Segue uma atualização agora em Junho de 2022 sobre a rotina de vacinação para gestantes, veja uma lista rápida das vacinas abaixo:
Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP Dupla adulto (difteria e tétano) – dT: Uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Hepatite B: Três doses, no esquema 0 – 1 – 6 meses
Influenza (Gripe): A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza. A vacina está recomendada nos meses da sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação. (Desde que disponível, a vacina influenza 4V é preferível à vacina influenza 3V, por conferir maior cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina 4V, utilizar a vacina 3V.)
Covid19: em qualquer fase da gestação.
No entanto, se ainda tem dúvidas sobre a sua gravidez e vacinas, agende uma consulta através dos canais abaixo:
O parto pré-termo pode ser previsto e prevenido com algumas técnicas em exames de imagem. É considerado pré-termo um parto que ocorre antes de 37 semanas de gestação. No entanto, podemos classificar essa prematuridade dependendo do quanto antes das 37 semanas esse parto acontece.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como:
Pré-termo moderado/tardio: 32 – 36+6 sem
Muito pré-termo: 28 – 31+6 sem
Pré-termo extremo: < 28 sem
Já o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, a classificação é:
Pré-termo: < 37 sem
Pré-termo tardio: 34 – 36+6 sem
Pré-termo precoce: < 34 sem
No Brasil, 30% dos fetos que nascem antes das 37 semanas de gestação vêm à óbito. Para evitar isso, é feito o rastreamento e prevenção da prematuridade.
História da gestante
Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de parto prematuro, como parto prematuro prévio e um intervalo menor de 18 meses entre gestações. Para entender o risco de prematuridade, também é importante analisar fatores da gestação atual, como:
Gravidez de múltiplos;
Etnia dos genitores;
Gravidez fruto de reprodução assistida;
Presença de hematomas ou sangramentos;
Presença de malformação uterina.
Marcadores biométricos
Há ainda um importante marcador biométrico, localizável via ultrassom, que é a medida do colo uterino no segundo semestre:
< 25 mm → 12,5% de chance de um parto prematuro
25 – 29 mm → 2,4% de chances de um parto prematuro
≥ 30 mm → 0,1% de chances de um parto prematuro
A visibilidade para medição do colo uterino é melhor pelo US transvaginal (100%) do que pelo abdominal (49%). As boas práticas no momento dessa medição são:
Bexiga vazia;
Posição de litotomia;
Transdutor endovaginal de 5MHz;
Identificação do orifício interno, externo, canal cervical e mucosa cervical;
Posicionamento do transdutor sem compressão sobre o colo;
Magnificação da imagem até que o colo ocupe pelo menos 75% da tela;
Medida da distância entre o OI e o OE de forma linear;
Executar 3 medidas durante pelo menos 3 minutos e considerar a menor;
Notar as mudanças dinâmicas do segmento inferior do útero.
Com esse biomarcador e a história da gestante, já é possível prever as chances de um parto prematuro usando outro algoritmo da The Fetal Medicine Foundation. No entanto, existem outros marcadores, relacionados ao líquido amniótico e ao conteúdo vaginal.
Como prevenir?
A administração do hormônio progesterona é considerada uma estratégia eficiente. Foi verificado que o uso do hormônio (seja por injeção intramuscular ou através de um anel vaginal) trouxe benefícios, reduzindo até mesmo o risco de óbito do recém-nascido. Outro método apontado é a cerclagem, um ponto no colo uterino que visa reduzir o risco do parto prematuro, ao impedir que ele se abra muito cedo.
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Dói. Dói, é incômodo, é assustador. Mas se a mulher se sente acolhida e respeitada em suas decisões, é possível parir naturalmente, com segurança. Essa é a ideia do parto humanizado: respeitar e dar condições seguras para mãe e bebê no momento do parto.
No parto humanizado, a protagonista é a parturiente. Afinal, é ela quem faz o parto, é ela quem sabe se quer ficar em pé, sentada, deitada ou andando.
