ONCOFERTILIDADE

A Oncofertilidade é a especialidade médica que surgiu com o objetivo de manter a fertilidade de pacientes com câncer. A radioterapia, quimioterapia e cirurgias utilizadas no tratamento do câncer podem, muitas vezes, levar à infertilidade pela destruição de células dos ovários e testículos, por lesões ou pela retirada do útero.

Dra Claudiani Branco fala sobre Oncofertilidade

Não havendo dúvidas da necessidade desses tratamentos para a sobrevivência dos pacientes, a preservação da chance de engravidar futuramente melhora a qualidade de vida pós-câncer.

A oncofertilidade para mulheres

Diversas mulheres em idade fértil e que foram diagnosticadas com câncer, se preocupam com o que acontecerá com sua fertilidade ao passarem por algum tratamento oncológico.

É necessário que a preservação de óvulos seja feita antes que o tratamento de câncer comece.

Atualmente existem opções disponíveis para preservar gametas do paciente em tratamento oncológico, além disso, algumas clínicas oferecem apoio emocional durante todo o processo para garantir que a qualidade de vida e o estado emocional da paciente melhore.

As opções para preservação da fertilidade feminina são:

  • Criopreservação de óvulos – A técnica, que também pode ser chamada de criopreservação de oócitos, consiste no congelamento dos óvulos. Para realização da técnica, a mulher que fará o tratamento será submetida, através de medicamentos, a uma estimulação ovariana. Após a estimulação, os folículos ovarianos serão aspirados por via vaginal. Todo o processo acontece sob efeito de anestesia. Após a coleta dos óvulos, estes são congelados em temperaturas que chegam a 196º C negativos.
  • Supressão medicamentosa da função ovariana – Em casos de pacientes oncológicos que optam pela preservação da fertilidade por meio de medicamentos, a técnica consiste em paralisar o funcionamento dos ovários da mulher durante o período que ela irá se submeter a quimioterapia. Os medicamentos que serão utilizados são da classe agonistas do GnRH, e vão ser ministrados por meio de injeções que podem acontecer em frequência mensal ou trimestral. A medicação tem por objetivo preservar os folículos e óvulos durante a quimioterapia. A necessidade de supressão dos ovários acontece porque o tratamento atinge células com alto nível de replicação celular, como os óvulos. As células que possuem essa característica serão atingidas, ou seja, tanto células cancerígenas como células saudáveis dos ovários.
  • Criopreservação de tecido ovariano – A técnica deve ocorrer antes que o tratamento de quimioterapia seja iniciado. Nela, fragmentos do tecido ovariano serão coletados e criopreservados para um futuro transplante ou para maturação de folículos em laboratório. O processo se dá por meio de uma videolaparoscopia ou da própria cirurgia para o tratamento do câncer.
  • Cirurgia para elevação dos ovários – A técnica deverá ser realizada antes do início da radioterapia. A cirurgia para elevação dos ovários busca retirar os ovários da direção dos raios da radioterapia quando o tratamento estiver previsto para a pelve da paciente.

A oncofertilidade para homens

O desejo de preservar a fertilidade também acontece em homens que irão passar por algum tratamento contra o câncer. É necessário que estes homens férteis busquem a oncofertilidade antes de se submeterem a um tratamento de quimioterapia ou radioterapia.

Para os pacientes masculinos, existem duas opções básicas para preservar a fertilidade: criopreservação dos espermatozóides e proteção dos testículos durante a terapia por radiação.

Nos casos de criopreservação dos espermatozóides, o sêmen do paciente será recolhido por meio de masturbação e poderá ser necessária a realização de mais de uma coleta com intervalo de 2 a 3 dias. Depois da coleta, o material genético será avaliado e em seguida preparado para o congelamento. A temperatura de congelamento costuma ser inferior a 196º C negativos.

A oncofertilidade para adolescentes e crianças

Informações sobre os tratamentos de oncofertilidade para crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer podem ser mais complicadas de serem encontradas, ou ainda, menos discutidas e lembradas.
O câncer é uma doença que pode atingir pessoas de todas as idades, por isso, em casos de crianças ou adolescentes é necessário que a família do paciente, assim como o médico que acompanha o caso, reflitam sobre o futuro de sua fertilidade.

Isso acontece porque muitas pessoas que enfrentaram o câncer quando criança ou jovem, ao tornarem-se adultos gostariam de ter preservado a sua fertilidade para gerar um filho biológico.

Em muitos casos, a família do paciente não sabe que existem opções para que a fertilidade da criança que passará por algum tratamento oncológico seja preservada. Em outros casos, existe a necessidade de focar na saúde imediata do jovem e por isso as opções de preservação da fertilidade não são discutidas.
Também existem exemplos de pais que não se sentem confortáveis para conversar sobre questões de reprodução com seus filhos, e então os tratamentos de oncofertilidade nem são pensados.

