Dia Internacional da Luta Contra a AIDS

O ano de 2021 representa um marco no combate ao HIV no Brasil:

40 anos se passaram desde a identificação dos primeiros casos no País e, há exatos 25 anos, os medicamentos antirretrovirais, usados para tratar a infecção, passavam a ser distribuídos via rede pública de saúde. Mesmo com todas essas conquistas, o momento é de alerta. Dados do Ministério da Saúde indicam um cenário de queda na adesão ao tratamento contra o HIV durante a pandemia de covid-19, quando muita gente deixou de fazer os exames de controle ou adiou a retirada das medicações.

Não podemos colocar em risco tantos anos de vitórias no combate ao HIV.

Devemos encorajar a retomada do autocuidado, reforçar o papel do controle adequado do HIV e mobilizar a rede de apoio em torno das pessoas que convivem com o vírus. Homens e mulheres, de diferentes idades e orientações sexuais, com ou sem HIV.

Mas o que é AIDS?

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). O HIV é um vírus que se instala no corpo humano de tal forma que ele não consegue se livrar, obrigando a pessoa a conviver para sempre com ele. Transmitido pelo contato com sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados, o HIV afeta especificamente as células do sistema imunológico, que sem o tratamento antirretroviral (TARV) torna o organismo, ao longo do tempo, incapaz de lutar contra infecções (AIDS). Muitas pessoas que estão infectadas com o HIV não têm nenhum sintoma durante 10 anos ou mais, por essa razão, a única forma de saber se a pessoa está infectada com o vírus é por meio do teste e, caso a pessoa tenha sido exposta a uma situação de risco é recomendado solicitá-lo. A única forma de prolongar a vida das pessoas infectadas pelo HIV é com o tratamento antirretroviral, pois até o momento, não há previsões de cura.

Se tem mais dúvidas sobre AIDS ou outros assuntos ginecológicos, agende uma consulta pelos canais abaixo:

Camisinhas

Camisinha Feminina e Masculina, por Reproductive Health Supplies Coalition no Unsplash.

Camisinha é um método contraceptivo do tipo barreira. Feita de látex ou poliuretano, impede a ascensão dos espermatozoides ao útero, prevenindo uma gravidez não planejada. Também é eficiente na proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (ISTs), como AIDS e HPV.

dois tipos de camisinha: masculina e feminina. A camisinha masculina é um envoltório, geralmente de látex, que recobre o pênis, e retém o esperma durante o ato sexual.  Já a camisinha feminina é um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis.

É um dos métodos contraceptivos mais eficientes, pois apresenta taxa de 90-95% de eficácia na prevenção da transmissão de DSTs e gravidez. Deve ser utilizada em todas as relações sexuais (genital, oral e anal). É acessível a todas as pessoas e não tem contraindicação.

Tratamentos e Cuidados

Esse método contraceptivo é indicado para homens e mulheres, de qualquer faixa etária.

Camisinha Feminina:

  • Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o pênis e a vagina;
  • Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos;
  • Transar uma única vez com cada camisinha feminina. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra ISTs e gravidez;
  • Nunca abrir a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.

Para colocar a camisinha feminina:

  1. Verifique a integridade da camisinha;
  2. Dobre o anel menor;
  3. Introduza o anel menor até o fim da vagina.

Camisinha masculina:

  • Guardar a camisinha em locais frescos e secos;
  • Nunca abrir a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.
  • Colocar a camisinha desde o começo do contato entre o pênis e a vagina;
  • Apertar a ponta da camisinha enquanto ela é desenrolada para evitar que permaneça ar dentro dela. Se o reservatório destinado ao sêmen estiver cheio de ar, a camisinha pode estourar;
  • Usar somente lubrificantes à base d’água. A vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, pois causam rachaduras na camisinha, anulando sua capacidade de proteger contra doenças e gravidez;
  • Tirar a camisinha com o pênis ainda ereto, logo depois da ejaculação;
  • Transar uma única vez com cada camisinha. Usar a camisinha mais de uma vez não previne contra ISTs e gravidez;

 Cuidados ao colocar a camisinha masculina:

  1. Escolha uma marca boa. Carregue-a sempre com você. Cuidado ao deixar muito tempo na carteira, pois a embalagem poderá sofrer danos com o calor e o atrito, prejudicando, assim, a eficácia do produto;
  2. Abra delicadamente a embalagem. Cuidado para não furar a camisinha com suas unhas;
  3. Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isso é importante;
  4. Aperte o espaço que ficou na ponta e coloque a camisinha, coloque a camisinha no pênis;
  5. Desenrole a camisinha até a base;
  6. Depois de usar, retire a camisinha. Cuidado para não deixar escapar o líquido que foi armazenado no interior da camisinha;
  7. Jogue no lixo. Camisinha é descartável. Nada de usar outra vez;
  8. Camisinhas lubrificadas são mais confortáveis e eficientes. Prefira as que possuem espermaticida junto;
  9. Não use cremes, óleos ou vaselinas. Se quiser usar um lubrificante, use preferencialmente em gel, específicos para relações sexuais.

Dezembro Vermelho: Mês de Conscientização e Combate à AIDS.

Simbolizado por uma fita vermelha, o Dezembro Vermelho visa alertar a população sobre os números da Aids no Brasil e conscientizar sobre a importância da sua prevenção — não só dessa doença, mas de outras infecções sexualmente transmissíveis. Esse mês foi escolhido porque o Dia Mundial contra a Aids é comemorado no 1º de dezembro em todo o mundo.

Além disso, a campanha busca informar as pessoas sobre a necessidade de dar início ao tratamento o quanto antes, de modo a aumentar a sobrevida do paciente. Essa adesão precoce ao tratamento, além da disciplina do paciente em tomar a medicação de modo adequado, podem reduzir a carga viral no seu organismo, tornando-a indetectável. Desse modo, além de qualidade de vida, esse paciente não desenvolverá a doença e não transmitirá o vírus adiante.

No Brasil, o tratamento para Aids vem apresentando resultados bastante animadores. Um estudo recente apontou que 70% dos adultos e 87% das crianças— que descobriram a doença entre 2003 e 2007 — conseguiram uma sobrevida superior a 12 anos. Antes do início das políticas públicas voltadas para o combate à Aids, essa sobrevida era de 5 anos.

Vamos fazer a nossa parte, e conscientizar as pessoas sobre prevenção e cuidados!