxton-Hicks) que vão ficando cada vez mais frequentes e fortes;
Dores e pressão nas virilhas que são devidas à descida do feto na pélvis;
Aumento da secreção vaginal (muco vaginal em maior quantidade e mais espesso);
Saída do tampão mucoso;
Diminuição dos movimentos do feto.
Tipos de parto: eutócico, distócico
Podemos identificar dois tipos de parto:
Parto eutócico – designa-se por parto eutócico quando o nascimento do bebé ocorre por via vaginal sem qualquer intervenção instrumental durante o parto (veja o tipo de instrumentais abaixo). Este tipo de parto divide-se em 3 estágios:
1º estágio: vai desde a instalação das contrações uterinas regulares à dilatação completa do colo. Há extinção e dilatação do colo uterino.
2º estágio: vai desde a dilatação completa do colo à expulsão do feto. É denominado de período expulsivo.
3º estágio: inicia-se após a expulsão do feto e termina após a expulsão da placenta e membranas fetais. É o período da dequitadura.
Parto distócico – designa-se por parto distócico quando é realizado, em algum momento, uso de instrumentos para facilitar o parto.
Parto vaginal instrumentado (ventosa, fórceps ou espátula);
Parto por cesariana.
Cuidados antes do parto
Para avaliar se a grávida está a entrar em trabalho de parto, normalmente, faz-se o toque vaginal para avaliar se existe dilatação ou extinção do colo do útero.
É realizada uma cardiotocografia (traçado). Esta avalia se a grávida tem contrações uterinas e simultaneamente observa o bem-estar fetal através do registo da frequência cardíaca do feto.
A ecografia obstétrica complementa a avaliação do bem-estar fetal através da avaliação do peso e dinâmica fetal, quantidade de líquido amniótico e doppler fetal.
O que são contrações?
As contrações uterinas resultam do encurtamento e relaxamento do músculo do útero e que levam ao endurecimento do ventre materno.
Elas normalmente são dolorosas provavelmente por hipóxia do músculo ou estiramento do colo do útero durante a dilatação. São involuntárias pois pace-makers iniciam a contração e o impulso é propagado através de gap junctions. E são rítmicas, de intervalos variáveis e intercaladas por períodos de relaxamento.
O intervalo entre as contrações diminui gradualmente desde cerca de 10 minutos no início do parto até cerca de 1 minuto durante a expulsão do feto.
Controle da dor, analgesias de parto
A dor do parto é bastante variável de mulher para mulher. A dor de parto pode ser ligeira a moderada para algumas mulheres, enquanto para outras pode ser uma dor muito forte, intensa e por vezes insuportáveis.
O uso da anestesia no parto vaginal é possível de ser realizada, reduzindo muito a quantidade de dor no trabalho de parto. O uso de anestesia não provoca qualquer efeito no feto e ajuda a manter a grávida tranquila.
No parto normal a mulher pode escolher se quer ou não receber a anestesia, basta que ela apresente o desejo ao seu médico.
A anestesia pode ser ministrada em qualquer fase do trabalho de parto. O uso da anestesia em qualquer fase depende da vontade da grávida.
No parto vaginal, a anestesia mais usada é a epidural. A anestesia epidural tira a sensibilidade da dor apenas da cintura para baixo e por isso desaparecem as dores das contrações. O desaparecimento da dor não interrompe as contrações, ou seja, elas continuam a ocorrer normalmente durante o trabalho de parto. Quando utilizada a anestesia é aplicada entre a 3ª e a 4ª vertebra da coluna lombar através de uma agulha fina e injetam o líquido (fármaco anestésico) no espaço peridural. O uso da anestesia em certas doses acaba por condicionar mais a grávida à cama. Contudo, a mulher pode receber uma dose que alivie a dor e ao mesmo tempo permita que a grávida se levante e caminhe para ajudar na evolução do parto.
Algumas mulheres não querem fazer anestesia epidural no parto e preferem controlar a dor de forma mais natural através de exercícios de respiração, exercícios e massagens corporais, banhos em água quente, acunpuntura ou medicação apenas endovenosa.
Como induzir o trabalho de parto e em qual situação?
O parto normal poderá ser induzido quando o trabalho de parto não se iniciou sozinho e é necessário intervir, pelo bem-estar da saúde da mãe e do bebé. O parto vaginal induzido não deixa de ser um parto natural!
Normalmente, a intervenção é realizada quando a gravidez ultrapassou as 41 semanas, houve rotura de membranas e as contrações não começaram em 24 horas, a Mãe é hipertensa ou diabética, ou ainda quando há diminuição de líquido amniótico (oligoâmnios).
O método utilizado para induzir o parto depende das condições do colo do útero. Quando o colo do útero é favorável utiliza-se a perfusão endovenosa com ocitocina. Quando é desfavorável usam-se dispositivos com prostaglandinas que podem ser vaginais ou orais.
Vantagens do parto normal
O parto normal ou natural tem mais vantagens em relação aos outros tipos de parto. E quanto mais natural for, com o menor número de toques vaginais, manobras ou episiotomia (corte do períneo para evitar lacerações vaginais), melhor! Mas nem sempre é possível e todos os trabalhos de parto são diferentes! O ideal é ter um parto o mais humanizado possível!