É preciso entender que hoje em dia existem opções disponíveis para pacientes mais jovens ou crianças, como é o caso da preservação do tecido ovariano nas mulheres. Conversar com o médico e um especialista em fertilidade pode ser a chave para que, futuramente, o paciente tenha sua fertilidade preservada, influenciando na qualidade de vida quando ele se tornar adulto.

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Congelamento de óvulos

Dra Claudiani Branco fala sobre o congelamento de óvulos.

O congelamento de óvulos consiste em um procedimento onde os óvulos da mulher são captados e submetidos ao processo de vitrificação. Eles são colocados em nitrogênio líquido, substância que reduz a temperatura a 196 graus negativos em poucos minutos e, então, armazenados.

Para quem é indicado?

O congelamento de óvulos está indicado para mulheres que não podem ou não desejam uma gravidez agora ou em breve.

Quanto mais jovem for realizado o congelamento, melhor a qualidade dos óvulos coletados e maiores as chances de uma gravidez no futuro, sempre a depender da saúde atual dos óvulos.

Idealmente, indica-se que o tratamento seja realizado até os 35 anos. Isso não significa que não seja possível o congelamento após esta idade, mas será importante esclarecer as chances de gravidez no futuro. Uma outra situação em que o congelamento de óvulos está indicado, é para pacientes oncológicas que irão realizar quimioterapia ou algum outro tratamento que possa prejudicar a função do ovário.

Passo a passo para o congelamento de óvulos:

PREPARO

Antes do procedimento, a paciente é submetida a uma série de exames para avaliar sua saúde e reserva ovariana.

INDUÇÃO DA OVULAÇÃO

Como num ciclo espontâneo normal só um folículo se desenvolve, no ciclo de indução da ovulação para congelamento de óvulos, por meio de medicamentos, estimulamos os ovários para que vários folículos cresçam, produzindo assim um maior número de óvulos em um só ciclo.

CAPTAÇÃO DOS ÓVULOS

A coleta dos óvulos é realizada em torno do 12º dia após o início do estímulo. A paciente recebe uma anestesia simples chamada sedação e, por meio de uma agulha acoplada a um ultrassom endovaginal, os óvulos são coletados.

CONGELAMENTO

Após a captação, o embriologista avalia todos os óvulos captados, e aqueles que estão maduros (portanto tem capacidade de posteriormente ser fertilizados) são congelados.

E quando a mulher decidir engravidar?

Quando a mulher decidir engravidar, os óvulos podem ser descongelados para serem fertilizados no processo chamado Fertilização In Vitro (FIV).

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ESTREPTOCOCOS B – Exame do Cotonete na Gravidez

O Estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria comum, presente na região genital de 1 em cada 3 mulheres grávidas. O Streptococcus agalactiae é normalmente inofensivo em adultos e em indivíduos saudáveis, porém, pode causar doença grave em bebês e pessoas com sistema imunológico comprometido, incluindo nestes grupos pessoas com diabetes grave, câncer e problemas do fígado.

Dra Claudiani fala sobre o perigo para bebês do Streptococos B. Foto: CDC no Unsplash.

Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio intestino ou da região retal.

Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto, durante a passagem pelo canal vaginal. Esta última via é a mais comum.

O Estreptococos B é diferente das outras espécies de Estreptococos que habitualmente provocam doenças, como pneumonia, meningite, amigdalite, escarlatina, impetigo etc.

INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B DURANTE A GRAVIDEZ

A infecção pelo Streptococcus agalactiae durante a gravidez está associada a uma variedade de potenciais riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Infecção urinária por Streptococcus agalactiae

Entre 10% a 30% das grávidas apresentam colonização da urina pela bactéria Streptococcus agalactiae. Em algumas destas gestantes, a bactéria provoca infecção da bexiga, conhecida como cistite, ou pielonefrite, que é a infecção dos rins. A maioria das pacientes, porém, não apresenta infecção urinária, apenas colonização da urina pelo Estreptococos do grupo B.

O problema é que a bacteriúria assintomática, nome dado à simples presença da bactéria na urina sem sinais ou sintomas de infecção urinária, é um grande fator de risco para complicações na gestação, tais como, parto prematuro, aborto e contaminação do líquido aminótico.

Infecção do líquido aminótico pelo Streptococcus agalactiae

A infecção da bolsa d’água, chamada de corioamnionite, é uma invasão bacteriana do líquido amniótico, membranas fetais ou placenta. Os sinais e sintomas da corioamnionite incluem febre, dor no útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido aminótico.

A infecção do líquido amniótico ocorre geralmente durante a rotura da bolsa no início do trabalho de parto em mulheres colonizadas pelo Estreptococos B. Trabalhos de parto prolongados, com várias horas de duração, ou casos de roturas prematuras da bolsa, são aqueles com maior risco. Todavia, a corioamnionite pode surgir antes da rotura da bolsa d’água, como nos casos de grávidas com infecção urinária, principalmente pielonefrite.