Ela quem sabe o limite da dor, a hora – talvez – de pedir analgesia, ou uma massagem nas costas, ou um banho morno, metodologias não farmacológicas que ajudam a reduzir a dor.
É muito importante que a gestante faça seu plano de parto e que os 3 pilares do parto humanizado seja seguido, assim este momento de tanta incerteza e fragilidade se tornaram inesquecível de forma saudável.
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Logo após o nascimento do seu bebê, não é apenas com a alimentação dele que você deve se preocupar, mas com a sua também. Amamentar gasta muita energia e você deve repô-la consumindo alimentos e líquidos além do normal. É muito importante saber quais são as melhores opções para a dieta nesse período.
O mais indicado é uma dieta variada, que inclua pães, cereais, frutas, legumes, verduras e derivados de leite e de carne. Dividir as refeições em torno de seis vezes por dia em quantidades moderadas pode ser uma boa ideia para garantir que você se alimente da forma certa e ingira a quantidade recomendada de calorias.
Outra dica é evitar os excessos no consumo de sal. Por isso, alimentos prontos como sopas em pó, temperos e caldos em tabletes, molhos em geral, ketchup, mostarda e conservas podem não ser uma boa escolha. Também evite café, chá preto ou refrigerantes, pois podem causar cólicas no bebê.
Também é recomendável que você evite alimentos que fermentem durante o processo de digestão, como feijão, cebola, alho, ovos e outros. Peixes e crustáceos como camarão podem fazer parte da dieta. Também evite as bebidas alcoólicas e o cigarro, você deve suspendê-los durante esse período.
A hidratação também é importante. Boa parte do leite materno é água, então, quanto mais hidratada você estiver, mais leite vai produzir. O recomendado é três litros por dia que podem ser água, sucos.
ALIMENTOS QUE PODEM AJUDAR QUEM ESTÁ AMAMENTANDO
Carne, frango, ovos, queijo, leite e iogurte são fontes de proteína. O leite, iogurte, suco de laranja ou queijos duros são alimentos ricos em cálcio. E as frutas e verduras são boas fontes de vitaminas.
Se você estiver com anemia, talvez precise tomar algum suplemento de ferro, podendo ser em comprimidos, cápsulas ou líquido. Mas, alguns alimentos, como carnes, frutos do mar, frutas secas e a gema de ovo já são fontes de ferro. Portanto, antes de repor os nutrientes por conta própria, converse com seu médico para ter certeza se é mesmo necessário.
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Durante a gestação, o corpo da mulher vai se transformando e se adaptando para acompanhar o crescimento do bebê. Nessa transformação, o pilar do nosso corpo, a coluna, sofre alterações das curvaturas normais para manter o equilíbrio. Portanto, quanto maior o crescimento da barriga, maior a alteração postural. Essas alterações provocam tensões musculares, gerando dor e desconfortos.
Além da sobrecarga na coluna, outra região que fica responsável por todo o peso do bebê é o Assoalho Pélvico. Este é um conjunto de músculos voluntários e involuntários e ligamentos conectados a estruturas ósseas que promove a continência urinária, fecal, sustenta todos os nossos órgãos, inclusive o útero com o bebê, e participa da relação sexual. Ele fica localizado na região do períneo e não podemos vê-lo trabalhando como a maioria dos músculos que exercitamos normalmente, fazendo com que a maioria das pessoas se esqueçam de cuidar dessa parte tão importante do corpo.
Na gestação, o Assoalho Pélvico, pode ter suas funções prejudicadas devido a sua sobrecarga, levando ocasionalmente incontinência urinária. A Fisioterapia Pélvica atua desde o início da gestação, promovendo alívio de tensões e dores musculares que atrapalhem a sua rotina, além do fortalecimento da musculatura estabilizadora da coluna, através de exercícios, respirações, alongamentos e liberações miofaciais dos tecidos afetados.
Para o Assoalho Pélvico, é realizado o fortalecimento deste músculo através de exercícios específicos nesta região. No final da gestação, a partir da 32ª semana gestacional, inicia-se o trabalho de relaxamento do Assoalho Pélvico para as mulheres que tem interesse no parto normal. Este relaxamento é feito através de massagem perineal, exercícios de mobilidade pélvica, calor, além do Epino.