O parto normal ou natural tem muitas vantagens em relação ao parto por cesariana, a saber:
Menor risco de infecção;
Menor tempo de internação (normalmente 48 horas);
Tempo de recuperação menor;
Os riscos com complicações anestésicas são menores;
O útero volta ao tamanho natural mais rapidamente;
Aumenta os hormônios responsáveis pelo bem-estar;
Os laços afetivos ocorrem de maneira mais intensa e rápida.
Entretanto, não é apenas para as mães que o parto normal oferece diversos benefícios, mas para o bebé também, alguns deles são:
Mais tranquilidade;
Maior receptividade ao toque;
Maior facilidade para respirar (ao passar pelo canal de parto, o tórax é comprimido, fazendo com que os líquidos de dentro do pulmão sejam naturalmente expelidos);
Mais atividade ao nascer (antes de ter o cordão umbilical cortado, o bebé consegue achar a mama da mãe sem auxílio de terceiros).
Recuperação após o parto
A recuperação após o parto normal é muito rápida. Nas primeiras 2 horas após o parto é necessário fazer repouso e uma vigilância mais rigorosa, mas se estiver tudo bem após esse período já pode iniciar o levante e fazer uma vida normal.
Durante a internação a involução uterina é avaliada pela consistência e pelo tamanho do útero. Os lóquios (sangramento no pós-parto) devem ser observados, no sentido de despistar perdas hemáticas abundantes ou cheiro fétido.
A mobilização precoce (nas primeiras 6 a 8 horas após o parto) deve ser promovida, uma vez que diminuiu a incidência de fenómenos tromboembólicos e melhora o trânsito intestinal.
Quanto ao ingurgitamento mamário, ocorre geralmente entre as 24-72 horas após o parto e pode acompanhar-se de desconforto significativo. Habitualmente, resolve-se em poucos dias sem necessidade de medicação.
A hemorroida é muito frequente no pós-parto. Se forem sintomáticas, devem ser devidamente tratadas: gelo local, venotrópicos e antihemorroidários tópicos e analgésicos.
Às puérperas RH negativas com recém-nascido RH positivo devem ser administradas imunoglobulina anti-D. Nas mulheres não imunizadas contra a rubéola o pós-parto é a altura ideal para se proceder à respectiva vacinação.
A alta hospitalar deve ser dada, regra geral, 48 horas após o parto.
Recomendações na alta
As principais recomendações após a alta são:
A mãe deve manter uma dieta rica em cálcio (principalmente aquelas que amamentam);
Tomar ferro oral pode ser útil para compensar as perdas hemáticas após o parto;
A atividade física deve ser retomada de forma gradual;
As relações sexuais podem ser reiniciadas após a cessação do lóquios, desde que não provoquem desconforto ou dor e tenham decorrido, pelo menos 2 a 3 semanas após o parto;
É normal no primeiro mês após o parto haver alterações de humor, irritabilidade, labilidade emocional, ansiedade, insónia, crises de choro. Normalmente, é uma situação transitória que normalmente desaparece ao final de 2 semanas. Se se prolongar por muito mais tempo o melhor é procurar ajuda pois podemos estar perante uma depressão pós-parto;
É habitual haver uma queda de cabelo mais exuberante até aos 6 meses após o parto;
Importância de não esquecer a consulta do puerpério, que deve ser realizada entre a 4ª a 6ª semana após o parto;
Importância do teste do pezinho que é realizado no recém-nascido no 3º dia de vida e da primeira consulta que deve ser feita aos 15 dias de vida.
Contraceptivos, menstruação no pós-parto
A mulher que amamenta normalmente tem ciclos anovulatórios e por isso normalmente não menstrua. De qualquer forma a amamentação é um método de contracepção muito falível e por isso devem ser usados métodos contraceptivos eficazes no pós-parto:
Métodos de barreira;
Métodos hormonais apenas com progestativo: progestagénio oral contínuo (chamada pílula da amamentação) ou implante subcutâneo. Devem ser iniciados na 3º a 4ª semana após o parto;
Métodos hormonais estroprogestativos: só devem ser iniciados em mulheres que não amamentam e apenas na 4ª semana após o parto;
Dispositivos intrauterinos: podem ser colocados imediatamente após o parto, mas as taxas de expulsão são maiores. A altura ideal de colocação é entre a 4ª a 6ª semana após o parto.
Tem mais dúvidas sobre o parto normal? Agende uma consulta através dos canais abaixo:
O partograma é um documento oficial que deve ser preenchido a partir do momento que a gestante entra em trabalho de parto. Como o partograma é parte do prontuário, ele deve ser corretamente preenchido e aberto na hora correta.
Mas como sabemos isso? Existem dois critérios importantes para determinar o trabalho de parto: dilatação de pelo menos 3 centímetros e pelo menos 2 contrações efetivas.
Como preencher um partograma.
O partograma compreende 4 partes, que devem ser preenchidas de hora em hora, ou quando a gestante for reavaliada.
