Dor na barriga na gravidez?O que é, o que fazer…

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o que é a dor na barriga na gravidez, e os cuidados com esse sintoma.

A dor abdominal na gravidez pode ser causada pelo crescimento do útero, constipação intestinal ou gases, e pode ser aliviada através de uma alimentação equilibrada, exercício físico ou chás.

Porém, ela também pode indicar situações mais graves, como gravidez ectópica, descolamento da placenta, pré-eclâmpsia ou até mesmo aborto. Nestes casos, a dor, geralmente, vem acompanhada de sangramento vaginal, inchaço ou corrimento e nesse caso, a gestante deve ir imediatamente ao hospital.

Causas mais comuns de dor abdominal na gravidez:

No 1º trimestre da gravidez

As principais causas de dor abdominal no primeiro trimestre de gravidez, que corresponde ao período de 1 a 12 semanas de gestação, incluem:

1. Infecção urinária

A infecção urinária é um problema muito comum da gestação e que é mais frequente de acontecer no início da gestação, podendo ser percebida por meio do surgimento de dor no fundo do abdômen, queimação e dificuldade para urinar, vontade urgente de urinar mesmo tendo pouca urina, febre e enjoos.

2. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica acontece devido ao crescimento do feto fora do útero, sendo mais comum nas trompas e, por isso, pode surgir até às 10 semanas de gestação. A gravidez ectópica normalmente é acompanhada de outros sintomas, como dor abdominal intensa em apenas um lado da barriga e que piora com o movimento, sangramento vaginal, dor durante o contato íntimo, tonturas, náuseas ou vômitos.

3. Aborto espontâneo

O aborto é uma emergência e que acontece com mais frequência antes das 20 semanas e pode ser percebido por meio da dor abdominal em baixo ventre, sangramento vaginal ou perda de líquidos pela vagina, saída de coágulos ou tecidos, e dor de cabeça.

No 2º trimestre

A dor no 2º trimestre da gravidez, que corresponde ao período de 13 a 24 semanas, normalmente é causada por problemas como:

1. Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é o aumento de forma súbita da pressão arterial na gravidez, que é difícil de tratar e que pode representar risco tanto para a mulher quanto para o bebê. Os principais sinais e sintomas de pré-eclâmpsia são dor na parte superior direita do abdômen, náuseas, dor de cabeça, inchaço das mãos, pernas e rosto, além de visão embaçada.

2. Descolamento da placenta

O descolamento da placenta é um problema grave da gravidez que pode se desenvolver após as 20 semanas e que pode provocar o parto prematuro ou aborto dependendo das semanas de gestação. Essa situação gera sintomas como dor abdominal intensa, sangramento vaginal, contrações e dor no fundo das costas.

3. Contrações de treinamento

As contrações de Braxton Hicks são as contrações de treinamento que normalmente surgem após as 20 semanas e duram menos de 60 segundos, apesar de poderem acontecer várias vezes ao dia e de provocarem pouca dor abdominal. Nesse momento, a barriga fica momentaneamente dura, o que nem sempre causa dor abdominal. Mas em alguns casos pode haver dor na vagina ou no pé da barriga, que dura alguns segundos e depois desaparece.

No 3º trimestre

As principais causas de dor abdominal no 3º trimestre de gravidez, que corresponde ao período de 25 a 41 semanas, são:

1. Constipação intestinal e gases

A constipação intestinal é mais comum no final da gestação devido ao efeito dos hormônios e da pressão do útero sobre o intestino, que diminui o seu funcionamento, facilitando o desenvolvimento de prisão de ventre e surgimento de gases. Tanto a prisão de ventre quanto os gases levam ao surgimento de desconforto ou dor abdominal do lado esquerdo e cólicas, além da barriga pode estar mais endurecida nesse local da dor.

2. Dor no ligamento redondo

A dor no ligamento redondo surge devido ao alongamento excessivo do ligamento que liga o útero à região pélvica, devido ao crescimento da barriga, levando ao aparecimento de dor na parte inferior do abdômen que se estende para a virilha e que dura apenas alguns segundos.

3. Trabalho de Parto

O trabalho de parto é a principal causa de dor abdominal no final da gravidez e é caracterizado por dor abdominal, cólicas, aumento da secreção vaginal, corrimento gelatinoso, sangramento vaginal e contrações uterinas com intervalos regulares.

Quando ir ao hospital

A dor abdominal persistente no lado direito, próxima do quadril e febre baixa que podem surgir em qualquer fase da gravidez podem indicar apendicite, uma situação que pode ser grave e que por isso deve ser despistada o quanto antes, sendo recomendado ir imediatamente ao hospital. Além disso, também deve-se ir imediatamente para o hospital ou consultar o obstetra que acompanha a gravidez quando apresenta:

  • Dor abdominal antes das 12 semanas de gestação, com ou sem sangramento vaginal;
  • Sangramento vaginal e cólicas fortes;
  • Forte dor de cabeça;
  • Mais de 4 contrações em 1 hora durante 2 horas;
  • Inchaço acentuado das mãos, pernas e rosto;
  • Dor ao urinar, dificuldade ao urinar ou urina com sangue;
  • Febre e calafrios;
  • Corrimento vaginal.

A presença destes sintomas pode indicar uma complicação grave, como a pré-eclâmpsia ou gravidez ectópica, e, por isso, é importante a mulher consultar o obstetra ou ir imediatamente para o hospital para receber o tratamento adequado o mais cedo possível. Caso tenha mais dúvidas, agende uma consulta através dos canais abaixo:

Teste de Ovulação

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o teste de ovulação e como usá-lo.

O teste de ovulação que se compra na farmácia é um bom método para engravidar mais rápido, pois ele indica quando a mulher está no seu período mais fértil, através da medição do hormônio LH, que é produzido em maiores concentrações durante a ovulação.