O Epi-no é um aparelho utilizado em consultório para preservar a integridade da musculatura e para trabalhar o alongamento das fibras musculares do períneo. Sendo que após completar 37 semanas gestacionais, é realizado o treino de expulsão do Epi-no, através de respirações orientadas, para dar à mulher a percepção da força correta a ser utilizada na hora do parto.
Tenho agora na minha rede de apoio as gestantes uma parceria com a fisioterapeuta Audrey Vanille, que dará atendimento as minhas gestantes aqui, no mesmo espaço das consultas de pré-natal. Para mais esclarecimentos, agende uma consulta pelos canais abaixo:
O Plano de Parto nada mais é que uma carta onde a gestante/casal decidem juntos como será o parto do seu bebê. Onde o casal listará suas preferências em relação ao parto e nascimento de seu filho, caso tudo transcorra bem. Sempre que os planos não puderem ser seguidos, o casal deverá ser previamente avisado e consultado a respeito das alternativas.
Exemplo de Plano de Parto:
Trabalho de parto: – Presença de meu marido e doula. – Sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) e enema (lavagem intestinal). – Sem perfusão contínua de soro e ou ocitocina – Liberdade para beber água e sucos enquanto seja tolerado. – Liberdade para caminhar e escolher a posição que quero ficar. – Liberdade para o uso ilimitado da banheira e/ou chuveiro. – Monitoramento fetal: apenas se for essencial, e não contínuo. – Analgesia: peço que não seja oferecido anestésicos ou analgésicos. Eupedirei quando achar necessário. – Sem rompimento artificial de bolsa.
Parto: – Prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada (costas apoiadas). – Prefiro fazer força só durante as contrações, quando eu sentir vontade, emvez de ser guiada. – Gostaria de um ambiente especialmente calmo nesta hora. – Não vou tolerar que minha barriga seja empurrada para baixo. – Episiotomia: só se for realmente necessário. Não gostaria que fosse umaintervenção de rotina. – Gostaria que as luzes fossem apagadas (penumbra) e o ar-condicionadodesligado na hora do nascimento. – Gostaria que meu bebê nascesse emambiente calmo e silencioso. – Gostaria de ter meu bebê colocado imediatamente no meu colo após o parto com liberdade para amamentar. – Gostaria que o pai cortasse o cordão após ele ter parado de pulsar.
Após o parto: – Aguardar a expulsão espontânea da placenta, sem manobras, tração ou massagens. Se possível ter auxílio da amamentação. – Ter o bebê comigo o tempo todo enquanto eu estiver na sala de parto, mesmo para exames e avaliação. – Liberação para o apartamento o quanto antes com o bebê junto comigo. Quero estar ao seu lado nas primeiras horas de vida. – Alta hospitalar o quanto antes.
Cuidados com o bebê: – Administração de nitrato de prata ou antibióticos oftálmicos apenas se necessário e somente após o contato comigo nas primeiras horas de vida. – Administração de vitamina K oral (nos comprometemos em dar continuidade nas doses). – Quero fazer a amamentação sob livre demanda. – Em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos ou qualquer outra coisa ao bebê. – Alojamento conjunto o tempo todo. Pedirei para levar o bebê caso esteja muito cansada ou necessite de ajuda. – Gostaria de dar o banho no meu bebê e fazer as trocas (ou eu ou meu marido).
Caso a cesárea seja necessária: – Exijo o início do trabalho de parto antes de se resolver pela cesárea. – Quero a presença da doula e de marido na sala de parto. – Anestesia: peridural, sem sedação em momento algum. – Na hora do nascimento gostaria que o campo fosse abaixado para que eu possa vê-lo nascer. – Gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar condicionado desligado. – Após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê sobre meu peito e que minhas mãos estejam livres para segura-lo. – Gostaria de permanecer com o bebe no contato pele a pele enquanto estiver na sala de cirurgia sendo costurada. – Também gostaria de amamentar o bebê e ter alojamento conjunto o quanto antes.
