O partograma é um documento oficial que deve ser preenchido a partir do momento que a gestante entra em trabalho de parto. Como o partograma é parte do prontuário, ele deve ser corretamente preenchido e aberto na hora correta.
Mas como sabemos isso? Existem dois critérios importantes para determinar o trabalho de parto: dilatação de pelo menos 3 centímetros e pelo menos 2 contrações efetivas.
Como preencher um partograma.
O partograma compreende 4 partes, que devem ser preenchidas de hora em hora, ou quando a gestante for reavaliada.
Identificação da paciente
A primeira parte é a identificação da paciente. Cada serviço pode ter um cabeçalho especificado, mas normalmente temos o nomecompleto, documento/atendimento, idade da gestante e idade gestacional.
Dilatação e altura do feto
A segunda parte refere ao acompanhamento da dilatação e a altura do feto, duasinformações que devem ser anotadas a cada toque vaginal que for realizado. O preenchimento é feito a partir da esquerda para a direita e além das outras duas informações, é necessário anotar a hora real e/ou a hora de registro.
Vamos ver o que cada símbolo significa:
• O triângulo é referente a dilatação e está correlacionado com a escala à esquerda.
• Já o círculo representa a altura do feto, respeitando os planos de De Lee ou de Hodge.
Temos também duas linhas: a linha de alerta e a linha de ação. Elas podem estar presentes ou não no partograma, se não estiverem será de responsabilidade de quem abre o partograma desenhá-las.
Ambas estão em um ângulo de 45 graus e devem estar espaçadas em 4 quadrados. E a linha de alerta deve começar na segunda hora do partograma.
● Linha de Alerta: o trabalho de parto deve acompanhar a linha, por isso, se a representação do parto ultrapassar essa linha, devemos prestar atenção.
● Linha de Ação: mostra a necessidade de intervenção, não necessariamente cesárea!
Batimentos Fetais
A terceira parte é o registro de Batimentos Fetais e deve ser marcado apenas com um ponto na frequência que o feto apresenta no momento do exame.
Em seguida, há o registro das contrações. Para as contrações efetivas, deve-se preencher todo o quadrado. Se elas não forem efetivas, mas durarem entre 20 e 39 segundos, pinta-se apenas metade do quadrado, traçando uma linha na diagonal. O número de quadrados que pintar, representa a quantidade de contrações em 10 minutos.
Uso (ou não) de ocitocina, aspecto do líquido amniótico e aspecto da bolsa
A quarta e última parte, é onde será anotado se há ou não uso de ocitocina, o aspecto do líquido amniótico e o aspecto da bolsa.
• BOLSA: A bolsa pode estar íntegra (I) ou rota (R)
• LÍQUIDO AMNIÓTICO (LA): o líquido pode ser claro (LC) ou meconial (LM). Lembrando que apenas com o rompimento da bolsa é possível avaliar o líquido amniótico.
• OCITOCINA: é importante marcar a dose que está sendo utilizada
O partograma faz parte do prontuário médico, portanto ao preencher uma coluna (correspondente a uma hora) o examinador deve assinar, indicando que ele realizou o exame.
Herpes genital é uma doença sexualmente transmissível de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Uma vez dentro de um organismo, dificilmente esse vírus será eliminado, porque se aproveita do material fornecido pelas células do hospedeiro para sua replicação. Além disso, como se esconde dentro das raízes nervosas, o sistema imunológico não tem acesso a ele.
Existem dois tipos de HSV:
1) O tipo 1, responsável pelo herpes facial, manifesta-se principalmente na região da boca, nariz e olhos;
2) O tipo 2, que acomete principalmente a região genital, ânus e nádegas.
O período de incubação varia de dez a quinze dias após a relação sexual com o/a portador/a do vírus, que pode ser transmitido mesmo na ausência das lesões cutâneas ou quando elas já estão cicatrizadas.
Herpes genital na gravidez pode provocar abortamento espontâneo, uma vez que existe a transmissão vertical do vírus. E mais: herpes congênito é uma doença extremamente grave e letal.
SINTOMAS DO HERPES GENITAL
No início, a infecção pode causar
Ardor;
Coceira (prurido);
Formigamento;
Gânglios inflamados.
Em seguida surgem as bolhas características do herpes. São pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos genitais masculinos e femininos. Às vezes, elas estão presentes dentro do meato uretral ou, por contiguidade, podem atingir a região anal e perianal, de onde se disseminam se o sistema imunológico estiver debilitado.