Alguns exemplos de teste de ovulação de farmácia são o Confirme, o Clearblue ou o Needs, que utilizam uma pequena quantidade de urina e que apresentam uma precisão de até 99%.

Os testes de ovulação também podem ser chamados de teste de fertilidade feminina e são totalmente higiênicos e muito fáceis de utilizar, ajudando a mulher a descobrir quando é o seu período fértil.

Como usar o teste de ovulação

Para usar o teste de ovulação da farmácia, basta molhar a pipeta em um pouquinho de urina e aguardar cerca de 3 a 5 minutos. Depois desse tempo é apenas necessário observar as alterações de cores que ocorrem e comparar com a tira de controlo. Normalmente, se for de intensidade igual ou mais forte, significa que o teste deu positivo e que a mulher está no período fértil. No entanto, é importante ler o folheto informativo de cada marca, para confirmar qual a cor que corresponde a um resultado positivo.

Cuidados para um resultado confiável

Para que o teste dê um resultado confiável, é importante:

  1. Ler atentamente o folheto de instruções;
  2. Conhecer bem o ciclo menstrual, de forma a testar nos dias mais próximos ao período fértil;
  3. Realizar o teste sempre à mesma hora;
  4. Realizar o teste na primeira urina da manhã ou após 4 horas sem urinar;
  5. Não reutilizar tiras teste.
  6. Os testes de ovulação são todos diferentes entre si, por isso, o tempo de espera, assim como as cores do resultado podem variar entre marcas, daí a importância de ler atentamente o folheto contido na embalagem do produto.

Mais dúvidas sobre teste de ovulação? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

Bolsa Rota

O que é bolsa rota?

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o que é a Bolsa Rota durante a gravidez.

Durante a gravidez, o bebê se desenvolve dentro da bolsa amniótica, um tipo de saco cheio de líquido que protege o bebê amortecendo impactos e dando suporte para que a gestação evolua adequadamente. Constantemente, esse líquido se renova e aumenta de volume conforme as semanas vão passando, até a 34ª semana, quando passa a diminuir até o parto. 

Naturalmente, a bolsa se rompe durante o trabalho de parto ou próximo das 39 semanas e não há problema nesses casos. No entanto, quando esse rompimento acontece antes da gestante iniciar o trabalho de parto ou, pelo menos, estar próxima da reta final da gravidez, é chamada de bolsa rota ou amniorrexe. 

De qualquer maneira, independentemente do período gestacional, é muito importante entrar em contato com o (a) médico (a) obstetra assim que perceber que a bolsa estourou. Principalmente, se vier acompanhada de contrações do parto. 

Se a gestante ainda não completou 34 semanas, o mais provável é que ela seja internada e medicada para avaliar se há alguma infecção ou tentar prolongar a gestação até que o bebê tenha condições de sobreviver fora do útero, o que nem sempre é possível e um parto prematuro pode ser necessário. Nessas situações, a rotura é classificada de amniorrexe prematura ou rotura prematura das membranas.  

Da mesma forma, entre 34 e 39 semanas, o bebê ainda não terminou de se formar, portanto o (a) médico (a) irá avaliar a melhor conduta para a saúde da mãe e da criança. Sendo possível internamento e medicação para estender a gestação ou realizar um parto induzido.

De maneira geral, quando é necessário que o parto seja feito, ele costuma acontecer em até 24 horas do rompimento precoce da bolsa. 

O que causa bolsa rota?

Algumas condições fazem com que as gestantes estejam mais vulneráveis à bolsa rota prematura. Entre elas, podemos citar:

  • Histórico de rupturas prematuras da bolsa em gravidez anterior;
  • Ser fumante ou usar drogas;
  • Sangramentos vaginais;
  • Vaginose bacteriana;
  • Útero distendido por gestação múltipla de gêmeos ou mais;
  • Ter realizado procedimentos invasivos no útero; 
  • Deficiências nutricionais como vitamina C e cobre;
  • Doenças como a deficiência de alfa-1-antitripsina, anemia falciforme e síndrome de Ehlers-Danlos.

Além disso, algumas situações podem fazer com que a membrana que mantém o bebê protegido no útero se rompa, causando a bolsa rota e a necessidade do parto antes da hora, como:

Infecção vaginal

Quando a gestante apresentar algum tipo de infecção vaginal, essa condição pode causar o rompimento precoce da bolsa. Isso ocorre porque as bactérias produzem enzimas que agem nas membranas, levando ao enfraquecimento e, consequentemente, uma ruptura da bolsa.

Para identificar a infecção vaginal, é importante que a mãe esteja atenta a corrimentos com odores fortes ou cor mais escura. Qualquer alteração deve ser informada e monitorada pelo (a) médico (a) obstetra.

Colo curto

Algumas mulheres possuem o colo do útero menor do que a média. Por isso, podem ter uma ruptura prematura da bolsa. Nesses casos, as gestantes são monitoradas com mais frequência pelo (a) médico (a). 

Trabalho de parto prematuro

As contrações do trabalho de parto estimulam o rompimento da bolsa, porque ocorre uma tensão dentro do útero, que aumenta a possibilidade de rotura. 

Outras condições de saúde

A bolsa rota também pode ocorrer devido a infecções urinárias, periodontites(infecção na gengiva), gravidez múltipla (gêmeos ou mais), aumento do líquido amniótico e corrimentos genitais não tratados.

Como identificar se a bolsa rompeu?

Geralmente, o sintoma da bolsa rota é fácil de se identificar. Em síntese, ocorre uma perda súbita de grande quantidade de líquido pela vagina: esse líquido atravessa a roupa da mulher e molha o chão. No entanto, em alguns casos, há pequenos vazamentos que deixam a roupa íntima molhada e podem confundir a gestante.

Algumas mulheres podem ter dúvida se o líquido é urina ou sinal de que a bolsa rompeu, já que os escapes de urina são comuns no terceiro trimestre. No entanto, a urina costuma ser amarelada e ter um cheiro que já conhecemos.