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O Estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria comum, presente na região genital de 1 em cada 3 mulheres grávidas. O Streptococcus agalactiae é normalmente inofensivo em adultos e em indivíduos saudáveis, porém, pode causar doença grave em bebês e pessoas com sistema imunológico comprometido, incluindo nestes grupos pessoas com diabetes grave, câncer e problemas do fígado.
Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio intestino ou da região retal.
Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto, durante a passagem pelo canal vaginal. Esta última via é a mais comum.
O Estreptococos B é diferente das outras espécies de Estreptococos que habitualmente provocam doenças, como pneumonia, meningite, amigdalite, escarlatina, impetigo etc.
INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B DURANTE A GRAVIDEZ
A infecção pelo Streptococcus agalactiae durante a gravidez está associada a uma variedade de potenciais riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Infecção urinária por Streptococcus agalactiae
Entre 10% a 30% das grávidas apresentam colonização da urina pela bactéria Streptococcus agalactiae. Em algumas destas gestantes, a bactéria provoca infecção da bexiga, conhecida como cistite, ou pielonefrite, que é a infecção dos rins. A maioria das pacientes, porém, não apresenta infecção urinária, apenas colonização da urina pelo Estreptococos do grupo B.
O problema é que a bacteriúria assintomática, nome dado à simples presença da bactéria na urina sem sinais ou sintomas de infecção urinária, é um grande fator de risco para complicações na gestação, tais como, parto prematuro, aborto e contaminação do líquido aminótico.
Infecção do líquido aminótico pelo Streptococcus agalactiae
A infecção da bolsa d’água, chamada de corioamnionite, é uma invasão bacteriana do líquido amniótico, membranas fetais ou placenta. Os sinais e sintomas da corioamnionite incluem febre, dor no útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido aminótico.
A infecção do líquido amniótico ocorre geralmente durante a rotura da bolsa no início do trabalho de parto em mulheres colonizadas pelo Estreptococos B. Trabalhos de parto prolongados, com várias horas de duração, ou casos de roturas prematuras da bolsa, são aqueles com maior risco. Todavia, a corioamnionite pode surgir antes da rotura da bolsa d’água, como nos casos de grávidas com infecção urinária, principalmente pielonefrite.
Infecção do útero pelo Streptococcus agalactiae
A infecção da parede do útero, chamada de endometrite, é uma complicação que pode ocorrer após o parto das gestantes contaminadas pelo Estreptococos do grupo B. Dor abdominal, febre e sangramento uterino são sinais e sintomas que sugerem uma infecção no período pós-parto.
INFECÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PELO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B
Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações pelo Streptococcus agalactiae, a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê durante o parto. A transmissão da bactéria se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou durante a passagem do bebê pelo canal vaginal.
As complicações derivadas da infecção neonatal podem ocorrer precocemente, nas primeiras horas de vida do bebê, ou tardiamente, somente semanas depois do parto.
A infecção precoce do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida, habitualmente dentro das primeiras 24 horas, e se manifesta como um quadro de pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido.
Febre, dificuldade para mamar e dificuldade respiratória são os sintomas mais frequentes neste tipo de infecção. Crise convulsiva, fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37 semanas e de 20% nos bebês prematuros.
A infecção tardia do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês prematuros.
É importante destacar que nem todo bebê nascido de mães colonizadas pelo Estreptococos do grupo B irá apresentar problemas. Na verdade, apenas 1 em cada 200 são infectados e desenvolvem doença.
DIAGNÓSTICO
Para impedir a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B é importante que a bactéria seja identificada e tratada antes do trabalho de parto. Durante a gravidez, toda gestante é submetida a um exame de urocultura à procura de bactérias na urina. Se for identificada bacteriúria, ou seja, presença de bactérias na urina, o obstetra instituirá tratamento antibiótico adequado para eliminação delas.
Entre a 35ª e 37ª semanas de gestação os obstetras fazem habitualmente o exame do cotonete, que consiste na obtenção de material da vagina e do ânus com uma espécie de cotonete para pesquisar a presença do Estreptococos do grupo B.