As lesões costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento, nos indivíduos imunocompetentes. Nos imunossuprimidos, porém, elas adquirem dimensões extraordinárias.
As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê. Depois, essas pequenas bolhas cheias de líquido se rompem, criam casca, cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece latente até a recidiva seguinte.
PRIMEIRA INFECÇÃO E RECIDIVAS DE HERPES GENITAL
A primeira infecção pode ser muito agressiva e longa, porque o vírus HSV é um elemento estranho e não houve tempo ainda para o sistema de defesa desenvolver estratégias para combatê-lo. Já as recidivas costumam ser menos graves, porque o organismo criou anticorpos capazes de tornar a doença autolimitada, mas o risco de recidivas sempre permanece.
FATORES QUE PODEM DESENCADEAR CRISES DE HERPES GENITAL
Traumas na região genital
Exposição ao sol
Alterações hormonais, incluindo as que podem ocorrer no período menstrual
Fadiga
Febre
Uso de corticoides
TRATAMENTO DO HERPES GENITAL
O aciclovir é a principal droga usada para o tratamento do herpes genital. Ele necessita da ação enzimática do vírus para destruí-lo ou impedir que mantenha sua cadeia de replicação. No entanto, quando o vírus está recolhido no gânglio neural, esse remédio não faz efeito.
RECOMENDAÇÕES SOBRE O HERPES GENITAL
A melhor maneira de prevenir a doença é usar preservativo nas relações sexuais e evitar múltiplos parceiros;
Mesmo que a mulher não tenha lesões visíveis, deve informar o médico que é portadora do vírus do herpes genital se pretende engravidar;
Apesar de as lesões regredirem espontaneamente nas pessoas com resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes genital;
Não toque nas lesões, pois elas carregam grande quantidade de vírus. Se você tocar nas lesões ou nos fluidos da região, lave as mãos imediatamente com água e sabão.
A síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico-pré-menstrual (TDPM) são dois distúrbios relacionados a sintomas que ocorrem uma a duas semanas antes da menstruação e que melhoram após o início dela. Esses sintomas podem ser físicos, emocionais e comportamentais. Embora ambos os transtornos interfiram no dia a dia da mulher, a TDPM é mais severa e, às vezes, incapacitante. Saiba mais sobre essas duas condições e como são tratadas.
O QUE CAUSA OS DISTÚRBIOS PRÉ-MENSTRUAIS?
Os níveis dos hormônios reprodutivos femininos, que são o estrogênio e a progesterona, oscilam durante o ciclo menstrual de toda mulher. Essas variações hormonais podem afetar os níveis de substâncias químicas do cérebro (neurotransmissores) que têm um papel importante na regulação do humor, com destaque para a serotonina.
Mulheres que sofrem de síndrome pré-menstrual ou transtorno disfórico pré-menstrual são mais sensíveis aos efeitos desses hormônios. Ainda não está claro o que causa essa sensibilidade. Alguns estudos sugerem que a predisposição genética contribui. Isso significa que, se você sofre de sintomas pré-menstruais, sua filha tem maior probabilidade de os ter.
Síndrome pré-menstrual – afeta de 75% a 80% das mulheres;
Transtorno disfórico-pré-menstrual – afeta de 3% a 8% das mulheres.
SINTOMAS DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL
A síndrome pré-menstrual (SPM), também conhecida como tensão pré-menstrual (TPM), abrange mais de 150 sintomas, o que significa que eles variam muito para cada mulher. Entre os mais comuns estão:
Sintomas emocionais ou comportamentais – irritabilidade, depressão, ansiedade, retraimento social, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, aumento do apetite e desejo voraz por determinados alimentos;
Sintomas físicos – seios doloridos, inchaço abdominal, dor de cabeça, fadiga, ganho de peso, dor nos músculos ou articulações.
SINTOMAS DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL
A síndrome pré-menstrual e o transtorno disfórico pré-menstrual compartilham muitos dos mesmos sintomas. Nesse último, entretanto, as mudanças de humor que acompanham os sintomas físicos são mais intensas e debilitantes, comprometendo seriamente os relacionamentos, o trabalho e a qualidade de vida de forma geral.
No transtorno disfórico pré-menstrual, pelo menos um dos seguintes sintomas se destaca:
Instabilidade emocional – por exemplo, ter alterações de humor extremas ou crises de choro repentinas;
Mau-humor extremo – sentir-se muito irritada ou ter mais conflitos com as pessoas ao redor;
Humor deprimido – inclui tristeza, falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos;
Ansiedade acentuada – também pode vir na forma de tensão ou sensação de estar “à flor da pele”.
