Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano – HPV)

O que é

O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

Formas de transmissão

A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto.

Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.

Sinais e sintomas

A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).

A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

  • Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
  • Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer.
  • Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea.

Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).

Prevenção

Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:

  • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
  • Homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 26 anos;
  • Mulheres que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.   

Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já existentes. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é dirigida para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18.

Exame preventivo do câncer de colo de útero: o câncer do colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente por alguns tipos de HPV. O exame preventivo, também chamado de colpocitologia oncótica cervical ou Papanicolau, é o exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O exame não é capaz de diagnosticar a presença do HPV; no entanto, é considerado o melhor método para detectar o câncer do colo do útero e suas lesões precursoras.

Quando as alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos. Por isso, é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolau regularmente, mesmo que estejam vacinadas contra HPV.

Preservativo: o uso de preservativo (camisinha) nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, o seu uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois muitas vezes as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, períneo ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, é mais eficaz para evitar a infecção, se utilizada desde o início da relação sexual.

Parceria sexual: é fundamental que as parcerias sexuais sejam aconselhadas e examinadas. Pode acontecer de a infecção inicial ter ocorrido na parceria sexual que não apresente qualquer sinal ou sintoma. Dessa forma, faz-se necessária a realização de consulta para o casal.

Diagnóstico

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo das lesões (clínicas ou subclínicas).

  • Lesões clínicas – podem ser diagnosticadas por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino), anal (ânus e região perianal) e dermatológico (pele).
  • Lesões subclínicas – podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como o exame preventivo Papanicolau (Citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e por meio de biopsias e Histopatologia, a fim de distinguir as lesões benignas das malignas.

Tratamento

O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.

Sobre o tratamento:

  • Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
  • Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
  • Podem ser domiciliares (auto aplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicados no serviço de saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletro cauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso.
  • Podofilina e imiquimode não devem ser usadas na gestação.
  • O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso se identifiquem novas lesões.
  • Além do tratamento de lesões visíveis, é necessário que os profissionais de saúde realizem exame clínico anogenital completo, pois pode haver lesões dentro de vagina e ânus não identificadas pela própria pessoa afetada.

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Classificação BI-RADS

O termo BI-RADS, um acrônimo em inglês para Breast Image Reporting and Data System, é uma classificação desenvolvida em 1993 pelo Colégio Americano de Radiologia (ACR) com intuito de padronizar os relatórios mamográficos, de forma a minimizar os riscos de má interpretação dos laudos da mamografia e facilitar a comparação de resultados para futuros estudos clínicos.

O ACR BI-RADS, portanto, é uma forma padronizada de relatar os achados radiológicos da mamografia, o que reduz em muito o risco de interpretações subjetivas de laudos puramente descritivos e impede que um mesmo achado seja interpretado de forma diferente entre o médico radiologista que realizou o exame e o médico assistente da paciente que solicitou o exame.

A classificação também ajuda o médico assistente a saber quando a investigação de um nódulo suspeito deve ser complementada com outros métodos e quando ela pode ser satisfatoriamente interrompida apenas com o resultado da mamografia. Ele ajuda também a padronizar as condutas médicas.

Inicialmente proposta como uma classificação para os relatórios da mamografia, o BI-RADS atualmente também tem sido usado para descrever laudos de ultrassonografia mamária e de ressonância das mamas.

BI-RADS categoria 0 – Exame inconclusivo

Quando o radiologista classifica o seu resultado como BI-RADS 0, isso significa que ele considerou o exame inconclusivo ou incompleto. As causas para uma categoria 0 incluem fatores técnicos, tais como imagens de baixa qualidade, que podem ser devidos ao posicionamento inadequado da mama ou à movimentação da paciente durante o exame. A categoria 0 também pode ser atribuída quando há dúvida sobre a existência ou não de uma lesão, havendo necessidade da realização de outro exame de imagem para tirar a prova.

A disponibilização de laudos de mamografia anteriores para que o médico radiologista possa comparar imagens antigas com as imagens atuais diminui o risco da mamografia ser classificada como BI-RADS 0. Por exemplo, uma lesão de difícil avaliação, mas que existe há vários anos e nunca mudou de aspecto, fala claramente a favor de uma lesão benigna. Com o auxílio de resultados anteriores, o médico pode mudar a classificação de categoria 0 para categoria 2 (ver mais à frente).

Quando o laudo da mamografia recebe a classificação 0, a paciente é orientada a realizar imagens mamográficas adicionais e/ou uma ultrassonografia da mama.