Infecção do útero pelo Streptococcus agalactiae

A infecção da parede do útero, chamada de endometrite, é uma complicação que pode ocorrer após o parto das gestantes contaminadas pelo Estreptococos do grupo B. Dor abdominal, febre e sangramento uterino são sinais e sintomas que sugerem uma infecção no período pós-parto.

INFECÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PELO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B

Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações pelo Streptococcus agalactiae, a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê durante o parto. A transmissão da bactéria se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou durante a passagem do bebê pelo canal vaginal.

As complicações derivadas da infecção neonatal podem ocorrer precocemente, nas primeiras horas de vida do bebê, ou tardiamente, somente semanas depois do parto.

A infecção precoce do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida, habitualmente dentro das primeiras 24 horas, e se manifesta como um quadro de pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido.

Febre, dificuldade para mamar e dificuldade respiratória são os sintomas mais frequentes neste tipo de infecção. Crise convulsiva, fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37 semanas e de 20% nos bebês prematuros.

A infecção tardia do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês prematuros.

É importante destacar que nem todo bebê nascido de mães colonizadas pelo Estreptococos do grupo B irá apresentar problemas. Na verdade, apenas 1 em cada 200 são infectados e desenvolvem doença.

DIAGNÓSTICO

Para impedir a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B é importante que a bactéria seja identificada e tratada antes do trabalho de parto. Durante a gravidez, toda gestante é submetida a um exame de urocultura à procura de bactérias na urina. Se for identificada bacteriúria, ou seja, presença de bactérias na urina, o obstetra instituirá tratamento antibiótico adequado para eliminação delas.

Entre a 35ª e 37ª semanas de gestação os obstetras fazem habitualmente o exame do cotonete, que consiste na obtenção de material da vagina e do ânus com uma espécie de cotonete para pesquisar a presença do Estreptococos do grupo B.

Se o exame for positivo, significa que a mãe está colonizada. De forma imediata, porém, não há risco elevado nem para a mãe nem para o feto, pois a contaminação do bebê ocorre, na imensa maioria dos casos, somente no momento do parto. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae significa apenas que será necessária a administração de antibiótico durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.

O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.

A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes da coleta.

TRATAMENTO

Toda mulher com teste do cotonete positivo deve ser tratada com antibióticos no momento do parto. Sem antibióticos, cerca de 1 em cada 200 bebês fica doente com o Streptococcus agalactiae. Com o uso de antibióticos, a incidência cai para 1 em cada 4000 recém-nascidos, tornando, atualmente, a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B um evento raro.

O antibiótico é administrado por via venosa durante o trabalho de parto. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.

O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água. Neste caso, não há risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê. Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a administração de antibiótico está indicada.

Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.

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Orientações após inserção de Implanon

Dra Claudiani Branco dá orientações após a inserção do implanon.

Você acaba de inserir o implante subdérmico liberador de etonogestrel, IMPLANON, e passará por um período de adaptação que ocorre por um período máximo de 6 meses, portanto é importante o acompanhamento e avaliação de seu médico.

Implanon tem duração de 3 anos e é muito importante que todas as suas dúvidas sejam esclarecidas com seu médico. Lembrando que:

  1. Seu implante libera uma pequena quantidade de etonogestrel continuamente no seu corpo, em quantidades suficientes para impedir a gravidez. Seu principal mecanismo de ação que impede a gravidez são a parada da ovulação e tornar o muco do colo do útero mais espesso, dificultando a entrada dos espermatozoides. Em 24 horas, após a inserção, você estará protegida.
  2. É um contraceptivo hormonal de longa ação, para uso subdérmico. É radiopaco, ou seja, que podem ser identificados em um exame simples de raio-x
  3. Apresenta eficácia contraceptiva acima de 99%, é muito seguro.
  4. Há um rápido retorno do ciclo menstrual após a remoção do implante
  5. Deve ser removido após 3 anos de uso. Após esse período, ele pode ser substituído por um novo ou por outro método. Não há limite do número de implantes que a mulher pode usar na vida
  6. Um enfaixamento compressivo poderá ser colocado para minimizar o risco de formação de hematoma ou apenas curativo adesivo sobre o local. Você poderá retirar em 24 horas ou conforme seu médico orientar.
  7. Em caso do desejo de gravidez, o médico pode retirar o implante e imediatamente você já estará́ pronta para uma gestação
  8. Enquanto você estiver usando o implante, você poderá ficar sem menstruação ou apresentar sangramento irregular, variando de sangramento leve ou com maior volume, semelhante à uma menstruação. Isto não significa que o implante não é adequado para você ou que não está fazendo efeito anticoncepcional. Em geral, o sangramento não requer nenhuma providência. Entretanto, caso seja prolongado ou muito forte você deverá consultar seu médico
  9. A remoção do implante só deve ser feita por um médico que esteja familiarizado com a técnica de remoção
  10. Um novo implante pode ser colocado no mesmo braço. Se o implante for imediatamente trocado, não é necessário o uso de nenhum outro método de contracepção.