Por outro lado, o líquido amniótico é normalmente transparente, semelhante à água de coco e tem um cheiro parecido com água sanitária. Em alguns casos, há pequenos focos de sangue no líquido, essa secreção mucosa é um sinal de que o parto é iminente. 

Também é comum que a perda do tampão mucoso seja confundido com a rotura da bolsa, mas são situações bem diferentes, já que o tampão é mais espesso e parece um catarro. 

Também algumas mulheres detectam pressão quando a bolsa se rompe e outras escutam um barulho de estalo seguido do vazamento. 

Quais são os riscos da bolsa rota? 

A bolsa rota é uma das principais situações que levam ao parto prematuro (antes das 37 semanas). Por isso, deve ser levada a sério e manter a calma é extremamente importante. Ao perceber perda de líquido, entre em contato com o (a) obstetra que te acompanha e vá para o hospital ou maternidade. 

Ao chegar ao hospital ou maternidade, a gestante realiza diversos exames que conseguem identificar a ruptura da bolsa e quais os próximos passos para preservar a saúde da mãe e do bebê. Aqui, o (a) médico (a) vai avaliar a idade gestacional, como está o bebê na bolsa, se a mulher já está em trabalho de parto e se há chances de infecção para a mãe e o bebê. 

Nesse momento, o mais importante é identificar se há líquido suficiente para o bebê continuar no útero, se há algum ponto de infecção que ofereça riscos ou se um parto de emergência é o mais indicado.

Sendo assim, é possível que a gestante (especialmente com menos de 34 semanas) seja internada para tentar prolongar a gravidez ou, se necessário, vá para uma indução de parto ou cesárea. Tudo isso precisa acontecer muito rápido, pois após a bolsa rota é importante que o parto seja feito em até 24 horas. 

Além disso, com a diminuição do líquido, é possível que o bebê entre em sofrimento fetal, com dificuldades para se movimentar, respirar e até se enrolar no cordão umbilical, o que é muito perigoso e, muitas vezes, fatal. Após o nascimento, é preciso identificar possíveis deformidades, más-formações, hemorragias ou outros problemas no desenvolvimento que podem levar o bebê à morte.

Por fim, também traz riscos para a mãe como inflamações e infecções sérias no útero que podem se espalhar para o corpo todo, como a sepse.

Cuidados e prevenção da bolsa rota

Eventualmente, alguns imprevistos e situações fogem do nosso controle, como um acidente de carro ou uma queda. Nesses casos não há como prevenir os efeitos disso e o acompanhamento médico é fundamental para avaliar a saúde da mãe e do bebê. 

No entanto, olhar para os fatores de risco e ter uma série de cuidados para evitar essa lista é um passo possível, como aumentar a ingestão de vitaminas e minerais. Por isso, a realização de um pré-natal adequado é fundamental.

Outro ponto importante é evitar realizar atividades que exijam muito esforço durante a gestação, como pegar peso. Além disso, manter bons hábitos de saúde como alimentação adequada e praticar atividade física regularmente também são ações recomendadas. 

Assim como é um momento muito especial e cheio de amor, na maioria dos casos, a gestação exige uma série de cuidados tanto para a saúde da mãe, quanto para o desenvolvimento saudável do bebê. 

Portanto, siga as orientações do seu ou seu médico (a) obstetra. Somente esse (a) profissional conhece seu histórico, riscos e necessidades.

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Vagina

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica a estrutura da Vagina.

A vagina é um canal tubular que se estende do colo do útero à vulva, parte do aparelho reprodutor feminino. O limite entre a vulva, conjunto dos órgãos genitais femininos externos, e o canal vaginal é constituído por uma membrana chamada hímen, que em geral se rompe quando a mulher tem sua primeira relação sexual.

A região externa da vagina chama-se vestíbulo da vagina.

A parede do canal vaginal é formada por três camadas: mucosa, muscular e adventícia. A mucosa é constituída de tecido conjuntivo repleto de fibras elásticas, tem aspecto rugoso e poucas terminações nervosas; a camada muscular é formada por fibras musculares lisas; a camada adventícia localiza-se na parte externa da camada muscular e é composta por tecidos grossos e elásticos que conferem elasticidade ao órgão.

Tem cerca de 10 cm de comprimento, mas suas dimensões variam de mulher para mulher e aumentam durante a excitação sexual e o parto.

A função da vagina é receber o pênis durante a relação sexual e permitir a saída do bebê no momento do parto, além de eliminar o fluxo menstrual.

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Vulva

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica a vulva e sua estrutura.

A vulva corresponde ao conjunto de órgãos genitais femininos externos e visíveis. Faz parte do sistema reprodutor e possui as seguintes estruturas:

  • Púbis ou monte de Vênus;
  • Grandes lábios ou lábios maiores;
  • Pequenos lábios ou lábios menores;
  • Vestíbulo vulvar;
  • Clitóris;
  • Óstio da uretra ou meato uretral;
  • Introito vaginal;
  • Períneo.
A vulva e sua estrutura.

PÚBIS OU MONTE DE VÊNUS

O púbis é uma proeminência constituída por tecido adiposo e recoberta de pelos que começam a surgir na adolescência. Serve como proteção do osso púbico.

GRANDES LÁBIOS

Os grandes lábios são dobras formadas por tecido adiposo e conjuntivo, cobertas por pele e pelos. Estendem-se do púbis até o períneo e ajudam a proteger a abertura da vaginae da uretra contra agentes infecciosos, como fungos e bactérias. Em sua parte interna, há glândulas sebáceas e sudoríparas.

PEQUENOS LÁBIOS

 São duas pregas finas constituídas de mucosa que se localizam no interior dos grandes lábios. São bastante enervadas e vascularizadas, por isso são áreas bastante sensíveis que aumentam de volume quando a mulher está sexualmente excitada. Delimitam a região do vestíbulo, onde se situam as aberturas da vagina e da uretra. Têm grande quantidade de glândulas sudoríparas e sebáceas, mas não possuem pelos.