Para fazer o diagnóstico de qualquer um desses distúrbios pré-menstruais, o médico precisará descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, tais como:
Transtornos de ansiedade;
Depressão;
Endometriose;
Problemas da tireoide.
Se possível, procure registrar seus sintomas por pelo menos dois meses antes da consulta. Anote também os dias em que menstruou em cada mês.
TRATAMENTO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E DO TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL
O foco do tratamento da síndrome pré-menstrual e do transtorno disfórico pré-menstrual é o alívio dos sintomas. É fundamental consultar um médico. Só ele pode fazer uma avaliação adequada e indicar o melhor tratamento para o cada caso. Nunca se automedique. As principais abordagens para o gerenciamento desses distúrbios são:
Mudança no estilo de vida – adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação bem equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente, pode ser útil para aliviar os sintomas pré-menstruais. Considere também algumas práticas que trabalhem mente e corpo, como ioga ou meditação, para reduzir o estresse.
Medicamentos – dependendo da gravidade dos seus sintomas, o médico pode prescrever um ou mais tipos de medicamento. O tratamento farmacológico pode incluir:
Antidepressivos – os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), classe de antidepressivos que aumenta os níveis de serotonina, são eficazes para melhorar as alterações de humor que antecedem o período menstrual.
Pílulas anticoncepcionais – impedem a ovulação, o que pode minimizar os sintomas pré-menstruais.
Analgésicos – podem ajudar a aliviar dores ou desconfortos físicos, como dor de cabeça e sensibilidade nos seios.
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O disco menstrual é um acessório para ser usado durante a menstruação, feito de silicone medicinal hipoalergênico.
Semelhante aos coletores menstruais, tem a mesma função dos absorventes: funcionar como uma barreira para o sangue da menstruação, evitando que faça sujeira e manche as roupas.
Como o próprio nome sugere, o disco menstrual parece um disquinho. Com seu formato oval e discreto se encaixa no canal vaginal, próximo ao útero e não necessita de vácuo para o posicionamento correto.
Quais as vantagens do disco menstrual?
O fato de não precisar de vácuo para ficar bem-posicionado é uma das grandes vantagens do disco menstrual.
A pessoa que vai utilizar não precisa se preocupar em aprender a fazer dobras para colocar e retirar. O processo é muito mais fácil.
Além disso, assim como o copinho, o disco menstrual é reutilizável — o que faz bem para o seu bolso e para o meio ambiente.
Mas o grande trunfo do disco menstrual é poder fazer sexo com ele. O seu formato e o método de encaixe deixa o canal vaginal livre, permitindo que você e seu parceiro/parceira transe sem medo de fazer sujeira.
Muitas pessoas sentem-se mais excitadas durante a menstruação. O período também é ótimo para a lubrificação vaginal, tornando as relações mais prazerosas. O papel do disco é justamente conter o sangue menstrual.
O disco menstrual não é um diafragma!
Embora o diafragma seja citado em cartilhas de educação sexual como um método contraceptivo confiável, ele não é muito popular no Brasil e o disco menstrual não veio para substituí-lo por um único motivo: ele não pode ser utilizado para prevenir gravidez ou DST.
O diafragma é um anel flexível, fabricado em borracha, com um material parecido com a camisinha. Sua função é impedir que os espermatozoides cheguem até o útero. Para isso, devem ser inseridos de 15 a 30 minutos antes da relação, e retirado 12 horas depois.
Cuidados com o disco menstrual
O disco menstrual pode ser usado por até 12 horas. Cada vez que você retirar para esvaziar, o indicado é que ele seja lavado com água corrente e sabão neutro.
O disco deve ser fervido por cerca de 3 minutos todo início e final de menstruação. Ou seja, assim que a menstruação der os primeiros sinais, prepare seu disco menstrual e faça o mesmo processo antes de guardá-lo para o próximo ciclo.
Para colocar, você deve apertar as laterais das bordas até que ele fique parecendo um oito. Insira a borda mais larga na vagina e, com o dedo indicador, empurre o disquinho até sentir que chegou ao osso pélvico. A borda da frente deve ficar posicionada atrás desse osso.
Já na hora da retirada, é só puxar a borda frontal. Vale destacar que pode fazer xixi sem maiores problemas, pois, o xixi sai por outro canal.