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Mitos e verdades sobre a gravidez

Dra Claudiani explica Mitos e Verdades sobre a Gravidez.

Aqui apontamos o que é mito e o que é verdade sobre a gravidez.

SE A BARRIGA ESTIVER PONTUDA, É MENINA; ARREDONDADA, É MENINO

Mito. Não existe nenhuma influência do sexo do bebê no formato da barriga da gestante. A barriga da mãe cresce conforme anatomia e genética da gestante, sem nenhuma influência do sexo do feto.

MULHER GRÁVIDA NÃO PODE FAZER SEXO

Depende. Se a gestante apresentar sangramento vaginal ou placenta de inserção baixa (quando a placenta fica na parte inferior do útero, cobrindo o colo do útero), ela não deve fazer sexo durante a gravidez. Nesses casos, a prática pode estimular a contração do útero e gerar mais sangramento, provocando parto prematuro. Caso contrário, o sexo está liberado. Muitas mulheres sentem aumento da libido durante a gestação, que ocorre devido às alterações hormonais que marcam o período.

O FETO CONSEGUE SENTIR QUANDO HÁ RELAÇÃO SEXUAL ENTRE O CASAL

Mito. O feto está dentro do útero da mãe e não no canal vaginal, onde ocorre a penetração. Não existe a menor possibilidade de o pênis atravessar o colo do útero e entrar no útero da mãe. Além disso, existem membranas da placenta que servem para proteger o feto de contrações mecânicas, como as que ocorrem durante o sexo.


SE A GRÁVIDA TEM MUITA AZIA, É PORQUE O BEBÊ VAI SER CABELUDO

Mito. O que vai definir se o bebê vai ser ou não cabeludo é a genética, e não a azia. Os enjoos surgem porque o útero pressiona o estômago, causando um refluxo do ácido estomacal e, também, por causa das altas taxas de progesterona, que em grande quantidade acaba causando azia.

MULHER GRÁVIDA TEM QUE COMER POR DOIS

Mito. Se a grávida comer por dois pode acabar engordando. Gestantes obesas têm maior risco de parto prematuro, de enfrentar dificuldade no trabalho de parto, de desenvolver diabetes na gravidez, hipertensão e distúrbio na tireóide, além de a obesidade contribuir para o aumento de peso do feto, que pode nascer obeso, e até óbito do bebê. Ao longo do dia, devem ser feitas de seis a sete refeições balanceadas e bem distribuídas. É importante que a gestante consuma proteína e carboidrato, pois essas são as principais fontes de nutrientes que alimentam o feto. Mas sem exageros!

SE OS DESEJOS ALIMENTARES DA GRÁVIDA NÃO FOREM REALIZADOS, A CRIANÇA PODERÁ NASCER COM ALGUM PROBLEMA

Mito.  Isso não passa de superstição. As vontades repentinas realmente existem e, segundo estudos ainda em andamento, podem ser reflexos de carências nutritivas do bebê, transmitidos via placenta até o cérebro da mãe. O reflexo então seria processado na forma de desejo por algum alimento. Se o bebê necessita de carboidrato, a mensagem será levada ao cérebro da mãe, que irá decodificar esse sinal em formato de imagem.

TOMAR CERVEJA PRETA MELHORA A PRODUÇÃO DE LEITE

Mito.  Não há nenhum estudo científico que comprove a relação entre o alimento consumido e o aumento da produção do leite. O que pode acontecer é o sabor do leite sofrer alteração de acordo com a alimentação da mãe.

GRÁVIDAS SENTEM MAIS CALOR

Verdade. Devido à aceleração do metabolismo por conta da gestação, as grávidas tendem a suar mais e a sentir mais calor.

A GESTANTE NÃO DEVE PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS

Mito. Primeiro, a grávida deve passar por uma avaliação médica completa e, se não tiver fatores de risco, ela pode fazer atividade física com moderação. Na gravidez são indicados esportes de baixo impacto, como caminhadas, ioga, natação e hidroginástica.

SE A GRÁVIDA CRUZA AS PERNAS, PODE FAZER COM QUE O CORDÃO UMBILICAL DÊ VOLTAS E ENFORQUE O BEBÊ

Mito. Durante todo o período da gestação o bebê se enrola no cordão umbilical. Os movimentos da mãe não interferem nesse deslocamento e muito menos colocam o feto em risco.

GRÁVIDAS PODEM FICAR COM A PELE MANCHADA POR CAUSA DO SOL

Verdade. Toda grávida tem mais tendência a ter manchas na pele por causa do aumento da liberação de melanina. O ideal é que a grávida utilize protetor solar no rosto e, principalmente, na barriga, onde há maior concentração dessa proteína.

Grávidas não podem andar de avião

Mito. Porém é necessário ter o consentimento do obstetra e, em voos longos, é importante usar uma meia elástica e se movimentar ou andar a cada duas horas para ativar a circulação

Grávida não pode tomar chá. 