Identificação da paciente
A primeira parte é a identificação da paciente. Cada serviço pode ter um cabeçalho especificado, mas normalmente temos o nomecompleto, documento/atendimento, idade da gestante e idade gestacional.
Dilatação e altura do feto
A segunda parte refere ao acompanhamento da dilatação e a altura do feto, duasinformações que devem ser anotadas a cada toque vaginal que for realizado. O preenchimento é feito a partir da esquerda para a direita e além das outras duas informações, é necessário anotar a hora real e/ou a hora de registro.
Vamos ver o que cada símbolo significa:
• O triângulo é referente a dilatação e está correlacionado com a escala à esquerda.
• Já o círculo representa a altura do feto, respeitando os planos de De Lee ou de Hodge.
Temos também duas linhas: a linha de alerta e a linha de ação. Elas podem estar presentes ou não no partograma, se não estiverem será de responsabilidade de quem abre o partograma desenhá-las.
Ambas estão em um ângulo de 45 graus e devem estar espaçadas em 4 quadrados. E a linha de alerta deve começar na segunda hora do partograma.
● Linha de Alerta: o trabalho de parto deve acompanhar a linha, por isso, se a representação do parto ultrapassar essa linha, devemos prestar atenção.
● Linha de Ação: mostra a necessidade de intervenção, não necessariamente cesárea!
Batimentos Fetais
A terceira parte é o registro de Batimentos Fetais e deve ser marcado apenas com um ponto na frequência que o feto apresenta no momento do exame.
Em seguida, há o registro das contrações. Para as contrações efetivas, deve-se preencher todo o quadrado. Se elas não forem efetivas, mas durarem entre 20 e 39 segundos, pinta-se apenas metade do quadrado, traçando uma linha na diagonal. O número de quadrados que pintar, representa a quantidade de contrações em 10 minutos.
Uso (ou não) de ocitocina, aspecto do líquido amniótico e aspecto da bolsa
A quarta e última parte, é onde será anotado se há ou não uso de ocitocina, o aspecto do líquido amniótico e o aspecto da bolsa.
• BOLSA: A bolsa pode estar íntegra (I) ou rota (R)
• LÍQUIDO AMNIÓTICO (LA): o líquido pode ser claro (LC) ou meconial (LM). Lembrando que apenas com o rompimento da bolsa é possível avaliar o líquido amniótico.
• OCITOCINA: é importante marcar a dose que está sendo utilizada
O partograma faz parte do prontuário médico, portanto ao preencher uma coluna (correspondente a uma hora) o examinador deve assinar, indicando que ele realizou o exame.
A ultrassonografia obstétrica usa ondas sonoras para produzir imagens de um bebê (embrião ou feto) que está dentro de uma mulher grávida. Também é possível visualizar o útero e os ovários da mãe.
O ultrassom não usa radiação ionizante, não tem efeitos prejudiciais conhecidos e é o método preferido para monitorar mulheres grávidas e seus bebês em gestação.
Preparação da gestante para o exame
Este procedimento não requer preparação especial.
Uma vez que apenas a área abdominal inferior precisa ser exposta para este exame, você pode usar uma roupa folgada de duas peças.
Fatores como batimentos cardíacos fetais e malformações podem ser avaliados e as medições podem ser feitas com precisão nas imagens exibidas na tela.
Tais medidas formam a pedra angular na avaliação da:
idade gestacional;
tamanho;
crescimento do feto.
A forma como é feito o ultrassom obstétrico pode exigir uma bexiga cheia quando a varredura abdominal é feita no início da gravidez. Com isso, pode haver algum desconforto devido à pressão na região.
O gel condutor não mancha, mas pode dar a sensação de frio e umidade. Não há nenhuma sensação vinda das ondas de ultrassom.
Por que o Ultrassom é usado na gravidez?
Não se trata, apenas, de um momento emocionante no qual você tem o primeiro contato visual do seu filho. O Ultrassom Obstétrico é feito dentro do Pré-Natal, várias vezes ao longo das semanas de gestação, com o objetivo de:
garantir que a saúde do bebê e da gestante esteja em ordem;
diagnosticar alterações de uma série de características do seu bebê e mais.
Atualmente, a forma como é feita a Ultrassonografia Obstétrica é considerada uma investigação segura, não invasiva e precisa.
Tornou-se progressivamente uma ferramenta obstétrica indispensável e desempenha um papel importante no cuidado de toda mulher grávida.
Os principais usos da Ultrassonografia Obstétrica são:
1. Diagnóstico e confirmação da gravidez
O saco gestacional pode ser visualizado a partir de 4 semanas e meia de gestação e o saco vitelino em cerca de 5 semanas.
O ultrassom também é muito importante para confirmar que a gravidez está dentro da cavidade do útero.
2. Sangramento vaginal no início da gravidez
Um outro uso comum do ultrassom é para casos de sangramento.
Uma vez que o batimento cardíaco é detectado pela ultrassonografia entre a 6ª e 7ª semana, mesmo que ocorra um sangramento, é possível verificar se está tudo em ordem com o feto.