Se o exame for positivo, significa que a mãe está colonizada. De forma imediata, porém, não há risco elevado nem para a mãe nem para o feto, pois a contaminação do bebê ocorre, na imensa maioria dos casos, somente no momento do parto. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae significa apenas que será necessária a administração de antibiótico durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.
O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.
A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes da coleta.
TRATAMENTO
Toda mulher com teste do cotonete positivo deve ser tratada com antibióticos no momento do parto. Sem antibióticos, cerca de 1 em cada 200 bebês fica doente com o Streptococcus agalactiae. Com o uso de antibióticos, a incidência cai para 1 em cada 4000 recém-nascidos, tornando, atualmente, a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B um evento raro.
O antibiótico é administrado por via venosa durante o trabalho de parto. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.
O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água. Neste caso, não há risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê. Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a administração de antibiótico está indicada.
Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.
A dor abdominal na gravidez pode ser causada pelo crescimento do útero, constipação intestinal ou gases, e pode ser aliviada através de uma alimentação equilibrada, exercício físico ou chás.
Porém, ela também pode indicar situações mais graves, como gravidez ectópica, descolamento da placenta, pré-eclâmpsia ou até mesmo aborto. Nestes casos, a dor, geralmente, vem acompanhada de sangramento vaginal, inchaço ou corrimento e nesse caso, a gestante deve ir imediatamente ao hospital.
Causas mais comuns de dor abdominal na gravidez:
No 1º trimestre da gravidez
As principais causas de dor abdominal no primeiro trimestre de gravidez, que corresponde ao período de 1 a 12 semanas de gestação, incluem:
1. Infecção urinária
A infecção urinária é um problema muito comum da gestação e que é mais frequente de acontecer no início da gestação, podendo ser percebida por meio do surgimento de dor no fundo do abdômen, queimação e dificuldade para urinar, vontade urgente de urinar mesmo tendo pouca urina, febre e enjoos.
2. Gravidez ectópica
A gravidez ectópica acontece devido ao crescimento do feto fora do útero, sendo mais comum nas trompas e, por isso, pode surgir até às 10 semanas de gestação. A gravidez ectópica normalmente é acompanhada de outros sintomas, como dor abdominal intensa em apenas um lado da barriga e que piora com o movimento, sangramento vaginal, dor durante o contato íntimo, tonturas, náuseas ou vômitos.
3. Aborto espontâneo
O aborto é uma emergência e que acontece com mais frequência antes das 20 semanas e pode ser percebido por meio da dor abdominal em baixo ventre, sangramento vaginal ou perda de líquidos pela vagina, saída de coágulos ou tecidos, e dor de cabeça.
No 2º trimestre
A dor no 2º trimestre da gravidez, que corresponde ao período de 13 a 24 semanas, normalmente é causada por problemas como:
1. Pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é o aumento de forma súbita da pressão arterial na gravidez, que é difícil de tratar e que pode representar risco tanto para a mulher quanto para o bebê. Os principais sinais e sintomas de pré-eclâmpsia são dor na parte superior direita do abdômen, náuseas, dor de cabeça, inchaço das mãos, pernas e rosto, além de visão embaçada.
2. Descolamento da placenta
O descolamento da placenta é um problema grave da gravidez que pode se desenvolver após as 20 semanas e que pode provocar o parto prematuro ou aborto dependendo das semanas de gestação. Essa situação gera sintomas como dor abdominal intensa, sangramento vaginal, contrações e dor no fundo das costas.
3. Contrações de treinamento
As contrações de Braxton Hicks são as contrações de treinamento que normalmente surgem após as 20 semanas e duram menos de 60 segundos, apesar de poderem acontecer várias vezes ao dia e de provocarem pouca dor abdominal. Nesse momento, a barriga fica momentaneamente dura, o que nem sempre causa dor abdominal. Mas em alguns casos pode haver dor na vagina ou no pé da barriga, que dura alguns segundos e depois desaparece.