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Os benefícios da calcinha absorvente são inúmeros: desde manter sua roupa de cama limpa até ajudar a proteger o meio ambiente. Além disso, a calcinha absorvente também ajuda a economizar, porque reduz – ou elimina – os gastos com uso de absorvente descartável.
A variedade e a facilidade de acesso a absorventes descartáveis geram um enorme problema ambiental. Em cada ciclo, uma mulher utiliza de dez a vinte absorventes descartáveis.
Da puberdade até a menopausa, esse número pode chegar a 15 mil. Por isso, cerca de 20 bilhões de absorventes e tampões são despejados em aterros sanitários por ano! No Brasil, não existe reciclagem para esse tipo de resíduo – e, consequentemente, eles também vão parar também em lixões e aterros sanitários.
Isso sem falar que o plástico de polietileno em absorventes convencionais pode levar cerca de 500 anos para se decompor, tornando-se um problema para as gerações futuras. Somente o fato de poderem substituir milhares de produtos que seriam descartados anualmente já faz da calcinha absorvente uma excelente alternativa.
Calcinha absorvente é alternativa sustentável ao absorvente descartável
A crescente procura das mulheres por praticidade e atitudes sustentáveis ampliou a oferta de produtos alternativos para o período menstrual, como o coletor menstrual e a calcinha absorvente.
Além de ecologicamente corretos, esses produtos eliminam a preocupação de não saber exatamente quando você poderá menstruar ao longo do dia e a necessidade de carregar na bolsa calcinhas, absorventes e absorventes internos.
As marcas brasileiras que comercializam vários modelos de calcinha absorvente são a Ecoabs, a Pantys, a Herself, a Korui e a Inciclo, que também é conhecida pela venda de coletores menstruais.
Por que optar pela calcinha absorvente?
1. Sustentabilidade
Uma calcinha absorvente pode durar cerca de dois anos. É reutilizável e pode ser lavada no banho, com sabão neutro, ou na máquina de lavar. Faça as contas: quantos absorventes descartáveis você não deixaria de utilizar nesse período?
2. Economia
Os valores de calcinha absorvente variam – você pode encontrar opções entre R$ 20,00 e R$ 100,00. Entretanto, na ponta do lápis, a economia com absorventes comuns compensa os gastos com uma unidade da calcinha absorvente ou um pacote com várias delas.
3. Saúde
O sangue menstrual é totalmente livre das toxinas da urina. O cheiro característico do fluxo menstrual, muitas vezes, é resultado da química nos absorventes descartáveis em contato com o sangue.
A calcinha absorvente, pelo contrário, ajuda a inibir esses odores, porque possui uma camada com ação antimicrobiana, que evita a proliferação de fungos e bactérias.
4. Alergia, nunca mais
A composição dos absorventes descartáveis e a umidade do contato com a pele podem desencadear alergias e infecções. Por isso, o uso da calcinha menstrual é recomendado para quem sofre com alergia durante o período menstrual.
5. Pode ser usada fora do ciclo menstrual
A calcinha absorvente pode ser utilizada também em casos de infecção vulvo-vaginais de repetição e incontinência urinária.
6. É segura e bonita
A calcinha absorvente é feita com três camadas de tecido: um mais macio, que fica em contato com a pele; um impermeável, que fica em contato com a roupa; e um material absorvente que impede a proliferação de fungos e bactérias. Ainda assim, parece uma calcinha comum – à primeira vista, é praticamente impossível reconhecer a diferença entre calcinhas normais e os absorventes.
A maioria das marcas trabalha com vários modelos, em diversas cores, tamanhos e espessuras. Além disso, é possível permanecer mais de cinco horas, ou até um dia inteiro, com a calcinha absorvente, sem correr risco de vazamentos. Tudo dependerá da intensidade do fluxo.
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O coletor menstrual, também conhecido como copo menstrual, é uma ótima estratégia para substituir o absorvente durante a menstruação, sendo uma opção mais confortável, econômica e ecológica. O coletor é fácil de usar, mantém a umidade natural da vagina, já que é mais fácil para entrar e sair em comparação ao absorvente interno e não deixa cheiro, já que o sangue não entra em contato com o ar, não havendo oxidação, o que é responsável pelo cheiro.
O coletor menstrual deve ser escolhido de acordo com a altura do colo do útero e intensidade do fluxo menstrual, podendo ser trocado a cada 8 ou 12 horas. É importante que o coletor seja colocado corretamente e que seja verificado se ficou bem encaixado, pois assim é possível evitar vazamento.