Na parte superior, formam o prepúcio do clitóris; na inferior, sob o intróito vaginal (extremidade inferior da vagina), formam a fúrcula ou comissura posterior.

VESTÍBULO VULVAR

É o espaço circundado pelos pequenos lábios. A parte superior do vestíbulo é formada pelo clitóris e a base, pela fúrcula. Em seu interior se localizam o meato uretral, o introito vaginal e as glândulas de Bartholin, que produzem a lubrificação vaginal.

CLITÓRIS

Constituído de tecido erétil, o clitóris se localiza na parte superior da vulva, próximo à uretra e perto da junção dos pequenos lábios. As partes visíveis do clitóris são relativamente pequenas, semelhantes a um grão de feijão, e correspondem ao prepúcio e à glande, área extremamente sensível. No entanto, o restante do órgão se estende no interior do corpo.  Possui inúmeras terminações nervosas e, por isso, tem função importante no prazer sexual feminino.

MEATO URETRAL

É o orifício por onde sai a urina. Localiza-se entre a entrada da vagina e o clitóris e não faz parte dos órgãos genitais femininos, sendo descrito apenas por sua localização anatômica.

INTROITO VAGINAL

Localiza-se na parte inferior do vestíbulo e é parcialmente coberto pelo hímen, tecido membranoso que em geral se rompe quando a mulher tem a primeira relação sexual.

PERÍNEO

Inicia-se na parte inferior da vulva e estende-se até o ânus.

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O que é o EXAME NIPT e para que serve?

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o exame NIPT

NIPT

O NIPT é um exame de sangue simples que serve para avaliar possíveis alterações cromossômicas do feto, como a síndrome de Down, síndrome de Edwards, síndrome de Patau e as alterações dos cromossomos sexuais: síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter. O exame diferencia o DNA fetal e materno e possibilita vantagens clínicas exclusivas, oferecendo qualidade e precisão no resultado.

PARA QUEM O NIPT É RECOMENDADO?

O exame de NIPT é recomendado para mulheres grávidas acima dos 35 anos; gestantes com histórico de gravidez afetada com aneuploidia; gestações em que o pai ou a mãe tenham translocação robertsoniana e pacientes com triagem sérica positiva no primeiro ou segundo trimestre de gestação.

COMO FUNCIONA O EXAME?

O exame é feito por meio de coleta de sangue intravenoso. 

PRÉ-REQUISITOS

A coleta deve ser feita a partir de 9 semanas de gestação (não pode ser realizada antes) e a coleta é recomendada para mulheres acima dos 35 anos, conforme solicitação médica.

PREPARO PARA O PRÉ-NATAL

Recomenda-se que o pré-natal seja feito assim que a gestação for confirmada. Cada exame deverá ser determinado por um médico que saberá quais exames solicitar correspondente a cada fase da gestação.

TEMPO DE DURAÇÃO

O exame consiste em uma coleta de sangue e o tempo de duração varia de 5 a 10 minutos.

PERIODICIDADE DO EXAME

A periodicidade do exame deve ser definida por um obstetra, que poderá solicitar o exame dependendo de cada caso.

QUANDO FAZER O EXAME NIPT?

O exame deve ser coletado após 9 semanas de gestação, pois antes disso a fração fetal é baixa e poderá ser solicitada uma recoleta.

QUAIS DOENÇAS O NIPT DETECTA?

As doenças que o NIPT detecta são:

  • Trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down);
  • Trissomia do 18 (síndrome de Edwards);
  • Trissomia do 13 (síndrome de Patau);
  • Alterações dos cromossomos sexuais: monossomia do X (síndrome de Turner), XXY (síndrome de Klinefelter), XXX e XYY.

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Vitaminas para gestantes

As vitaminas para gestantes são suplementos vitamínicos que são indicadas para auxiliar no melhor desenvolvimento do feto e nos cuidados com a saúde da gestante até o momento do parto.

O que São Vitaminas Para Gestantes?

As vitaminas para gestantes são suplementos de vitaminas criados para auxiliar durante esse período em que é necessária uma melhor alimentação e hábitos mais saudáveis. As vitaminas além de auxiliar no desenvolvimento do feto, tem extrema importância no desenvolvimento cerebral, de ossos e tecidos do bebê além de colaborar no controle de uma gestação saudável até a hora do parto. São recomendadas pelo obstetra logo na primeira consulta do pré-natal e são de extrema importância principalmente no primeiro trimestre da gestação, devendo ser ingerida até o final da gravidez.

Quais Vitaminas Tomar na Gravidez?

Cada vitamina é responsável por uma função e responsável por benefícios diferentes, porém algumas delas tem extrema importância no desenvolvimento adequado do feto evitando más formações, como é o caso do desenvolvimento do tubo neural que é de responsabilidade da vitamina B6. Vejamos quais são elas:

  • Acido Fólico – Essa vitamina é fundamental para o desenvolvimento do cérebro, para formação da coluna e medula espinhal e para precaver má formação no tubo neural do bebê. É indicado o consumo antes mesmo de engravidar, dessa forma evitando a deficiência desse importante nutriente.
  • Cálcio – O cálcio é fundamental para a formação dos ossos do feto, além de auxiliar na manutenção da pressão sanguínea e na coagulação do sangue. Controla também a contração muscular e age ativamente na produção do leite materno.
  • Ferro – O ferro é muito importante até mesmo antes de se engravidar, pois é responsável pela produção de hemoglobina que carrega oxigênio para as células do corpo e mantem o sistema imunológico em perfeito funcionamento. Já na gravidez devido ao aumento na quantidade de sangue o ferro se encarregará de aumentar a produção da hemoglobina, e auxiliar no desenvolvimento do feto além de prevenir o desenvolvimento de anemia na mulher, que poderá levar a parto prematuro e a um bebê de baixo peso.
  • Vitamina D – A vitamina D é uma das responsáveis pela preservação dos ossos e o funcionamento do metabolismo além de auxiliar no desenvolvimento muscular e de nervos. Atua também na prevenção da coagulação sanguínea e garante o bom crescimento celular no corpo.
  • Zinco – O zinco é responsável pela produção de tecidos no corpo do feto e pela formação das células de DNA.
  • Vitamina B6 – A vitamina B6 é de extrema importância na formação do feto e age na precaução de más formações. Auxilia no controle de enjoos durante a gravidez, pois é responsável pelo controle hormonal da mulher.
  • Vitamina C – Vitamina responsável pelo melhor funcionamento do organismo, atua na saúde da pele e gengivas. Auxilia na melhor absorção do ferro no organismo, colaborando para melhor crescimento dos ossos.
  • Ômega 3 – O ômega 3 auxilia na produção de prostaglandinas responsáveis pelo controle da pressão sanguínea e da coagulação. Atua no desenvolvimento neurológico e visual do feto e atua na precaução de pré-eclâmpsia e parto prematuro.

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Parto normal

O que é um parto normal?

A organização mundial de saúde (OMS) define parto normal como se tratando do momento do nascimento do bebé de forma natural, ou seja, aquele que começa espontaneamente, de baixo risco e assim se mantém até terminar. O recém-nascido nasce espontaneamente, de cabeça para baixo e normalmente entre as 37 e as 42 semanas de gestação.

Dra Claudiani Branco explica o parto normal.

Como calcular a data provável do parto?

A data provável do parto pode ser calculada da seguinte forma:

Idade gestacional cronológica: definida a partir da data da última menstruação; quando a menstruação é regular (certa) começamos a datar a gravidez a partir do primeiro dia da última menstruação (DUM). A data provável do parto é calculada somando 40 semanas (280 dias) a partir desta data (DUM).

Pode-se usar a regra de Naegele para fazer a datação do parto (DPP). Soma-se 7 dias ao dia da última menstruação e tira-se 3 meses. Exemplo: DUM 7/5/2021 DPP 14/2/2022

Depois, a data provável do parto deve ser revista com os dados da ecografia inicial.

  • Idade gestacional efetiva: definida pelo comprimento craniocaudal (CRL) na ecografia do 1º trimestre. A partir daqui mantém-se inalterável ao longo da gravidez.
  • Quando a gravidez resulta de técnicas de reprodução assistidas, a idade gestacional é calculada utilizando a idade do embrião no dia da transferência (2 semanas).
  • Quando o início da vigilância é tardio, devem ser usados dados da história clínica (padrão menstrual e altura uterina) e dados ecográficos (biometrias fetais) para cálculo aproximado da idade gestacional.

Trabalho de parto

trabalho de parto é uma combinação de fenómenos fisiológicos que uma vez postos em marcha conduzem à dilatação e extinção do colo do útero, à progressão do feto através do canal de parto e à sua expulsão para o exterior, culminando com a expulsão da placenta.

É possível identificar alguns sinais e sintomas de que o trabalho de parto se aproxima, a saber:

  • Contrações uterinas inicialmente indolores (contrações de Braxton-Hicks) que vão ficando cada vez mais frequentes e fortes;
  • Dores e pressão nas virilhas que são devidas à descida do feto na pélvis;
  • Aumento da secreção vaginal (muco vaginal em maior quantidade e mais espesso);
  • Saída do tampão mucoso;
  • Diminuição dos movimentos do feto.

Tipos de parto: eutócico, distócico

Podemos identificar dois tipos de parto:

  • Parto eutócico – designa-se por parto eutócico quando o nascimento do bebé ocorre por via vaginal sem qualquer intervenção instrumental durante o parto (veja o tipo de instrumentais abaixo). Este tipo de parto divide-se em 3 estágios:
    • 1º estágio: vai desde a instalação das contrações uterinas regulares à dilatação completa do colo. Há extinção e dilatação do colo uterino.
    • 2º estágio: vai desde a dilatação completa do colo à expulsão do feto. É denominado de período expulsivo.
    • 3º estágio: inicia-se após a expulsão do feto e termina após a expulsão da placenta e membranas fetais. É o período da dequitadura.
  • Parto distócico – designa-se por parto distócico quando é realizado, em algum momento, uso de instrumentos para facilitar o parto.
    • Parto vaginal instrumentado (ventosa, fórceps ou espátula);
    • Parto por cesariana.

Cuidados antes do parto

Para avaliar se a grávida está a entrar em trabalho de parto, normalmente, faz-se o toque vaginal para avaliar se existe dilatação ou extinção do colo do útero.

É realizada uma cardiotocografia (traçado). Esta avalia se a grávida tem contrações uterinas e simultaneamente observa o bem-estar fetal através do registo da frequência cardíaca do feto.

ecografia obstétrica complementa a avaliação do bem-estar fetal através da avaliação do peso e dinâmica fetal, quantidade de líquido amniótico e doppler fetal.

O que são contrações?

As contrações uterinas resultam do encurtamento e relaxamento do músculo do útero e que levam ao endurecimento do ventre materno.

Elas normalmente são dolorosas provavelmente por hipóxia do músculo ou estiramento do colo do útero durante a dilatação. São involuntárias pois pace-makers iniciam a contração e o impulso é propagado através de gap junctions. E são rítmicas, de intervalos variáveis e intercaladas por períodos de relaxamento.

O intervalo entre as contrações diminui gradualmente desde cerca de 10 minutos no início do parto até cerca de 1 minuto durante a expulsão do feto.

Controle da dor, analgesias de parto

A dor do parto é bastante variável de mulher para mulher. A dor de parto pode ser ligeira a moderada para algumas mulheres, enquanto para outras pode ser uma dor muito forte, intensa e por vezes insuportáveis.