No 3º trimestre
As principais causas de dor abdominal no 3º trimestre de gravidez, que corresponde ao período de 25 a 41 semanas, são:
1. Constipação intestinal e gases
A constipação intestinal é mais comum no final da gestação devido ao efeito dos hormônios e da pressão do útero sobre o intestino, que diminui o seu funcionamento, facilitando o desenvolvimento de prisão de ventre e surgimento de gases. Tanto a prisão de ventre quanto os gases levam ao surgimento de desconforto ou dor abdominal do lado esquerdo e cólicas, além da barriga pode estar mais endurecida nesse local da dor.
2. Dor no ligamento redondo
A dor no ligamento redondo surge devido ao alongamento excessivo do ligamento que liga o útero à região pélvica, devido ao crescimento da barriga, levando ao aparecimento de dor na parte inferior do abdômen que se estende para a virilha e que dura apenas alguns segundos.
3. Trabalho de Parto
O trabalho de parto é a principal causa de dor abdominal no final da gravidez e é caracterizado por dor abdominal, cólicas, aumento da secreção vaginal, corrimento gelatinoso, sangramento vaginal e contrações uterinas com intervalos regulares.
Quando ir ao hospital
A dor abdominal persistente no lado direito, próxima do quadril e febre baixa que podem surgir em qualquer fase da gravidez podem indicar apendicite, uma situação que pode ser grave e que por isso deve ser despistada o quanto antes, sendo recomendado ir imediatamente ao hospital. Além disso, também deve-se ir imediatamente para o hospital ou consultar o obstetra que acompanha a gravidez quando apresenta:
Dor abdominal antes das 12 semanas de gestação, com ou sem sangramento vaginal;
Sangramento vaginal e cólicas fortes;
Forte dor de cabeça;
Mais de 4 contrações em 1 hora durante 2 horas;
Inchaço acentuado das mãos, pernas e rosto;
Dor ao urinar, dificuldade ao urinar ou urina com sangue;
Febre e calafrios;
Corrimento vaginal.
A presença destes sintomas pode indicar uma complicação grave, como a pré-eclâmpsia ou gravidez ectópica, e, por isso, é importante a mulher consultar o obstetra ou ir imediatamente para o hospital para receber o tratamento adequado o mais cedo possível. Caso tenha mais dúvidas, agende uma consulta através dos canais abaixo:
Durante a gravidez, o bebê se desenvolve dentro da bolsa amniótica, um tipo de saco cheio de líquido que protege o bebê amortecendo impactos e dando suporte para que a gestação evolua adequadamente. Constantemente, esse líquido se renova e aumenta de volume conforme as semanas vão passando, até a 34ª semana, quando passa a diminuir até o parto.
Naturalmente, a bolsa se rompe durante o trabalho de parto ou próximo das 39 semanas e não há problema nesses casos. No entanto, quando esse rompimento acontece antes da gestante iniciar o trabalho de parto ou, pelo menos, estar próxima da reta final da gravidez, é chamada de bolsa rota ou amniorrexe.
De qualquer maneira, independentemente do período gestacional, é muito importante entrar em contato com o (a) médico (a) obstetra assim que perceber que a bolsa estourou. Principalmente, se vier acompanhada de contrações do parto.
Se a gestante ainda não completou 34 semanas, o mais provável é que ela seja internada e medicada para avaliar se há alguma infecção ou tentar prolongar a gestação até que o bebê tenha condições de sobreviver fora do útero, o que nem sempre é possível e um parto prematuro pode ser necessário. Nessas situações, a rotura é classificada de amniorrexe prematura ou rotura prematura das membranas.
Da mesma forma, entre 34 e 39 semanas, o bebê ainda não terminou de se formar, portanto o (a) médico (a) irá avaliar a melhor conduta para a saúde da mãe e da criança. Sendo possível internamento e medicação para estender a gestação ou realizar um parto induzido.
De maneira geral, quando é necessário que o parto seja feito, ele costuma acontecer em até 24 horas do rompimento precoce da bolsa.
O que causa bolsa rota?