Como usar
Os coletores menstruais podem ser utilizados por todas as mulheres, no entanto é importante que as meninas virgens tenham orientação do ginecologista para que seja indicado o coletor mais adequado. Além disso, os coletores podem ser usados em todas as ocasiões, na praia, para fazer esportes ou na piscina, podendo inclusive ser usado para dormir desde que não ultrapasse 12 horas de uso.
De forma geral, o coletor menstrual pode ser utilizado por 8 a 12 horas, no entanto quando o fluxo da mulher é muito intenso ou quando é notado um pequeno vazamento, pode ser necessário trocar o coletor antes desse período.
Como colocar
Assim como o absorvente interno, o coletor menstrual é apenas indicado durante a menstruação. Para colocar basta sentar-se no vaso com as pernas bem abertas, dobrar o coletor de acordo com a indicação da embalagem e introduzir o coletor dobrado na vagina, de forma que o cabinho fique para fora. Em seguida, rodar o coletor para se certificar de que está encaixado e sem dobras.
Para verificar se o coletor abriu corretamente e está fazendo vácuo, pode-se segurar na ponta ou haste do coletor menstrual e rodar devagar. A posição correta dos coletores menstruais é mais próxima da entrada do canal vaginal, e não no fundo como acontece com os absorventes internos.
Como tirar
A cada 8 ou 12 horas, o coletor menstrual deve ser retirado da seguinte forma:
Sentar-se no vaso sanitário, fazer xixi, secar a vulva e depois abrir bem as pernas;
Inserir o dedo indicador pelo ladinho, entre o coletor e a parede vaginal, para retirar o vácuo, facilitando sua retirada;
Puxe a parte final ou haste do coletor, até que ele saia da vagina;
Despeje o sangue no vaso, e lave o coletor com água abundante e sabão próprio para a região intima com pH neutro, secando no fim com papel higiênico.
Caso exista dificuldade para retirar o copo, pode optar por ficar agachada no chão do banheiro, pois esta posição pode facilitar o acesso ao coletor menstrual. Depois de limpo e seco o coletor está pronto para ser introduzido novamente.
Como escolher o coletor menstrual
O coletor menstrual pode variar de acordo com o tamanho e consistência e, por isso, é importante ter atenção a alguns fatores na hora de escolher o coletor, como altura do colo do útero e intensidade do fluxo menstrual, por exemplo. Assim, para escolher o coletor menstrual é importante levar em consideração:
1. Altura do colo do útero
Para saber o seu comprimento, no banho após lavar bem as mãos e a região íntima, deve inserir o dedo no canal vaginal, até tocar numa estrutura arredondada que será o seu colo do útero. Este teste deve ser feito de preferência durante o período menstrual, pois dependendo da mulher a sua posição pode mudar ligeiramente.
Para colo do útero baixo: preferir coletor mais curto
Para colo do útero alto: preferir coletor mais comprido.
Se o colo for baixo, não vai ser preciso inserir muito o dedo na vagina para o conseguir tocar. Por outro lado, se o seu colo for alto, será bem difícil de alcançar, pois ele estará localizado bem no fundo da vagina.
2. Intensidade do fluxo menstrual
A intensidade do fluxo menstrual ajuda a decidir a largura e consequentemente, a capacidade do coletor:
Para fluxo menstrual intenso: preferir coletor mais largo e maior;
Para fluxo menstrual médio: preferir coletor de tamanho médio
Para fluxo menstrual fraco: pode usar coletor menor, mais curto.
Para avaliar a intensidade do fluxo, é preciso observar a frequência com que se troca o absorvente. Caso a troca necessite ser feita a cada 2 ou 3 horas, o fluxo é considerado intenso, e quando não há necessidade de trocar antes de 4 ou 6 horas, o fluxo é considerado fraco.
3. Outros fatores
Além da altura do colo do útero e da intensidade do fluxo menstrual, também é importante considerar outros fatores como a força dos músculos pélvicos, se tem bexiga mais sensível, se pratica atividades físicas que fortaleçam os músculos pélvicos como Yoga ou Pilates, por exemplo, se é virgem ou se já teve filhos.
A análise conjunta de todos estes fatores irá ajudar a decidir o diâmetro e maleabilidade do coletor, ajudando a mulher a entender se necessita de coletores mais maleáveis, mais firmes, maiores ou menores.
Onde comprar
O coletor menstrual pode ser encontrado em supermercados, farmácias e lojas online, podendo ser vendido em embalagens com 2 coletores ou de forma individual. Algumas das principais marcas de coletores utilizadas são Inciclo, Lady Cup, Me Luna, Holy Cup, Lunette, Fleurity, Prudence e Korui, por exemplo.