Mito. No entanto, nem todos os tipos estão liberados. De modo geral, chás claros, como de camomila e erva-doce, são os mais indicados – e, ainda assim, não é indicado bebê-los todos os dias. Deve-se evitar chás com excesso de cafeína e com efeito diurético. Chá mate, verde, preto, de canela e boldo, por exemplo, estão proibidos

A toxoplasmose pode ser transmitida pela ingestão de peixe cru. 

Mito. Alimentos crus, como saladas e peixes podem ser consumidos, desde que checada a procedência dos alimentos e que o preparo seja feito com a higiene adequada. Carnes (bovinas, suínas etc.) não devem ser consumidas cruas ou mal-passadas pelo risco de contaminação

A gestante não pode ter contato com gatos.

Mito. Mas deve-se evitar contato com as fezes do felino, pelo risco de toxoplasmose caso ele esteja infectado.

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Alterações na menstruação devido a Tireoide

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica alterações na menstruação devido a tireoide.

Os distúrbios da tireoide podem levar a alterações na menstruação. Mulheres que sofrem de hipotireoidismo, podem ter uma menstruação mais abundante e com mais cólicas, enquanto no hipertiroidismo, é mais comum uma redução do sangramento, que pode mesmo ser ausente. 

Estas alterações menstruais podem acontecer porque os hormônios da tireoide influenciam diretamente os ovários, causando irregularidades menstruais. 

Como a Tireoide afeta a Menstruação 

As possíveis alterações que podem acontecer no ciclo menstrual podem ser:

Alterações em caso de hipotireoidismo

Quando a tireoide produz menos hormônios do que deveria, pode ocorrer:

  • Aparecimento da menstruação antes dos 10 anos, que pode acontecer porque o TSH aumentando tem um pequeno efeito semelhante aos hormônios FSH e LH, que são responsáveis por regular a menstruação.;
  • Menstruação antecipada, ou seja, a mulher que tinha um ciclo de 30 dias, pode passar a ter de 24 dias, por exemplo, ou a menstruação pode vir fora de hora;
  • Aumento do fluxo menstrual, chamada de menorragia, sendo necessário trocar o absorvente mais vezes ao longo do dia e, além disso, o número de dias da menstruação pode aumentar;
  • Cólicas menstruais mais intensas, chamadas de dismenorreia, que causa dor pélvica, dor de cabeça e mal-estar, podendo ser necessário tomar analgésicos para alívio da dor.  
  • Outra alteração que pode acontecer é a dificuldade para engravidar, porque há uma diminuição da fase lútea. Além disso, pode ainda ocorrer galactorreia, que consiste na saída de ‘leite’ pelos mamilos, ainda que a mulher não esteja grávida.

Alterações em caso de hipertireoidismo 

Quando a tireoide produz mais hormônios do que deveria, pode surgir:

  • Atraso da 1ª menstruação, quando a menina ainda não teve sua menarca e já apresenta hipertiroidismo na infância;
  • Menstruação atrasada, devido a alterações no ciclo menstrual, que pode ficar mais espaçado, havendo um maior intervalo entre os ciclos;
  • Diminuição do fluxo menstrual, que pode ser percebido nos absorventes, porque há menos sangramento por dia; 
  • Ausência da menstruação, que se pode prolongar por vários meses.

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Dor na barriga na gravidez?O que é, o que fazer…

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o que é a dor na barriga na gravidez, e os cuidados com esse sintoma.

A dor abdominal na gravidez pode ser causada pelo crescimento do útero, constipação intestinal ou gases, e pode ser aliviada através de uma alimentação equilibrada, exercício físico ou chás.

Porém, ela também pode indicar situações mais graves, como gravidez ectópica, descolamento da placenta, pré-eclâmpsia ou até mesmo aborto. Nestes casos, a dor, geralmente, vem acompanhada de sangramento vaginal, inchaço ou corrimento e nesse caso, a gestante deve ir imediatamente ao hospital.

Causas mais comuns de dor abdominal na gravidez:

No 1º trimestre da gravidez

As principais causas de dor abdominal no primeiro trimestre de gravidez, que corresponde ao período de 1 a 12 semanas de gestação, incluem:

1. Infecção urinária

A infecção urinária é um problema muito comum da gestação e que é mais frequente de acontecer no início da gestação, podendo ser percebida por meio do surgimento de dor no fundo do abdômen, queimação e dificuldade para urinar, vontade urgente de urinar mesmo tendo pouca urina, febre e enjoos.

2. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica acontece devido ao crescimento do feto fora do útero, sendo mais comum nas trompas e, por isso, pode surgir até às 10 semanas de gestação. A gravidez ectópica normalmente é acompanhada de outros sintomas, como dor abdominal intensa em apenas um lado da barriga e que piora com o movimento, sangramento vaginal, dor durante o contato íntimo, tonturas, náuseas ou vômitos.