Algumas condições fazem com que as gestantes estejam mais vulneráveis à bolsa rota prematura. Entre elas, podemos citar:
Histórico de rupturas prematuras da bolsa em gravidez anterior;
Ser fumante ou usar drogas;
Sangramentos vaginais;
Vaginose bacteriana;
Útero distendido por gestação múltipla de gêmeos ou mais;
Ter realizado procedimentos invasivos no útero;
Deficiências nutricionais como vitamina C e cobre;
Doenças como a deficiência de alfa-1-antitripsina, anemia falciforme e síndrome de Ehlers-Danlos.
Além disso, algumas situações podem fazer com que a membrana que mantém o bebê protegido no útero se rompa, causando a bolsa rota e a necessidade do parto antes da hora, como:
Infecção vaginal
Quando a gestante apresentar algum tipo de infecção vaginal, essa condição pode causar o rompimento precoce da bolsa. Isso ocorre porque as bactérias produzem enzimas que agem nas membranas, levando ao enfraquecimento e, consequentemente, uma ruptura da bolsa.
Para identificar a infecção vaginal, é importante que a mãe esteja atenta a corrimentos com odores fortes ou cor mais escura. Qualquer alteração deve ser informada e monitorada pelo (a) médico (a) obstetra.
Colo curto
Algumas mulheres possuem o colo do útero menor do que a média. Por isso, podem ter uma ruptura prematura da bolsa. Nesses casos, as gestantes são monitoradas com mais frequência pelo (a) médico (a).
Trabalho de parto prematuro
As contrações do trabalho de parto estimulam o rompimento da bolsa, porque ocorre uma tensão dentro do útero, que aumenta a possibilidade de rotura.
Outras condições de saúde
A bolsa rota também pode ocorrer devido a infecções urinárias, periodontites(infecção na gengiva), gravidez múltipla (gêmeos ou mais), aumento do líquido amniótico e corrimentos genitais não tratados.
Como identificar se a bolsa rompeu?
Geralmente, o sintoma da bolsa rota é fácil de se identificar. Em síntese, ocorre uma perda súbita de grande quantidade de líquido pela vagina: esse líquido atravessa a roupa da mulher e molha o chão. No entanto, em alguns casos, há pequenos vazamentos que deixam a roupa íntima molhada e podem confundir a gestante.
Algumas mulheres podem ter dúvida se o líquido é urina ou sinal de que a bolsa rompeu, já que os escapes de urina são comuns no terceiro trimestre. No entanto, a urina costuma ser amarelada e ter um cheiro que já conhecemos.
Por outro lado, o líquido amniótico é normalmente transparente, semelhante à água de coco e tem um cheiro parecido com água sanitária. Em alguns casos, há pequenos focos de sangue no líquido, essa secreção mucosa é um sinal de que o parto é iminente.
Também é comum que a perda do tampão mucoso seja confundido com a rotura da bolsa, mas são situações bem diferentes, já que o tampão é mais espesso e parece um catarro.
Também algumas mulheres detectam pressão quando a bolsa se rompe e outras escutam um barulho de estalo seguido do vazamento.
Quais são os riscos da bolsa rota?
A bolsa rota é uma das principais situações que levam ao parto prematuro (antes das 37 semanas). Por isso, deve ser levada a sério e manter a calma é extremamente importante. Ao perceber perda de líquido, entre em contato com o (a) obstetra que te acompanha e vá para o hospital ou maternidade.
Ao chegar ao hospital ou maternidade, a gestante realiza diversos exames que conseguem identificar a ruptura da bolsa e quais os próximos passos para preservar a saúde da mãe e do bebê. Aqui, o (a) médico (a) vai avaliar a idade gestacional, como está o bebê na bolsa, se a mulher já está em trabalho de parto e se há chances de infecção para a mãe e o bebê.
Nesse momento, o mais importante é identificar se há líquido suficiente para o bebê continuar no útero, se há algum ponto de infecção que ofereça riscos ou se um parto de emergência é o mais indicado.