Como limpar o coletor menstrual
Na primeira utilização, antes de cada ciclo e no final, deve-se esterilizar o coletor menstrual, para garantir uma limpeza mais profunda e a eliminação de microrganismos que podem causar infecção. A esterilização pode ser feita na panela ou no micro-ondas, de acordo com as recomendações:
Na panela
Numa panela só para o coletor de ágata esmaltada, vidro ou inox, deve colocar o coletor e adicionar água até o cobrir completamente;
Ligar o fogo e esperar que a água ferva;
Depois de levantar fervura, deixar por mais 4 a 5 minutos e retirar do fogo;
No final desse tempo, deve retirar o coletor menstrual e lavar a panela com água e sabão.
Não é recomendada a utilização de panelas de alumínio ou de teflon, pois soltam substâncias metálicas que podem danificar o silicone do coletor. Para não correr riscos, pode optar por comprar uma panelinha vendida por algumas marcas de coletores.
No micro-ondas
Num recipiente próprio para micro-ondas ou num pote de vidro ou caneca de cerâmica (só para o coletor) deve colocar o coletor, adicionar água até o cobrir e colocar no micro-ondas;
Ligar o micro-ondas e esperar que a água ferva. Depois da água ferver, deve deixar durante mais 3 a 4 minutos.
Ao final desse tempo, deve retirar o coletor do micro-ondas e lavar o recipiente normalmente com água e sabão.
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Cada vez mais as mulheres estão se interessando por tratamentos de rejuvenescimento íntimo. O objetivo é reduzir a flacidez, melhorar a firmeza e a elasticidade, trazendo mais autoconfiança e conforto.
Ao longo dos anos, cai a produção de colágeno e de elastina, fibras importantes para garantir a qualidade da pele. Com isso, a pele na região íntima sofre perda de força e espessura, impactada também pela menopausa, efeitos do parto, maus hábitos, entre outros fatores.
Esses efeitos acarretam incontinência urinária, ressecamento íntimo, dor, baixa autoestima e outras consequências.
Protocolos como o laser melhoram a qualidade de vida e a autoestima das mulheres.
Quais os benefícios do laser íntimo?
Reestrutura da pele e da mucosa vaginal
Com o passar dos anos, a pele vaginal perde força e elasticidade. Fica mais fina e com menos viço. O laser íntimo estimula as fibras de colágeno e elastina, aumentando a espessura e a qualidade da pele.
Reduz a dor durante a relação sexual
O laser íntimo estimula a vascularização local, melhorando a firmeza e a lubrificação vaginal. Isso aumenta o prazer feminino e reduz dores durante a relação sexual.
Trata a incontinência urinária leve
Estudos indicam que metade das mulheres maduras sofrem com o problema de perda de urina. O enfraquecimento de músculos do assoalho pélvico e a flacidez gerada pela queda na produção das fibras de colágeno e de elastina levam ao problema, que é amenizado com o laser íntimo.
Reduz as infecções recorrentes
Com o passar dos anos, a flora vaginal entra em desequilíbrio, deixando a região mais alcalina, facilitando a proliferação das bactérias. O laser regenera as células, estimulando o reequilíbrio da flora habitual.
É um tratamento minimamente invasivo
O tratamento com laser é feito no consultório, com resultados evidentes desde o momento da aplicação e com retorno imediato às atividades do dia a dia. O procedimento é indolor e a paciente sente apenas um leve aquecimento na região.
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Como escolher o melhor método contraceptivo para você?
Os contraceptivos são as principais ferramentas de planejamento familiar. Para saber qual método adotar a mulher deve seguir as orientações de um médico, que levará em consideração suas características individuais, o perfil da paciente e possíveis doenças associadas que ela possa ter. Por se tratar de métodos que possuem hormônios precisam de receita médica.
O contraceptivo mais usado no mundo é a pílula combinada de uso diário por ser um medicamento de fácil acesso, disponível em diversas formas e sobre o qual há inúmeros estudos, nem sempre é o método mais indicado. Uma mulher muito esquecida não pode tomar pílula, pelo risco de falha do método. Hoje há recursos tecnológicos que podem ajudar a não esquecer, como os aplicativos para celular que lembram a hora de se medicar, mas é melhor indicar um método que não dependa da lembrança da usuária.
