ESTRIAS NA GRAVIDEZ

O QUE SÃO ESTRIAS?

A nossa pele possui propriedades elásticas que a tornam capaz de se esticar conforme o indivíduo cresce ou engorda. Entretanto, essa flexibilidade tem um limite. Se a distensão da pele ocorrer de forma rápida, ou seja, ao longo de semanas, a pele não consegue acompanhar o ritmo de expansão, sofrendo lesões nas suas fibras elásticas. Estas lesões das fibras elásticas da pele formam cicatrizes, que nada mais são do que as estrias. As estrias surgem normalmente nas áreas sujeitas a contínuo e progressivo esgarçamento, como é o caso da região abdominal durante a gravidez.

FATORES DE RISCO PARA O APARECIMENTO DE ESTRIAS NA GRÁVIDA

O rápido crescimento do volume da região abdominal, principalmente a partir da parte final do segundo trimestre de gravidez, é o principal fator risco para o aparecimento da striae gravidarum. Porém, outros fatores presentes na gravidez também influem no desenvolvimento das estrias, como:

  • Alterações hormonais naturais da gestação – hormônios como estrogênio, cortisol, relaxinas e outros tornam as fibras elásticas da pele mais frágeis, facilitando o seu rompimento quando sujeitas a grandes distensões.
  • Tendência familiar para formação de estrias – há um claro componente genético na formação das estrias durante a gravidez. Mulheres que apresentam história familiar de estrias, principalmente striae gravidarum, apresentam um maior risco de desenvolverem moderadas a graves estrias na gravidez.
  • Idade da gestante –  mulheres mais novas (com menos de 25 anos) têm uma pele mais “firme”, apresentando maior facilidade de rompimento das fibras elásticas. Quanto mais jovem for a gestante, maior será o risco de desenvolvimento de estrias. Gestantes acima de 30-35 anos têm um risco bem mais baixo.
  • Primeira gestação – o risco de aparecerem estrias é muito maior na primeira gravidez que nas gravidezes subsequentes. Após uma primeira gestação, a pele já se encontra mais flácida e mais apta a distender-se novamente. A gestante também  costuma estar, pelo menos, dois ou três anos mais velha que na primeira gravidez.
  • Peso do feto – quanto maior for o crescimento da barriga na gestação, maior será a esgarçamento da pele e, consequentemente, maior será o risco de aparecerem estrias. Por isso, o tamanho do bebê é um fator de risco relevante. Por motivos óbvios, uma gravidez gemelar também aumenta muito as chances de surgirem estrias.
  • Ganho de peso na gravidez – quanto maior for o ganho de peso na gravidez, maior será o risco de surgirem estrias.
  • Etnia da gestante – grávidas de etnia não-branca apresentam um maior risco de desenvolverem estrias na gravidez.
  • Existência de estrias antes da gravidez – mulheres que mesmo antes de estarem grávidas já se mostram propensas a desenvolverem estrias, principalmente na barriga e nos seios, apresentam elevado risco de terem striae gravidarum.

Apesar da distensão do abdômen ser o principal fator de risco para o surgimento das estrias, os fatores descritos acima explicam o porquê de algumas mulheres desenvolverem poucas ou nenhuma estria durante a gravidez, enquanto outras padecem com dezenas de novas cicatrizes na região abdominal e seios, mesmo que ambas tenham barrigas  de tamanho semelhante.

APARÊNCIA DAS ESTRIAS NA GRAVIDEZ

As estrias da gravidez costumam surgir a partir do 6ª mês de gestação. Inicialmente, as estrias são de cor rosa. As novas lesões podem coçar e ao redor das estrias a pele se parece fina. Gradualmente, as estrias podem crescer em comprimento e largura, e sua coloração torna-se mais arroxeada ou avermelhada. As estrias mais antigas vão perdendo sua coloração. Nos primeiros meses após a gravidez, elas começam a desvanecer, tornando-se pálidas ou levemente prateadas. As estrias antigas também podem ficar ligeiramente deprimidas e com forma irregular.

As estrias na gravidez surgem proeminentemente na região abdominal, mas também são comuns nas mamas, nas nádegas, nos quadris, região lombar e até nos braços, se houver  grande ganho de peso na gestação.

Quais são as formas de prevenção de estrias na gravidez?

Ingerir muita água

A água é ótima em qualquer momento da vida e na gravidez é indispensável. Além de ajudar a manter toda a homeostase do organismo, para que órgãos e hormônios trabalhem da melhor forma, ela mantém a hidratação interna do corpo.