Sendo assim, é possível que a gestante (especialmente com menos de 34 semanas) seja internada para tentar prolongar a gravidez ou, se necessário, vá para uma indução de parto ou cesárea. Tudo isso precisa acontecer muito rápido, pois após a bolsa rota é importante que o parto seja feito em até 24 horas.
Além disso, com a diminuição do líquido, é possível que o bebê entre em sofrimento fetal, com dificuldades para se movimentar, respirar e até se enrolar no cordão umbilical, o que é muito perigoso e, muitas vezes, fatal. Após o nascimento, é preciso identificar possíveis deformidades, más-formações, hemorragias ou outros problemas no desenvolvimento que podem levar o bebê à morte.
Por fim, também traz riscos para a mãe como inflamações e infecções sérias no útero que podem se espalhar para o corpo todo, como a sepse.
Cuidados e prevenção da bolsa rota
Eventualmente, alguns imprevistos e situações fogem do nosso controle, como um acidente de carro ou uma queda. Nesses casos não há como prevenir os efeitos disso e o acompanhamento médico é fundamental para avaliar a saúde da mãe e do bebê.
No entanto, olhar para os fatores de risco e ter uma série de cuidados para evitar essa lista é um passo possível, como aumentar a ingestão de vitaminas e minerais. Por isso, a realização de um pré-natal adequado é fundamental.
Outro ponto importante é evitar realizar atividades que exijam muito esforço durante a gestação, como pegar peso. Além disso, manter bons hábitos de saúde como alimentação adequada e praticar atividade física regularmente também são ações recomendadas.
Assim como é um momento muito especial e cheio de amor, na maioria dos casos, a gestação exige uma série de cuidados tanto para a saúde da mãe, quanto para o desenvolvimento saudável do bebê.
Portanto, siga as orientações do seu ou seu médico (a) obstetra. Somente esse (a) profissional conhece seu histórico, riscos e necessidades.
Quer saber mais informações sobre esse e outros assuntos sobre a sua saúde e a do seu bebê? Agende uma consulta pelos canais abaixo:
O NIPT é um exame de sangue simples que serve para avaliar possíveis alterações cromossômicas do feto, como a síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau e as alterações dos cromossomos sexuais: síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter. O exame diferencia o DNA fetal e materno e possibilita vantagens clínicas exclusivas, oferecendo qualidade e precisão no resultado.
PARA QUEM O NIPT É RECOMENDADO?
O exame de NIPT é recomendado para mulheres grávidas acima dos 35 anos; gestantes com histórico de gravidez afetada com aneuploidia; gestações em que o pai ou a mãe tenham translocação robertsoniana e pacientes com triagem sérica positiva no primeiro ou segundo trimestre de gestação.
COMO FUNCIONA O EXAME?
O exame é feito por meio de coleta de sangue intravenoso.
PRÉ-REQUISITOS
A coleta deve ser feita a partir de 9 semanas de gestação (não pode ser realizada antes) e a coleta é recomendada para mulheres acima dos 35 anos, conforme solicitação médica.
PREPARO PARA O PRÉ-NATAL
Recomenda-se que o pré-natal seja feito assim que a gestação for confirmada. Cada exame deverá ser determinado por um médico que saberá quais exames solicitar correspondente a cada fase da gestação.
TEMPO DE DURAÇÃO
O exame consiste em uma coleta de sangue e o tempo de duração varia de 5 a 10 minutos.
PERIODICIDADE DO EXAME
A periodicidade do exame deve ser definida por um obstetra, que poderá solicitar o exame dependendo de cada caso.
QUANDO FAZER O EXAME NIPT?
O exame deve ser coletado após 9 semanas de gestação, pois antes disso a fração fetal é baixa e poderá ser solicitada uma recoleta.
QUAIS DOENÇAS O NIPT DETECTA?
As doenças que o NIPT detecta são:
Trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down);
Trissomia do 18 (síndrome de Edwards);
Trissomia do 13 (síndrome de Patau);
Alterações dos cromossomos sexuais: monossomia do X (síndrome de Turner), XXY (síndrome de Klinefelter), XXX e XYY.
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