Em casos assim, os métodos contraceptivos de longo prazo, como os dispositivo intrauterinos (DIU Hormonals) ou dispositivos intrauterinos (DIUs) e os implantes anticoncepcionais, podem ser mais eficazes por dependerem menos da mulher. A pílula é eficaz se tomada de forma correta. Se esquecer, a eficácia diminui. Já o DIU, o DIU Hormonal e o implante têm a eficácia teórica e prática muito próximas, por isso tem crescido a preferência por esse tipo de método, que pode durar até dez anos. Entretanto, métodos como o DIU/DIU Hormonal não podem ser utilizados por qualquer pessoa. O médico avalia cada caso individualmente.
Mesmo com a orientação do médico, a escolha final do método a ser adotado ainda deve ser da mulher. Ela precisa ser informada sobre os riscos e benefícios de cada um. Além disso, o profissional de saúde deve orientá-la corretamente, desaconselhando ou deixando de prescrever contraceptivos que apresentem contraindicações.
Os principais métodos anticoncepcionais
Métodos Anticoncepcionais não hormonais
Os métodos anticoncepcionais não hormonais são aqueles em que a contracepção não utiliza hormônio. Dividem-se em três tipos: Muito eficientes, eficientes e pouco eficientes.
Muito Eficientes: DIU – índice de falha 0.1% Vasectomia e Laqueadura – índice de falha 1% Abstinência sexual – índice de falha 0%
Eficientes: Camisinha – índice de falha 8% a 20% Diafragma – índice de falha 8% a 20% Camisinha feminina – índice de falha 8% a 20%
Pouco eficientes: Espermaticida – índice de falha 20% Método do muco cervical – índice de falha 10% a 20% Tabelinha – índice de falha 10% a 20% Coito interrompido – índice de falha 15% a 20%
Métodos Anticoncepcionais Hormonais
Os métodos contraceptivos hormonais são aqueles em que a prevenção da gravidez é controlada por hormônios. Divide-se em muito eficientes e eficientes.
Muito eficientes: Pílula – índice de falha 0,1% Injeção anticoncepcional – índice de falha 0,1% Sistema intraturino liberador de levonorgestrel (DIU Hormonal) – índice de falha 0,1% Implante – índice de falha 0,1% Anel vaginal – índice de falha 0,1% Adesivo anticoncepcional – índice de falha 0,1%
Eficientes: Pílula do dia seguinte – índice de falha 5% a 20%
Principais métodos indicados para cada perfil
Adolescentes: Camisinha Pílula
Para a mulher que já possui família e não quer mais ter filhos: DIU ou DIU Hormonal Implante Vasectomia Ligadura de trompas/laqueadura tubária Pílula Injeção anticoncepcional Adesivo anticoncepcional Anel anticoncepcional
Para mulher que quer espaçar uma nova gravidez: DIU ou DIU Hormonal Pílula Injeção anticoncepcional Implante Adesivo anticoncepcional Anel anticoncepcional
Para mulher que está amamentando: Camisinha DIU ou DIU Hormonal Minipílula (progestógeno) Injeção anticoncepcional trimestral
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Dispositivo intrauterino (DIU) e Sistema intrauterino (DIU Hormonal – também conhecido como DIU medicado ou DIU Hormonal) são, como o nome já diz, sistemas ou dispositivos que devem ser inseridos por médicos, dentro do útero. A grande vantagem destes métodos é a comodidade e a alta eficácia, que pode proteger a mulher durante 5 a 10 anos, dependendo do produto.
Qual a diferença entre os dois?
Ambos impedem a penetração e passagem dos espermatozoides, não permitindo seu encontro com o óvulo. A grande diferença é que o DIU é feito de cobre, um metal, e não possui nenhum tipo de hormônio, enquanto o DIU Hormonal libera um hormônio dentro do útero. Além do efeito contraceptivo, o hormônio pode apresentar outros efeitos, como reduzir o fluxo menstrual.
Eles causam aborto?
Não. Como já citado, os dois métodos impedem que o espermatozoide encontre o óvulo, portanto eles nem deixam a gravidez ocorrer.
Existe chance de falha?
Sim. Atualmente não existe nenhum método anticoncepcional que seja 100% eficaz. No entanto, a chance de falha dos dois métodos é extremamente baixa, sendo parecida com a dos métodos cirúrgicos, como a laqueadura ou vasectomia, o que os deixa entre os métodos mais eficazes que existem.
Uma vez que não dependem da correta administração pela usuária, o DIU e o DIU Hormonal possuem eficácia superior quando comparados aos métodos de curta ação, como as pílulas, injeções, anel e adesivo contraceptivo.