O uso da anestesia no parto vaginal é possível de ser realizada, reduzindo muito a quantidade de dor no trabalho de parto. O uso de anestesia não provoca qualquer efeito no feto e ajuda a manter a grávida tranquila.

No parto normal a mulher pode escolher se quer ou não receber a anestesia, basta que ela apresente o desejo ao seu médico.

A anestesia pode ser ministrada em qualquer fase do trabalho de parto. O uso da anestesia em qualquer fase depende da vontade da grávida.

No parto vaginal, a anestesia mais usada é a epidural. A anestesia epidural tira a sensibilidade da dor apenas da cintura para baixo e por isso desaparecem as dores das contrações. O desaparecimento da dor não interrompe as contrações, ou seja, elas continuam a ocorrer normalmente durante o trabalho de parto.
Quando utilizada a anestesia é aplicada entre a 3ª e a 4ª vertebra da coluna lombar através de uma agulha fina e injetam o líquido (fármaco anestésico) no espaço peridural. O uso da anestesia em certas doses acaba por condicionar mais a grávida à cama. Contudo, a mulher pode receber uma dose que alivie a dor e ao mesmo tempo permita que a grávida se levante e caminhe para ajudar na evolução do parto.

Algumas mulheres não querem fazer anestesia epidural no parto e preferem controlar a dor de forma mais natural através de exercícios de respiração, exercícios e massagens corporais, banhos em água quente, acunpuntura ou medicação apenas endovenosa.

Como induzir o trabalho de parto e em qual situação?

O parto normal poderá ser induzido quando o trabalho de parto não se iniciou sozinho e é necessário intervir, pelo bem-estar da saúde da mãe e do bebé. O parto vaginal induzido não deixa de ser um parto natural!

Normalmente, a intervenção é realizada quando a gravidez ultrapassou as 41 semanas, houve rotura de membranas e as contrações não começaram em 24 horas, a Mãe é hipertensa ou diabética, ou ainda quando há diminuição de líquido amniótico (oligoâmnios).

O método utilizado para induzir o parto depende das condições do colo do útero. Quando o colo do útero é favorável utiliza-se a perfusão endovenosa com ocitocina. Quando é desfavorável usam-se dispositivos com prostaglandinas que podem ser vaginais ou orais.

Vantagens do parto normal

O parto normal ou natural tem mais vantagens em relação aos outros tipos de parto. E quanto mais natural for, com o menor número de toques vaginais, manobras ou episiotomia (corte do períneo para evitar lacerações vaginais), melhor! Mas nem sempre é possível e todos os trabalhos de parto são diferentes! O ideal é ter um parto o mais humanizado possível!

O parto normal ou natural tem muitas vantagens em relação ao parto por cesariana, a saber:

  • Menor risco de infecção;
  • Menor tempo de internação (normalmente 48 horas);
  • Tempo de recuperação menor;
  • Os riscos com complicações anestésicas são menores;
  • O útero volta ao tamanho natural mais rapidamente;
  • Aumenta os hormônios responsáveis pelo bem-estar;
  • Os laços afetivos ocorrem de maneira mais intensa e rápida.

Entretanto, não é apenas para as mães que o parto normal oferece diversos benefícios, mas para o bebé também, alguns deles são:

  • Mais tranquilidade;
  • Maior receptividade ao toque;
  • Maior facilidade para respirar (ao passar pelo canal de parto, o tórax é comprimido, fazendo com que os líquidos de dentro do pulmão sejam naturalmente expelidos);
  • Mais atividade ao nascer (antes de ter o cordão umbilical cortado, o bebé consegue achar a mama da mãe sem auxílio de terceiros).

Recuperação após o parto

recuperação após o parto normal é muito rápida. Nas primeiras 2 horas após o parto é necessário fazer repouso e uma vigilância mais rigorosa, mas se estiver tudo bem após esse período já pode iniciar o levante e fazer uma vida normal.

Durante a internação a involução uterina é avaliada pela consistência e pelo tamanho do útero. Os lóquios (sangramento no pós-parto) devem ser observados, no sentido de despistar perdas hemáticas abundantes ou cheiro fétido.

A mobilização precoce (nas primeiras 6 a 8 horas após o parto) deve ser promovida, uma vez que diminuiu a incidência de fenómenos tromboembólicos e melhora o trânsito intestinal.

Quanto ao ingurgitamento mamário, ocorre geralmente entre as 24-72 horas após o parto e pode acompanhar-se de desconforto significativo. Habitualmente, resolve-se em poucos dias sem necessidade de medicação.

A hemorroida é muito frequente no pós-parto. Se forem sintomáticas, devem ser devidamente tratadas: gelo local, venotrópicos e antihemorroidários tópicos e analgésicos.

Às puérperas RH negativas com recém-nascido RH positivo devem ser administradas imunoglobulina anti-D. Nas mulheres não imunizadas contra a rubéola o pós-parto é a altura ideal para se proceder à respectiva vacinação.

A alta hospitalar deve ser dada, regra geral, 48 horas após o parto.

Recomendações na alta

As principais recomendações após a alta são:

  • A mãe deve manter uma dieta rica em cálcio (principalmente aquelas que amamentam);
  • Tomar ferro oral pode ser útil para compensar as perdas hemáticas após o parto;
  • A atividade física deve ser retomada de forma gradual;
  • As relações sexuais podem ser reiniciadas após a cessação do lóquios, desde que não provoquem desconforto ou dor e tenham decorrido, pelo menos 2 a 3 semanas após o parto;
  • É normal no primeiro mês após o parto haver alterações de humor, irritabilidade, labilidade emocional, ansiedade, insónia, crises de choro. Normalmente, é uma situação transitória que normalmente desaparece ao final de 2 semanas. Se se prolongar por muito mais tempo o melhor é procurar ajuda pois podemos estar perante uma depressão pós-parto;
  • É habitual haver uma queda de cabelo mais exuberante até aos 6 meses após o parto;
  • Importância de não esquecer a consulta do puerpério, que deve ser realizada entre a 4ª a 6ª semana após o parto;
  • Importância do teste do pezinho que é realizado no recém-nascido no 3º dia de vida e da primeira consulta que deve ser feita aos 15 dias de vida.