Controlar o peso

É muito importante você se alimentar bem e de maneira saudável para que o bebê se desenvolva sadio. Essa não é a fase de fazer regimes restritos, contudo, exagerar também não é legal. Se você constantemente ingerir mais alimentos do que o necessário, ou pior, se eles não forem saudáveis, além de poder prejudicar o crescimento do bebê, você ganha quilos além do necessário.

Alimentar-se bem

Os alimentos ricos em vitaminas C e E são bons aliados. Quanto à vitamina C, os alimentos têm antioxidantes que estimulam o colágeno e combatem o envelhecimento, portanto, consuma frutas cítricas. Quanto à vitamina E, ela protege as células do organismo, assim, invista também em cereais integrais e castanhas.

Use roupas adequadas

As roupas justas prendem a circulação sanguínea e atrapalham a respiração da pele. Esses fatores aumentam a possibilidade do aparecimento das estrias.

Escolha a roupa íntima apropriada

Nesse período, usar aquelas roupas que ajudam a segurar a barriga e as mamas costuma ser útil. As de algodão são melhores para ajudar na respiração da pele.

Faça massagens

Massagear as áreas que costumam ser mais afetadas, como abdome, mamas, bumbum e coxas ajuda a ativar a circulação sanguínea e a aumentar a elasticidade da pele. As massagens podem ser feitas diariamente, com produtos especiais para gestantes. Caso contrate um profissional, sempre avise da sua gestação e só faça os procedimentos adequados.

Mas se você tiver dificuldades para aceitar, não se preocupe porque hoje já existem muitos tipos de tratamentos disponíveis no mercado e que garantem bons resultados para a mulher.

Só não faça tratamentos para estrias durante a gravidez e a lactação sem o consentimento de um médico, ok? Isso porque há alguns procedimentos que não são indicados ainda. Espere ele dizer quando é o momento ideal para você procurar esses caminhos.

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Eclâmpsia e pré-eclâmpsia

Eclâmpsia é uma doença caracterizada pela liberação, por parte do feto, de proteínas na circulação materna que provocam uma resposta imunológica da gestante, agredindo as paredes dos vasos sanguíneos e causando vasoconstrição. 

Eclâmpsia e Pré-eclâmpsia por Dra Claudiane Branco.  Foto: Devon Divine no Unsplash.

A gravidez pressupõe o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da mulher, uma vez que herdou metade dos genes do pai. Ela não rejeita esse corpo estranho porque desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto. Em alguns casos, porém, ele libera proteínas na circulação materna que provocam uma resposta imunológica da gestante. Essa resposta agride as paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da pressão arterial.

A hipertensão arterial específica da gravidez recebe o nome de pré-eclâmpsia e, em geral, instala-se a partir da 20ª semana, especialmente no 3° trimestre. A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto.

As causas dessas enfermidades ainda não foram bem estabelecidas. O que se sabe é que estão associadas à hipertensão arterial, que pode ser crônica ou especifica da gravidez.

SINTOMAS

  • Sintomas da pré-eclâmpsia (que também pode ser assintomática): Hipertensão arterial, edema (inchaço), principalmente nos membros inferiores, que pode surgir antes da elevação da pressão arterial, aumento exagerado do peso corpóreo e proteinúria, isto é, perda de proteína pela urina.
  • Sintomas característicos da eclâmpsia: Convulsão(às vezes precedida por dor de cabeça, de estômago e perturbações visuais), sangramento vaginal e coma.

DIAGNÓSTICO E FATORES DE RISCO

O diagnóstico de eclâmpsia é estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, na história clínica, nos sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina.

São fatores de risco:

  • Hipertensão arterial sistêmica crônica;
  • Primeira gestação;
  • Diabetes;
  • Lúpus;
  • Obesidade;
  • Histórico familiar ou pessoal das doenças supra-citadas;
  • Gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos;
  • Gestação gemelar.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação.

Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes são indicados para o controle dos quadros de eclâmpsia mais graves, que podem exigir a antecipação do parto. A doença regride espontaneamente com a retirada da placenta.

RECOMENDAÇÕES

  • Vá ao ginecologista antes de engravidar para avaliação clínica e início da administração de ácido fólico;
  • Compareça a todas as consultas previstas no pré-natal e siga rigorosamente as recomendações médicas durante a gestação;
  • Lembre que a hipertensão é uma doença insidiosa, que pode ser assintomática. Qualquer descuido e a ausência de sintomas podem fazer com que uma forma leve de pré-eclâmpsia evolua com complicações;
  • Faça exercícios físicos compatíveis com a fase da gestação e suas condições orgânicas no momento;
  • Reduza a quantidade de sal nas refeições, não fume e suspenda a ingestão de álcool durante a gravidez.

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