Posso usar o DIU antes da primeira gravidez?

Os dispositivos intrauterinos, tanto de cobre quanto hormonal, são contraceptivos eficazes, seguros e podem ser colocados antes da primeira gravidez e não apenas depois do primeiro filho. Eles não afetam a fertilidade da mulher e, ao contrário do que muitas mulheres pensam, não aumentam a chance de desenvolver doenças inflamatórias pélvicas.

O ideal é que você vá ao ginecologista mais de uma vez durante o primeiro ano de uso do DIU para fazer acompanhamento. Peça a orientação dele para escolher o método adequado para você, pois todos possuem contraindicações e a escolha deve ser individual.

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Sou diabética. Qual contraceptivo posso usar?

A diabetes, tanto a do tipo 1 quanto a do tipo 2, pode causar riscos durante uma gravidez não planejada. Para evitar isso, as mulheres que têm a doença devem usar contraceptivos de alta confiabilidade. O dispositivo intrauterino (DIU), por exemplo, tem alta taxa de eficácia.

Mulher pensativa, em alusão a dúvida sobre diabetes e método contraceptivo. Foto por Icons8 Team no Unsplash.

Há dois tipos de DIU. O de cobre, com validade de até dez anos, elimina os espermatozoides antes de penetrarem no útero. Já o hormonal, que pode tem validade de até cinco anos, libera progesterona, o que modifica a secreção do colo uterino e impede a passagem dos espermatozoides. O DIU de cobre tem uma taxa de falha de 0,4% nos primeiros 12 meses, enquanto a chance de falha do DIU hormonal no primeiro ano de uso é de 0,2%. Diabéticas podem usar tanto um quanto o outro.

As pílulas anticoncepcionais podem diminuir o efeito de hipoglicemiantes orais, anti-hipoglicemiantes e da insulina. Em alguns casos específicos, contraceptivos hormonais podem não ser indicados, devido ao tempo da doença, idade, tabagismo, hipertensão, obesidade e complicações em determinados órgãos. No entanto, antes de qualquer coisa, consulte o ginecologista para saber qual é a melhor opção para você.

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Contracepção e lúpus: como me proteger?

Mulher de olhos claros olhando para a câmera e a frase Contracepção e Lúpus, como me proteger? Foto por Velizar Ivanov no Unsplash.

O lúpus é uma doença autoimune que atinge, principalmente, mulheres na idade fértil. Uma gestação não planejada nessas mulheres pode gerar riscos para a saúde da mãe e do feto. Portanto, o planejamento da gestação é essencial.


Por outro lado, os métodos contraceptivos são pouco utilizados, seja pela falta de informação da paciente ou por dúvidas ao prescrever os anticoncepcionais hormonais.

Os LARCs (DIU de cobre, SIU-LNG e implante de ENG) representam as opções contraceptivas mais eficazes e devem ser encorajados em todas as pacientes, mesmo em nulíparas e adolescentes que não tenham contraindicações ao uso. Eles apresentam altas taxas de satisfação e continuidade de uso entre todos os contraceptivos reversíveis.

O método contraceptivo escolhido pela paciente com lúpus deve ser discutido com o ginecologista e o reumatologista, sempre combinando segurança, eficácia, conveniência e outras necessidades individuais da mulher.

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Em que idade o sangramento uterino anormal (SUA) é mais comum?

O sangramento uterino anormal (SUA) pode acontecer em todas as idades da vida reprodutiva das mulheres, porém é mais comum que o problema aconteça em dois momentos: no início e no fim da vida reprodutiva.

Nos dois primeiros anos após a primeira menstruação, é comum que as adolescentes tenham queixas de menstruações irregulares, com sangramento excessivo e intervalo de tempo diferentes. Durante a perimenopausa (fase antes da menopausa), por volta dos 45 anos, os ciclos menstruais podem se tornar mais irregulares e é comum que o sangramento uterino anormal ocorra. Também é normal pular períodos ou o sangramento ser menor durante a perimenopausa.

Mulher pensativa elucidando as dúvidas a respeito da idade com que o SUA ocorre. Foto por Ernest Brillo no Unsplash.

Fique atenta aos sinais e sintomas do corpo, especialmente durante esses períodos da vida. Apenas um médico poderá identificar e diagnosticar problemas na saúde reprodutiva. Nunca se automedique.

É importante conversar com o seu médico sobre o método contraceptivo mais indicado para o seu caso.

Posso usar o DIU após cirurgia bariátrica?

É recomendado que as mulheres evitem a gravidez até 12 a 24 meses após a cirurgia bariátrica. É o tempo necessário para o organismo normalizar a absorção de nutrientes após a grande perda de peso. Por isso, é muito importante usar um método contraceptivo eficaz durante esse período.

Mulher pensativa por The Creative Exchange no Unsplash.
Avalie muito bem o método contraceptivo escolhido

Os métodos contraceptivos orais, como as pílulas, devem ser evitados devido à má absorção após a cirurgia. Portanto, os métodos não orais, como os dispositivos intrauterinos (DIU), são os mais indicados. Eles oferecem contracepção reversível de longo prazo e apresentam alta eficácia, que não é afetada pela perda de peso ou má absorção após a cirurgia.

Porém, o DIU de cobre pode aumentar o fluxo menstrual e piorar o quadro de anemia presente nas pacientes e deve ser evitado. Por outro lado, o DIU hormonal reduz o sangramento menstrual, sendo vantajoso para essas mulheres. A camisinha não apresenta contraindicação e é o único método que também ajuda a evitar ISTs, porém tem maior chance de falha quando comparada a outros métodos.

Se você realizou ou vai realizar o procedimento, converse com o médico para saber qual método é o mais indicado para o seu caso.

Posso ter tromboembolismo usando contraceptivos hormonais?

Alguns tipos de anticoncepcionais hormonais estão associados com o aumento do risco de problemas cardiovasculares. Um deles é o tromboembolismo venoso, que acontece quando coágulos se formam nas veias e bloqueiam a passagem do sangue. Em alguns casos, os coágulos podem até causar acidente vascular cerebral (AVC).

Embora os anticoncepcionais orais combinados à base de estrogênio sejam os mais associados com a ocorrência do tromboembolismo, há outros fatores que também podem aumentar o risco, como obesidade e tabagismo.

Cerca de 61,5% das mulheres que tiveram o problema, por exemplo, eram fumantes. Então, converse com o seu ginecologista para saber quais anticoncepcionais são mais adequados para o seu caso antes de escolher algum.