Contraceptivos, menstruação no pós-parto

A mulher que amamenta normalmente tem ciclos anovulatórios e por isso normalmente não menstrua. De qualquer forma a amamentação é um método de contracepção muito falível e por isso devem ser usados métodos contraceptivos eficazes no pós-parto:

  • Métodos de barreira;
  • Métodos hormonais apenas com progestativo: progestagénio oral contínuo (chamada pílula da amamentação) ou implante subcutâneo. Devem ser iniciados na 3º a 4ª semana após o parto;
  • Métodos hormonais estroprogestativos: só devem ser iniciados em mulheres que não amamentam e apenas na 4ª semana após o parto;
  • Dispositivos intrauterinos: podem ser colocados imediatamente após o parto, mas as taxas de expulsão são maiores. A altura ideal de colocação é entre a 4ª a 6ª semana após o parto.

Tem mais dúvidas sobre o parto normal? Agende uma consulta através dos canais abaixo:

Como você está? Como está sua saúde mental?

Já parou para pensar no assunto? Alguma vez refletiu se os seus pensamentos, ideias e sentimentos estão em harmonia? Sabe a diferença entre saúde mental e doença ou transtorno mental?

Ginecologista Dra. Claudiani Branco fala sobre o Janeiro Branco, o mês da saúde mental.

Em geral, os termos causam confusão. Mas basta lê-los com cuidado, pois são autoexplicativos. O primeiro refere-se à saúde e, os outros, à ausência dela. Não existe, porém, uma definição oficial para o conceito de saúde mental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O termo está relacionado à forma como uma pessoa reage às exigências, desafios e mudanças da vida e ao modo como harmoniza suas ideias e emoções. Diariamente, vivenciamos uma série de emoções, boas ou ruins, mas que fazem parte da vida: como alegria, tristeza, raiva, frustração, satisfação entre outras.

Como lidamos com as emoções é o que determina como está a qualidade da nossa saúde mental.

Assim, tê-la ou alcançá-la está muito longe da ausência de transtornos mentais. O desequilíbrio emocional facilita o surgimento de doenças mentais. Podemos dizer que a saúde mental contempla, entre tantos fatores, a nossa capacidade de sensação de bem-estar e harmonia, a nossa habilidade m manejar de forma positiva as adversidades e conflitos, o reconhecimento e respeito dos nossos limites e deficiências, nossa satisfação em viver, compartilhar e se relacionar com os outros – algo muito maior e anterior ao início dos transtornos mentais.

Manter a saúde mental, no entanto, não é tão simples nos dias de hoje. São muitos problemas: estresse, brigas, atrasos, advertências, doenças, falta ou excesso de família, pouco ou muito dinheiro.

Diversos são os fatores que podem influenciar negativamente a nossa saúde mental.e Dedicamos grande parte do tempo de nossas vidas ao nosso emprego e nem sempre isso é prazeroso ou satisfatório. A alta taxa de desemprego no País, a baixa remuneração, más condições de trabalho, falta de planejamento profissional, entre tantos outros, são questões que levam ao aumento significativo de diversos transtornos.

Transtorno Mental e Doença Mental

O uso da palavra transtorno está relacionado com um conceito mais amplo de diagnóstico. Ao falarmos de doença nós temos as causas, um padrão de sintomas e medidas terapêuticas padronizadas, como, por exemplo, as doenças cardíacas.

Quando falamos em transtorno, nos referimos a uma trajetória diagnóstica que varia bastante de pessoa para pessoa, multifatoriais e com diversas formas de tratamento.

Preconceito

Sim, o preconceito ainda é bastante presente na sociedade. Começando pelo lugar que a loucura ocupou na história – o louco como alguém a ser afastado, enclausurado, aquele que não compartilha da ‘mesma realidade’ que os demais. Durante bastante tempo a loucura esteve associada às questões metafísicas de forma negativa. Aquele intangível que está relacionado ao mal, ao descontrole, ao diferente. Hoje em dia, as questões de saúde mental ainda ocupam um lugar bastante nebuloso. Um diabético tem um exame com uma medida glicêmica que prova o que ele tem e ele vale para questões cardíacas e as demais doenças crônicas. Como a saúde mental está no corpo e no meio, muitas vezes é concebida como uma fraqueza do sujeito, algo sobre o qual ele teria condições de atuar e não o faz. 

A maioria da sociedade ainda tem dificuldade em reconhecer que é uma doença e ainda ampliar o conceito de saúde e doença. Não dá mais para serem conceitos antagônicos; ter saúde não significa necessariamente não ter nenhuma doença.

Justamente pelo preconceito e julgamento, as pessoas não querem ser reconhecidas no lugar daqueles que têm transtornos mentais, com o risco de serem vistos como fracos ou descontrolados, algo que vai desde questões morais até as questões éticas. No caso de crianças então, a família se sente muito culpada e exposta.

VALE A PENA LEMBRAR QUE BOA PARTE DA POPULAÇÃO ESTÁ DEPRIMIDA E ANSIOSA, MAS NÃO ESTÁ INTERNADA, POIS AINDA CONSEGUEM SE SUBMETER AO FUNCIONAMENTO DA SOCIEDADE E FREQUENTAM O TRABALHO, A ESCOLA E OUTROS LUGARES SEM FAZER GRANDES ALARDES.