A frequência cardíaca fetal tende a variar com a idade gestacional nas primeiras fases da gravidez. A frequência cardíaca normal na 6ª semana é de cerca de 90-110 batimentos por minuto (bpm) e na 9ª semana é de 140-170 bpm.
3. Determinação da idade gestacional e avaliação do tamanho do feto
As medidas corporais fetais refletem a idade gestacional do feto. Isto é particularmente verdadeiro no início da gestação.
Em pacientes com último período menstrual incerto, tais medidas devem ser feitas o mais cedo possível na gravidez para se chegar a uma data correta para o paciente.
Na última parte da gravidez, a medição dos parâmetros corporais permitirá a avaliação do tamanho e do crescimento do feto e ajudará muito no diagnóstico e no manejo do retardo do crescimento intrauterino (RCIU). As seguintes medições são geralmente feitas:
O comprimento da coroa-nádega (CRL): feita entre 7 e 13 semanas e fornece uma estimativa muito precisa da idade gestacional.
O diâmetro biparietal (DBP): é o diâmetro entre os dois lados da cabeça. Isso é medido após 13 semanas.
O comprimento do fêmur (FL): mede o osso mais longo do corpo e reflete o crescimento longitudinal do feto.
A circunferência abdominal (CA): a medida mais importante a ser feita no final da gravidez. Ele reflete mais o tamanho e o peso fetal do que a idade. Medições em série são úteis no monitoramento do crescimento do feto.
4. Diagnóstico de malformação fetal
A maneira como é feita a Ultrassonografia Obstétrica permite ao médico encontrar alterações estruturais que o feto possa vir a ter.
Elas podem ser diagnosticadas de forma confiável por meio de um ultrassom, e geralmente podem ser feitas antes de 20 semanas.
Exemplos comuns de malformação incluem:
hidrocefalia;
anencefalia;
mielomeningocele;
acondroplasia e nanismo;
espinha bífida e mais.
Com equipamentos mais recentes, condições como fissura labiopalatina e alterações cardíacas congênitas são mais prontamente diagnosticadas e em uma idade gestacional mais precoce.
Os marcadores ultrassônicos “soft” indicam diferenças cromossômicas, como síndrome de Down.
A ultrassonografia ainda pode auxiliar em outros diagnósticos pré-natal.
5. Localização placentária
A ultrassonografia tornou-se indispensável na localização da placenta e na determinação de suas bordas inferiores.
Outras alterações placentárias em condições como diabetes, hidropisia fetal, isoimunização de Rh e retardo grave do crescimento intrauterino, também podem ser avaliadas.
6. Gravidez múltipla
Nessa situação, a ultrassonografia é inestimável na determinação de:
número de fetos;
corionicidade;
apresentações fetais,
presença de placenta prévia e outras análises.
7. Volume do líquido amniótico
Por meio do ultrassom obstétrico é possível medir a quantidade excessiva ou diminuída de líquido amniótico.
Ambas as condições podem ter efeitos adversos no feto. Nos dois casos, uma Ultrassonografia Obstétrica cuidadosa deve ser feita para excluir o retardo do crescimento intraútero e a malformação congênita no feto.
A ultrassonografia também é de grande valor em outras condições obstétricas que devem ser discutidas com o médico que está acompanhando o pré-natal.
Tem mais dúvidas sobre você e seu bebê? Fale comigo pelos canais abaixo:
A embolia de líquido amniótico é uma síndrome clínica de hipóxia, hipotensão e coagulopatia resultante da entrada de antígenos fetais na circulação materna.
A embolia de líquido amniótico é uma emergência obstétrica rara, com ocorrência estimada em 2 a 6/100.000 gestações. Ela geralmente ocorre durante a gestação tardia, mas pode ocorrer durante a interrupção de uma gestação no 1º ou 2º trimestre.
Embora as estimativas de mortalidade variem amplamente (de cerca de 20 a 90%), a síndrome apresenta claramente um risco significativo, e de mulheres que morrem de repente durante o trabalho de parto, o embolismo de líquido amniótico é uma das causas mais prováveis. A sobrevida depende do reconhecimento na fase inicial e instituição imediata do tratamento.
Fisiopatologia
O termo “embolia” do líquido amniótico consagrado implica um distúrbio principalmente mecânico, obstrutivo, como ocorre no tromboembolismo ou embolia aérea. Mas como o líquido amniótico é completamente solúvel no sangue, ele não pode causar obstrução. Além disso, as pequenas quantidades de células fetais e fragmentos de tecido que podem acompanhar o líquido amniótico na circulação materna são muito pequenos para obstruir de maneira mecânica e suficiente a árvore vascular pulmonar a fim provocar alterações hemodinâmicas acentuadas que ocorrem nessa síndrome.
Em vez disso, pensa-se atualmente que a exposição a antígenos fetais durante o parto ativa mediadores pró-inflamatórios, que desencadeiam uma cascata inflamatória impressionante e liberam substâncias vasoativas (p. ex., noradrenalina) semelhantes à síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) que ocorre na sepse e choque séptico.
A resposta inflamatória provoca danos aos órgãos, especialmente pulmões e coração, e desencadeia a cascata de coagulação, resultando em coagulação intravascular e disseminada. A hipóxia e hipotensão materna resultantes têm efeitos profundos negativos sobre o feto.
Como a exposição materna aos antígenos fetais é provavelmente bastante comum durante o trabalho de parto e o parto, não está claro por que apenas algumas mulheres desenvolvem embolia de líquido amniótico. Considera-se que os diferentes antígenos fetais em quantidades variáveis provavelmente interagem com fatores de susceptibilidade materna desconhecidos.
Fatores de risco
Muitos fatores estão associados a um risco aumentado de embolia por líquido amniótico, mas as evidências são inconsistentes. Assim como acontece com a exposição a antígenos fetais, muitos dos fatores de risco são comuns ou pelo menos muito mais prováveis do que a embolia de líquido amniótico, e não há um bom entendimento fisiopatológico da razão por que apenas algumas mulheres com fatores de risco desenvolvem a síndrome. Mas geralmente considera-se que o risco é maior por causa dos seguintes:
Parto cesariana
Idade materna avançada
Gestação gemelar
Descolamento prematuro de placenta
Trauma abdominal
Placenta prévia
Ruptura uterina
Lacerações cervicais
Parto com fórceps
Polidrâmnios
Indução de parto
Sinais e Sintomas
A embolia de líquido amniótico costuma se manifestar durante e logo após o parto. O primeiro sinal pode ser parada cardíaca súbita. Outras pacientes podem subitamente desenvolver dispneia e apresentar taquicardia, taquipneia e hipotensão. Insuficiência respiratória, com cianose significativa, hipóxia e crepitações pulmonares, muitas vezes sucedem-se rapidamente.
A coagulopatia se manifesta como sangramento do útero e/ou locais das incisões e venipuntura( punção de uma veia).
Hipoperfusão uterina causa atonia uterina e sofrimento fetal.
Diagnóstico
Avaliação clínica
Exclusão de outras causas
Suspeita-se do diagnóstico da embolia de líquido amniótico quando a tríade clássica se desenvolve durante o trabalho de parto ou logo após o parto:
Hipóxia súbita
Hipotensão
Coagulopatia
O diagnóstico é clínico e excluindo outras causas dos seguintes:
Parada cardíaca súbita em mulheres jovens (p. ex., dissecção da artéria coronária, doença cardíaca congênita)
Coagulopatia (p. ex., sepse , hemorragia pós parto, atonia uterina)
A autópsia pode detectar células escamosas fetais e cabelo na circulação pulmonar, mas esse resultado não confirma o diagnóstico. Células fetais são às vezes detectadas em pacientes que não têm embolia por líquido amniótico.
Tratamento
O tratamento da embolia de líquido amniótico é de suporte. Há indicação de transfusão de hemácias (conforme necessário para repor o sangue perdido), plasma fresco congelado e fatores da coagulação (como indicado para reverter a coagulopatia), além de suporte ventilatório e circulatório, com inotrópicos positivos conforme necessário. O fator recombinante VIIa não deve ser utilizado rotineiramente, mas pode ser administrado a mulheres que continuam a sangrar muito apesar do uso de outros fatores de coagulação. O parto cirúrgico imediato pode melhorar o desfecho materno e pode ser crucial para a sobrevivência do feto em uma idade gestacional viável.
Se você tem mais dúvidas sobre esse assunto, converse comigo nos canais abaixo:
Para calcular a data provável do parto, que deverá ser por volta das 40 semanas depois da DUM (data da última menstruação) é necessário acrescentar 7 dias à DUM, depois contar 3 meses pra trás e depois colocar o ano seguinte.
Por exemplo, se a DUM foi o dia 11 de Março de 2018, ao somar 7 dias, o resultado é 18 de Março de 2018, e a seguir diminui 3 meses o que significa 18 de Dezembro de 2017 e acrescenta mais 1 ano. Por isso neste caso a Data Prevista do Parto é 18 de Dezembro de 2018.
Este cálculo não dá a data exata do nascimento do bebê porque o bebê pode nascer entre as 37 e as 42 semanas de gestação, no entanto, a mãe já fica informada da época provável do nascimento do bebê.
Se tem dúvidas quanto ao seu bebê, converse diretamente comigo pelos canais abaixo:
As contrações de Braxton Hicks, também conhecidas como contrações de treinamento ou falso trabalho de parto, são contrações uterinas que podem ser percebidas habitualmente a partir do terceiro trimestre de gravidez.
Apesar de frequentemente causarem alguma apreensão na grávida, essas contrações são inocentes, não provocam mal ao bebê e não têm nenhuma relação como o início do trabalho de parto.
As contrações de Braxton Hicks foram descritas pela primeira vez em 1872, pelo médico John Braxton Hicks, e são consideradas uma forma do útero “treinar” para o momento do parto; elas não são contrações expulsivas e, portanto, não acarretam em risco de parto prematuro. Nenhuma gestante entra em trabalho de parto devido as contrações de Braxton Hicks.
As contrações de treinamento já podem estar presentes desde o primeiro trimestre de gravidez, porém, na maioria dos casos, elas são discretas e a grávida só passa realmente a percebê-las a partir do final do segundo trimestre. À medida que a gravidez avança, as contrações de Braxton Hicks tendem a se tornar cada vez mais comuns, estando presentes até as suas últimas semanas da gestação.