Portanto, um BI-RADS 0 não indica nem que a lesão é provavelmente benigna nem que é provavelmente maligna. A categoria 0 indica um exame inconclusivo que deve ser repetido.

BI-RADS categoria 1 – Exame normal ou exame negativo

Quando o radiologista classifica o seu resultado como BI-RADS 1, isso significa que a mamografia não apresenta nenhuma alteração.  O exame é completamente normal. As mamas são simétricas e não foram visualizadas massas, distorções de arquitetura ou calcificações suspeitas.

O risco de lesão maligna em um exame classificado como categoria 1 é de 0%.

BI-RADS categoria 2 – Exame com achados certamente benignos

Quando o radiologista classifica o seu resultado como BI-RADS 2, isso significa que ele encontrou alguma alteração na mamografia, mas que as características da lesão permitem afirmar que ela é benigna.

Entre as lesões que costumam ser encontradas em exames com classificação BI-RADS 2, podemos citar:

  • Fibroadenomas calcificados.
  • Cistos
  • Linfonodos intra-mamários.
  • Calcificações vasculares.
  • Lipomas
  • Hamartomas.
  • Calcificações de origem secretória.
  • Implantes de silicone.
  • Cicatriz cirúrgica.

BI-RADS categoria 3 – Exame com achados provavelmente benignos

Quando o radiologista classifica o seu resultado como BI-RADS 3, isso significa que ele encontrou alguma alteração na mamografia, que provavelmente é benigna, mas que ele não tem 100% de segurança. Por mais que o médico tenha quase certeza que a lesão é benigna, se ele tiver a mínima dúvida, a classificação deve ser categoria 3.

Quando o exame é classificado como BI-RADS 3, a conduta sugerida é repetir a mamografia após 6 meses. Se o novo exame também for categoria 3, uma nova mamografia é repetida após mais 6 meses (12 meses após a primeira). Se nessa mamografia o resultado for o mesmo, uma última reavaliação mamográfica deve ser realizada após mais 1 ano (2 anos após o resultado inicial). Se após 2 anos, a lesão permanecer igual, o radiologista pode passar a considerá-la um BI-RADS 2.

Por outro lado, se em algum momento do seguimento a lesão mudar de características e se tornar mais suspeita, a classificação deve ser mudada para BI-RADS 4 e a lesão deve ser biopsiada. Vários estudos já mostraram que esse seguimento semestral não acarreta risco para a paciente. Mesmo nos raros casos em que a lesão muda de característica e passa a haver a suspeita de malignidade, a espera não traz prejuízos à saúde da paciente.

Portanto, um resultado na categoria 3 indica uma lesão com baixíssimo risco de malignidade, que não precisa ser inicialmente biopsiada, mas que, por prudência, deve ser seguida de perto ao longo dos próximos 2 anos.

O risco de lesão maligna do BI-RADS 3 é de apenas 2%, ou seja, 98% dos casos são mesmo lesões benignas.

BI-RADS categoria 4 – Exame com achados suspeitos

Quando o radiologista classifica o seu resultado como BI-RADS 4, isso significa que ele encontrou alguma alteração na mamografia, que pode ser um câncer, mas que não necessariamente é um câncer. Todas as pacientes com um resultado BI-RADS 4 devem ser submetidas à biópsia da lesão para que o diagnóstico correto possa ser estabelecido.

A categoria 4 costuma ser dividida em 3 subcategorias de acordo com o risco de câncer:

  • BI-RADS 4A – Lesão com baixa suspeita de malignidade – 2 a 10% de risco de câncer.
  • BI-RADS 4B – Lesão com moderada suspeita de malignidade – 11 a 50% de risco de câncer.
  • BI-RADS 4C – Lesão com elevada suspeita de malignidade – 51 a 95% de risco de câncer.

Independentemente da subcategoria de BI-RADS 4, todos os casos devem ser submetidos à biópsia. A diferença é que na paciente com BI-RADS 4A, o esperado é que a biópsia confirme uma lesão benigna, enquanto no BI-RADS 4C, o esperado é que a biópsia confirme o diagnóstico de câncer.

BI-RADS categoria 5 – Exame com elevado risco de câncer

Quando o radiologista classifica o seu resultado como BI-RADS 5, isso significa que ele encontrou alguma alteração na mamografia, que quase com certeza é derivada de um câncer da mama.

Lesões das mamas com típicas características de câncer incluem nódulos densos e espiculados, calcificações pleomórficas, lesões com retração da pele ou distorções da arquitetura da mama ou calcificações lineares finas dispostas num segmento da mama.

Todas as lesões com categoria 5 devem ser biopsiadas.

O risco de lesão maligna em um exame classificado como BI-RADS 5 é maior que 95%.

BI-RADS categoria 6 – Exame com lesão maligna previamente conhecida

A classificação BI-RADS 6 é utilizada apenas nas pacientes que já têm o diagnóstico de câncer de mama estabelecido e acabam por fazer uma mamografia para acompanhamento da doença, como por exemplo, após início da quimioterapia. Essa classificação serve apenas para confirmar ao médico que a lesão maligna identificada na mamografia é a mesma já conhecida anteriormente.

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Cisto na mama pode virar câncer?

O cisto na mama, também conhecido por cisto mamário, é uma alteração quase sempre benigna que aparece na maior parte das mulheres, entre os 15 e os 50 anos de idade. A maioria dos cistos de mama são do tipo simples e, por isso, são preenchidos apenas por líquido, não trazendo qualquer perigo para a saúde.

Ginecologista Dra Claudiani Branco esclarece a dúvida sobre cisto na mama e câncer de mama no OUtubro Rosa.

No entanto, existem mais dois tipos principais de cistos:

  • Cisto mamário espesso: contém um líquido mais espesso, semelhante à gelatina;
  • Cisto mamário de conteúdo sólido: tem no seu interior uma massa dura.

Destes tipos de cisto, o único que apresenta algum risco de virar câncer é o cisto sólido, que também pode ser conhecido como carcinoma papilífero, e que precisa ser avaliado através de biópsia para identificar se existem células cancerígenas no seu interior.

Na maioria das vezes, o cisto não dói e dificilmente é percebido pela mulher. Em geral, só se percebe um cisto na mama quando ele é muito grande e a mama fica mais inchada e mais pesada.

Como diagnosticar o cisto de mama

O cisto na mama pode ser diagnosticado através do ultrassom mamário ou da mamografia, e não requer tratamento específico. No entanto, mulheres que possuem um cisto muito grande que causam dor e desconforto podem beneficiar-se de uma punção para a retirada do líquido que forma o cisto, dando um fim ao problema.

É importante também fazer regularmente o auto-exame da mama.

Quando o cisto na mama pode ser grave

Quase todos os cistos da mama são benignos e, por isso, o risco de desenvolver câncer a partir dessa alteração é muito baixo. No entanto, todos os cistos sólidos devem ser avaliados através de uma biópsia, já que possuem algum risco de ser câncer.

Além disso, o cisto também pode ser analisado por biópsia se estiver aumentando muito de tamanho ou se surgirem sintomas que possam indicar câncer como:

  • Coceira frequente na mama;
  • Liberação de líquido pelos mamilos;
  • Aumento de tamanho de uma das mamas;
  • Alterações na pele da mama.

Mesmo que todos os exames indiquem que o cisto é benigno, a mulher deve fazer a mamografia 1 a 2 vezes por ano, de acordo com a orientação do seu médico, pois continua a apresentar o mesmo risco que qualquer outra mulher de ter câncer da mama.

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Exame BRCA1 e BRCA2 para câncer de mama

Ginecologista Dra Claudiani Branco comenta sobre os exames BRCA1 e BRCA2 para prevenção ao Câncer de Mama no Outubro Rosa.

O teste genético para o câncer de mama possui como objetivo principal verificar o risco de desenvolvimento do câncer de mama, além de permitir que o médico saiba qual a mutação associada à alteração cancerígena.

Esse tipo de teste normalmente é indicado para pessoas que possuem parentes próximos que foram diagnosticados com câncer de mama antes dos 50 anos de idade, câncer de ovário ou câncer de mama masculino. O teste consiste em um exame de sangue que, por meio de técnicas de diagnóstico molecular, identifica uma ou mais mutações associadas à susceptibilidade ao câncer de mama, sendo os principais marcadores solicitados no teste o BRCA1 e o BRCA2.

Como é feito

O teste genético para câncer de mama é feito a partir da análise de uma pequena amostra de sangue, que é enviada para o laboratório para análise. Para fazer o exame não é necessário preparação especial e nem jejum e não causa dor, o máximo que pode acontecer é um leve desconforto no momento da coleta.

Esse teste tem como objetivo principal avaliar os genes BRCA1 e BRCA2, que são genes supressores de tumor, ou seja, impedem que as células cancerígenas se proliferem. No entanto, quando há mutação em algum desses genes, a função de parar ou atrasar o desenvolvimento do tumor é prejudicada, havendo a proliferação das células tumorais e, consequentemente, desenvolvimento do câncer.

O tipo de metodologia e mutação a ser pesquisada é definida pelo médico, podendo ser indicada a realização de:

  • Sequenciamento completo, em que é visto todo o genoma da pessoa, sendo possível identificar todas as mutações que possui;
  • Sequenciamento por genoma, em que apenas regiões específicas do DNA é sequenciado, identificando mutações presentes naquelas regiões;
  • Pesquisa de mutação específica, em que o médico indica qual a mutação que deseja saber e são feitos testes específicos que permitem identificar a mutação desejada, sendo esse método mais indicado para pessoas que possuem familiares com alguma alteração genética já identificada para câncer de mama;
  • Pesquisa isolada de inserções e deleções, em que são verificadas alterações em genes específicos, sendo essa metodologia mais indicada para quem já fez o sequenciamento, mas necessita de complementação.
  • O resultado do teste genético é enviado para o médico e no laudo consta o método utilizado de detecção, bem como a presença dos genes e da mutação identificada, caso esteja presente. Além disso, dependendo da metodologia utilizada, pode ser informado no laudo o quanto a mutação ou gene está expresso, o que pode ajudar o médico a verificar o risco de desenvolvimento de câncer de mama.

Exame Oncotype DX

  • O exame Oncotype DX também é um exame genético para o câncer de mama, que é feito a partir da análise do material de biópsia da mama, e tem como objetivo avaliar os genes relacionados com o câncer de mama através de técnicas de diagnóstico molecular, como a RT-PCR. Dessa forma, é possível que o médico indique qual o melhor tratamento, podendo a quimioterapia ser evitada, por exemplo. 
  • Esse exame consegue identificar o câncer de mama em estágios iniciais e verificar qual o grau de agressividade e como seria a resposta ao tratamento. Assim, é possível que seja feito um tratamento mais direcionado para o câncer, evitando os efeitos colaterais da quimioterapia, por exemplo.

Quando fazer

O exame genético para o câncer de mama é recomendado para pessoas que possuem familiares diagnosticados com câncer de mama, feminino ou masculino, antes dos 50 anos ou câncer de ovário em qualquer idade. Por meio desse teste, é possível saber se há a presença de mutações no BRCA1 ou no BRCA2 e, assim, ser possível verificar a chance de desenvolvimento de câncer de mama.

Normalmente quando há indicação da presença de mutações nesses genes, é provável que a pessoa desenvolva câncer de mama ao longo da vida. Cabe ao médico identificar o risco de manifestação da doença para que sejam adotadas medidas de prevenção de acordo com o risco de desenvolvimento da doença.

Possíveis resultados

O teste genético é dito positivo quando é verificada a presença de mutação em pelo menos um dos genes, mas não indica necessariamente se a pessoa irá ter ou não câncer e nem a idade em que isso pode acontecer, sendo necessária a realização de testes quantitativos.

No entanto, quando é detectada uma mutação no gene BRCA1, por exemplo, há chance de até 81% de desenvolvimento do câncer de mama, sendo recomendado que a pessoa faça ressonância magnética anualmente, além de poder fazer a mastectomia como forma de prevenção.

O teste genético negativo é aquele em que não foram verificadas qualquer mutação nos genes analisados, mas ainda assim há chance de desenvolvimento de câncer, apesar de muito baixo, sendo necessário acompanhamento médico por meio da realização de exames regulares.

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Nota técnica de esclarecimento sobre vacinação contra COVID-19 e mamografia

Comissão Nacional de Mamografia- CBR, SBM e FEBRASGO

Ginecologista Dra Claudiani Branco fala sobre a relação entre a vacina contra a COVID-19 e mamografia em nota de esclarecimento da comissão Nacional de Mamografia.

Recentemente a Comissão Nacional de Mamografia que reúne representantes do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia publicou orientações em relação à realização da mamografia e a vacinação contra a Covid-19. Nessa nota gostaríamos de esclarecer algumas dúvidas e notícias falsas publicadas em redes sociais que tem funcionado como barreiras ao rastreamento do câncer de mama e a vacinação contra Covid 19:

  1. As vacinas contra Covid-19 NÃO causam câncer de mama ou quaisquer outras doenças na mama. 
  2. As vacinas contra Covid-19 algumas vezes causam inchaço passageiro de gânglios embaixo do braço que podem aparecer nos exames de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética das mamas. Por isso, quando fizer seus exames de mama informe se foi vacinada, quando e em qual braço tomou a vacina para evitar equívocos de interpretação por parte do médico.
  3. Inchaço transitório de gânglios embaixo do braço também pode ocorrer com outras vacinas, após depilação a laser da axila e inflamações no ombro, entre outras causas. Trata-se de uma reação de defesa normal do corpo.
  4. As pacientes que foram vacinadas contra Covid-19, em particular aquelas que estiverem com atraso na realização da sua mamografia rotina, NÃO devem postergar ainda mais o exame de mamografia. Em 2020, entre 30% e 50% das mulheres deixaram de realizar suas mamografias devido a pandemia de Covid 19. Estima-se que esse retardo terá impacto futuro na mortalidade pelo câncer de mama.
  5. Aguardar quatro semanas após a vacinação é uma sugestão para mulheres com os exames em dia quando este prazo não prejudicar sua avaliação para o diagnóstico de câncer de mama. 
  6. Em hipótese nenhuma mulher com câncer de mama diagnosticado ou com sintomas que possam representar câncer de mama como, por exemplo, nódulos palpados ou saída de líquido no mamilo devem retardar sua avaliação médica e os exames solicitados por terem sido vacinadas recentemente. 
  7. Por fim, no atual contexto da pandemia NENHUMA mulher deve abdicar da vacinação por medo de que ela possa causar doenças na mama ou afetar seus exames na mama. E NENHUMA mulher deve abdicar de realizar seus exames de rastreamento do câncer de mama, pois lembramos que ele ainda é o mais frequente entre as mulheres no Brasil e no mundo.

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Outubro Rosa: INCA lança a campanha de prevenção ao câncer de mama

Ginecologista Dra Claudiani Branco comenta sobre o Outubro Rosa e a campanha de prevenção ao câncer de mama do INCA.

Em 2020, mais de 2,3 milhões de mulheres no mundo descobriram que estavam com câncer de mama. Esse tipo de tumor é o que mais acomete a população feminina brasileira e representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas. Também é o câncer que mais mata. Para alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância fundamental da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, nesta sexta-feira (1º) o Ministério da Saúde lança a campanha do Outubro Rosa.

No evento, técnicos do INCA vão detalhar os custos atualizados do câncer de mama para o Sistema Único de Saúde (SUS) e mostrar que hábitos saudáveis também ajudam na redução de riscos, e gastos, em oncologia.

 No Brasil, em 2020, cerca de oito mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais, como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, não ter amamentado e inatividade física. O número representa 13,1% dos 64 mil casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos e mais, em todo o País, de acordo com dados do INCA.

Em outro recorte, relativo a 2018, o estudo retrata que o gasto para tratamento da doença no SUS passou dos R$ 813 milhões. Os quatro principais fatores de risco representaram 12,6% de todo o custo, ou R$102,5 milhões. A inatividade física correspondeu à maior fração do valor total (4,6%), seguida pelo não aleitamento materno (4,4%), excesso de peso (2,5%) e consumo de bebida alcoólica (1,8%).

Mortalidade

Em 2019, o Brasil registrou 18.068 mortes por câncer de mama, sendo o principal tipo da doença que leva mulheres a óbito. Projeções do INCA até 2030 apontam para a estabilidade das taxas de mortalidade entre 30 e 69 anos, mas ainda estão bem distantes dos 30% de redução estabelecidos pela Organização das Nações Unidas. Uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável até 2030 é reduzir em um terço das mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, o câncer.

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Ultrassonografia obstétrica

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra fala sobre a Ultrassonografia obstétrica. Foto em Canva.com.

A ultrassonografia obstétrica usa ondas sonoras para produzir imagens de um bebê (embrião ou feto) que está dentro de uma mulher grávida. Também é possível visualizar o útero e os ovários da mãe.

O ultrassom não usa radiação ionizante, não tem efeitos prejudiciais conhecidos e é o método preferido para monitorar mulheres grávidas e seus bebês em gestação.

Preparação da gestante para o exame

Este procedimento não requer preparação especial.

Uma vez que apenas a área abdominal inferior precisa ser exposta para este exame, você pode usar uma roupa folgada de duas peças.

Fatores como batimentos cardíacos fetais e malformações podem ser avaliados e as medições podem ser feitas com precisão nas imagens exibidas na tela.

Tais medidas formam a pedra angular na avaliação da:

  • idade gestacional;
  • tamanho;
  • crescimento do feto.

A forma como é feito o ultrassom obstétrico pode exigir uma bexiga cheia quando a varredura abdominal é feita no início da gravidez. Com isso, pode haver algum desconforto devido à pressão na região.

O gel condutor não mancha, mas pode dar a sensação de frio e umidade. Não há nenhuma sensação vinda das ondas de ultrassom.

Por que o Ultrassom é usado na gravidez?

Não se trata, apenas, de um momento emocionante no qual você tem o primeiro contato visual do seu filho. O Ultrassom Obstétrico é feito dentro do Pré-Natal, várias vezes ao longo das semanas de gestação, com o objetivo de:

  • garantir que a saúde do bebê e da gestante esteja em ordem;
  • diagnosticar alterações de uma série de características do seu bebê e mais.

Atualmente, a forma como é feita a Ultrassonografia Obstétrica é considerada uma investigação segura, não invasiva e precisa.

Tornou-se progressivamente uma ferramenta obstétrica indispensável e desempenha um papel importante no cuidado de toda mulher grávida.

Os principais usos da Ultrassonografia Obstétrica são:

1. Diagnóstico e confirmação da gravidez

O saco gestacional pode ser visualizado a partir de 4 semanas e meia de gestação e o saco vitelino em cerca de 5 semanas.

O ultrassom também é muito importante para confirmar que a gravidez está dentro da cavidade do útero.

2. Sangramento vaginal no início da gravidez

Um outro uso comum do ultrassom é para casos de sangramento.

Uma vez que o batimento cardíaco é detectado pela ultrassonografia entre a 6ª e 7ª semana, mesmo que ocorra um sangramento, é possível verificar se está tudo em ordem com o feto.

A frequência cardíaca fetal tende a variar com a idade gestacional nas primeiras fases da gravidez. A frequência cardíaca normal na 6ª semana é de cerca de 90-110 batimentos por minuto (bpm) e na 9ª semana é de 140-170 bpm.

3. Determinação da idade gestacional e avaliação do tamanho do feto

As medidas corporais fetais refletem a idade gestacional do feto. Isto é particularmente verdadeiro no início da gestação.

Em pacientes com último período menstrual incerto, tais medidas devem ser feitas o mais cedo possível na gravidez para se chegar a uma data correta para o paciente.

Na última parte da gravidez, a medição dos parâmetros corporais permitirá a avaliação do tamanho e do crescimento do feto e ajudará muito no diagnóstico e no manejo do retardo do crescimento intrauterino (RCIU).
As seguintes medições são geralmente feitas:

  • O comprimento da coroa-nádega (CRL): feita entre 7 e 13 semanas e fornece uma estimativa muito precisa da idade gestacional.
  • O diâmetro biparietal (DBP): é o diâmetro entre os dois lados da cabeça. Isso é medido após 13 semanas.
  • O comprimento do fêmur (FL): mede o osso mais longo do corpo e reflete o crescimento longitudinal do feto.
  • A circunferência abdominal (CA): a medida mais importante a ser feita no final da gravidez. Ele reflete mais o tamanho e o peso fetal do que a idade. Medições em série são úteis no monitoramento do crescimento do feto.

4. Diagnóstico de malformação fetal

A maneira como é feita a Ultrassonografia Obstétrica permite ao médico encontrar alterações estruturais que o feto possa vir a ter.

Elas podem ser diagnosticadas de forma confiável por meio de um ultrassom, e geralmente podem ser feitas antes de 20 semanas.

Exemplos comuns de malformação incluem:

  • hidrocefalia;
  • anencefalia;
  • mielomeningocele;
  • acondroplasia e nanismo;
  • espinha bífida e mais.

Com equipamentos mais recentes, condições como fissura labiopalatina e alterações cardíacas congênitas são mais prontamente diagnosticadas e em uma idade gestacional mais precoce.

Os marcadores ultrassônicos “soft” indicam diferenças cromossômicas, como síndrome de Down.

A ultrassonografia ainda pode auxiliar em outros diagnósticos pré-natal.

5. Localização placentária

A ultrassonografia tornou-se indispensável na localização da placenta e na determinação de suas bordas inferiores.

Outras alterações placentárias em condições como diabetes, hidropisia fetal, isoimunização de Rh e retardo grave do crescimento intrauterino, também podem ser avaliadas.

6. Gravidez múltipla

Nessa situação, a ultrassonografia é inestimável na determinação de:

  • número de fetos;
  • corionicidade;
  • apresentações fetais,
  • presença de placenta prévia e outras análises.

7. Volume do líquido amniótico

Por meio do ultrassom obstétrico é possível medir a quantidade excessiva ou diminuída de líquido amniótico.

Ambas as condições podem ter efeitos adversos no feto. Nos dois casos, uma Ultrassonografia Obstétrica cuidadosa deve ser feita para excluir o retardo do crescimento intraútero e a malformação congênita no feto.

A ultrassonografia também é de grande valor em outras condições obstétricas que devem ser discutidas com o médico que está acompanhando o pré-natal.

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Gameta feminino e masculino

Dra Claudiani Branco Ginecologista fala sobre os Gametas Feminino e Masculino. Foto em Canva.com.

Gametas são células especiais que contêm a metade do número de cromossomos (23) presentes nas células do organismo. Assim, a fusão de dois gametas tem o potencial de formar um novo conjunto de células (embrião) com o número completo de cromossomos (46), que, por sua vez, têm o potencial de formar um novo indivíduo.

Para que haja uma gravidez, é preciso que ocorra a união dos gametas feminino (óvulo) e masculino (espermatozoide). Mas para que isso efetivamente aconteça, é necessário que os sistemas reprodutores tanto da mulher quanto do homem estejam em perfeito funcionamento.

Distúrbios hormonais, infecções e outras doenças são capazes de prejudicar o desenvolvimento e produção desses gametas, diminuindo sua quantidade e/ou qualidade e, consequentemente, provocando infertilidade.

Óvulos

Os óvulos são produzidos ainda na fase intrauterina, ou seja, quando a menina está se desenvolvendo no útero da mãe. Ao nascer, a mulher já conta com todos os óvulos que terá pelo resto da vida e, ao longo do tempo, a chamada reserva ovariana (“estoque” de óvulos presentes nos ovários) vai diminuindo, até terminar na menopausa, por volta dos 50 anos de idade.

Além de diminuírem em quantidade, os óvulos perdem qualidade com o tempo, por isso a fertilidade da mulher cai com a idade, especialmente a partir dos 35 anos.

Espermatozoides

Diferentemente dos óvulos, os espermatozoides começam a ser produzidos na puberdade, e essa produção segue de forma contínua, até o fim da vida do homem. Algumas doenças e condições, no entanto, podem prejudicar a produção dos gametas masculinos ou seu transporte pelo aparelho reprodutor do homem, afetando a sua quantidade e/ou qualidade.

O que pode prejudicar os gametas?

Tanto homens quanto mulheres podem ser acometidos por doenças ou condições que prejudicam a produção, transporte, qualidade, desenvolvimento ou reserva dos seus gametas. Veja abaixo alguns deles:

Mulheres

Como explicado anteriormente, a reserva ovariana das mulheres diminui naturalmente com o tempo. A quantidade, qualidade e liberação dos óvulos, no entanto, pode também ser prejudicada por outros fatores, entre eles:

  • Endometriomas: os cistos escuros nos ovários causados pela endometriose bem como a cirurgia realizada para removê-los, podem prejudicar a reserva ovariana;
  • Menopausa precoce ou falência ovariana prematura (FOP): alteração que leva ao esgotamento folicular antes dos 40 anos, que faz com que os ovários parem de produzir os hormônios sexuais e que leva à infertilidade;
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP): doença endócrina que pode levar à anovulação (ausência de ovulação) e ciclos menstruais irregulares.

Homens

Nos homens, os problemas relacionados aos espermatozoides podem afetar a produção dos gametas ou o seu transporte. Os principais são:

  • Azoospermia: definida como a ausência de espermatozoides no sêmen, a azoospermia pode ser obstrutiva (quando o problema está em obstruções nos canais que transportam os espermatozoides) ou não obstrutiva (quando a deficiência está na produção dos espermatozoides);
  • Varicocele: varizes nos testículos, que dilatam e prejudicam a circulação sanguínea na região, afetando a produção dos espermatozoides;
  • Orquite: inflamação nos testículos, frequentemente provocada pela caxumba ou infecções sexualmente transmissíveis, que também prejudica a produção dos gametas masculinos.

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Ovários

Os ovários têm como função a produção dos hormônios sexuais femininos e a produção e armazenamento dos óvulos. Os ovários fazem parte do sistema reprodutor feminino, juntamente com o úterotubas uterinas (antes conhecidas como trompas de Falópio) vagina e vulva. Têm duas funções:

  • Produção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e estrogênio;
  • Produção e armazenamento dos óvulos, que são liberados um a cada mês e recolhidos pelas tubas uterinas, enquanto durar a vida reprodutiva da mulher.

São duas glândulas situadas na cavidade pélvica de ambos os lados do útero, logo abaixo das tubas uterinas. Sua Forma se assemelha a uma amêndoa. Em geral, medem 3 cm de comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura.

Ovulação

A cada 28 dias em média, um dos ovários produz um ovócito, que se fecundado por um espermatozóide dará origem a um embrião humano.

hipófise, glândula localizada na base do cérebro, produz dois hormônios, o LH  e o FSH, que estimulam o crescimento e a liberação de um ovócito (célula germinativa feminina) do ovário. O folículo contendo o ovócito amadurece em cerca de 12 a 14 dias, quando se rompe e libera o ovócito, caracterizando a ovulação, que acontece próximo às franjas da tuba uterina.

O folículo maduro que restou é chamado de corpo lúteo e produz hormônio no ovário durante 14 dias, até começar a se degenerar, se não ocorrer a gravidez. Caso ela ocorra, o corpo lúteo será fundamental para produzir hormônios responsáveis pela manutenção do endométrio propício à gestação.

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Tipos de Osteoporose

A osteoporose é uma condição clínica associada à diminuição da massa óssea (da densidade do osso), o que se traduz em uma maior fragilidade dos ossos. Em outras palavras, os ossos ficam mais sujeitos a fraturas.

Dra Claudiani Branco fala sobre a Osteoporose, Tratamentos e prevenção.

Osteoporose primária

É a forma mais comum de osteoporose, ela tem dois tipos principais:

Tipo 1 ou osteoporose pós-menopausa: atinge o osso trabecular (parte porosa), e causa fraturas nas vértebras e rádio distal – geralmente ocorre na mulher após a menopausa.

As mulheres na menopausa são as mais atingidas pela doença porque há uma queda brusca do nível de estrógeno.

Tipo 2 ou osteoporose senil: seu desenvolvimento é facilitado pelo envelhecimento e falta de cálcio. Causa a perda proporcional de ossos cortical (parte dura e compacta) e trabecular.

Osteoporose secundária

Costuma ser causada por inflamações com alterações endócrinas, artrite reumatoide e hipertireoidismo, além do consumo em excesso de álcool e ausência de atividade física. Pode ser o resultado do consumo inadequado de vitaminas e corticoides.

Alguns fatores aumentam as chances do desenvolvimento da osteoporose:

  • CONSUMO INSUFICIENTE DE CÁLCIO E VITAMINA D
  • HISTÓRICO FAMILIAR DA DOENÇA
  • EXCESSO DE PESO
  • POUCA EXPOSIÇÃO AO SOL
  • PROBLEMAS HORMONAIS

Quais são os sintomas?

A osteoporose não provoca sintomas e por isso pode ser chamada de uma doença silenciosa.

Caso ocorram fraturas, elas podem causar dor e incapacidade, algo que costuma ser o primeiro sinal da doença. Essas fraturas podem acontecer sem nenhum trauma importante e acometem principalmente: quadril, punho e coluna.

Tratamento.

O tratamento da osteoporose envolve uso de medicamentos que diminuem ou mesmo interrompem a perda de massa óssea. Além disso são empregadas medidas para diminuir o risco de fraturas, como fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio e adaptações para reduzir a ocorrência de quedas.

Mulheres que já apresentaram fraturas prévias têm 27% mais chances de sofrer novas fraturas.

Existem várias classes de medicamentos que são usados no tratamento da doença. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens, indicações e contraindicações. O tratamento deve sempre ser orientado com supervisão médica.

Como prevenir a osteoporose?

  • Atividades físicas regularmente: elas ajudam a renovar as células dos ossos, deixando-os mais fortes e menos suscetíveis a fraturas.
  • Alimentação equilibrada: tem que ser rica em alimentos com cálcio e vitamina D, pois são importantes para a saúde dos ossos.
  • Tomar sol nos horários seguros (manhã e final de tarde): o sol é uma das mais importantes fontes de vitamina D do organismo.

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