3. Aborto espontâneo

O aborto é uma emergência e que acontece com mais frequência antes das 20 semanas e pode ser percebido por meio da dor abdominal em baixo ventre, sangramento vaginal ou perda de líquidos pela vagina, saída de coágulos ou tecidos, e dor de cabeça.

No 2º trimestre

A dor no 2º trimestre da gravidez, que corresponde ao período de 13 a 24 semanas, normalmente é causada por problemas como:

1. Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é o aumento de forma súbita da pressão arterial na gravidez, que é difícil de tratar e que pode representar risco tanto para a mulher quanto para o bebê. Os principais sinais e sintomas de pré-eclâmpsia são dor na parte superior direita do abdômen, náuseas, dor de cabeça, inchaço das mãos, pernas e rosto, além de visão embaçada.

2. Descolamento da placenta

O descolamento da placenta é um problema grave da gravidez que pode se desenvolver após as 20 semanas e que pode provocar o parto prematuro ou aborto dependendo das semanas de gestação. Essa situação gera sintomas como dor abdominal intensa, sangramento vaginal, contrações e dor no fundo das costas.

3. Contrações de treinamento

As contrações de Braxton Hicks são as contrações de treinamento que normalmente surgem após as 20 semanas e duram menos de 60 segundos, apesar de poderem acontecer várias vezes ao dia e de provocarem pouca dor abdominal. Nesse momento, a barriga fica momentaneamente dura, o que nem sempre causa dor abdominal. Mas em alguns casos pode haver dor na vagina ou no pé da barriga, que dura alguns segundos e depois desaparece.

No 3º trimestre

As principais causas de dor abdominal no 3º trimestre de gravidez, que corresponde ao período de 25 a 41 semanas, são:

1. Constipação intestinal e gases

A constipação intestinal é mais comum no final da gestação devido ao efeito dos hormônios e da pressão do útero sobre o intestino, que diminui o seu funcionamento, facilitando o desenvolvimento de prisão de ventre e surgimento de gases. Tanto a prisão de ventre quanto os gases levam ao surgimento de desconforto ou dor abdominal do lado esquerdo e cólicas, além da barriga pode estar mais endurecida nesse local da dor.

2. Dor no ligamento redondo

A dor no ligamento redondo surge devido ao alongamento excessivo do ligamento que liga o útero à região pélvica, devido ao crescimento da barriga, levando ao aparecimento de dor na parte inferior do abdômen que se estende para a virilha e que dura apenas alguns segundos.

3. Trabalho de Parto

O trabalho de parto é a principal causa de dor abdominal no final da gravidez e é caracterizado por dor abdominal, cólicas, aumento da secreção vaginal, corrimento gelatinoso, sangramento vaginal e contrações uterinas com intervalos regulares.

Quando ir ao hospital

A dor abdominal persistente no lado direito, próxima do quadril e febre baixa que podem surgir em qualquer fase da gravidez podem indicar apendicite, uma situação que pode ser grave e que por isso deve ser despistada o quanto antes, sendo recomendado ir imediatamente ao hospital. Além disso, também deve-se ir imediatamente para o hospital ou consultar o obstetra que acompanha a gravidez quando apresenta:

  • Dor abdominal antes das 12 semanas de gestação, com ou sem sangramento vaginal;
  • Sangramento vaginal e cólicas fortes;
  • Forte dor de cabeça;
  • Mais de 4 contrações em 1 hora durante 2 horas;
  • Inchaço acentuado das mãos, pernas e rosto;
  • Dor ao urinar, dificuldade ao urinar ou urina com sangue;
  • Febre e calafrios;
  • Corrimento vaginal.

A presença destes sintomas pode indicar uma complicação grave, como a pré-eclâmpsia ou gravidez ectópica, e, por isso, é importante a mulher consultar o obstetra ou ir imediatamente para o hospital para receber o tratamento adequado o mais cedo possível. Caso tenha mais dúvidas, agende uma consulta através dos canais abaixo:

Teste de Ovulação

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o teste de ovulação e como usá-lo.

O teste de ovulação que se compra na farmácia é um bom método para engravidar mais rápido, pois ele indica quando a mulher está no seu período mais fértil, através da medição do hormônio LH, que é produzido em maiores concentrações durante a ovulação.

Alguns exemplos de teste de ovulação de farmácia são o Confirme, o Clearblue ou o Needs, que utilizam uma pequena quantidade de urina e que apresentam uma precisão de até 99%.

Os testes de ovulação também podem ser chamados de teste de fertilidade feminina e são totalmente higiênicos e muito fáceis de utilizar, ajudando a mulher a descobrir quando é o seu período fértil.

Como usar o teste de ovulação

Para usar o teste de ovulação da farmácia, basta molhar a pipeta em um pouquinho de urina e aguardar cerca de 3 a 5 minutos. Depois desse tempo é apenas necessário observar as alterações de cores que ocorrem e comparar com a tira de controlo. Normalmente, se for de intensidade igual ou mais forte, significa que o teste deu positivo e que a mulher está no período fértil. No entanto, é importante ler o folheto informativo de cada marca, para confirmar qual a cor que corresponde a um resultado positivo.

Cuidados para um resultado confiável

Para que o teste dê um resultado confiável, é importante:

  1. Ler atentamente o folheto de instruções;
  2. Conhecer bem o ciclo menstrual, de forma a testar nos dias mais próximos ao período fértil;
  3. Realizar o teste sempre à mesma hora;
  4. Realizar o teste na primeira urina da manhã ou após 4 horas sem urinar;
  5. Não reutilizar tiras teste.
  6. Os testes de ovulação são todos diferentes entre si, por isso, o tempo de espera, assim como as cores do resultado podem variar entre marcas, daí a importância de ler atentamente o folheto contido na embalagem do produto.

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Bolsa Rota

O que é bolsa rota?

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica o que é a Bolsa Rota durante a gravidez.

Durante a gravidez, o bebê se desenvolve dentro da bolsa amniótica, um tipo de saco cheio de líquido que protege o bebê amortecendo impactos e dando suporte para que a gestação evolua adequadamente. Constantemente, esse líquido se renova e aumenta de volume conforme as semanas vão passando, até a 34ª semana, quando passa a diminuir até o parto. 

Naturalmente, a bolsa se rompe durante o trabalho de parto ou próximo das 39 semanas e não há problema nesses casos. No entanto, quando esse rompimento acontece antes da gestante iniciar o trabalho de parto ou, pelo menos, estar próxima da reta final da gravidez, é chamada de bolsa rota ou amniorrexe. 

De qualquer maneira, independentemente do período gestacional, é muito importante entrar em contato com o (a) médico (a) obstetra assim que perceber que a bolsa estourou. Principalmente, se vier acompanhada de contrações do parto. 

Se a gestante ainda não completou 34 semanas, o mais provável é que ela seja internada e medicada para avaliar se há alguma infecção ou tentar prolongar a gestação até que o bebê tenha condições de sobreviver fora do útero, o que nem sempre é possível e um parto prematuro pode ser necessário. Nessas situações, a rotura é classificada de amniorrexe prematura ou rotura prematura das membranas.  

Da mesma forma, entre 34 e 39 semanas, o bebê ainda não terminou de se formar, portanto o (a) médico (a) irá avaliar a melhor conduta para a saúde da mãe e da criança. Sendo possível internamento e medicação para estender a gestação ou realizar um parto induzido.

De maneira geral, quando é necessário que o parto seja feito, ele costuma acontecer em até 24 horas do rompimento precoce da bolsa. 

O que causa bolsa rota?

Algumas condições fazem com que as gestantes estejam mais vulneráveis à bolsa rota prematura. Entre elas, podemos citar:

  • Histórico de rupturas prematuras da bolsa em gravidez anterior;
  • Ser fumante ou usar drogas;
  • Sangramentos vaginais;
  • Vaginose bacteriana;
  • Útero distendido por gestação múltipla de gêmeos ou mais;
  • Ter realizado procedimentos invasivos no útero; 
  • Deficiências nutricionais como vitamina C e cobre;
  • Doenças como a deficiência de alfa-1-antitripsina, anemia falciforme e síndrome de Ehlers-Danlos.

Além disso, algumas situações podem fazer com que a membrana que mantém o bebê protegido no útero se rompa, causando a bolsa rota e a necessidade do parto antes da hora, como:

Infecção vaginal

Quando a gestante apresentar algum tipo de infecção vaginal, essa condição pode causar o rompimento precoce da bolsa. Isso ocorre porque as bactérias produzem enzimas que agem nas membranas, levando ao enfraquecimento e, consequentemente, uma ruptura da bolsa.

Para identificar a infecção vaginal, é importante que a mãe esteja atenta a corrimentos com odores fortes ou cor mais escura. Qualquer alteração deve ser informada e monitorada pelo (a) médico (a) obstetra.

Colo curto

Algumas mulheres possuem o colo do útero menor do que a média. Por isso, podem ter uma ruptura prematura da bolsa. Nesses casos, as gestantes são monitoradas com mais frequência pelo (a) médico (a). 

Trabalho de parto prematuro

As contrações do trabalho de parto estimulam o rompimento da bolsa, porque ocorre uma tensão dentro do útero, que aumenta a possibilidade de rotura. 

Outras condições de saúde

A bolsa rota também pode ocorrer devido a infecções urinárias, periodontites(infecção na gengiva), gravidez múltipla (gêmeos ou mais), aumento do líquido amniótico e corrimentos genitais não tratados.

Como identificar se a bolsa rompeu?

Geralmente, o sintoma da bolsa rota é fácil de se identificar. Em síntese, ocorre uma perda súbita de grande quantidade de líquido pela vagina: esse líquido atravessa a roupa da mulher e molha o chão. No entanto, em alguns casos, há pequenos vazamentos que deixam a roupa íntima molhada e podem confundir a gestante.

Algumas mulheres podem ter dúvida se o líquido é urina ou sinal de que a bolsa rompeu, já que os escapes de urina são comuns no terceiro trimestre. No entanto, a urina costuma ser amarelada e ter um cheiro que já conhecemos.

Por outro lado, o líquido amniótico é normalmente transparente, semelhante à água de coco e tem um cheiro parecido com água sanitária. Em alguns casos, há pequenos focos de sangue no líquido, essa secreção mucosa é um sinal de que o parto é iminente. 

Também é comum que a perda do tampão mucoso seja confundido com a rotura da bolsa, mas são situações bem diferentes, já que o tampão é mais espesso e parece um catarro. 

Também algumas mulheres detectam pressão quando a bolsa se rompe e outras escutam um barulho de estalo seguido do vazamento. 

Quais são os riscos da bolsa rota? 

A bolsa rota é uma das principais situações que levam ao parto prematuro (antes das 37 semanas). Por isso, deve ser levada a sério e manter a calma é extremamente importante. Ao perceber perda de líquido, entre em contato com o (a) obstetra que te acompanha e vá para o hospital ou maternidade. 

Ao chegar ao hospital ou maternidade, a gestante realiza diversos exames que conseguem identificar a ruptura da bolsa e quais os próximos passos para preservar a saúde da mãe e do bebê. Aqui, o (a) médico (a) vai avaliar a idade gestacional, como está o bebê na bolsa, se a mulher já está em trabalho de parto e se há chances de infecção para a mãe e o bebê. 

Nesse momento, o mais importante é identificar se há líquido suficiente para o bebê continuar no útero, se há algum ponto de infecção que ofereça riscos ou se um parto de emergência é o mais indicado.

Sendo assim, é possível que a gestante (especialmente com menos de 34 semanas) seja internada para tentar prolongar a gravidez ou, se necessário, vá para uma indução de parto ou cesárea. Tudo isso precisa acontecer muito rápido, pois após a bolsa rota é importante que o parto seja feito em até 24 horas. 

Além disso, com a diminuição do líquido, é possível que o bebê entre em sofrimento fetal, com dificuldades para se movimentar, respirar e até se enrolar no cordão umbilical, o que é muito perigoso e, muitas vezes, fatal. Após o nascimento, é preciso identificar possíveis deformidades, más-formações, hemorragias ou outros problemas no desenvolvimento que podem levar o bebê à morte.

Por fim, também traz riscos para a mãe como inflamações e infecções sérias no útero que podem se espalhar para o corpo todo, como a sepse.

Cuidados e prevenção da bolsa rota

Eventualmente, alguns imprevistos e situações fogem do nosso controle, como um acidente de carro ou uma queda. Nesses casos não há como prevenir os efeitos disso e o acompanhamento médico é fundamental para avaliar a saúde da mãe e do bebê. 

No entanto, olhar para os fatores de risco e ter uma série de cuidados para evitar essa lista é um passo possível, como aumentar a ingestão de vitaminas e minerais. Por isso, a realização de um pré-natal adequado é fundamental.

Outro ponto importante é evitar realizar atividades que exijam muito esforço durante a gestação, como pegar peso. Além disso, manter bons hábitos de saúde como alimentação adequada e praticar atividade física regularmente também são ações recomendadas. 

Assim como é um momento muito especial e cheio de amor, na maioria dos casos, a gestação exige uma série de cuidados tanto para a saúde da mãe, quanto para o desenvolvimento saudável do bebê. 

Portanto, siga as orientações do seu ou seu médico (a) obstetra. Somente esse (a) profissional conhece seu histórico, riscos e necessidades.

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Vagina

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra explica a estrutura da Vagina.

A vagina é um canal tubular que se estende do colo do útero à vulva, parte do aparelho reprodutor feminino. O limite entre a vulva, conjunto dos órgãos genitais femininos externos, e o canal vaginal é constituído por uma membrana chamada hímen, que em geral se rompe quando a mulher tem sua primeira relação sexual.

A região externa da vagina chama-se vestíbulo da vagina.

A parede do canal vaginal é formada por três camadas: mucosa, muscular e adventícia. A mucosa é constituída de tecido conjuntivo repleto de fibras elásticas, tem aspecto rugoso e poucas terminações nervosas; a camada muscular é formada por fibras musculares lisas; a camada adventícia localiza-se na parte externa da camada muscular e é composta por tecidos grossos e elásticos que conferem elasticidade ao órgão.

Tem cerca de 10 cm de comprimento, mas suas dimensões variam de mulher para mulher e aumentam durante a excitação sexual e o parto.

A função da vagina é receber o pênis durante a relação sexual e permitir a saída do bebê no momento do parto, além de eliminar o fluxo menstrual.

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