Como posso utilizar o DIU/DIU Hormonal?
O dispositivo deve ser inserido pelo seu médico após ele ter sido indicado para você. Algumas vezes antes do procedimento de inserção o médico poderá solicitar exames complementares, variando de caso a caso.
O procedimento de inserção é simples, rápido e costuma ser realizado no próprio consultório do médico, sem a necessidade de anestesia geral. porém, pode causar desconforto para algumas mulheres.
Qualquer mulher pode utilizar o DIU/DIU Hormonal?
Não. Existem poucas situações em que o DIU e o DIU Hormonal são contraindicados. A escolha do melhor método para cada tipo de mulher deve ser feita sob orientação médica, após a discussão e avaliação das suas necessidades e preferências.
Quais reações adversas posso apresentar ao usar um DIU/DIU Hormonal?
Entre as reações adversas mais comuns estão as alterações do fluxo menstrual.
O DIU, por não conter hormônio, provavelmente não irá alterar a frequência das menstruações, porém poderá causar um fluxo menstrual mais intenso e possível aumento das cólicas menstruais nos primeiros três meses de uso.
O DIU Hormonal, devido à liberação local do hormônio, costuma diminuir a intensidade do fluxo a duração das menstruações e, após 6 meses de uso, 44% das usuárias param de menstruar.
Se quiser engravidar e tenho um DIU/DIU Hormonal, como devo fazer?
Se decidir que é hora de engravidar, converse com seu médico. Ele irá retirar o seu DIU/DIU Hormonal. Após a retirada do dispositivo, sua fertilidade voltará ao normal rapidamente, não importando por quanto tempo você utilizou o método.
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Violência Obstétrica é um termo utilizado para caracterizar abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde na hora do parto. Tais abusos podem ser apresentados como violência física ou psicológica e são responsáveis por tornar um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher em um momento traumático.
Não existe uma definição fechada para o termo, mas sim definições complementares apresentadas por diferentes organizações e governos. É importante notar que o termo “violência obstétrica” não se refere apenas ao trabalho de profissionais de saúde, mas também a falhas estruturais de hospitais, clínicas, e do sistema de saúde como um todo.
A busca pela definição do significado de Violência Obstétrica é importante para que seja encontrado um equilíbrio entre as expectativas da mãe, o serviço oferecido e a necessidade médica que possa surgir. O uso deste termo é importante para garantir que as mulheres possam exercitar seus direitos quando buscam serviços de maternidade, e a sua definição clara é importante para que não haja nenhum impacto negativo na prática da medicina.
Em uma definição abrangente Violência Obstétrica seria:
A intersecção entre violência institucional e violência contra a mulher durante a gravidez, parto e pós-parto. Ocorre nos serviços de saúde públicos e privados. Para muitas mulheres como consequência da violência obstétrica, a gravidez é um período associado a sofrimento, humilhações, problemas de saúde e até a morte.
A violência obstétrica pode se manifestar através de…
Negação de tratamento durante o parto, humilhações verbais, desconsideração das necessidades e dores da mulher, práticas invasivas, violência física, uso desnecessário de medicamentos, intervenções médicas forçadas e coagidas, detenção em instalações por falta de pagamento, desumanização ou tratamento rude. Também pode se manifestar através de discriminação baseada em raça, origem étnica ou econômica, idade, status de HIV, não-conformidade de gênero, entre outros.
Uma outra maneira de explicar violência obstétrica é a colocar como os casos que caem nos espectros de atendimentos que acontecem cedo demais, com intervenções demais ou tarde demais, com intervenções de menos. O primeiro caso seria o da transformação de processo naturais em patológicos e, por conta disso, tratar a mulher com intervenções desnecessárias trazendo malefícios para a mãe e para o bebê. O segundo caso seria o caso da negligência ou impossibilidade de prover mãe e bebê com o atendimento necessário para garantir a sua saúde.
Como prevenir a Violência Obstétrica?
Para se prevenir contra a violência obstétrica é importante que a mulher se informe durante o pré-natal e tome conhecimento das opções que possui para a hora do parto. Além disso, é importante que a mulher tome conhecimento dos tipos de intervenções que podem ser necessárias para poder optar pelas quais não aceita ser submetida.
Na questão do atendimento médico durante o pré-natal e o parto, a comunicação entre a equipe médica e a futura mãe é essencial. Isso torna possível lidar de maneira efetiva com as necessidades médicas que posam surgir e evita que a mulher passe por alguma experiência desagradável desnecessária.
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