Combater o preconceito é sempre falar sobre o tema, propor debates e tentar entender que todo mundo tem seu jeito de funcionar, mesmo que seja bastante diferente do seu jeito. E tentar construir formas de convivências que não afastem quem é “diferente”. Na infância, por exemplo, as crianças com autismo têm bastante dificuldade de inserção nas escolas. Falta, da parte de todos, um pouco de empatia e flexibilidade para pensar onde encontramos o ponto comum. Não é que essas crianças não aprendem, elas aprendem de outro jeito. Não é que não sabem brincar, elas brincam de outro jeito. Mas a vida corrida não nos dá tempo de aprender o outro jeito de fazer as coisas.

No mundo adulto também falta bastante conversa sobre isso. Todo mundo tem que ser muito bom, o tempo todo. Tem que ser 100% em tudo: no trabalho, na família, na academia, na escola. Temos que falar mais sobre isso, temos que nos permitir sofrer quando é preciso, reconhecer o sofrimento do outro.

SAÚDE MENTAL. Como manter ou conquistá-la

Pequenas ações inseridas no cotidiano podem provocar grandes mudanças ao longo do tempo, com um impacto positivo no seu corpo e mente. O que você sabe sobre autocuidado? Conhece os seus pilares? Nutrição, movimento/atividade física, práticas mente-corpo, espiritualidade, relacionamentos, ambiente físico/contato com a natureza.

A SAÚDE MENTAL NÃO PODE ESTAR
DESCONECTADA DA SAÚDE DO CORPO, PORQUE SAÚDE É UMA SÓ.

Práticas mente-corpo como a meditação, o Yoga, a meditação mindfulness, entre outras, podem auxiliar no foco, facilitando o estado de consciência sobre o que está acontecendo agora, sobre as sensações e necessidades do corpo e,consequentemente, da mente.

É possível encontrar este estado de conexão em outras práticas como corrida, escutar uma música que você gosta, ler um bom livro, algo que realmente te traga para o contato consigo mesmo.

E não hesite em procurar ajuda! Sinta-se acolhida! Agende uma consulta pelos canais abaixo se precisar!

Libido

Ginecologista Dra Claudiani Branco fala sobre aspectos da libido da mulher.

Libido é o nome que se dá ao desejo sexual, que faz parte do instinto do ser humano, mas que pode ser influenciado por questões físicas ou emocionais, e, por isso, pode estar aumentado ou diminuído em algumas pessoas, em determinadas fases da vida.

Os hormônios que controlam a libido são a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres, e por isso em determinados períodos do mês é normal que a mulher tenha maior ou menor interesse sexual. Normalmente as mulheres têm a libido mais aumentada durante o seu período fértil e menor libido durante a menopausa, por exemplo.

Vários fatores podem ocasionar a falta de libido, como estresse, ansiedade, problemas no relacionamento e uso de medicamentos, sendo importante identificar a causa para que possam ser tomadas atitudes que tenham como objetivo aumentar o desejo sexual.

Falta de libido: causas e como aumentar

Principais causas

A diminuição da libido pode acontecer como consequência de alterações nos níveis de hormônios que participam no controle do desejo sexual ou ser devido a situações do dia a dia, o que pode ser temporário ou duradouro. Algumas das principais causas de falta de libido são:

  1. Alterações emocionais, como estresse, ansiedade e depressão, pois interferem diretamente no humor e na disposição, podendo causar a falta de libido de forma temporária;
  2. Traumas emocionais, principalmente quando está relacionado com a relação sexual, o que pode causar diminuição da libido;
  3. Impotência sexual, pois devido à dificuldade para ter e/ou manter uma ereção, pode haver diminuição do desejo sexual motivada pela frustração, por exemplo;
  4. Problemas no relacionamento, já que nesse caso é possível que além da tensão a atração diminua, o que acaba por diminuir a libido;
  5. Uso de medicamentos, como pílulas anticoncepcionais, ansiolíticos ou antidepressivos, pois provocam alteração nos níveis hormonais circulantes no corpo e podem interferir no sistema nervoso, o que pode interferir no desejo sexual.
  6. Menopausa, já que há desbalanço nos níveis de hormônios sexuais femininos, o que pode causar diminuição da libido, além dos outros sinais e sintomas típicos da menopausa como ondas de calor, suor noturno e cansaço frequente, por exemplo;
  7. Diminuição dos níveis de testosterona no homem, já que esse hormônio está diretamente relacionado com o desejo sexual e produção de espermatozoides;
  8. Dor durante a relação sexual, isso porque uma vez que há dor e/ou desconforto no momento de prazer, pode haver diminuição do interesse para que a dor não seja mais sentida;

Nas mulheres, a falta de libido também pode ser causada pela dificuldade em se atingir o orgasmo ou de ficar excitada, o que dificulta o contato íntimo devido à falta de lubrificação da vagina, o que causa dor durante a relação sexual.

Como aumentar a libido?

Para aumentar a libido é importante consultar o médico para que seja possível identificar a causa e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado. Nos casos em que a falta de libido é consequência do uso de algum medicamento, o médico pode orientar a troca, alteração da dose ou suspensão do medicamento. Quando está relacionado com alterações hormonais, pode ser recomendada a realização de terapia de reposição hormonal.

Além disso, no caso de a diminuição da libido estar relacionada com menores níveis de testosterona ou com impotência sexual, é interessante aumentar o consumo de alimentos que melhoram a circulação sanguínea, como atum e sementes de chia, por exemplo, pois favorece a excitação.

Por outro lado, quando a falta de libido é consequência de alterações emocionais, traumas ou problemas no relacionamento, a melhor solução é buscar o tratamento com um psicanalista, para que as causas emocionais sejam solucionadas e o desejo sexual possa aflorar. Combater a ansiedade e o estresse também ajudam a aumentar a libido, assim como melhorar a autoestima e praticar exercícios físicos.

Quer saber mais sobre a Libido, ou sobraram dúvidas? Agende uma consulta pelos canais abaixo: