Fisioterapia pélvica na gestação

Durante a gestação, o corpo da mulher vai se transformando e se adaptando para acompanhar o crescimento do bebê. Nessa transformação, o pilar do nosso corpo, a coluna, sofre alterações das curvaturas normais para manter o equilíbrio. Portanto, quanto maior o crescimento da barriga, maior a alteração postural. Essas alterações provocam tensões musculares, gerando dor e desconfortos.

Dra Claudiani Branco Ginecologista e Obstetra fala da Fisioterapia Pélvica na Gestação.

Além da sobrecarga na coluna, outra região que fica responsável por todo o peso do bebê é o Assoalho Pélvico. Este é um conjunto de músculos voluntários e involuntários e ligamentos conectados a estruturas ósseas que promove a continência urinária, fecal, sustenta todos os nossos órgãos, inclusive o útero com o bebê, e participa da relação sexual. Ele fica localizado na região do períneo e não podemos vê-lo trabalhando como a maioria dos músculos que exercitamos normalmente, fazendo com que a maioria das pessoas se esqueçam de cuidar dessa parte tão importante do corpo.

Na gestação, o Assoalho Pélvico, pode ter suas funções prejudicadas devido a sua sobrecarga, levando ocasionalmente incontinência urinária. A Fisioterapia Pélvica atua desde o início da gestação, promovendo alívio de tensões e dores musculares que atrapalhem a sua rotina, além do fortalecimento da musculatura estabilizadora da coluna, através de exercícios, respirações, alongamentos e liberações miofaciais dos tecidos afetados.

Para o Assoalho Pélvico, é realizado o fortalecimento deste músculo através de exercícios específicos nesta região. No final da gestação, a partir da 32ª semana gestacional, inicia-se o trabalho de relaxamento do Assoalho Pélvico para as mulheres que tem interesse no parto normal. Este relaxamento é feito através de massagem perineal, exercícios de mobilidade pélvica, calor, além do Epino.

O Epi-no é um aparelho utilizado em consultório para preservar a integridade da musculatura e para trabalhar o alongamento das fibras musculares do períneo. Sendo que após completar 37 semanas gestacionais, é realizado o treino de expulsão do Epi-no, através de respirações orientadas, para dar à mulher a percepção da força correta a ser utilizada na hora do parto.

Tenho agora na minha rede de apoio as gestantes uma parceria com a fisioterapeuta Audrey Vanille, que dará atendimento as minhas gestantes aqui, no mesmo espaço das consultas de pré-natal. Para mais esclarecimentos, agende uma consulta pelos canais abaixo:

A importância do zinco nos 9 meses de gestação 

O zinco é um nutriente que pode ser encontrado em alimentos como a carne bovina, os laticínios, os legumes e os cereais não refinados. Importante para a construção de processos biológicos do corpo, ele ajuda no crescimento e desenvolvimento humano, além de colaborar com o sistema imunológico.

De acordo com a diretriz da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso de suplementos de zinco, algumas gestantes podem precisar de suplementação, mas ela só é indicada em situações de deficiência, seja por ingestão alimentar inadequada ou por dificuldade para absorção do nutriente.

Como alerta, a deficiência de zinco durante a gravidez está associada a um trabalho de parto prolongado, além de complicações como hemorragia pós-parto, pré-eclâmpsia e até mesmo parto prematuro.

Porém, o nutriente em excesso também pode ser danoso à saúde da futura mamãe. A recomendação da OMS, nesses casos, é não fazer com que a suplementação de zinco seja parte da rotina, mas sim ser optada apenas em ocasiões mais graves, em que a falta do mineral foi identificada.

Além disso, não há comprovação científica a respeito da eficácia da suplementação de zinco ser melhor se feita isoladamente ou com outros suplementos nutricionais, como por exemplo, ferro, ácido fólico e cálcio. E a dosagem do suplemento pode variar de uma gestante para outra. Por isso, a suplementação de vitaminas e minerais deve ser feita com a orientação de um nutricionista e/ou médico.

A indicação para as gestantes é que possam seguir uma dieta equilibrada no dia a dia para que a quantidade de zinco seja suficientemente satisfatória, sem precisar do auxílio da suplementação. Ainda tem dúvidas? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

Os alimentos aliados da saúde intestinal das grávidas 

Muitas mulheres podem vivenciar situações de intestino preso – ou constipação – durante a gestação.  Isso ocorre porque durante essa nova fase de gerar o bebê existe o aumento da produção de alguns hormônios, entre eles a progesterona.

Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco fala da saúde intestinal das gravidas.

Uma das funções da progesterona é diminuir os movimentos uterinos (contrações uterinas), evitando aborto e parto prematuro, porém, o aumento da progesterona no sangue pode reduzir a movimentação de outros músculos, como os movimentos peristálticos do intestino, levando à constipação. Além disso, durante a gestação, a necessidade hídrica é maior e se não adequada pela mulher, o consumo insuficiente de água pode tornar as fezes mais secas e difíceis de serem eliminadas.

Para melhorar o quadro de constipação é preciso aumentar o consumo de água e de fibras. Existem dois tipos de fibras, as fibras solúveis que absorvem a água dos alimentos e a água que tomamos como hidratação, ajudando na motilidade do intestino. E as fibras insolúveis, que não absorvem água e que ajudam a formar o bolo fecal. Ambas as fibras são essenciais para a saúde intestinal e são encontras em alimentos integrais, frutas (principalmente em suas cascas), leguminosas, legumes e verduras.

Além disso, é interessante que a mulher dê preferência aos alimentos laxativos, como a ameixa e o mamão. Os probióticos, microrganismos vivos que ingeridos em quantidades adequadas fazem bem à saúde, podem contribuir para a melhora intestinal, mas para terem este efeito é preciso ter uma alimentação saudável e equilibrada.

Apesar de não ter contraindicação em relação à suplementação de probióticos, é indicado que a mulher tenha uma avaliação nutricional ou médica, uma vez que existem diversos tipos de probióticos e com diferentes funções. Quer mais dicas sobre isso? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

A nutrição pós-parto deve envolver toda a família

Nove meses se passaram, chegou o grande momento de receber o seu bebê e agora todas as atenções e cuidados são para ele. Mas é fundamental que, mesmo que já tenha outros filhos, a mulher tenha uma rede de apoio que entre outras tantas coisas possa também auxiliar na organização das refeições, para que ela possa manter um padrão de alimentação saudável.

Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco comenta sobre a nutrição da família pós-parto.

As necessidades nutricionais no pós-parto vão depender se a mulher amamenta ou não, mas em ambas as situações é preciso manter uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, preferir carnes magras, consumir leite e derivados, leguminosas e cereais integrais.

Nesse momento também é importante adequar as necessidades energéticas para que a mulher caso tenha tido um ganho de peso excessivo na gestação, possa adequar seu peso, sem prejudicar a sua saúde.

Durante a amamentação as necessidades são maiores por causa da produção do leite e as demandas de algumas vitaminas também estão aumentadas nessa fase, como é o caso das vitaminas A, B12, B6, C e E.

Além disso, os nutrientes cálcio, ferro e vitamina D, apesar de não apresentarem uma necessidade maior com relação à gestação, são essenciais para a manutenção da saúde materna e do recém-nascido. Vale lembrar que a qualidade da alimentação consumida pela mãe influencia na composição dos ácidos graxos do leite humano assim, devemos incentivar o consumo de gorduras como o ômega 3, que são encontradas nos peixes.

Mas atenção ao consumo de gorduras, especialmente a de origem animal! Embora a quantidade de gordura na dieta materna não interfira nos níveis de colesterol e gorduras presentes no leite, o consumo equilibrado de lipídios faz parte de uma alimentação saudável. Esse consumo não deve ser maior que 30% do valor energético total das refeições do dia, e devemos sempre priorizar as gorduras monoinsaturadas, como abacate, azeite, gergelim castanhas e gorduras poli-insaturadas, como o ômega 3, presente no salmão, atum e sardinha, e o ômega 6 que encontramos nos óleos vegetais, castanhas, sementes.

 A ingestão de gorduras saturadas, em geral, proveniente de alimentos de origem animal, não deve ultrapassar 10% do valor energético total da alimentação.

E é muito importante também que a mulher que amamenta se lembre de ingerir mais líquidos (principalmente água) nessa fase.

Voltando ao peso

Muitas mulheres se preocupam em como voltar ao peso ideal sem prejudicar a amamentação e é totalmente possível ter uma alimentação adequada durante essa fase e perder peso. Lembrando que essa perda de peso durante a amamentação acontece naturalmente, deve ser gradual e pode ser acompanhada por um profissional nutricionista, restrições severas, afetam o estado de saúde materno e da criança e são totalmente proscritas.

Durante o pós-parto é muito importante priorizar alimentos in natura ou minimamente processados e abusar da “comidinha caseira”. “Deve-se evitar o consumo de alimentos como os embutidos, refrigerantes, sucos artificiais, guloseimas, que em geral, favorecem o ganho de peso e oferecem poucos nutrientes”, explica a nutricionista.

O consumo de alimentos ricos em cafeína, como café, refrigerantes de cola, energéticos, chá verde, chá mate e chá preto também deve ser evitado ou consumido em pequenas quantidades durante a amamentação, pois podem causar dificuldade para dormir e irritação no bebê.

E as bebidas alcoólicas não são recomendadas durante a amamentação, pois o álcool vai para o leite materno e pode trazer consequências graves, entre elas comprometer o desenvolvimento neurológico e psicomotor da criança. Essa é uma fase de muito carinho, mas também que exige demais da mulher. Por isso, se for possível, ter alguém ajudando com a rotina de cuidados da criança e como preparo das refeições é recomendado.

Quer mais dicas sobre o assunto? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

Mitos e Verdades sobre nutrição das mulheres que querem engravidar

Alguns hábitos e consumos de alimentos precisam de atenção da mulher que pretende engravidar. A alimentação adequada também na fase pré-gestacional exerce um papel importante.

Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco comenta os mitos e verdades sobre nutrição e gravidez.

Mulheres que querem engravidar não podem consumir canela ou cúrcuma

Mito – O uso destes ingredientes como tempero, por exemplo canela na banana ou cúrcuma no frango, não prejudica a fertilidade da mulher. Porém, não devem ser suplementados na fórmula de cápsulas ou consumidos como chás e shots.

O consumo de álcool deve ser descontinuado antes da gravidez

Verdade– O álcool é prejudicial para a maturação dos ovócitos femininos e para a produção espermática no homem, por isso, deve ser descontinuado quando o casal decide engravidar.

Consumir chás naturais ajudam a engravidar

Mito – Os chás, por mais comum e naturais que sejam, apresentam compostos fitoterápicos que vão agir de formas diferentes no nosso organismo, podendo inclusive diminuir a fertilidade do casal. Por isso, é preciso orientações sobre chás permitidos no ciclo gravídico-puerperal.

O café deve ser evitado pelas mulheres que estão tentando engravidar

Verdade – Assim como o álcool, o consumo excessivo de cafeína pode reduzir as chances do casal engravidar. Por isso, deve ser descontinuado ou ter seu consumo reduzido quando o casal decide engravidar. A cafeína está presente nas bebidas que contêm café, em refrigerantes de cola, chás mate, verde e preto, além de energéticos. Quanto ao café, esse pode ser consumido sem preocupação se for descafeinado.

Grávidas vegetarianas precisam de um planejamento nutricional

Alimentação deve ser balanceada para a boa saúde da futura mamãe e do bebê

As gestantes que são vegetarianas ou veganas devem ter atenção em relação ao cuidado nutricional. O ideal é que essas mulheres tenham uma orientação individualizada e que considere o tipo de vegetarianismo que é seguido.

A alimentação vegetariana pode ser classificada em vegetarianos estritos, que não consomem laticínios ou ovos e nenhum tipo de carne; ovolactovegetarianos (consomem ovos e laticínios, mas não consomem nenhum tipo de carne); lactovegetariano (consomem laticínios, mas não consomem ovos nem carne). São considerados veganos quem não consome nem utiliza nenhum produto de origem animal. Essa modalidade envolve não só a alimentação, mas também vestuário ou qualquer atividade que envolva sofrimento animal (ex. espetáculos com animais).

As dietas vegetarianas balanceadas não trazem riscos para a saúde materna nem fetal. No entanto, é importante considerar o tipo de regime alimentar que é seguido, as quantidades e a variedade de alimentos que são consumidos para se estabelecer uma adequação da ingestão de nutrientes que são importantes no período gestacional.

As evidências científicas mostram que dietas vegetarianas bem balanceadas não apresentam riscos para a gestação. Entretanto, temos que ter atenção maior com as gestantes veganas e com os nutrientes que são encontrados principalmente em alimentos de fonte animal, como a vitamina B12, ferro, cálcio, colina, vitamina D e ômega-3.

Por isso, em algumas situações a suplementação ou o consumo de alimentos vegetarianos fortificados podem ser necessários para estas mulheres.

Vale lembrar que os cuidados adotados durante a gestação devem ser mantidos também no pós-parto. Devemos também ter atenção à proteína, cuja necessidade é maior para aquelas mulheres que amamentam. Ainda tem dúvidas? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

Vitamina D: benefícios para gestante e bebê

Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco fala sobre os benefícios da vitamina D.

Dentre os mais variados nutrientes que a gestante irá precisar ao longo dos nove meses de seu período gestacional, a vitamina D é um dos que se destacam. Isso porque ela é uma das responsáveis por reforçar o sistema imunológico contra doenças e a auxiliar na saúde dos ossos e dos músculos.

Presente em alimentos como peixes, cogumelos, gema de ovo e fígado bovino, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a vitamina D permite o bom funcionamento das células do corpo, em especial, ajudando nas funções de outros nutrientes como cálcio e fosfato.

Além dos alimentos, a vitamina D também pode ser obtida através da exposição aos raios solares. Para as gestantes que apresentam uma alimentação com baixa ingestão de alimentos fontes de vitamina D ou possui baixa exposição ao sol, pode ser preciso indicar um suplemento via oral, mas essa avaliação deve ser individualizada e com base nos exames laboratoriais (dosagem sanguínea).

Quando necessária, a suplementação não será algo pensado apenas na saúde da mulher. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela também servirá para ajudar os fetos em formação, que precisam da vitamina D nos seus primeiros meses de vida.

Por isso, a recomendação da diretriz da OMS para gestantes que estão com falta dessa vitamina consiste em adequar a nutrição com fontes do nutriente para a futura mamãe, além de regular a quantidade de horas em exposição sob a luz solar e, por fim, controlar, com auxílio de um médico, o uso do suplemento vitamínico.

Vale ressaltar que cada caso é individual, e que apenas o profissional de saúde saberá receitar a dose adequada para cada gestante. Se ainda tem dúvidas sobre o assunto, agende uma consulta pelos canais abaixo:

Coito Programado

Ginecologista e Obstetra Dra Claudiani Branco comenta o tratamento de coito programado.

O coito programado é um tratamento de baixa complexidade que consiste na realização da indução de ovulação por meio de medicamentos, com acompanhamento ultrassonográfico.

No decorrer do tratamento, são realizadas ultrassonografias, geralmente a cada dois ou três dias, para acompanhar o crescimento dos folículos.

Quando os folículos alcançam o tamanho ideal, ou seja, o período ovulatório, o casal é orientado a ter relações sexuais com maior frequência. Deste modo, o tratamento permite prever em qual o dia do ciclo a mulher terá maior chance de engravidar.

Como é o tratamento?

O tratamento basicamente tem início no segundo ou terceiro dia do ciclo, quando a mulher ainda está menstruada. Neste momento, é realizado o primeiro ultrassom transvaginal.

A paciente não deve ficar preocupada com o desconforto do sangue menstrual, pois os médicos estão acostumados a realizá-lo nessa fase.

Esta fase inicial é importante, pois o exame diagnostica se o ovário tem algum cisto remanescente do ciclo menstrual anterior e se no interior do útero existem pólipos, miomas ou tecido endometrial em excesso, o que poderia alterar as taxas de sucesso.

Neste primeiro ultrassom, os ovários devem ter pequenos cistos que medem no máximo 6 mm, chamados de folículos primordiais.

Dentro deles existem óvulos, que saem na época da ovulação. Dependendo do resultado deste primeiro exame, o controle ovulatório pode ser iniciado para se determinar o dia provável da ovulação.

Para quem é indicado?

Por utilizar os óvulos naturais do corpo da mulher e por atuar apenas no estímulo da fecundação, o coito programado é indicado principalmente para casais que tenham a anovulação como causa da infertilidade. Isso significa que o homem precisa ter uma avaliação de sêmen normal, assim como a mulher precisa ter uma avaliação positiva das tubas uterinas e da produção de óvulos, por exemplo. Também é necessário que o casal tenha avaliações hormonais consideradas saudáveis. Quanto mais velha for a mulher, menores são as chances de sucesso do tratamento, já que o óvulo pode estar envelhecido.

No geral, é possível realizar até 3 coitos programados seguidos. Caso a gravidez não aconteça, é necessário partir para outro tipo de tratamento, como a inseminação artificial.
O coito programado é uma técnica consagrada e pouco invasiva para estimular a fertilidade e a fecundação. Se o casal tiver a devida capacidade reprodutiva, a administração de medicamentos orais ou injetáveis acontece para estimular o crescimento do folículo ovariano, de modo a levar à liberação do óvulo.

Com a relação sexual ocorrendo nesse período, aumentam-se as chances de o casal realizar o desejo de curtirem uma gravidez.

Qual é a duração do tratamento?

A duração do tratamento é de, em média, 15 dias. No caso dos medicamentos orais, a ingestão deve acontecer por 5 dias consecutivos, enquanto para os injetáveis pode variar de 8 a 12 dias.

Após 96 horas da primeira administração, os folículos começam a ter seu crescimento mapeado a cada 2 dias. Isso é feito com ultrassonografias e exames hormonais, indicando o momento exato da aplicação de hCG.

Depois do período de ovulação, o casal deve esperar 15 dias para realizar o teste de gravidez. Com isso, o tempo entre o início do tratamento e a confirmação do sucesso ou não do tratamento é de cerca de 1 mês.

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Plano de Parto

Dra Claudiani Branco fala sobre o Plano de Parto.

O Plano de Parto nada mais é que uma carta onde a gestante/casal decidem juntos como será o parto do seu bebê. Onde o casal listará suas preferências em relação ao parto e nascimento de seu filho, caso tudo transcorra bem. Sempre que os planos não puderem ser seguidos, o casal deverá ser previamente avisado e consultado a respeito das alternativas.

Exemplo de Plano de Parto:

Trabalho de parto:
– Presença de meu marido e doula.
– Sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) e enema (lavagem intestinal).
– Sem perfusão contínua de soro e ou ocitocina 
– Liberdade para beber água e sucos enquanto seja tolerado. 
– Liberdade para caminhar e escolher a posição que quero ficar. 
– Liberdade para o uso ilimitado da banheira e/ou chuveiro. 
– Monitoramento fetal: apenas se for essencial, e não contínuo. 
– Analgesia: peço que não seja oferecido anestésicos ou analgésicos. Eu
 pedirei quando achar necessário.
– Sem rompimento artificial de bolsa.

Parto:
– Prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada (costas apoiadas).
– Prefiro fazer força só durante as contrações, quando eu sentir vontade, em vez de ser guiada.
Gostaria de um ambiente especialmente calmo nesta hora.
– Não vou tolerar que minha barriga seja empurrada para baixo.
– Episiotomia: só se for realmente necessário. Não gostaria que fosse uma intervenção de rotina.
– Gostaria que as luzes fossem apagadas (penumbra) e o ar-condicionado desligado na hora do nascimento. – Gostaria que meu bebê nascesse em ambiente calmo e silencioso.
– Gostaria de ter meu bebê colocado imediatamente no meu colo após o parto com liberdade para amamentar.
– Gostaria que o pai cortasse o cordão após ele ter parado de pulsar.

Após o parto:
– Aguardar a expulsão espontânea da placenta, sem manobras, tração ou massagens. Se possível ter auxílio da amamentação.
– Ter o bebê comigo o tempo todo enquanto eu estiver na sala de parto, mesmo para exames e avaliação.
– Liberação para o apartamento o quanto antes com o bebê junto comigo. Quero estar ao seu lado nas primeiras horas de vida.
– Alta hospitalar o quanto antes.

Cuidados com o bebê:
– Administração de nitrato de prata ou antibióticos oftálmicos apenas se necessário e somente após o contato comigo nas primeiras horas de vida.
– Administração de vitamina K oral (nos comprometemos em dar continuidade nas doses).
– Quero fazer a amamentação sob livre demanda.
– Em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos ou qualquer outra coisa ao bebê.

– Alojamento conjunto o tempo todo. Pedirei para levar o bebê caso esteja muito cansada ou necessite de ajuda.
– Gostaria de dar o banho no meu bebê e fazer as trocas (ou eu ou meu marido).

Caso a cesárea seja necessária:
– Exijo o início do trabalho de parto antes de se resolver pela cesárea.
– Quero a presença da doula e de marido na sala de parto.

– Anestesia: peridural, sem sedação em momento algum.
– Na hora do nascimento gostaria que o campo fosse abaixado para que eu possa vê-lo nascer.
– Gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar condicionado desligado.
– Após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê sobre meu peito e que minhas mãos estejam livres para segura-lo.
– Gostaria de permanecer com o bebe no contato pele a pele enquanto estiver na sala de cirurgia sendo costurada.
– Também gostaria de amamentar o bebê e ter alojamento conjunto o quanto antes. 

Afinal, qual é o seu plano de parto? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

ONCOFERTILIDADE

A Oncofertilidade é a especialidade médica que surgiu com o objetivo de manter a fertilidade de pacientes com câncer. A radioterapia, quimioterapia e cirurgias utilizadas no tratamento do câncer podem, muitas vezes, levar à infertilidade pela destruição de células dos ovários e testículos, por lesões ou pela retirada do útero.

Dra Claudiani Branco fala sobre Oncofertilidade

Não havendo dúvidas da necessidade desses tratamentos para a sobrevivência dos pacientes, a preservação da chance de engravidar futuramente melhora a qualidade de vida pós-câncer.

A oncofertilidade para mulheres

Diversas mulheres em idade fértil e que foram diagnosticadas com câncer, se preocupam com o que acontecerá com sua fertilidade ao passarem por algum tratamento oncológico.

É necessário que a preservação de óvulos seja feita antes que o tratamento de câncer comece.

Atualmente existem opções disponíveis para preservar gametas do paciente em tratamento oncológico, além disso, algumas clínicas oferecem apoio emocional durante todo o processo para garantir que a qualidade de vida e o estado emocional da paciente melhore.

As opções para preservação da fertilidade feminina são:

  • Criopreservação de óvulos – A técnica, que também pode ser chamada de criopreservação de oócitos, consiste no congelamento dos óvulos. Para realização da técnica, a mulher que fará o tratamento será submetida, através de medicamentos, a uma estimulação ovariana. Após a estimulação, os folículos ovarianos serão aspirados por via vaginal. Todo o processo acontece sob efeito de anestesia. Após a coleta dos óvulos, estes são congelados em temperaturas que chegam a 196º C negativos.
  • Supressão medicamentosa da função ovariana – Em casos de pacientes oncológicos que optam pela preservação da fertilidade por meio de medicamentos, a técnica consiste em paralisar o funcionamento dos ovários da mulher durante o período que ela irá se submeter a quimioterapia. Os medicamentos que serão utilizados são da classe agonistas do GnRH, e vão ser ministrados por meio de injeções que podem acontecer em frequência mensal ou trimestral. A medicação tem por objetivo preservar os folículos e óvulos durante a quimioterapia. A necessidade de supressão dos ovários acontece porque o tratamento atinge células com alto nível de replicação celular, como os óvulos. As células que possuem essa característica serão atingidas, ou seja, tanto células cancerígenas como células saudáveis dos ovários.
  • Criopreservação de tecido ovariano – A técnica deve ocorrer antes que o tratamento de quimioterapia seja iniciado. Nela, fragmentos do tecido ovariano serão coletados e criopreservados para um futuro transplante ou para maturação de folículos em laboratório. O processo se dá por meio de uma videolaparoscopia ou da própria cirurgia para o tratamento do câncer.
  • Cirurgia para elevação dos ovários – A técnica deverá ser realizada antes do início da radioterapia. A cirurgia para elevação dos ovários busca retirar os ovários da direção dos raios da radioterapia quando o tratamento estiver previsto para a pelve da paciente.

A oncofertilidade para homens

O desejo de preservar a fertilidade também acontece em homens que irão passar por algum tratamento contra o câncer. É necessário que estes homens férteis busquem a oncofertilidade antes de se submeterem a um tratamento de quimioterapia ou radioterapia.

Para os pacientes masculinos, existem duas opções básicas para preservar a fertilidade: criopreservação dos espermatozóides e proteção dos testículos durante a terapia por radiação.

Nos casos de criopreservação dos espermatozóides, o sêmen do paciente será recolhido por meio de masturbação e poderá ser necessária a realização de mais de uma coleta com intervalo de 2 a 3 dias. Depois da coleta, o material genético será avaliado e em seguida preparado para o congelamento. A temperatura de congelamento costuma ser inferior a 196º C negativos.

A oncofertilidade para adolescentes e crianças

Informações sobre os tratamentos de oncofertilidade para crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer podem ser mais complicadas de serem encontradas, ou ainda, menos discutidas e lembradas.
O câncer é uma doença que pode atingir pessoas de todas as idades, por isso, em casos de crianças ou adolescentes é necessário que a família do paciente, assim como o médico que acompanha o caso, reflitam sobre o futuro de sua fertilidade.

Isso acontece porque muitas pessoas que enfrentaram o câncer quando criança ou jovem, ao tornarem-se adultos gostariam de ter preservado a sua fertilidade para gerar um filho biológico.

Em muitos casos, a família do paciente não sabe que existem opções para que a fertilidade da criança que passará por algum tratamento oncológico seja preservada. Em outros casos, existe a necessidade de focar na saúde imediata do jovem e por isso as opções de preservação da fertilidade não são discutidas.
Também existem exemplos de pais que não se sentem confortáveis para conversar sobre questões de reprodução com seus filhos, e então os tratamentos de oncofertilidade nem são pensados.

É preciso entender que hoje em dia existem opções disponíveis para pacientes mais jovens ou crianças, como é o caso da preservação do tecido ovariano nas mulheres. Conversar com o médico e um especialista em fertilidade pode ser a chave para que, futuramente, o paciente tenha sua fertilidade preservada, influenciando na qualidade de vida quando ele se tornar adulto.

Quer esclaracer melhor a oncofertilidade? Agende uma consulta pelos canais abaixo:

ESTREPTOCOCOS B – Exame do Cotonete na Gravidez

O Estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria comum, presente na região genital de 1 em cada 3 mulheres grávidas. O Streptococcus agalactiae é normalmente inofensivo em adultos e em indivíduos saudáveis, porém, pode causar doença grave em bebês e pessoas com sistema imunológico comprometido, incluindo nestes grupos pessoas com diabetes grave, câncer e problemas do fígado.

Dra Claudiani fala sobre o perigo para bebês do Streptococos B. Foto: CDC no Unsplash.

Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio intestino ou da região retal.

Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico, conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto, durante a passagem pelo canal vaginal. Esta última via é a mais comum.

O Estreptococos B é diferente das outras espécies de Estreptococos que habitualmente provocam doenças, como pneumonia, meningite, amigdalite, escarlatina, impetigo etc.

INFECÇÃO PELO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B DURANTE A GRAVIDEZ

A infecção pelo Streptococcus agalactiae durante a gravidez está associada a uma variedade de potenciais riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Infecção urinária por Streptococcus agalactiae

Entre 10% a 30% das grávidas apresentam colonização da urina pela bactéria Streptococcus agalactiae. Em algumas destas gestantes, a bactéria provoca infecção da bexiga, conhecida como cistite, ou pielonefrite, que é a infecção dos rins. A maioria das pacientes, porém, não apresenta infecção urinária, apenas colonização da urina pelo Estreptococos do grupo B.

O problema é que a bacteriúria assintomática, nome dado à simples presença da bactéria na urina sem sinais ou sintomas de infecção urinária, é um grande fator de risco para complicações na gestação, tais como, parto prematuro, aborto e contaminação do líquido aminótico.

Infecção do líquido aminótico pelo Streptococcus agalactiae

A infecção da bolsa d’água, chamada de corioamnionite, é uma invasão bacteriana do líquido amniótico, membranas fetais ou placenta. Os sinais e sintomas da corioamnionite incluem febre, dor no útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido aminótico.

A infecção do líquido amniótico ocorre geralmente durante a rotura da bolsa no início do trabalho de parto em mulheres colonizadas pelo Estreptococos B. Trabalhos de parto prolongados, com várias horas de duração, ou casos de roturas prematuras da bolsa, são aqueles com maior risco. Todavia, a corioamnionite pode surgir antes da rotura da bolsa d’água, como nos casos de grávidas com infecção urinária, principalmente pielonefrite.

Infecção do útero pelo Streptococcus agalactiae

A infecção da parede do útero, chamada de endometrite, é uma complicação que pode ocorrer após o parto das gestantes contaminadas pelo Estreptococos do grupo B. Dor abdominal, febre e sangramento uterino são sinais e sintomas que sugerem uma infecção no período pós-parto.

INFECÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PELO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B

Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações pelo Streptococcus agalactiae, a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê durante o parto. A transmissão da bactéria se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou durante a passagem do bebê pelo canal vaginal.

As complicações derivadas da infecção neonatal podem ocorrer precocemente, nas primeiras horas de vida do bebê, ou tardiamente, somente semanas depois do parto.

A infecção precoce do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida, habitualmente dentro das primeiras 24 horas, e se manifesta como um quadro de pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido.

Febre, dificuldade para mamar e dificuldade respiratória são os sintomas mais frequentes neste tipo de infecção. Crise convulsiva, fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37 semanas e de 20% nos bebês prematuros.

A infecção tardia do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é aquela que ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês prematuros.

É importante destacar que nem todo bebê nascido de mães colonizadas pelo Estreptococos do grupo B irá apresentar problemas. Na verdade, apenas 1 em cada 200 são infectados e desenvolvem doença.

DIAGNÓSTICO

Para impedir a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B é importante que a bactéria seja identificada e tratada antes do trabalho de parto. Durante a gravidez, toda gestante é submetida a um exame de urocultura à procura de bactérias na urina. Se for identificada bacteriúria, ou seja, presença de bactérias na urina, o obstetra instituirá tratamento antibiótico adequado para eliminação delas.

Entre a 35ª e 37ª semanas de gestação os obstetras fazem habitualmente o exame do cotonete, que consiste na obtenção de material da vagina e do ânus com uma espécie de cotonete para pesquisar a presença do Estreptococos do grupo B.

Se o exame for positivo, significa que a mãe está colonizada. De forma imediata, porém, não há risco elevado nem para a mãe nem para o feto, pois a contaminação do bebê ocorre, na imensa maioria dos casos, somente no momento do parto. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae significa apenas que será necessária a administração de antibiótico durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.

O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.

A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes da coleta.

TRATAMENTO

Toda mulher com teste do cotonete positivo deve ser tratada com antibióticos no momento do parto. Sem antibióticos, cerca de 1 em cada 200 bebês fica doente com o Streptococcus agalactiae. Com o uso de antibióticos, a incidência cai para 1 em cada 4000 recém-nascidos, tornando, atualmente, a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B um evento raro.

O antibiótico é administrado por via venosa durante o trabalho de parto. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.

O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água. Neste caso, não há risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê. Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a administração de antibiótico está indicada.

Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.

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