As contrações de Braxton Hicks são curtas e ocorrem em intervalos irregulares e imprevisíveis. Situações triviais podem desencadeá-las, tais como aumento da atividade por parte da mãe ou do bebê, palpação do abdômen, relações sexuais, desidratação ou ter a bexiga cheia.
DIFERENÇAS ENTRE AS CONTRAÇÕES DE BRAXTON HICKS E AS CONTRAÇÕES DO PARTO
Umas das diferenças mais marcantes entre as contrações de Braxton Hicks e as contrações do parto é o fato da primeira ser habitualmente indolor e de frequência irregular. As contrações de treinamento podem até ser incômodas em alguns casos, mas elas são bem diferentes das intensas e dolorosas contrações do trabalho de parto.
A forma de descrever as contrações de treinamento pode ser diferente de mulher para mulher. Há algumas grávidas que descrevem as contrações de treinamento como algo semelhante a leves cólicas menstruais ou cólicas intestinais, apesar desta não ser apresentação mais comum. Na maioria dos casos, o que as mulheres descrevem mesmo são apenas contrações uterinas indolores.
Como já referido, as contrações de Braxton Hicks são irregulares, os seus intervalos são imprevisíveis e elas não vão se tornando cada vez mais fortes e frequentes com o passar das horas, que é exatamente o comportamento das contrações do parto.
Outro fato que é típico das contrações de treinamento é o alívio das contrações após uma simples mudança de posição. Se a mulher está em pé, muitas vezes basta ela sentar-se ou deitar-se para que as contrações desapareçam. Deitar-se de lado também costuma ajudar.
De maneira oposta, durante o trabalho de parto, mudar de posição não tem nenhum efeito sobre as contrações. Quando se iniciam as contrações expulsivas, nada funciona para aliviá-las.
Características das contrações de Braxton Hicks:
São habitualmente indolores.
Surgem poucas vezes por dia.
Não surgem mais do que 2 vezes por hora.
São irregulares e imprevisíveis.
São de curtas, geralmente com duração menor que 30 segundos.
Não vão se tornando mais intensa com o passar das horas.
Quando uma contração é intensa, a contração a seguir costuma ser mais fraca.
Costumam estar localizadas em apenas uma parte do abdômen, geralmente na porção frontal.
Melhoram com mudanças de posição.
Melhoram com hidratação ou com micção.
Características das contrações normais do trabalho de parto:
São dolorosas.
Quando surgem, elas não param de vir.
Vão se tornando progressivamente mais fortes.
Vão se tornando progressivamente mais frequentes e previsíveis.
Os intervalos entre as contrações vão se tornando cada vez mais curtos.
Têm duração de 30 a 70 segundos.
Não melhoram com mudança de posição ou hidratação.
Costumam se localizar nas costas e na frente do abdômen (pode começar atrás e migrar para frente ou o inverso).
O QUE FAZER PARA ALIVIAR AS CONTRAÇÕES?
Apesar das contrações de Braxton Hicks serem tipicamente indolores, elas podem ser desconfortáveis. Para aliviar esse desconforto, algumas medidas podem ser tentadas:
Mude de posição. Se você está em pé, sente-se; se está sentada, fique em pé.
Beba bastante água.
Urine se tiver vontade.
Evite fazer esforços.
Tome um banho morno.
Tente comer.
Utilize técnicas de relaxamento (caso conheça alguma).
Não se preocupe com as contrações de treinamento. Elas são benignas e fazem parte de uma gestação saudável. E, se mesmo assim, ainda tiver dúvidas sobre o assunto, converse comigo usando os canais abaixo:
As fases do trabalho de parto normal ocorrem de forma seguida e, incluem, de forma geral, a dilatação do colo do útero, período expulsivo e a saída da placenta. Geralmente, o trabalho de parto inicia-se espontaneamente entre as 37 e as 40 semanas de gestação e, existem sinais que indicam que a grávida vai entrar em trabalho de parto, como a expulsão do tampão mucoso, que é a saída de um líquido gelatinoso, rosado ou acastanhado pela vagina e a rotura da bolsa das águas, que é quando começa a sair o líquido amniótico transparente.
Além disso, a grávida começa a ter contrações irregulares, as quais vão se intensificando, até ficarem regulares e com intervalos de 10 em 10 minutos.
1ª Fase – Dilatação
A primeira fase do parto é caracterizado pela presença de contrações e ao processo de dilatação do colo do útero e do canal de parto até que atinja 10 cm.
Esta fase é dividida em latente, em que a dilatação do colo do útero é menor que 5 cm e é caracterizada pelo aumento gradual da atividade uterina, presença de contrações uterinas irregulares e aumento das secreções cervicais, havendo perda do tampão mucoso, e ativa, em que a dilatação é superior a 5 cm e a mulher já começa a apresentar contrações regulares e dolorosas.
A duração da primeira fase do trabalho do parto pode variar de mulher para mulher, no entanto dura em média 8 a 14 horas. Durante esse período é comum que a mulher sinta dores devido às contrações, que ficam mais regulares e com intervalo menor entre uma e outra à medida que é verificada maior dilatação do colo do útero e do canal vaginal.
2ª Fase – Expulsão
O seguimento da fase ativa do trabalho de parto se dá pela fase de expulsão, em que o colo do útero já atingiu a dilatação máxima e se inicia a fase do período expulsivo, que pode demorar entre 2 e 3 horas.
O início da fase de expulsão recebe o nome de período de transição, que é relativamente curta e bastante dolorosa e o colo do útero adquire uma dilatação entre 8 e 10 cm ao final do período. Ao ser verificada dilatação adequada, a mulher deve começar a fazer força para a descida da apresentação fetal. Além disso, a posição para realização do parto pode ser escolhida pela gestante, desde que esteja confortável e que favoreça a segunda fase do trabalho de parto.
3ª Fase – Dequitação: Saída da placenta
A fase da dequitação é a fase 3 do trabalho de parto e ocorre depois do nascimento do bebê, sendo caracterizada pela saída da placenta, que pode sair espontaneamente ou ser retirada pelo médico. Nessa fase é normalmente feita a administração de ocitocina, que é um hormônio que favorece o trabalho de parto e o nascimento do bebê.
4ª Fase – Quarto período
Essa última fase é definida como a primeira hora após a saída da placenta. Trata-se de um momento de observação da mãe pela equipe médica com o objetivo de evitar hemorragias. Depois desse período, o útero já está bem contraído.
Algumas mães podem se sentir nas “nuvens”, pois o organismo libera ocitocina, conhecido como “o hormônio do amor” e responsável por influenciar no vínculo entre a mãe e o bebê.
Dúvidas?
Se você precisa esclarecer mais dúvidas, entre em contato comigo através dos canais abaixo:
O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica que prevê a inclusão de gestantes e puérperas no grupo prioritário de vacinação contra a covid19. Segundo o documento, o grupo será vacinado em duas etapas – sendo o primeiro a mulheres grávidas ou no pós-parto que tenham comorbidades. A vacinação destes grupos deve começar a ser oferecida até o final de maio, segundo o governo, mas a data exata depende da disponibilidade das doses.
A indicação das vacinas para gestantes e puérperas, segundo a nota técnica, considera que a gestação e puerpério são fatores de risco para desfechos desfavoráveis da covid-19, tanto no que diz respeito ao risco de hospitalização e óbito, mas também em desfechos gestacionais desfavoráveis como parto prematuro, abortamento entre outros.
O governo argumenta ainda que, embora a segurança e eficácia das vacinas contra a covid-19 não tenham sido avaliadas neste grupo, as vacinas de vírus inativado já são utilizadas por esse grupo de mulheres no Calendário Nacional de Vacinação. Um levantamento de evidências sobre recomendações nacionais e internacionais de vacinação com vacinas covid-19 de gestantes, puérperas e lactantes, realizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), em sua maioria defende a vacinação das mulheres nessas condições, se pertencentes a algum grupo prioritário, destaca.
Na fase 1 da vacinação de pessoas com comorbidades, serão incluídas gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade. Na fase 2, serão vacinadas todas as gestantes e puérperas, independentemente de condições pré-existentes.
Para conseguir se vacinar na fase 1, a gestante precisará apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica que comprove a comorbidade. A vacinação poderá ocorrer independentemente da idade gestacional. No caso de lactantes, a orientação deve ser para que não interrompam o aleitamento materno. Qualquer vacina disponível poderá ser aplicada. Para aquelas que tiverem tomado a vacina contra a gripe, deverá ser respeitado um intervalo mínimo de 14 dias entre as doses.
O governo não determina uma data específica para o início da vacinação de gestantes e puérperas, e destaca que a distribuição das vacinas dependerá de sua disponibilidade. A previsão é que as primeiras doses cheguem ao grupo até o final de maio deste ano.
Mais dúvidas sobre o assunto? Converse comigo através dos canais abaixo:
A nossa pele possui propriedades elásticas que a tornam capaz de se esticar conforme o indivíduo cresce ou engorda. Entretanto, essa flexibilidade tem um limite. Se a distensão da pele ocorrer de forma rápida, ou seja, ao longo de semanas, a pele não consegue acompanhar o ritmo de expansão, sofrendo lesões nas suas fibras elásticas. Estas lesões das fibras elásticas da pele formam cicatrizes, que nada mais são do que as estrias. As estrias surgem normalmente nas áreas sujeitas a contínuo e progressivo esgarçamento, como é o caso da região abdominal durante a gravidez.
FATORES DE RISCO PARA O APARECIMENTO DE ESTRIAS NA GRÁVIDA
O rápido crescimento do volume da região abdominal, principalmente a partir da parte final do segundo trimestre de gravidez, é o principal fator risco para o aparecimento da striae gravidarum. Porém, outros fatores presentes na gravidez também influem no desenvolvimento das estrias, como:
Alterações hormonais naturais da gestação – hormônios como estrogênio, cortisol, relaxinas e outros tornam as fibras elásticas da pele mais frágeis, facilitando o seu rompimento quando sujeitas a grandes distensões.
Tendência familiar para formação de estrias – há um claro componente genético na formação das estrias durante a gravidez. Mulheres que apresentam história familiar de estrias, principalmente striae gravidarum, apresentam um maior risco de desenvolverem moderadas a graves estrias na gravidez.
Idade da gestante – mulheres mais novas (com menos de 25 anos) têm uma pele mais “firme”, apresentando maior facilidade de rompimento das fibras elásticas. Quanto mais jovem for a gestante, maior será o risco de desenvolvimento de estrias. Gestantes acima de 30-35 anos têm um risco bem mais baixo.
Primeira gestação – o risco de aparecerem estrias é muito maior na primeira gravidez que nas gravidezes subsequentes. Após uma primeira gestação, a pele já se encontra mais flácida e mais apta a distender-se novamente. A gestante também costuma estar, pelo menos, dois ou três anos mais velha que na primeira gravidez.
Peso do feto – quanto maior for o crescimento da barriga na gestação, maior será a esgarçamento da pele e, consequentemente, maior será o risco de aparecerem estrias. Por isso, o tamanho do bebê é um fator de risco relevante. Por motivos óbvios, uma gravidez gemelar também aumenta muito as chances de surgirem estrias.
Ganho de peso na gravidez – quanto maior for o ganho de peso na gravidez, maior será o risco de surgirem estrias.
Etnia da gestante – grávidas de etnia não-branca apresentam um maior risco de desenvolverem estrias na gravidez.
Existência de estrias antes da gravidez – mulheres que mesmo antes de estarem grávidas já se mostram propensas a desenvolverem estrias, principalmente na barriga e nos seios, apresentam elevado risco de terem striae gravidarum.
Apesar da distensão do abdômen ser o principal fator de risco para o surgimento das estrias, os fatores descritos acima explicam o porquê de algumas mulheres desenvolverem poucas ou nenhuma estria durante a gravidez, enquanto outras padecem com dezenas de novas cicatrizes na região abdominal e seios, mesmo que ambas tenham barrigas de tamanho semelhante.
APARÊNCIA DAS ESTRIAS NA GRAVIDEZ
As estrias da gravidez costumam surgir a partir do 6ª mês de gestação. Inicialmente, as estrias são de cor rosa. As novas lesões podem coçar e ao redor das estrias a pele se parece fina. Gradualmente, as estrias podem crescer em comprimento e largura, e sua coloração torna-se mais arroxeada ou avermelhada. As estrias mais antigas vão perdendo sua coloração. Nos primeiros meses após a gravidez, elas começam a desvanecer, tornando-se pálidas ou levemente prateadas. As estrias antigas também podem ficar ligeiramente deprimidas e com forma irregular.
As estrias na gravidez surgem proeminentemente na região abdominal, mas também são comuns nas mamas, nas nádegas, nos quadris, região lombar e até nos braços, se houver grande ganho de peso na gestação.
Quais são as formas de prevenção de estrias na gravidez?
Ingerir muita água
A água é ótima em qualquer momento da vida e na gravidez é indispensável. Além de ajudar a manter toda a homeostase do organismo, para que órgãos e hormônios trabalhem da melhor forma, ela mantém a hidratação interna do corpo.
Controlar o peso
É muito importante você se alimentar bem e de maneira saudável para que o bebê se desenvolva sadio. Essa não é a fase de fazer regimes restritos, contudo, exagerar também não é legal. Se você constantemente ingerir mais alimentos do que o necessário, ou pior, se eles não forem saudáveis, além de poder prejudicar o crescimento do bebê, você ganha quilos além do necessário.
Alimentar-se bem
Os alimentos ricos em vitaminas C e E são bons aliados. Quanto à vitamina C, os alimentos têm antioxidantes que estimulam o colágeno e combatem o envelhecimento, portanto, consuma frutas cítricas. Quanto à vitamina E, ela protege as células do organismo, assim, invista também em cereais integrais e castanhas.
Use roupas adequadas
As roupas justas prendem a circulação sanguínea e atrapalham a respiração da pele. Esses fatores aumentam a possibilidade do aparecimento das estrias.
Escolha a roupa íntima apropriada
Nesse período, usar aquelas roupas que ajudam a segurar a barriga e as mamas costuma ser útil. As de algodão são melhores para ajudar na respiração da pele.
Faça massagens
Massagear as áreas que costumam ser mais afetadas, como abdome, mamas, bumbum e coxas ajuda a ativar a circulação sanguínea e a aumentar a elasticidade da pele. As massagens podem ser feitas diariamente, com produtos especiais para gestantes. Caso contrate um profissional, sempre avise da sua gestação e só faça os procedimentos adequados.
Mas se você tiver dificuldades para aceitar, não se preocupe porque hoje já existem muitos tipos de tratamentos disponíveis no mercado e que garantem bons resultados para a mulher.
Só não faça tratamentos para estrias durante a gravidez e a lactação sem o consentimento de um médico, ok? Isso porque há alguns procedimentos que não são indicados ainda. Espere ele dizer quando é o momento ideal para você procurar esses caminhos.